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O inédito da longevidade na jornada do herói de Leide Moreira / Longevity, as never seen before, in Leide Moreira s hero journey

Quadros, Isabella Bastos de 01 June 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:47:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Isabella Bastos de Quadros.pdf: 525864 bytes, checksum: 3b2418c0bf5a7af2e07ce0ab5da4f6bc (MD5) Previous issue date: 2012-06-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The history of Leide Moreira, with Amyotrophic Lateral Sclerosis and whose eye globe is the single voluntary muscle movement preserved, was used as a metaphor to discuss how inhospitable life conditions may suggest, besides extreme fragility, capacity to modify one‟s life. Although this is about a life experience not belonging exclusively to old age, it may be enhanced in this phase due to proximity to finitude. Reflection on a body beyond the physical body, deconstructing the mind-body dichotomy and, as a result, think old age and longevity without saying no to body changes and human finitude and, through each individual‟s journey, consider the last phase of life, just like all the others, must be vested in both individual and group purposes and meanings, constantly building a personal history together with the hero that lies inside us all.The reflection on the hero‟s journey is what this study is based upon because it emphasizes the fact that crisis need a lonely diving into personal and group unconsciousness which lead to changes, discoveries and, as a consequence, new perception towards the world by seeking a more conciliatory position between consciousness and unconsciousness. A wider horizon and the never seen before, always present throughout life, point out conflicts and inequalities, whose rejuvenated body cannot help to mitigate, on the contrary, it deepens the human abysm between what one wants to be and what one actually is. Fable, myth and poetry itself are means through which human beings trigger their own personal development which are getting more and more neglected nowadays due to reluctance to look beyond rationality. Such a metaphor makes explicit how health does not necessarily mean the elimination of a disease and it shows that there are possibilities to achieve emotional well being and keep on giving meaning to what is there to be lived, despite conflicts inherent to human beings and under any human condition whether in health or in sickness. As for such a destructive phase of life, the whole capability inside it to rebuild or modify should also be considered because a resistant power emerges through it, able to generate a new order of existence. The immovable and unresponsive body, in spite of such important limitations, is still a surface of contact: it can affect and be affected. Leide Moreira‟s journey as a metaphor helps us increase our understanding of what longevity means within the contemporary society and mainly of what the limitations and capacity for reformulation in old age are. Facing the longevity scenery whose experience serves as a guide to events never seen before, it is relevant to consider how far we are preparing ourselves to such extended existence / A história de Leide Moreira, com Esclerose Lateral Amiotrófica e cujo único movimento muscular voluntário preservado é o globo ocular, foi utilizada como metáfora para refletir acerca de como condições inóspitas de vida sugeririam, além de fragilidade extrema, capacidade de reformulação da própria vida. Trata-se de vivência não exclusiva da velhice, mas que pode se potencializar nessa fase pela proximidade com a finitude. Reflexão sobre um corpo para além do físico, desconstruindo a dicotomia corpo-mente e, por meio disso, pensar o envelhecimento e a longevidade sem negar as alterações corporais nem a finitude humana e, pela jornada de cada indivíduo, considerar que a fase última da vida, como todas as demais, precisa ser investida de propósito e significado individual e coletivo, formando incessantemente uma história pessoal em parceria com o herói que nos habita a todos. A reflexão sobre a jornada do herói baseia este estudo justamente por enfatizar que as crises necessitam de um mergulho solitário no inconsciente pessoal e coletivo que promove transformações, descobertas e, consequentemente, novas percepções de mundo a partir da busca de um caminho conciliatório entre consciente e inconsciente. O horizonte mais amplo e o inédito que se faz sempre presente ao longo da vida evidenciam os conflitos e desigualdades, cujo corpo rejuvenescido não ajuda a amenizar, pelo contrário, intensifica o abismo humano entre o que se quer ser e o que se é. A fábula, o mito e a poesia são instrumentos utilizados pelo ser humano como propulsores do seu desenvolvimento pessoal, cada vez mais negligenciados na contemporaneidade por causa da relutância de se enxergar além do racional. Essa metáfora explicita o quanto saúde não significa implicitamente a eliminação da doença, mostrando que há possibilidades apesar dos conflitos inerentes ao ser humano. E em qualquer condição humana de saúde ou doença, de produzir bem-estar emocional e continuar conferindo significado para o que é vivido. Ao considerarmos a faceta destrutiva da vida, é preciso ressaltar toda a capacidade de reconstrução ou de reformulação nela contida porque, por meio dela, emerge um poder que resiste, capaz de gerar nova ordem de existência. O corpo imóvel, inerte. Mas apesar das limitações significativas, continua superfície de contato: afeta e é afetado. A trajetória de Leide Moreira como metáfora ajuda a melhor compreender a condição da longevidade na sociedade contemporânea, principalmente as limitações e capacidade de reformulação na velhice. Considerando o cenário da longevidade, cuja vivência é permeada por acontecimentos inéditos, é relevante pensar até que ponto nos preparamos para uma existência tão alongada

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