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Tafonomia em tanque de Fazenda Nova, município de Brejo da Madre de Deus, Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil

Silva, Fabiana Marinho da 28 November 2013 (has links)
Submitted by Israel Vieira Neto (israel.vieiraneto@ufpe.br) on 2015-03-04T18:43:09Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese Fabiana Marinho da Silva .pdf: 3515330 bytes, checksum: f0e976f42d4d929404c4599582f694db (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T18:43:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Tese Fabiana Marinho da Silva .pdf: 3515330 bytes, checksum: f0e976f42d4d929404c4599582f694db (MD5) Previous issue date: 2013-11-28 / CNPq / O presente trabalho apresenta um estudo tafonômico em depósito de tanque localizado em Fazenda Nova (08º10’48”S e 36º09’36”W), distrito de Brejo da Madre de Deus, Pernambuco. Foram observadas feições tafonômicas em 1.337 espécimes no intuito de identificar quais processos atuaram na formação da tafocenose e se há padrões de preservação nesse tipo de depósito. Observou-se a presença de elementos pertencentes a indivíduos de faixas etárias distintas. Apesar do alto grau de desarticulação e fragmentação, é provável que o material não tenha sofrido transporte de longa distância. Além das assinaturas tafonômicas observadas a análise morfoscópica dos grãos aponta que a área fonte encontra-se próxima ao depósito indicando um ambiente de baixa energia e também não foram encontrados sinais da presença de carnívoros. Sinais de trampling foram observados em 38% dos espécimes analisados. Foram encontrados no depósito os taxa Neuryurus sp. (antes restrito para o sul do continente sulamericano), Glyptotherium cf. Glyptotherium cylindricum, Pachyarmatherium brasiliense, Holmesina paulacoutoi, Eremotherium laurillardi, Notiomastodon platensis e Toxodon sp. Novas datações foram obtidas a partir de amostras de sedimento pelo método de Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) que resultaram nas idades de 12.750±1.500 e 8.420±920 AP. Os resultados das datações associados às assinaturas tafonomicas corroboram para uma mistura temporal.
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Osteologia de Taubatherium paulacoutoi  Soria & Alvarenga, 1989 (Notoungulata, Leontiniidae) e de um novo Pyrotheria: dois mamíferos fósseis da Formação Tremembé, Brasil (SALMA Deseadense - Oligoceno Superior) / Osteology of Taubatherium paulacoutoi Soria & Alvarenga, 1989 (Notoungulata, Leontiniidae) and a new Pyrotheria: two fossils mammals from Tremembé Formation, Brazil (SALMA Deseadense - Upper Oligocene)

Ribeiro, Graziella do Couto 14 September 2015 (has links)
O presente estudo aborda a descrição osteológica e a análise taxonômica dos fósseis de Taubatherium paulacoutoi (ordem Notoungulata: família Leontiniidae) e de um novo táxon (ainda não descrito) da ordem Pyrotheria, ambos procedentes da Formação Tremembé (Bacia de Taubaté), com idade ao redor de 24 milhões de anos. A análise inclui todo material disponível, a maioria não estudada previamente. Comparações desses materiais foram feitas com esqueletos de mamíferos fósseis, das mesmas ordens e famílias de outras localidades da América do Sul de idade semelhante. A maioria dos fósseis procedentes da Fm. Tremembé, bem como os esqueletos de mamíferos atuaisencontram-senas coleções do Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Os fósseis procedentes de outros países sul-americanos foram examinados e analisados em coleções paleontológicas de museus da Argentina e dos Estados Unidos. Foram mais de 490 segmentos (dentes e ossos) analisados e referidos a T. paulacoutoi, sendo alguns fragmentados, mas outros praticamente completos e em ótimo estado de conservação. Com o objetivo de ampliar o conhecimento de Taubatherium paulacoutoi foi realizada a descrição anatômica e comparativa do esqueleto, bem como a reconstituição completa do esqueleto e do animal em vida, incluindo hábitos alimentares e postura corporal. Os resultados revelaram que Taubatherium é um mamífero de médio porte, com aproximadamente 1,80 m de comprimento, 80 cm de altura e cerca de 280-350 kg de peso, comparável em tamanho e massa corpórea a uma espécie moderna de Equus (Equidae), cujas características corroboram a hipótese de ter sido um mamífero herbívoro rameador, de hábitos gregários, que vivia em bandos à beira do paleolago. Para uma melhor caracterização do Pyrotheria da Formação Tremembé foram realizadas comparações dos dentes e dos ossos pós-cranianos com os de outros membros da família Pyrotheriidae, especialmente com Pyrotherium romeroi (Argentina) e Pyrotherium macfaddeni (Bolívia). A presença da ordem Pyrotheria foi confirmada para a Fm. Tremembé. Contudo, as características morfológicas observadas nos materiais o diferem dos táxons previamente descritos para a familia; o pirotério da Fm. Tremembé mostra semelhanças com os do gênero Pyrotherium, porém se trata, seguramente, de um gênero e de uma espécie distinta ainda a ser descrita. A paleomastofauna conhecida para a Bacia de Taubaté tem composição própria, representada por espécies endêmicas. Tais registros corroboram com a SALMA Deseadense Superior (Oligoceno Superior ou Mioceno Inferior) para a Fm. Tremembé, cujos depósitos representam um momento singular na história da América do Sul / The present study comprises an osteological description and taxonomic analysis of fossil mammal remains of Taubatherium paulacoutoi (order Notoungulata: family Leontiniidae) and also of a new taxon (undescribed) of the order Pyrotheria, both from the Tremembé Formation (Taubaté Basin), aged around 24 mya. The analysis included all available material, most of which had not been studied previously. Comparisons were made with fossil mammals of the same orders and families of similar age from other localities in South America. Most fossil remains from Tremembé Formation and current mammalian skeletons are housed in the collections of Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Fossils from other South American countries were analyzed in paleontological collections from museums in Argentina and the United States.The studied material included more than 490 bone and teeth fossils referable to T. paulacoutoi, some of which were fragmented, but others almost complete and in excellent condition. We made a complete reconstruction of the skeleton, with anatomical and comparative descriptions, and propose body posture and likely eating habits. The results revealed that Taubatherium was a medium-sized mammal, around 1.80 m long, 80 cm high, and about 280-350 kg weight, comparable in size to the body mass of a modern Equus species (Equidae), and its features support the hypothesis of a herbivorous rameador mammal of gregarious habits that lived in herds around the paleo-lake. To characterize the new taxon of Pyrotheria from the Tremembé Formation, comparisons were made of teeth and post-cranial bones with other members of Pyrotheriidae, especially with Pyrotherium romeroi (Argentina) and P. macfaddeni (Bolivia). The presence of the order Pyrotheria in the Tremembé Formation is confirmed.However, the morphological characteristics observed in the fossil samples differ from all previously described taxa for the family; our fossil material from the Fm. Tremembé resembles the genus Pyrotherium, but is sufficiently distinct to warrant recognition as a new species in a distinct genus. The paleomastofauna known for the Taubaté Basin has a distinctive composition and is represented by endemic species. Such records corroborate with the SALMA Upper Deseadense (Upper Oligocene and Lower Miocene) at Fm. Tremembé, and these deposits represent a unique period in the history of South America
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Bioclastos de organismos terrestres e marinhos na praia e plataforma interna do Rio Grande do Sul : natureza, distribuição, origem e significado geológico

Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e January 2002 (has links)
Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.
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Bioclastos de organismos terrestres e marinhos na praia e plataforma interna do Rio Grande do Sul : natureza, distribuição, origem e significado geológico

Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e January 2002 (has links)
Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.
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Bioclastos de organismos terrestres e marinhos na praia e plataforma interna do Rio Grande do Sul : natureza, distribuição, origem e significado geológico

Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e January 2002 (has links)
Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.
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Osteologia de Taubatherium paulacoutoi  Soria & Alvarenga, 1989 (Notoungulata, Leontiniidae) e de um novo Pyrotheria: dois mamíferos fósseis da Formação Tremembé, Brasil (SALMA Deseadense - Oligoceno Superior) / Osteology of Taubatherium paulacoutoi Soria & Alvarenga, 1989 (Notoungulata, Leontiniidae) and a new Pyrotheria: two fossils mammals from Tremembé Formation, Brazil (SALMA Deseadense - Upper Oligocene)

Graziella do Couto Ribeiro 14 September 2015 (has links)
O presente estudo aborda a descrição osteológica e a análise taxonômica dos fósseis de Taubatherium paulacoutoi (ordem Notoungulata: família Leontiniidae) e de um novo táxon (ainda não descrito) da ordem Pyrotheria, ambos procedentes da Formação Tremembé (Bacia de Taubaté), com idade ao redor de 24 milhões de anos. A análise inclui todo material disponível, a maioria não estudada previamente. Comparações desses materiais foram feitas com esqueletos de mamíferos fósseis, das mesmas ordens e famílias de outras localidades da América do Sul de idade semelhante. A maioria dos fósseis procedentes da Fm. Tremembé, bem como os esqueletos de mamíferos atuaisencontram-senas coleções do Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Os fósseis procedentes de outros países sul-americanos foram examinados e analisados em coleções paleontológicas de museus da Argentina e dos Estados Unidos. Foram mais de 490 segmentos (dentes e ossos) analisados e referidos a T. paulacoutoi, sendo alguns fragmentados, mas outros praticamente completos e em ótimo estado de conservação. Com o objetivo de ampliar o conhecimento de Taubatherium paulacoutoi foi realizada a descrição anatômica e comparativa do esqueleto, bem como a reconstituição completa do esqueleto e do animal em vida, incluindo hábitos alimentares e postura corporal. Os resultados revelaram que Taubatherium é um mamífero de médio porte, com aproximadamente 1,80 m de comprimento, 80 cm de altura e cerca de 280-350 kg de peso, comparável em tamanho e massa corpórea a uma espécie moderna de Equus (Equidae), cujas características corroboram a hipótese de ter sido um mamífero herbívoro rameador, de hábitos gregários, que vivia em bandos à beira do paleolago. Para uma melhor caracterização do Pyrotheria da Formação Tremembé foram realizadas comparações dos dentes e dos ossos pós-cranianos com os de outros membros da família Pyrotheriidae, especialmente com Pyrotherium romeroi (Argentina) e Pyrotherium macfaddeni (Bolívia). A presença da ordem Pyrotheria foi confirmada para a Fm. Tremembé. Contudo, as características morfológicas observadas nos materiais o diferem dos táxons previamente descritos para a familia; o pirotério da Fm. Tremembé mostra semelhanças com os do gênero Pyrotherium, porém se trata, seguramente, de um gênero e de uma espécie distinta ainda a ser descrita. A paleomastofauna conhecida para a Bacia de Taubaté tem composição própria, representada por espécies endêmicas. Tais registros corroboram com a SALMA Deseadense Superior (Oligoceno Superior ou Mioceno Inferior) para a Fm. Tremembé, cujos depósitos representam um momento singular na história da América do Sul / The present study comprises an osteological description and taxonomic analysis of fossil mammal remains of Taubatherium paulacoutoi (order Notoungulata: family Leontiniidae) and also of a new taxon (undescribed) of the order Pyrotheria, both from the Tremembé Formation (Taubaté Basin), aged around 24 mya. The analysis included all available material, most of which had not been studied previously. Comparisons were made with fossil mammals of the same orders and families of similar age from other localities in South America. Most fossil remains from Tremembé Formation and current mammalian skeletons are housed in the collections of Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Fossils from other South American countries were analyzed in paleontological collections from museums in Argentina and the United States.The studied material included more than 490 bone and teeth fossils referable to T. paulacoutoi, some of which were fragmented, but others almost complete and in excellent condition. We made a complete reconstruction of the skeleton, with anatomical and comparative descriptions, and propose body posture and likely eating habits. The results revealed that Taubatherium was a medium-sized mammal, around 1.80 m long, 80 cm high, and about 280-350 kg weight, comparable in size to the body mass of a modern Equus species (Equidae), and its features support the hypothesis of a herbivorous rameador mammal of gregarious habits that lived in herds around the paleo-lake. To characterize the new taxon of Pyrotheria from the Tremembé Formation, comparisons were made of teeth and post-cranial bones with other members of Pyrotheriidae, especially with Pyrotherium romeroi (Argentina) and P. macfaddeni (Bolivia). The presence of the order Pyrotheria in the Tremembé Formation is confirmed.However, the morphological characteristics observed in the fossil samples differ from all previously described taxa for the family; our fossil material from the Fm. Tremembé resembles the genus Pyrotherium, but is sufficiently distinct to warrant recognition as a new species in a distinct genus. The paleomastofauna known for the Taubaté Basin has a distinctive composition and is represented by endemic species. Such records corroborate with the SALMA Upper Deseadense (Upper Oligocene and Lower Miocene) at Fm. Tremembé, and these deposits represent a unique period in the history of South America
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Avaliação morfológica, taxonômica e cronológica dos mamíferos fósseis da Formação Tremembé (Bacia de Taubaté), Estado de São Paulo, Brasil / Morphological, taxonomic and chronological evaluation of fossil mammals from the Tremembé Formation (Taubaté Basin), São Paulo State, Brazil

Ribeiro, Graziella do Couto 13 December 2010 (has links)
Com base em novos fósseis de mamíferos coletados na Formação Tremembé, Bacia de Taubaté, Estado de São Paulo, Brasil e na reavaliação dos materiais anteriormente estudados e coletados nesta mesma localidade, é apresentado um panorama da paleomastofauna desta Formação. Foram feitas redescrições de materiais de alguns grupos, melhorando o conhecimento anatômico de alguns espécimes. A ampliação da diversidade conhecida de mamíferos fósseis deve-se a materiais inéditos coletados no afloramento da Fazenda Santa Fé (Tremembé) e depositados no Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). As comparações foram feitas com materiais de outras localidades da América do Sul, de idade igual ou semelhante, que confirmam a identificação de diversos táxons, contribui com a reconstituição do paleoambiente e a determinação da idade dos sedimentos da Formação Tremembé. Três novos táxons de metatérios são reconhecidos, sendo dois deles representados por material de excelente valor diagnóstico. São reconhecidos um Proborhyaenidae de médio porte (no lugar de um suposto Borhyaenidae) e um Metatheria da família Hathliacynidae (próximo de Sipalocyon) de tamanho semelhante ao de um gambá atual (Didelphis). A presença de um material dentário de Pyrotheriidae, juntamente com material pós-craniano, também contribui com características diagnósticas de um táxon distinto de outros membros da família. O fragmento dentário até então identificado como de um Notohippidae indeterminado é aqui atribuído a Rhynchippus brasiliensis que, como Taubatherium paulacoutoi, parece ser uma espécie polimórfica quanto aos caracteres dentários. Com base em materiais dentários, Taubatherium paulacoutoi é o único Leontiniidae seguramente descrito para a Formação Tremembé. Entretanto, um novo material pertencente a esta família é aqui apresentado, porém com dados insuficientes para uma melhor identificação. Os materiais analisados reforçam, para a Formação Tremembé, a idade Deseadense Superior, ou ainda, sugerem idade Oligoceno Superior ou, com menor probabilidade, Mioceno Inferior, ou seja, ao redor de 23,5 a 24 milhões de anos. Os mamíferos colaboram também para reforçar a idéia de um paleoambiente ligado a uma região de beira de lago, com grande oferta de peixes, principalmente, durante as estações de estiagem, que atraía um grande número de animais oportunistas. / This study presents a comprehensive panorama of the fossil mammal fauna of the Tremembé Formation, Taubaté Basin, São Paulo State, Brazil based on recently collected materials, and revaluation of previous specimens collected from the same fossil quarries. We improved our understanding of previously examined material by making new descriptions, and our appreciation of the diversity of fossil mammals in this area was further enhanced by studies on hitherto unpublished collections from outcrops at the Fazenda Santa Fé (Tremembé) that are now deposited in the Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Comparisons were made with fossil collections of the same or similar age from other localities in South America. The comparisons helped confirm the identity of diverse taxa, and contributed to a reconstruction of the palaeoenvironment, and to the determination of the age of the sediments in the Tremembé Formation. Three new Metatheria taxa were recognised, two of which were based on material with excellent diagnostic features: they comprise a medium sized Proborhyaenidae (previously identified as a supposed Borhyaenidae), and a Metatheria of the family Hathliacynidae (a close relative of Sipalocyon) that was similar in size to the recent opossum (Didelphis). A dental and also post-cranial material of the Pyrotheriidae provided diagnostic characters for a new taxon distinct from other members of the pyrotheriids. Another dental fragment previously identified as an undetermined Notohippidae, we attribute to Rhynchippus brasiliensis which, like Taubatherium paulacoutoi, seems to be a rather polymorphic species with regard to dental features. Taubatherium paulacoutoi is the only Leontiniidae that has been identified with confidence for Tremembé, and whilst we assign the new material to this family, the data are insufficient for a more positive identification. The analysed materials reinforce the view that the Tremembé Formation belongs to the Upper Deseadense, or perhaps the Upper Oligocene, or more unlikely the Lower Miocene, i.e. around 23.5-24 mya. These mammal fossils also support the idea of a palaeoenvironment that was a lakeside habitat, with the occurerence of many fish, mainly, in the dry season, that may have attracted a large number of opportunistic animals.
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Avaliação morfológica, taxonômica e cronológica dos mamíferos fósseis da Formação Tremembé (Bacia de Taubaté), Estado de São Paulo, Brasil / Morphological, taxonomic and chronological evaluation of fossil mammals from the Tremembé Formation (Taubaté Basin), São Paulo State, Brazil

Graziella do Couto Ribeiro 13 December 2010 (has links)
Com base em novos fósseis de mamíferos coletados na Formação Tremembé, Bacia de Taubaté, Estado de São Paulo, Brasil e na reavaliação dos materiais anteriormente estudados e coletados nesta mesma localidade, é apresentado um panorama da paleomastofauna desta Formação. Foram feitas redescrições de materiais de alguns grupos, melhorando o conhecimento anatômico de alguns espécimes. A ampliação da diversidade conhecida de mamíferos fósseis deve-se a materiais inéditos coletados no afloramento da Fazenda Santa Fé (Tremembé) e depositados no Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). As comparações foram feitas com materiais de outras localidades da América do Sul, de idade igual ou semelhante, que confirmam a identificação de diversos táxons, contribui com a reconstituição do paleoambiente e a determinação da idade dos sedimentos da Formação Tremembé. Três novos táxons de metatérios são reconhecidos, sendo dois deles representados por material de excelente valor diagnóstico. São reconhecidos um Proborhyaenidae de médio porte (no lugar de um suposto Borhyaenidae) e um Metatheria da família Hathliacynidae (próximo de Sipalocyon) de tamanho semelhante ao de um gambá atual (Didelphis). A presença de um material dentário de Pyrotheriidae, juntamente com material pós-craniano, também contribui com características diagnósticas de um táxon distinto de outros membros da família. O fragmento dentário até então identificado como de um Notohippidae indeterminado é aqui atribuído a Rhynchippus brasiliensis que, como Taubatherium paulacoutoi, parece ser uma espécie polimórfica quanto aos caracteres dentários. Com base em materiais dentários, Taubatherium paulacoutoi é o único Leontiniidae seguramente descrito para a Formação Tremembé. Entretanto, um novo material pertencente a esta família é aqui apresentado, porém com dados insuficientes para uma melhor identificação. Os materiais analisados reforçam, para a Formação Tremembé, a idade Deseadense Superior, ou ainda, sugerem idade Oligoceno Superior ou, com menor probabilidade, Mioceno Inferior, ou seja, ao redor de 23,5 a 24 milhões de anos. Os mamíferos colaboram também para reforçar a idéia de um paleoambiente ligado a uma região de beira de lago, com grande oferta de peixes, principalmente, durante as estações de estiagem, que atraía um grande número de animais oportunistas. / This study presents a comprehensive panorama of the fossil mammal fauna of the Tremembé Formation, Taubaté Basin, São Paulo State, Brazil based on recently collected materials, and revaluation of previous specimens collected from the same fossil quarries. We improved our understanding of previously examined material by making new descriptions, and our appreciation of the diversity of fossil mammals in this area was further enhanced by studies on hitherto unpublished collections from outcrops at the Fazenda Santa Fé (Tremembé) that are now deposited in the Museu de História Natural de Taubaté (MHNT). Comparisons were made with fossil collections of the same or similar age from other localities in South America. The comparisons helped confirm the identity of diverse taxa, and contributed to a reconstruction of the palaeoenvironment, and to the determination of the age of the sediments in the Tremembé Formation. Three new Metatheria taxa were recognised, two of which were based on material with excellent diagnostic features: they comprise a medium sized Proborhyaenidae (previously identified as a supposed Borhyaenidae), and a Metatheria of the family Hathliacynidae (a close relative of Sipalocyon) that was similar in size to the recent opossum (Didelphis). A dental and also post-cranial material of the Pyrotheriidae provided diagnostic characters for a new taxon distinct from other members of the pyrotheriids. Another dental fragment previously identified as an undetermined Notohippidae, we attribute to Rhynchippus brasiliensis which, like Taubatherium paulacoutoi, seems to be a rather polymorphic species with regard to dental features. Taubatherium paulacoutoi is the only Leontiniidae that has been identified with confidence for Tremembé, and whilst we assign the new material to this family, the data are insufficient for a more positive identification. The analysed materials reinforce the view that the Tremembé Formation belongs to the Upper Deseadense, or perhaps the Upper Oligocene, or more unlikely the Lower Miocene, i.e. around 23.5-24 mya. These mammal fossils also support the idea of a palaeoenvironment that was a lakeside habitat, with the occurerence of many fish, mainly, in the dry season, that may have attracted a large number of opportunistic animals.
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Os xenarthra pilosa (megatheriidae), notoungulata (toxodontidae) e proboscidea (gomphotheriidae) da formação Rio Madeira, pleitoceno superior, Estado de Rondônia, Brasil

Nascimento, Ednair Rodrigues do January 2008 (has links)
São aqui descritos materiais de mamíferos pertencentes à Formação Rio Madeira, localidade Araras, Município de Nova Mamoré, Bacia do Abunã, Pleistoceno Superior, Estado de Rondônia. As espécies registradas foram Eremotherium laurillardi (Megatheriidae, Pilosa), Stegomastodon waringi (Gomphotheriidae, Proboscidea), Trigodonops lopesi, e um Toxodontinae indet. (Toxodontidae, Notoungulata). O estudo permitiu corroborar para E. laurillardi a existência de uma porção mastoidea do pétreo na parede posterior do crânio, independente dos processos mastóide (pétreo) e pós-timpânico (esquamosal); observar em T. lopesi a morfologia do P2, não descrita antes. / Here, material of mammals belonging to the Rio Madeira Formation, Araras locality Araras, Nova Mamoré Municipality, Abunã Basin, Upper Pleistocene of Rondônia State. The species found were Eremotherium laurillardi (Megatheriidae, Pilosa); Stegomastodon waringi (Gomphotheriidae, Proboscidea); Trigodonops lopesi, and a Toxodontinae indet. (Toxodontidae, Notoungulata). The study allowed to corroborate for E. laurillardi the presence of a mastoid portion of periotic at the posterior skull wall, independent from a mastoid process (periotic) and from a postympanic process (squamosal); and to observe in T. lopesi the morphology of P2, not described before.
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Didelphimorphia, chiroptera e rodentia (mammalia) do holoceno do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil : aspectos taxonômicos, paleoambientais e paleoclimáticos

Rodrigues, Patrícia Hadler January 2008 (has links)
Nas últimas décadas os estudos sobre mamíferos fósseis do Brasil aumentaram significativamente, mas ainda assim pouco se conhece sobre o registro daqueles de pequeno porte (Didelphimorphia, Chiroptera e Rodentia, Hystricognathi). Apesar destes serem registrados para onze estados brasileiros, as ocorrências são muito pontuais e fragmentárias, exceto pela fauna de Lagoa Santa, Estado de Minas Gerais. Estudou-se os mamíferos de pequeno porte de dois sítios arqueológicos com datações que abrangem desde o Holoceno inicial (± 9.400 anos AP) até o Holoceno final (± 3.700 anos AP). Os sítios localizam-se na porção nordeste do estado, nos Municípios de Montenegro e Santo Antônio da Patrulha, no limite entre duas sub-regiões biogeográficas neotropicais, a Chaquenha e a Paranaense. Além da taxonomia, também estudou-se aspectos paleoclimáticos e paleoambientais para as duas áreas. Registrou-se 24 táxons de mamíferos de pequeno porte, sendo eles: Gracilinanus agilis, G. microtarsus, Monodelphis americana, Thylamys velutinus, Thylamys cf. T. velutinus, Didelphis sp., Philander opossum (Didelphidae), Chrotopterus auritus, Pygoderma bilabiatum (Phyllostomidae), Eptesicus brasiliensis, Eptesicus fuscus, Myotis cf. Myotis ruber, Vespertilionidae aff. Lasiurus (Vespertilionidae); Tadarida brasiliensis, Molossus molossus (Molossidae), Cavia sp., C. aperea, C. magna (Caviidae), Ctenomys sp. (Ctenomyidae), Myocastor coypus (Myocastoridae), Phyllomys sp., Euryzygomatomys mordax, Dicolpomys fossor e uma nova espécie, Clyomys sp. nov. (Echimyidae). A composição da fauna de pequenos mamíferos em ambos os sítios, especialmente em relação aos Echimyidae, evidencia uma similaridade taxonômica com a fauna de Lagoa Santa. Entre os táxons registrados, pelo menos três deles estão extintos (D. fossor, E. mordax e Clyomys sp. nov), o que poderia indicar uma maior diversidade dos Echimyidae durante o Holoceno, assim corroborando a hipótese de extinções mais tardias da fauna de roedores na região mais ao norte da América do Sul do que no extemo sul deste continente. Em relação ao paleoclima, a fauna de marsupiais e roedores caviomorfos manteve-se quase a mesma ao longo do tempo em ambas as áreas, o que pode ter-se devido a mudanças climáticas mais lentas e graduais. A ocorrência de marsupiais e roedores caviomorfos de ambientes campestres e áreas florestadas nos mesmos níveis poderia dever-se a um ambiente em mosaico, mas com predomínio dos campos. A diferença temporal no início da expansão das florestas entre as duas áreas, a qual é hipotetizada pelos dados palinológicos, não pôde ser corroborada pelo registro dos mamíferos de pequeno porte, já que desde o Holoceno inicial (± 8.000 anos AP) estavam presentes em ambos os sítios animais típicos de áreas florestadas. Os Chiroptera não contribuiram para com as análises paleoambientais e paleoclimáticas devido à sua distribuição estratigráfica irregular e o pequeno número de espécimes. As inferências paleoclimáticas e paleoambientais embora preliminares, são as primeiras com vistas ao melhor entendimento do Holoceno do Estado do Rio Grande do Sul. / During the last decades, there was an increase in the studies about the fossil mammals from Brazil, although very little is known about the record concerning those of small size (Didelphimorphia, Chiroptera e Rodentia, Hystricognathi). Although these animals are recorded for eleven Brazilian states, most occurrences are isolated and fragmentary, except from Lagoa Santa, Minas Gerais State. Small mammals from two archaeological sites were studied, dating from the Early Holocene (± 9,400 years BP) until the Late Holocene (± 3,700 years BP). The sites are in the Northeast of Rio Grande do Sul State, at Montenegro and Santo Antônio da Patrulha Counties, situated at the boundary of two neotropical biogeographic subregions, Chaco and Parana. Besides from taxonomy, there were also studied paleoclimatic and paleoenvironmental aspects of both areas. There were recorded 24 taxa of small mammal: Gracilinanus agilis, G. microtarsus, Monodelphis americana, Thylamys velutinus, Thylamys cf. T. velutinus, Didelphis sp., Philander opossum (Didelphidae), Chrotopterus auritus, Pygoderma bilabiatum (Phyllostomidae), Eptesicus brasiliensis, Eptesicus fuscus, Myotis cf. Myotis ruber, Vespertilionidae aff. Lasiurus (Vespertilionidae); Tadarida brasiliensis, Molossus molossus (Molossidae), Cavia sp., C. aperea, C. magna (Caviidae), Ctenomys sp. (Ctenomyidae), Myocastor coypus (Myocastoridae), Phyllomys sp., Euryzygomatomys mordax, Dicolpomys fossor and a new species, Clyomys sp. nov. (Echimyidae). The small mammal fauna composition from the two sites, mainly that of Echimyidae, made evident a taxonomic similarity with the fauna from Lagoa Santa. Among the taxa recorded, at least three of them are extinct (D. fossor, E. mordax and Clyomys sp. nov), what might indicate a greater diversity of Echimyidae during Holocene, in this way corroborating the hypothesis of rodent extinctions occurring much later northern than in southern South America. Concerning paleoclimatic aspects, the composition of the marsupials and caviomorphs was quite the same over time in both areas, indicating that climatic changes during the Holocene were possibly slow and gradual. The occurrence of marsupials and caviomorphs of grasslands and other ones of forested areas at the same levels incates a mosaic environment, but with grasslands predominance. The temporal difference in the beggining of forest expansion in both areas, which is hypothetized by the palynological data, could not be corroborated on the basis of the small mammals, because since Early Holocene (± 8,000 years BP) forest animals were present at both sites. Data on the Chiroptera did not contribute to the paleoclimatic and paleoenvironmental analyses, because of their irregular stratigraphic distribution and small number of specimens. The paleoclimatic and paleoenvironmental inferences although preliminary, are the first contribution to a better understanding of Holocene of Rio Grande do Sul State.

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