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Mulheres gerentes: construindo as identidades de gênero no trabalhoSilveira, Nereida Salette Paulo da 09 November 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-11-09 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / This study investigated how gender identities of women in managerial positions are constructed at work by means of interactions. In contemporary societies, women are reaching
increasingly higher positions in the hierarchy of organizations. Although there is a consensus that the construction of gender identity is a negotiated process with the environment, it is still poorly explored how this process occurs in organizational settings. Some studies suggest that during their careers advancement women become masculinized in order to adapt to the prevalent male models of most of organizations. In contrast, other investigations show that the better representation of women in upper hierarchical levels of organizations leads to a
feminization of the concepts of management, reduces sex-roles stereotypes and contributes to less problematic gender relations. The study did not depart from a hypothesis, but from an exploratory investigation seeking to understand what factors may be present in this process
and how they interact. For this purpose we opt for the methodological qualitative approach of Grounded Theory guided by the theoretical framework of structural symbolic Interactionism.The data was obtained from in-depth interviews with 13 women in managerial positions of
medium and large companies in the state of São Paulo. Comparative analysis of the data enabled us to propose a model that places the need to deal with the conceptions and
experiences around motherhood as the central element of the construction of multiple gender identities. This process is mediated by a dynamic and ongoing self-assessment of self-efficacy in the performance of role identities that provides conditions for reconfiguration of meanings and identities. / O presente estudo buscou investigar como as identidades de gênero de mulheres em posição gerencial são construídas no trabalho por meio das interações. Nas sociedades contemporâneas as mulheres estão alcançando postos cada vez mais altos na hierarquia das organizações. Embora haja um consenso de que a construção da identidade de gênero seja um processo negociado com o ambiente, é ainda pouco explorado como esse processo ocorre no ambiente organizacional. Alguns estudos apontam que ao avançarem profissionalmente as mulheres se masculinizam, buscando adaptar-se aos modelos masculinos prevalentes na
maioria das organizações. Contrariamente, outras investigações evidenciam que a maior representação de mulheres em níveis hierárquicos superiores das organizações leva a uma feminização das concepções de gerenciamento, à redução dos estereótipos de papéis sexuais e a relações de gênero menos problemáticas. O estudo não partiu de uma hipótese, e sim de uma pesquisa exploratória, buscando compreender que elementos podem estar presentes nesse
processo e como se relacionam entre si. Para tanto optamos por uma abordagem metodológica qualitativa fundamentada nos dados (Grounded Theory) orientada pelo referencial teórico do interacionismo simbólico estrutural. Os dados foram obtidos a partir de entrevistas de profundidade com 13 mulheres em posição gerencial em empresas de médio e grande porte no estado de São Paulo. A análise comparativa dos dados possibilitou a proposição de um modelo que traz a necessidade de lidar com as concepções e experiências em torno da maternidade como elemento central na construção de múltiplas identidades de gênero. Esse processo, intermediado pela contínua e dinâmica autoavaliação de autoeficácia no desempenho das identidades de papel, fornece condições para a reconfiguração de significados e identidades.
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