Spelling suggestions: "subject:"manejo dde pastagem"" "subject:"manejo dee pastagem""
1 |
Impact of soil management on water, sediments and nutrients losses: field, laboratory and modeling experimentsROCHA JUNIOR, P. R. 22 February 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:36:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
tese_7186_Paulo Roberto da Rocha Junior.pdf: 3611101 bytes, checksum: 0a465332d65f9153443d580f3af4db09 (MD5)
Previous issue date: 2016-02-22 / Embora muito esforço venha sendo realizado, os estudos visando mitigar os efeitos da erosão ainda são insuficientes. Neste contexto a presente tese buscou estudar os efeitos do manejo do solo em dois grandes países produtores agrícolas, Brasil e Estados Unidos, focando nas particularidades encontradas em cada país. Os Capítulos 1 e 2 da presente tese tiveram como objetivo estudar os efeitos da recuperação ou renovação de pastagens sob diferentes manejos de solo (controle, escarificada, adubada, queimada, integração lavoura-pecuária e arada e gradeada em nível). Foram avaliados sob chuva natural as perdas de sedimento, água, nutrientes (Ca, Mg, P e K) e carbono orgânico (COT, C lábil, C menos lábil e C recalcitrante). Além disso, estudou-se qual compartimento (água ou sedimento) e granulometria de sedimento (maior ou menor que 0,250mm) perdeu mais nutriente e carbono. Para cada manejo foram calculados o fator cobertura e manejo do solo (fator-C) usado na Equação Universal de Perda de Solo (USLE/RUSLE), os valores calculados foram calibrados com os observados a campo. Nos Capítulos 3 e 4 o objetivo foi estudar o efeito da mudança de manejo do solo adotado na produção agrícola dos Estados Unidos (plantio direto, preparo em contorno, preparo do solo morro abaixo e solo exposto) avaliando a influência da alteração do manejo nas perdas de sedimento, água e P, sob chuva natural e simulada. Além disso, foram avaliados os efeitos destas práticas na rugosidade do solo com experimentos de chuva simulada, e a possibilidade de modelagem dos dados observado a campo utilizando o software WEPP (Water Erosion Predict Project). No capitulo 1 verificou-se de uma maneira geral que os manejos de pastagens que levam aos maiores valores de perda foram o controle (10,31 t ha-1 e 119,58 mm ou 9,1%) e a pastagem queimada (5,34 t ha-1 e 90,37 mm e 6,8%). Valores intermediários de perda foram de solo foram observados nos manejos de integração lavoura-pecuária (1,25 t ha-1 e 125,87 mm ou 9,5%) e escarificada (1,70 t ha-1 e 84,74 mm ou 6,4%). Os valores mais baixos de perdas de solo e água foram verificados nos manejos de pastagens arada e gradeada em nível (0,01 t ha-1 e 9,23 mm ou 0.7%) e adubada (0,31 t ha-1 e 32,47 mm ou 2,4%). Recomenda-se a utilização da adubação em pastagens estabelecidas na Mata Atlântica tendo em vista reduzir as perdas e elevar a produção de capim. O manejo da queima
x
e o manejo extensivo semelhante à pastagem controle devem ser evitados. Independente do manejo as maiores perdas de Ca (98,63 %), Mg (99,30 %), K (90,57 %) e P (65,29 %) estiveram associadas a água de escoamento, enquanto as maiores perdas de CO (79,93 %) estiveram associadas ao sedimento. Os sedimentos grossos (granulometria maior que 0,250 mm) foi responsável pela maior perda de Ca, Mg, K e CO, enquanto o a maior parte do P foi perdido pelo sedimento fino. No capitulo 2 verificou-se que os dados estimados pela USLE/ RUSLE utilizando o fator-C calculado foram próximos aos observados a campo. Recomenda-se o fator-C para estimativa de perda de solo em áreas de pastagens estabelecidas na Mata Atlântica. Os valores encontrados quando calculados em 4 meses foram: 0.007300 t ha t-1 ha-1 pastagem controle, 0.009700 t ha t-1 ha-1 pastagem escarificada, 0.001900 t ha t-1 ha-1 pastagem adubada, 0.017300 t ha t-1 ha-1 pastagem queimada, 0.0090 t ha t-1 ha-1 pastagem integração lavoura-pecuária e 0.000400 t ha t-1 ha-1 pastagem arada e gradeada. O fator-C calculado para 24 meses foram: 0.001380 t ha t-1 ha-1 pastagem controle, 0.002350 t ha t-1 ha-1 pastagem escarificada, 0.000470 t ha t-1 ha-1 pastagem adubada, 0.003210 t ha t-1 ha-1 pastagem queimada, 0.002240 t ha t-1 ha-1 pastagem integração lavoura-pecuária e 0.000110 t ha t-1 ha-1 pastagem arada e gradeada. No Capitulo 3 verificou que o manejo do solo com plantio direto deve ser mantido nos Estados Unidos tendo em vista evitar as perdas de sedimento e água, os menores valores foram observados neste manejo 0,45 t ha-1 e 152,35 mm. Quando não for possível manter todo o resíduo sob o solo o preparo em contorno deve ser adotado, isso porque neste manejo foi registrado o segundo menor valor de perdas 5,71 t ha-1 e 166,51 mm e a menor perda de P com 216.26 g ha-1. Os manejos de solo com a colheita total de resíduos (semelhante ao solo exposto) e o preparo do solo morro abaixo devem ser evitados onde foram registradas as maiores perdas de sedimento, água e P. Quando realizado a modelagem foi observado superestimação das perdas de água e subestimação das perdas de sedimento, recomendando mais pesquisas com modelagem, buscando uma melhor caracterização do solo ao longo do tempo. No Capitulo 4 observou-se que o preparo do solo em Contorno (7,03) e Morro abaixo (7,17) tiveram efeito na elevação da rugosidade do solo quando comparado aos manejos Plantio Direto (4,34) e Solo exposto (4,26). Este efeito levou a menor perda de água na chuva de menor intensidade (50 mm). No entanto nas perdas de sedimento a rugosidade teve pouco efeito, sendo mais importante a direção do preparo e o fator cobertura do solo, onde os valores totais de perda de sedimento foram: solo exposto 9,77 t ha-1; morro abaixo 8,85 t ha-1; preparo em contorno 1,30 t ha-1; e plantio direto 0,59 t ha-1.
|
2 |
Morfofisiologia e crescimento do dossel e desempenho animal em Panicum maximum cv. Mombaça sob lotação intermitente com três períodos de descanso / Canopy morphophysiology and growth and animal performance on Panicum maximum cv. Mombaça under intermittent stocking of three rest periodsCândido, Magno José Duarte 14 February 2003 (has links)
Submitted by Nathália Faria da Silva (nathaliafsilva.ufv@gmail.com) on 2017-07-11T13:37:24Z
No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 4134703 bytes, checksum: 0ef283863bd565189c8c19cf03f952e8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-11T13:37:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 4134703 bytes, checksum: 0ef283863bd565189c8c19cf03f952e8 (MD5)
Previous issue date: 2003-02-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Três experimentos foram conduzidos na Central de Experimentação, Pesquisa e Extensão do Triângulo Mineiro (CEPET/UFV), de novembro de 2000 a março de 2001, para avaliar a morfogênese, as características estruturais e o crescimento do dossel e o desempenho de novilhos em pastejo em Panicum maximum cv. Mombaça sob lotação intermitente e taxa de lotação variável, com os períodos de descanso (PD) definidos em função do tempo necessário para a expansão de 2,5; 3,5 e 4,5 novas folhas por perfilho. A área experimental foi dividida em cinco ou seis piquetes por tratamento, caracterizando um delineamento inteiramente casualizado com cinco ou seis repetições. Foram utilizados 15 novilhos mestiços (holandês x zebu), como animais de prova, além de outros como animais de equilíbrio. Cinco animais de prova, pastejaram durante seis dias em cada um dos piquetes do respectivo tratamento. Animais de equilíbrio foram adicionados, quando necessário, para garantir que ao final do 6 0 dia de pastejo o índice de área foliar (IAF) estivesse próximo de 2,0. Os piquetes receberam adubação em cobertura de N, P 2 O 5 e K 2 O, na dose de 100; 25 e 100 kg/ha, dividida em duas aplicações, no início e meado do período experimental. No estudo de morfofisiologia, acompanhou-se, durante diferentes PDs, a evolução da morfogênese da cv. Mombaça, estimando-se as taxas de aparecimento, alongamento e senescência de folhas (TApF, TAlF e TSF, respectivamente), a taxa de alongamento das hastes (TAlH) e a taxa de acúmulo de forragem (TAF). Ao final de cada PD (antes da entrada dos animais) e logo após o período de pastejo, foram avaliadas: altura do dossel, massa seca de forragem verde (MSFV), massa seca de lâminas foliares verdes (MSLV), massa seca de colmos verdes (MSCV) e relação folha/colmo. Ao final de cada período de pastejo também foi estimada a densidade populacional de perfilhos (DPP). O estudo de análise de crescimento constou de duas fases: Crescimento 1, após a roçada de uniformização em novembro de 2000; e Crescimento 2, após alguns ciclos de pastejo sob efeito dos três PDs. Foram efetuadas amostragens em piquetes com idades variando de cinco até 45 dias a intervalo médio de seis dias, efetuando-se leituras da intercepção da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) e do índice de área foliar (IAF), utilizando-se de um Sistema de Análise do Dossel (SunScan da Delta-T Devices Ltd.). Concomitantemente, nos mesmos piquetes, foi estimada a MSFV. Tomando-se os dados de MSFV e área foliar (AF), foram ajustados modelos polinomiais de segundo grau em função da idade e a partir dessas equações, estimaram-se os valores instantâneos das taxas de crescimento relativo (TCR) e de assimilação líquida (TAL) e da razão de área foliar (RAF), para cada idade. Como primeira avaliação do experimento de desempenho animal, foram efetuadas pesagens dos animais de prova, no início e final de cada ciclo de pastejo. Após alguns ciclos de pastejo, foram avaliados também a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e a composição químico-bromatológica da dieta amostrada por pastejo simulado e o consumo de forragem, utilizando-se o óxido crômico como indicador externo para estimativa da produção fecal. No estudo de morfofisiologia, verificou-se efeito dos PDs sobre as características morfogênicas e estruturais, principalmente aquelas relacionadas com o alongamento das hastes, como TAlH, taxa de produção de hastes, MSCV, MSCV residual e relação folha/colmo. O PD de 2,5 folhas, foi o único a exercer algum controle sobre o processo de alongamento das hastes no suceder de vários ciclos de pastejo. Observou-se ainda forte plasticidade do dossel em resposta aos PDs, com grande participação da TAlF (7,56 cm/perf × dia) e da DPP (acima de 350 perf/m 2 ) como componentes da produção nos piquetes sob menor PD e da TAlH (0,29 cm/perf × dia) naqueles sob maior PD. A técnica do fluxo de biomassa mostrou-se ainda promissora para a estimativa da MSFV. A estrutura do dossel foi fortemente alterada pelos PDs, com seu prolongamento acarretando maior altura e maior xMSFV por ciclo de pastejo. Contudo, a partir da expansão da terceira folha, após o alcance do IAF crítico, o aumento na MSFV foi devido em grande parte ao aumento na MSCV, determinando acentuada redução na relação folha/colmo. A plasticidade fenotípica é também inferida do continuado incremento da MSFV mesmo após o alcance do IAF crítico. Foi verificada ainda elevada TCR (até 0,17 g/g × dia) no crescimento após roçada de uniformização, mostrando o grande potencial de produção dessa cultivar. Por sua vez, a redução drástica na RAF evidenciou intensificação do alongamento das hastes durante a rebrotação. No Crescimento 2, a queda na TCR do dossel sob PD de 4,5 folhas foi menos acentuada. Tal dossel apresentou ainda maior capacidade de produção (MSFV final acima de 11 ton/ha × ciclo). Quanto à performance dos novilhos em resposta à estrutura condicionada por cada um dos três PDs adotados, depreendeu-se que os mesmos foram capazes de pastejar seletivamente, visto não terem sido detectadas substanciais diferenças de valor nutritivo da dieta amostrada por pastejo simulado. Contudo, essa presumida alteração no comportamento ingestivo acarretou grandes diferenças no desempenho dos novilhos e no rendimento animal por hectare. O mais longo PD comprometeu o desempenho animal (433 g/novilho × dia) e o rendimento de massa do animal vivo (MAV) por área ao longo de 125 dias de avaliação de desempenho nas águas (363 kg/ha), a despeito de sua maior MSFV. Por outro lado, a desfolhação mais freqüente manteve a estrutura do dossel favorável ao desempenho (704 g/novilho × dia) e ao rendimento animal (546 kg MAV/ha), repercutindo em maior precocidade dos novilhos em pastejo. Donde se conclui que o período de descanso em piquetes da cultivar Mombaça de Panicum maximum não deve exceder o tempo necessário para a expansão de 2,5 novas folhas por perfilho. / To assess the growth, morphogenetic and structural traits of Panicum maximum cv. Mombaça canopies and the performance of grazing steers, three experiments were carried out at Central de Experimentação, Pesquisa e Extensão do Triângulo Mineiro (CEPET/UFV), from November 2000 to March 2001. The grazing method was the intermittent stocking, adopting variable stocking rate, with rest period (RP) defined in terms of the time for the expansion of 2.5; 3.5 and 4.5 new leaves per tiller. The experimental area was divided into five or six paddocks per treatment, observing a completely randomized design with five or six replicates. 15 Holstein-Zebu crossbred steers, were used as testers, besides some others used as put and taken. Five testers grazed each paddock of the respective treatment during six days. Put and taken steers were used, when necessary, to obtain a residual leaf area index (LAI) of 2.0, by the 6 th grazing day. 500 kg/ha of a N-P-K fertilizer mixture (20-5-20) was broadcasted over the paddocks, divided into two applications, the first one applied at the beginning and the second one applied at middle of the experiment. In the morphophysiology trial, morphogenesis of cv. Mombaça was assessed, to estimate leaf appearance rate (LApR), leaf elongation rate (LER), leaf senescence rate (LSR), culm elongation rate (CER) and xiinet herbage accumulation rate (NHAR). The following structural variables: canopy height, green herbage dry mass (GHDM), green leaf blade dry mass (GLDM), green culm dry mass (GCDM) and leaf/culm ratio were estimated by the end of each RP and grazing period. Also, tiller population density (TPD) was assessed after each grazing period. Growth analysis study considered two stages: Growth 1, after mowing the area and Growth 2, after some grazing cycles. Herbage mass was assessed from 1 × 1 m samples cut at 0.20 m above soil level at six days intervals, over 45 regrowth days. Concomitantly, leaf area index (LAI) and interception of photosynthetically active radiation were assessed from readings with a Canopy Analysis System (SunScan, Delta- T Devices Ltd.). Quadratic functions were adjusted to values of GHDM and leaf area (LA) figures, against sample ages. From these equations, instantaneous estimates were obtained for relative growth rate (RGR), and net assimilation rate (NAR), relative to each plant age. Leaf area ratio (LAR) was estimated from GHDM and LA figures. To investigate the animal performance, tester animals were weighed out at the beginning and ending of each grazing cycle. After some grazing cycles, forage samples simulating animal diet were collected for analysis of their in vitro dry matter digestibility and chemical composition. Forage intake was assessed from the faecal output/indigestibility ratio, faecal output being estimated by the Cr 2 O 3 dilution technique. Morphogenetic and structural traits were sharply affected by the RP, mainly those ones related to culm, such as CER, culm production rate, GCDM, residual GCDM and leaf/culm ratio. The short 2.5 leaves RP was the one to exert some control upon culm elongation process over succeeding grazing cycles. Marked canopy plasticity was also verified, as affected by the RPs. LER (7.56 cm/tiller × day) and TPD (around 350 tillers/m 2 ) were the determinant regrowth components in 2.5 leaves canopy and CER (0.29 cm/tiller × day) was an important regrowth component in the 4.5 leaves canopy regrowth. Also, morphogenesis appears as a promising technique to estimate GHDM. Other canopy structural traits were affected by RPs, too. The longer the RP, the higher the canopy height and the GHDM. However, by the time of the third leaf expansion and afterwards, some time beyond critical LAI, the GCDM makes the main contribution to GHDM, promoting marked leaf/culm ratio reduction. In the growth analysis trial, a marked phenotypic plasticity of canopies was observed, with GHDM increments beyond the critical LAI. High RGR figures (up to 0.17 g/g × day) were estimated in Growth 1, denoting the high growth potential of the cultivar. On the other hand, marked reduction xiiiin LAR, implies intensification of culm elongation during regrowth period. RGR reduction of 4.5 leaves canopy was smoother in Growth 2. It was concluded that the long 4.5 leaf canopy was the most productive (final GHDM beyond 11 ton/ha). Regarding the effect of RP on animal performance, it was concluded that grazing ruminants, by means of selective grazing, are capable to warrant the quality of their diet. Still, animal performance and yield varied with RP. The longest RP reduced animal performance (433 g/steer × day) and yield (363 kg BW/ha) during 125 days of assay during the rainy season, despite its higher GHDM. On the other hand, the most frequent defoliation, with a favorable canopy structure, favored animal performance (704 g/steer × day) and yield (546 kg BW/ha). As a whole, it is concluded that Panicum maximum cv. Mombaça paddocks rest period should not exceed the time for the expansion of 2.5 new leaves per tiller.
|
3 |
Utilização de métodos espectroscópicos para avaliação de ácidos húmicos extraídos de solos de diferentes sistemas produtivos de pastagens / Utilization of spectroscopy methods for evaluation of humic acids extracted from soils of different productive systems of pasturesThiago, Nayrê Ohana de Souza 18 October 2016 (has links)
A agropecuária pode ser uma aliada importante para a mitigação de gases causadores do efeito estufa. A recuperação direta de pastagens degradadas, a adoção do manejo intensivo das pastagens e a integração lavoura-pecuária (ILP) têm apresentado grande potencial na diminuição dos gases de efeito estufa (GEE), devido à elevada produção de massa de forragem das gramíneas tropicais, e consequentemente acumulando matéria orgânica no solo. Estudos sobre a dinâmica e estabilidade da matéria orgânica do solo (MOS) são necessários, uma vez que a MOS constitui o maior reservatório dinâmico de carbono (C) da superfície terrestre, e qualquer variação na abundância e composição desta, perfaz importantes efeitos na dinâmica que ocorre entre os sistemas de armazenamento de carbono. Pode-se avaliar as modificações químicas sofridas pela MOS utilizando suas propriedades de fluorescência. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar ácidos húmicos (AH), extraídos de diferentes sistemas de manejo pecuário, e verificar se os mesmos se alteram nesses manejos. O experimento estava localizado na unidade da Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos-SP, sendo os sistemas de manejos o irrigado, sequeiro, em recuperação, degradado e a mata nativa como área de referência. Foram coletadas amostras de solo das cinco áreas de estudo, e posteriormente, realizou-se a extração dos AH do solo. As técnicas utilizadas na caracterização dos AH foram análise elementar (CHNS), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), fluorescência bidimensional e tridimensional e supressão de fluorescência por metais. Em geral, a MOS presente na superfície apresentou-se mais lábil e fresca, já a MOS em camadas mais profundas se mostrou mais recalcitrante e humificada. O manejo degradado apresentou pouco acúmulo de carbono no solo, e também um AH rico em compostos aromáticos e com alto valor de humificação. Os manejos de sequeiro e em recuperação mostraram comportamento semelhante ao da mata nativa, apresentando um alto acúmulo de carbono no solo, mas uma estrutura dos AH mais lábeis, nas camadas superficiais e baixos índices de humificação. A área irrigada teve baixa incorporação de carbono no solo, igualmente à área degradada, apresentando também um AH mais humificado e com estruturas mais conjugadas. O experimento de supressão de fluorescência mostrou valores menores da constante de estabilidade condicional (K), para os manejos irrigado e degradado, mostrando que os mesmos podem ter perdido alguns sítios ativos, deixando a MOS menos reativa no solo. Em relação às análises de fluorescência tridimensional, as amostras de AH tiveram duas componentes de fluorescência, ambas de origem tipo ácido húmico terrestre. Pode-se concluir que a recuperação de áreas degradadas é um caminho viável para a estocagem de MOS, uma vez que a área em recuperação apresentou valores semelhantes aos da mata nativa, porém a estabilidade desse carbono no solo deve ser monitorada constantemente. O excesso de irrigação e a degradação de pastagens não apresentaram um comportamento positivo para a MOS, ambos os manejos deixaram a MOS com poucos sítios ligantes, muito humificada mesmo em superfície e com pouco acúmulo de carbono no solo, deixando essa matéria orgânica pouco interativa, afetando assim a produtividade do solo. / Agricultural and livestock can be a great allied important for the mitigation of greenhouse gas effect. The direct recovery of degraded pastures, the adoption of intensive management of pasture and crop-livestock integration (CLI) have shown great potential in reducing greenhouse gas (GHG) due to the high mass of forage production of tropical grasses, and thus accumulating organic matter in the soil. Studies of the dynamics and stability of the soil organic matter (SOM) is needed, since the SOM constitutes the largest dynamic carbono (C) reservoir from the land surface, and any variation in the abundance and composition thereof, adds up significant effects on the dynamics that occurs between the carbon storage systems. Can be evaluated the chemical modifications that occurred by the SOM using their fluorescence properties. In this context, the objective of this study was to evaluate humic acid (HA), taken from different livestock management systems, and verify that the HA have changes in these managements. The experiment was located in the unit Embra Pecuária Sudeste, São Carlos-SP, with the managements systems irrigated, dry, in recovery, degraded and native forest as a reference area. Soil samples were collected from five study areas, and later was carried out the extraction of soil AH. The techniques used in the characterization of HA was elemental analysis (CHNS), Fourier transform infrared spectroscopy (FTIR), two-dimensional, three-dimensional fluorescence and fluorescence quenching. In general, the SOM on the surface presented is more labile and fresh, already the SOM in deeper layers was more recalcitrant and humified. Degraded management showed little accumulation of carbon in the soil, an HA rich in aromatic compounds and with high value humification. The dry and in recovery managements showed similar behavior to that the native forest, with a high accumulation of carbon in the soil, but a structure of HA more labile, in the surface layers and low levels of humidification. The irrigated area had low incorporation of carbon in the soil, as well the degraded area, also presenting an HA more humified and with more conjugated structures. The fluorescence quenching experiment showed lower values of the conditional stability constant (K) for irrigation and degraded managements, showing that they may have lost some active sites, leaving the less reactive SOM soil. In relation to the tridimensional fluorescence analysis, HA samples had two fluorescent components, both source type terrestrial humic acid. Can be concluded that the recovery of degraded areas is a viable way to SOM storage, since that the area in recovery showed values similar to those of native forest, but the stability of carbon in the soil must be monitored constantly. Excess irrigation and pasture degradation did not show a positive behavior for SOM, both managements left SOM with few binding sites, very much humified in surface and low carbon accumulation in the soil, leaving this organic matter little interactive, affecting thus soil productivity.
|
4 |
Utilização de métodos espectroscópicos para avaliação de ácidos húmicos extraídos de solos de diferentes sistemas produtivos de pastagens / Utilization of spectroscopy methods for evaluation of humic acids extracted from soils of different productive systems of pasturesNayrê Ohana de Souza Thiago 18 October 2016 (has links)
A agropecuária pode ser uma aliada importante para a mitigação de gases causadores do efeito estufa. A recuperação direta de pastagens degradadas, a adoção do manejo intensivo das pastagens e a integração lavoura-pecuária (ILP) têm apresentado grande potencial na diminuição dos gases de efeito estufa (GEE), devido à elevada produção de massa de forragem das gramíneas tropicais, e consequentemente acumulando matéria orgânica no solo. Estudos sobre a dinâmica e estabilidade da matéria orgânica do solo (MOS) são necessários, uma vez que a MOS constitui o maior reservatório dinâmico de carbono (C) da superfície terrestre, e qualquer variação na abundância e composição desta, perfaz importantes efeitos na dinâmica que ocorre entre os sistemas de armazenamento de carbono. Pode-se avaliar as modificações químicas sofridas pela MOS utilizando suas propriedades de fluorescência. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar ácidos húmicos (AH), extraídos de diferentes sistemas de manejo pecuário, e verificar se os mesmos se alteram nesses manejos. O experimento estava localizado na unidade da Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos-SP, sendo os sistemas de manejos o irrigado, sequeiro, em recuperação, degradado e a mata nativa como área de referência. Foram coletadas amostras de solo das cinco áreas de estudo, e posteriormente, realizou-se a extração dos AH do solo. As técnicas utilizadas na caracterização dos AH foram análise elementar (CHNS), espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), fluorescência bidimensional e tridimensional e supressão de fluorescência por metais. Em geral, a MOS presente na superfície apresentou-se mais lábil e fresca, já a MOS em camadas mais profundas se mostrou mais recalcitrante e humificada. O manejo degradado apresentou pouco acúmulo de carbono no solo, e também um AH rico em compostos aromáticos e com alto valor de humificação. Os manejos de sequeiro e em recuperação mostraram comportamento semelhante ao da mata nativa, apresentando um alto acúmulo de carbono no solo, mas uma estrutura dos AH mais lábeis, nas camadas superficiais e baixos índices de humificação. A área irrigada teve baixa incorporação de carbono no solo, igualmente à área degradada, apresentando também um AH mais humificado e com estruturas mais conjugadas. O experimento de supressão de fluorescência mostrou valores menores da constante de estabilidade condicional (K), para os manejos irrigado e degradado, mostrando que os mesmos podem ter perdido alguns sítios ativos, deixando a MOS menos reativa no solo. Em relação às análises de fluorescência tridimensional, as amostras de AH tiveram duas componentes de fluorescência, ambas de origem tipo ácido húmico terrestre. Pode-se concluir que a recuperação de áreas degradadas é um caminho viável para a estocagem de MOS, uma vez que a área em recuperação apresentou valores semelhantes aos da mata nativa, porém a estabilidade desse carbono no solo deve ser monitorada constantemente. O excesso de irrigação e a degradação de pastagens não apresentaram um comportamento positivo para a MOS, ambos os manejos deixaram a MOS com poucos sítios ligantes, muito humificada mesmo em superfície e com pouco acúmulo de carbono no solo, deixando essa matéria orgânica pouco interativa, afetando assim a produtividade do solo. / Agricultural and livestock can be a great allied important for the mitigation of greenhouse gas effect. The direct recovery of degraded pastures, the adoption of intensive management of pasture and crop-livestock integration (CLI) have shown great potential in reducing greenhouse gas (GHG) due to the high mass of forage production of tropical grasses, and thus accumulating organic matter in the soil. Studies of the dynamics and stability of the soil organic matter (SOM) is needed, since the SOM constitutes the largest dynamic carbono (C) reservoir from the land surface, and any variation in the abundance and composition thereof, adds up significant effects on the dynamics that occurs between the carbon storage systems. Can be evaluated the chemical modifications that occurred by the SOM using their fluorescence properties. In this context, the objective of this study was to evaluate humic acid (HA), taken from different livestock management systems, and verify that the HA have changes in these managements. The experiment was located in the unit Embra Pecuária Sudeste, São Carlos-SP, with the managements systems irrigated, dry, in recovery, degraded and native forest as a reference area. Soil samples were collected from five study areas, and later was carried out the extraction of soil AH. The techniques used in the characterization of HA was elemental analysis (CHNS), Fourier transform infrared spectroscopy (FTIR), two-dimensional, three-dimensional fluorescence and fluorescence quenching. In general, the SOM on the surface presented is more labile and fresh, already the SOM in deeper layers was more recalcitrant and humified. Degraded management showed little accumulation of carbon in the soil, an HA rich in aromatic compounds and with high value humification. The dry and in recovery managements showed similar behavior to that the native forest, with a high accumulation of carbon in the soil, but a structure of HA more labile, in the surface layers and low levels of humidification. The irrigated area had low incorporation of carbon in the soil, as well the degraded area, also presenting an HA more humified and with more conjugated structures. The fluorescence quenching experiment showed lower values of the conditional stability constant (K) for irrigation and degraded managements, showing that they may have lost some active sites, leaving the less reactive SOM soil. In relation to the tridimensional fluorescence analysis, HA samples had two fluorescent components, both source type terrestrial humic acid. Can be concluded that the recovery of degraded areas is a viable way to SOM storage, since that the area in recovery showed values similar to those of native forest, but the stability of carbon in the soil must be monitored constantly. Excess irrigation and pasture degradation did not show a positive behavior for SOM, both managements left SOM with few binding sites, very much humified in surface and low carbon accumulation in the soil, leaving this organic matter little interactive, affecting thus soil productivity.
|
Page generated in 0.1118 seconds