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Monitoração das concentrações de mercurio gasoso e particulado na atmosfera da região de Paulinia (SP)Michelazzo, Paula Albernaz Machado 03 August 2018 (has links)
Orientador: Anne Helene Fostier / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Quimica / Made available in DSpace on 2018-08-03T18:40:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Neste trabalho foram determinadas as concentrações de mercúrio gasoso e particulado na atmosfera da região de Paulínia (SP). Foram avaliadas a influência das emissões antrópicas, assim como a influência da sazonalidade, dos parâmetros meteorológicos e da qualidade do ar sobre estas concentrações. O mercúrio gasoso total (MGT) foi amostrado sobre coluna de quartzo preenchida com areia recoberta de ouro e a quantificação do Hg foi realizada por Espectrometria de Fluorescência Atômica com Vapor Frio (CVAFS). As amostragens de Hg particulado foram realizadas sobre filtros de fibra de quartzo, conforme a metodologia da US.EPA. Após digestão dos filtros com BrCl e redução com SnCl2, o Hg foi quantificado por CVAFS. As concentrações de MGT obtidas apresentaram no período chuvoso (Dez/2002 e Jan/2003) média de 10,8 ng/m³ para o campus da UNICAMP e 5,8 ng/m³ para a cidade de Paulínia e no período de seca (Maio/2003) 4,5 ng/m³ (UNICAMP) e 6,9 ng/m³ (Paulínia). A análise da variação nictemeral (período de 24h) mostrou a ocorrência de maiores concentrações durante o dia. As concentrações médias de mercúrio particulado foram de 337 e 228 pg/m³ no período de chuva e de 593 e 437 pg/m³ no período de seca (UNICAMP e Paulínia, respectivamente). As concentrações de mercúrio encontradas para a região de Paulínia, tanto para o mercúrio gasoso, quanto para o particulado comparam-se com dados encontrados na literatura para regiões que sofrem influência de emissões antrópicas. Temperatura e umidade são os dois parâmetros que parecem ter a maior influência sobre as concentrações de mercúrio na atmosfera / Abstract: In this work the concentrations of gaseous and particulate mercury in the region of Paulínia (SP) has been investigated. The influence of the anthropogenic emissions as well as the influence of the meteorological parameters at the site was evaluated. The total gaseous mercury (TGM) was collected on a gold-coated glass traps, the analysis of the Hg was carried out by Cold Vapor Atomic Fluorescence (CVAFS). The sampling of particulate Hg was carried through quartz fiber filters, as described in US.EPA (1999). After digestion of the filters with BrCl and reduction with SnCl2, Hg was quantified by CVAFS. The mean concentration of TGM in the wet period (Dec/2002, Jan/2003) was 10.8 ng/m³ for the campus of UNICAMP and 5.8 ng/m³ for the city of Paulínia and in the dry period (May/2003) it was 4.5 ng/m³ (UNICAMP) and 6,9 ng/m³ (Paulínia). The analysis of the diurnal variability (period of 24h) showed the occurrence of higher concentrations during the day. The mean concentrations of particulate mercury was 288 pg/m3 and 337 pg/m³ in the wet season, and of 437 pg/m³ and 593 and pg/m³ in the dry season (UNICAMP and Paulínia, respectively). The concentrations of gaseous and particulate mercury for the region of Paulínia, are comparable with data found in literature for regions that are affected by anthropogenic sources. Temperature and humidity are the two parameters that seem to have the highest influence on concentrations of mercury in the atmosphere / Mestrado / Mestre em Química
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Determinação de traços de mercurio em fluxo continuo, por emissão atomica em plasma de helio de baixa potenciaBueno, Maria Izabel Maretti Silveira, 1957- 13 July 2018 (has links)
Orientador : João Carlos de Andrade / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Quimica / Made available in DSpace on 2018-07-13T23:07:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1990 / Doutorado
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Avaliação da contaminação de Hoplias Malabaricus (Traíra) como bioindicadora de saúde ambiental em pisciculturas em áreas de garimpo: estudo de caso município de Paranaíta, MT / Assessment of contamination of Hoplias malabaricus (traira) as bioindicator of environmental health in fish farms in areas of gold mining: case study city of Paranaíta - MTPerez, Taliha Dias January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / O mercúrio total foi quantificado em 133 peixes da espécie Hoplias malabaricus(Traíra), originária da piscicultura de maior expressão econômica do município de Paranaíta, região norte do Mato Grosso. Esta piscicultura se eseleceu sob passivo ambiental de garimpo de ouro, como uma alternativa ambiental e econômica para a região após o declínio acentuado da atividade garimpeira. Desde a década de 80 atémeados da década de 90 a corrida do ouro na região Amazônica tem causado sérios danos ambientais para um dos mais complexos ecossistemas na Terra. Principalmente devido à toxicidade do mercúrio para os humanos este problema tem recebido uma atenção pública ampla. Apesar de estes estudos terem envolvido amostras de peixes, osefeitos negativos da contaminação por mercúrio para os próprios peixes e outras formas de vida selvagem têm sido largamente ignorados. Para avaliar os níveis mais atuais de mercúrio em peixes e suas implicações na saúde ambiental foram coletados eexaminados dados das concentrações de mercúrio no ano de 2005. O intervaloencontrado foi de 9,00OgHg/kg a 520O gHg / kg, e do ponto de vista de saúde pública estão abaixo dos limites de tolerância brasileiros, de 1,0 mgHg/kg.
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Análise do descarte de lâmpadas fluorescentes na cidade do RecifeSILVA, Fernanda Maria Dias da 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / As lâmpadas fluorescentes utilizadas pelas pessoas no dia-a-dia não causam perigo ao
homem, nem ao meio ambiente, mas ao final da sua vida útil a preocupação com o seu
descarte é fundamental, pois no interior dessas lâmpadas há mercúrio, metal tóxico,
classificado pela norma NBR 10.004 como resíduo perigoso. O objetivo deste trabalho é
analisar o descarte das lâmpadas fluorescentes na cidade do Recife, descrevendo como se dá
atualmente esse descarte na capital pernambucana e, em seguida, identificar as diversas
tecnologias para destinação das lâmpadas pós-uso utilizadas no Brasil e, selecionar trabalhos
que possam ser ou foram colocados em prática com o descarte das lâmpadas ao final da sua
vida útil contribuindo assim para a preservação do meio ambiente, além de analisar
alternativas para a cidade do Recife. O foco maior deste trabalho foi com o descarte
residencial e estabelecimentos onde a Prefeitura Municipal de Recife é responsável pelo
sistema de coleta dos resíduos sólidos. Foi feita entrevista com o responsável pelo programa
Coleta Seletiva da EMLURB Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana. Foram
distribuídos questionários destinados aos estabelecimentos e às empresas que descontaminam
lâmpadas fluorescentes no estado de Pernambuco. Pesquisas foram feitas em relação às
legislações federal, estadual e municipal à respeito do descarte de lâmpadas. fluorescentes.
Constatou-se através dos questionários que há três empresas que descontaminam lâmpadas
fluorescentes no estado de Pernambuco, só que entre elas apenas uma informa no seu site que
faz este tipo de prestação de serviço e que o foco dessas empresas são as indústrias. Verificouse
que o descarte das lâmpadas pós-uso gerados pelas residências, comércio, escolas,
universidades públicas e privadas na cidade do Recife têm como destino final o lixo comum.
As Indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte dão destino correto a elas
motivados por uma legislação estadual de Pernambuco que os obriga a darem destino correto
as lâmpadas pós-uso que geram. No Brasil, há empresas que têm tecnologia para fazerem a
descontaminação das lâmpadas. Há trabalhos criativos, tal como a logística reversa, o
desenvolvimento de um coletor solar utilizando reciclagem de lâmpadas fluorescentes e o
reaproveitamento do vidro das lâmpadas fluorescentes na produção de fritas para o
revestimento cerâmico que possibilitam a preservação do meio ambiente
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Dinâmica espaço temporal e influência do metilmercúrio em peixes do Lago Janauacá, AMFrança, Andressa de Jesus 31 August 2017 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2018-04-24T13:09:59Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Mercury is encountered in the Amazon rivers and lakes and can be derived from both
natural and anthropogenic sources. This element is toxic for biota in any of its chemical
forms. However, the organic form, methylmercury (MeHg), is considered the most toxic,
bioaccumulates more easily and biomagnifies along the food chain. Many Amazonian
fishes have elevated MeHg concentrations; however information on the effects of chronic
mercury exposure is scarce. Therefore, the aim of this study was to evaluate the temporal
and spatial dynamics of methylmercury concentrations in water and sediment, and its
bioaccumulation and toxicological effects in fish of Janauaca Lake, Amazonas. Samples
were collected at eight sites on the lake, located at different distances from the Solimões
River, four in the northern part of the lake and four in the southern part. Water, sediments
and limnological parameters were sampled at each site, during the low-water and highwater seasons. Fish were only collected at low water and included the species:
Pterygoplichthys pardalis, Hoplias malabaricus and Cichla spp. Water, sediment and
muscle tissue of fishes were analyzed for methylmercury. Fish were also assayed for
biomarkers of genotoxic (frequency of micronucleus and erythrocyte nuclear
abnormalities), histopathological (index of liver lesion) and biochemical effects
(metallothionein concentration). Dissolved organic carbon was positively correlated with
MeHg concentrations in water in both seasons, while dissolved oxygen, pH and electrical
conductivity were negatively correlated with MeHg concentration in water only during
the high-water season. The highest MeHg concentrations in water (0,68 a 1,21 ng/L) were
observed in the southern part of the lake and in the hypolimnion at high-water. The MeHg
concentrations in the sediment (0,20 a 0,56 µg/kg) were similar throughout the lake and
slightly higher during the high-water season. While MeHg concentrations in P. pardalis
(0,02±0,01 mg/kg) and in Cichla spp. (0,66±0,31 mg/kg) were similar at all sampling
points, MeHg levels in H. malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) were higher in the southern
part of the lake,. Micronucleus were not observed and the frequency of erythrocyte
nuclear abnormalities was low (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectively) in both P.
pardalis and in H. malabaricus (Cichla spp. was not evaluated). Metallothionein
concentrations (2,50±0,90 µg/mg prot) and the index of hepatic lesion in H. malabaricus
(22±4) were highest in the south part of the lake. The higher MeHg concentrations
observed in water and H. malabaricus in the southern part of the lake indicated that the
environmental conditions in this region are more conducive to methylation. The toxic
effects observed with biomarkers may not have been caused exclusively by
methylmercury. Other environmental stressor in the south region of the lake may also be
involved. These results demonstrate that the dynamics and bioaccumulation of
methylmercury can vary between regions in the same Amazonian lake, depending on
proximity and connection to the river main channel, water type, depth, area and
connection with upland and wetland environments. / O mercúrio é encontrado nos rios e lagos amazônicos e pode ser derivado de fontes
naturais e antrópicas. Este elemento é toxico para a biota em qualquer de suas formas
químicas. No entanto, a forma orgânica metilmercúrio (MeHg) é considerada a mais
tóxica, bioacumula mais facilmente nos organismos e biomagnifica ao longo da cadeia
trófica. Muitos peixes amazônicos possuem concentrações elevadas de MeHg, porém as
informações acerca dos efeitos dessa exposição crônica são escassas. Sendo assim, o
objetivo deste estudo foi avaliar a dinâmica temporal e espacial da concentração de
metilmercúrio na água e no sedimento, sua bioacumulação e efeitos toxicológicos em
peixes do Lago Janauacá, Amazonas. Oito locais do lago foram amostrados, seguindo um
gradiente de distância do Rio Solimões, quatro situados na região norte e quatro na região
sul do lago. Em cada local, foram realizadas amostragens nos períodos de seca e cheia
para mensuração de parâmetros limnológicos e coleta de água e sedimento. Peixes foram
coletados somente na seca e incluíram as espécies: Pterygoplichthys pardalis, Hoplias
malabaricus e Cichla spp. Foram analisadas as concentrações de metilmercúrio na água,
no sedimento e no tecido muscular dos peixes. Peixes também foram analisados para
biomarcadores de efeito genotóxicos (frequência de micronúcleos e anormalidades
nucleares eritrocitárias), histopatológico (índice de lesão no fígado) e bioquímico
(concentração de metalotioneína). O carbono orgânico dissolvido correlacionou
positivamente com as concentrações de MeHg na água durante a seca e a cheia, enquanto
o oxigênio dissolvido, o pH e a condutividade elétrica correlacionaram negativamente
com as concentrações de MeHg na água apenas na cheia. As maiores concentrações de
MeHg na água (0,68 a 1,21 ng/L) foram observadas na região sul do lago e no hipolímnio
do lago durante a cheia. As concentrações de MeHg no sedimento (0,20 a 0,56 µg/kg)
foram semelhantes em todo o lago e ligeiramente maiores durante a cheia. Enquanto as
concentrações de MeHg em P. pardalis (0,02±0,01 mg/kg) e Cichla spp. (0,66±0,31
mg/kg) foram similares em todos os pontos de amostragem, os níveis de MeHg em H.
malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) foram maiores na região sul do lago. Não foram
observados micronúcleos e as frequências de anormalidades nucleares eritrocitárias
foram baixas (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectivamente) em P. pardalis e em H.
malabaricus (não avaliadas em Cichla spp.). A concentração de metalotioneína
(2,50±0,90 µg/mg prot) e os índices de lesão hepática em H. malabaricus (22±4) foram
maiores na região sul do lago. A região sul do lago é mais propícia à metilação do
mercúrio pois concentrações de MeHg mais elevadas na água e em H. malabaricus foram
observadas nesta região. Os efeitos tóxicos observados por meio dos biomarcadores
podem não ter sido causados exclusivamente pelo MeHg, podendo haver influência de
outro estressor ambiental na região sul do lago. Esses resultados mostram que a dinâmica
e a bioacumulação do metilmercúrio podem variar entre diferentes áreas de um mesmo
lago amazônico de acordo com a proximidade e conexão com o canal do rio principal,
com o tipo de água, profundidade, área e conexão com áreas de terra firme e de vegetação
alagada.
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Dinâmica espaço temporal e influência do metilmercúrio em peixes do Lago Janauacá, AMFrança, Andressa de Jesus 31 August 2017 (has links)
Submitted by Inácio de Oliveira Lima Neto (inacio.neto@inpa.gov.br) on 2018-05-21T17:49:52Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Mercury is encountered in the Amazon rivers and lakes and can be derived from both natural and anthropogenic sources. This element is toxic for biota in any of its chemical forms. However, the organic form, methylmercury (MeHg), is considered the most toxic, bioaccumulates more easily and biomagnifies along the food chain. Many Amazonian fishes have elevated MeHg concentrations; however information on the effects of chronic mercury exposure is scarce. Therefore, the aim of this study was to evaluate the temporal and spatial dynamics of methylmercury concentrations in water and sediment, and its bioaccumulation and toxicological effects in fish of Janauaca Lake, Amazonas. Samples were collected at eight sites on the lake, located at different distances from the Solimões River, four in the northern part of the lake and four in the southern part. Water, sediments and limnological parameters were sampled at each site, during the low-water and high- water seasons. Fish were only collected at low water and included the species: Pterygoplichthys pardalis, Hoplias malabaricus and Cichla spp. Water, sediment and muscle tissue of fishes were analyzed for methylmercury. Fish were also assayed for biomarkers of genotoxic (frequency of micronucleus and erythrocyte nuclear abnormalities), histopathological (index of liver lesion) and biochemical effects (metallothionein concentration). Dissolved organic carbon was positively correlated with
MeHg concentrations in water in both seasons, while dissolved oxygen, pH and electrical conductivity were negatively correlated with MeHg concentration in water only during the high-water season. The highest MeHg concentrations in water (0,68 a 1,21 ng/L) were observed in the southern part of the lake and in the hypolimnion at high-water. The MeHg concentrations in the sediment (0,20 a 0,56 μg/kg) were similar throughout the lake and slightly higher during the high-water season. While MeHg concentrations in P. pardalis (0,02±0,01 mg/kg) and in Cichla spp. (0,66±0,31 mg/kg) were similar at all sampling points, MeHg levels in H. malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) were higher in the southern part of the lake,. Micronucleus were not observed and the frequency of erythrocyte nuclear abnormalities was low (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectively) in both P. pardalis and in H. malabaricus (Cichla spp. was not evaluated). Metallothionein concentrations (2,50±0,90 μg/mg prot) and the index of hepatic lesion in H. malabaricus (22±4) were highest in the south part of the lake. The higher MeHg concentrations observed in water and H. malabaricus in the southern part of the lake indicated that the environmental conditions in this region are more conducive to methylation. The toxic effects observed with biomarkers may not have been caused exclusively by methylmercury. Other environmental stressor in the south region of the lake may also be involved. These results demonstrate that the dynamics and bioaccumulation of methylmercury can vary between regions in the same Amazonian lake, depending on proximity and connection to the river main channel, water type, depth, area and connection with upland and wetland environments. / O mercúrio é encontrado nos rios e lagos amazônicos e pode ser derivado de fontes naturais e antrópicas. Este elemento é toxico para a biota em qualquer de suas formas químicas. No entanto, a forma orgânica metilmercúrio (MeHg) é considerada a mais tóxica, bioacumula mais facilmente nos organismos e biomagnifica ao longo da cadeia trófica. Muitos peixes amazônicos possuem concentrações elevadas de MeHg, porém as
informações acerca dos efeitos dessa exposição crônica são escassas. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a dinâmica temporal e espacial da concentração de metilmercúrio na água e no sedimento, sua bioacumulação e efeitos toxicológicos em peixes do Lago Janauacá, Amazonas. Oito locais do lago foram amostrados, seguindo um gradiente de distância do Rio Solimões, quatro situados na região norte e quatro na região sul do lago. Em cada local, foram realizadas amostragens nos períodos de seca e cheia para mensuração de parâmetros limnológicos e coleta de água e sedimento. Peixes foram coletados somente na seca e incluíram as espécies: Pterygoplichthys pardalis, Hoplias malabaricus e Cichla spp. Foram analisadas as concentrações de metilmercúrio na água, no sedimento e no tecido muscular dos peixes. Peixes também foram analisados para biomarcadores de efeito genotóxicos (frequência de micronúcleos e anormalidades nucleares eritrocitárias), histopatológico (índice de lesão no fígado) e bioquímico (concentração de metalotioneína). O carbono orgânico dissolvido correlacionou positivamente com as concentrações de MeHg na água durante a seca e a cheia, enquanto o oxigênio dissolvido, o pH e a condutividade elétrica correlacionaram negativamente com as concentrações de MeHg na água apenas na cheia. As maiores concentrações de MeHg na água (0,68 a 1,21 ng/L) foram observadas na região sul do lago e no hipolímnio do lago durante a cheia. As concentrações de MeHg no sedimento (0,20 a 0,56 μg/kg) foram semelhantes em todo o lago e ligeiramente maiores durante a cheia. Enquanto as concentrações de MeHg em P. pardalis (0,02±0,01 mg/kg) e Cichla spp. (0,66±0,31 mg/kg) foram similares em todos os pontos de amostragem, os níveis de MeHg em H. malabaricus (0,66±0,29 mg/kg) foram maiores na região sul do lago. Não foram observados micronúcleos e as frequências de anormalidades nucleares eritrocitárias foram baixas (0,07±0,17% e 0,26±0,19%, respectivamente) em P. pardalis e em H. malabaricus (não avaliadas em Cichla spp.). A concentração de metalotioneína (2,50±0,90 μg/mg prot) e os índices de lesão hepática em H. malabaricus (22±4) foram maiores na região sul do lago. A região sul do lago é mais propícia à metilação do mercúrio pois concentrações de MeHg mais elevadas na água e em H. malabaricus foram observadas nesta região. Os efeitos tóxicos observados por meio dos biomarcadores podem não ter sido causados exclusivamente pelo MeHg, podendo haver influência de outro estressor ambiental na região sul do lago. Esses resultados mostram que a dinâmica e a bioacumulação do metilmercúrio podem variar entre diferentes áreas de um mesmo lago amazônico de acordo com a proximidade e conexão com o canal do rio principal, com o tipo de água, profundidade, área e conexão com áreas de terra firme e de vegetação alagada.
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Intoxicação profissional pelo mercurioCorreia, Gastão Maria de Araújo January 1923 (has links)
No description available.
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Microstructural-based approach to the interpretation of clays and transitional soils behaviourLopes, Bruna de Carvalho Faria Lima 29 March 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-05-02T13:16:42Z
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2016_BrunadeCarvalhoFariaLimaLopes.pdf: 10524732 bytes, checksum: 6a3926fa46c3ae98ed72a5747107ed80 (MD5) / O futuro da prática da engenharia é a incorporação de aspectos da microestrutura nas características macroestruturais dos solos de modo a simplificar e tornar mais realistas as análises geotécnicas. Consequentemente, é de fundamental importância que se entenda a estrutura dos solos em diferentes estados (inderformado, reconstitutído, remouldado, compactado, etc.) e se correlacionem os mesmos, já que se sabe que o estado inicial do solo dita o seu comportamento. Neste sentido, esta pesquisa está focada no desenvolvimento do entendimento das mudanças na estrutura do solo através dos tamanhos dos seus poros e sua distribuição quando submetido a carregamentos mecânicos assim como a determinação do estado mais apropriado para descrever um estado de referência do comportamento do solo. Os solos testados foram duas argilas: Caulinita e Ball; e um solo tropical transicional: Solo de Brasília. A partir dos solos estudados foram produzidas amostras com pH 9, reconstituídas, remoldadas e indeformadas, esta última somente para o solo de Brasília. Cada uma destas amostras foi submetida à compressão unidimensional combinada no oedometro e aparelho de taxa constante de deformação a diferentes tensões: 2, 90, 360, 2.000, 5.000 e 11.000kPa. Em seguida as amostras foram congeladas e secas pelo processo de liofilização e por último foram submetidas ao ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio. Adicionalmente, mediu-se a sucção inicial de algumas das amostras dos três solos estudados. A partir dos resultados dos ensaios realizados foram propostos dois modelos conceituais um para as argilas e outro para o solo transicional. Os resultados do ensaio de adensamento foram modelados usando uma adaptação do modelo constitutivo SCLAY-1S (Koskinen et al., 2002) na qual a variável x descreve os efeitos da estrutura ao invés de cimentação como proposto originalmente. Além disto, a amostra pH 9 foi considerada a amostra de referência, assim para este estado x = 0 e todas as outras amostras tem estrutura, de acordo com a metodologia aqui proposta. Os resultados mostraram que a metodologia proposta para obtenção das amostras é adequada. A sucção inicial foi satisfatoriamente correlacionada à tensão de preadensamento. Resultados das análises de porosimetria confirmam que o estado da estrutura das amostras com pH 9 é mais adequado para representar um estado de referência que o estado das amostras reconstituídas. As amostras com pH 9 apresentam uma estrutura dispersa já que as laterais da partícula de caulinita são carregadas negativamente assim como as faces. Dessa forma com o aumento do carregamento não há muitas configurações possíveis, a estrutura da amostra irá ficar cada vez mais orientada e alinhada paralelamente. O mesmo acontece com as amostras em outros estados. A amostra indeformada apresenta inicialmente a estrutura mais aberta, seguida da reconstituída e remouldada. À medida que o carregamento aumenta a estrutura destas outras amostras tende para uma configuração dispersa com as partículas de caulinita orientadas e alinhadas paralelamente. A modelagem constitutiva se mostrou apropriada, embora ainda haja necessidade de aprimoramento nos estudos para que o parâmetro ax possa ser correlacionado com a variável x. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The future of engineering practice is to incorporate aspects of the microstructure into the macroscopic characteristics of soils in order to simplify and make the geotechnical analysis more realistic. Therefore, it is fundamentally important to understand the structure of soils in various states (undisturbed, reconstituted, remoulded, compacted, etc.) and correlate them, as it is already known that the initial state of the soil dictates its behaviour. Hence, this research focuses on developing an understanding of the changes in the soil structure through its pore sizes and distribution under mechanical loading, as well as determining which state is appropriate to describe a reference state of the soil behaviour. The soils tested were the two clays: Kaolin and Ball; and the tropical transitional soil: Brasilia Soil. From the studied soils, samples with pH9, reconstituted, remoulded and undisturbed (for the Brasilia Soil only), were produced. Each of these samples was subjected to uniaxial compression combined with oedometer and Constant Rate of Strain (CRS) apparatus up to: 2, 90, 360, 2,000, 5,000 and 11,000 kPa. Specimens of these samples were then freeze-dried by the lyophilization process and lastly subjected to the Mercury Intrusion Porosimetry (MIP) test. Additionally, the initial suction of a few samples of the three soils was measured. From the results of the laboratory tests carried out, two conceptual models were proposed: one for the clays and one for the transitional soil. The results of the consolidation test were modelled using an adaptation of the constitutive model, SCLAY-1S (Koskinen et al., 2002), in which the variable x describes the structure rather than bonding as originally proposed. Furthermore, the pH9 sample was considered the reference state; thus this state has x = 0, while all other states have some structure, according to the methodology herein proposed. Results showed that the methodology proposed for obtaining the specimens is adequate. The initial suction measured was satisfactorily correlated to the preconsolidation stress. Results of the MIP confirmed that the pH9 state is the most suitable to represent a reference state, rather than the reconstituted state. The pH9 state presents a disperse structure, as the edges of the kaolinite particle are charged negatively as well as the faces. Therefore, as the loading increases there are not many possible configurations for this sample, hence the structure will orient in a preferential direction. The same happens for the samples in other states. The undisturbed sample has the most open structure, followed by the reconstituted and remoulded states. As the loading progresses, the structure of these samples tends towards the dispersed configuration with the kaolinite particles well-oriented and aligned in parallel with each other. The constitutive modelling is appropriate; however, there is still room for improvement studies to correlate the parameter ax with the state variable x.
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Distribuição de mercúrio em atuns (thunnus obesus e thunnus albacares) capturados no oceano atlântico oeste equatorialGoyanna, Felipe Augusto de Alencar January 2016 (has links)
GOYANNA, F. A. de A. Distribuição de mercúrio em atuns (thunnus obesus e thunnus albacares) capturados no oceano atlântico oeste equatorial. Fortaleza, CE, 2016. 57 f. 502 Dissertação (Mestrado em Ciências Marinhas Tropicais) - Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016. / Submitted by Geovane Uchoa (geovane@ufc.br) on 2017-07-10T13:17:27Z
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Previous issue date: 2016 / Tuna are prized delicacies in the world and in Brazil is no different. They are widely consumed in different shapes and looks, are notorious species of high ecosystem importance, occupy usually the top of the marine trophic chain, and therefore present high bioaccumulation and biomagnifications mercury throughout their lives. Since Hg is a highly toxic metal, even in small concentrations, ingestion of tuna can augment human exposure to Hg. Assimilation of Hg in humans occurs primarily by diet and tuna is one of the most consumed marine fish, thus taking this into consideration, the present study assessed the levels of Hg in muscle tissue of two species of tuna caught in the northeast of Brazil, as well as estimate the environmental risk associated with the consumption of these species for the general population. Average total Hg concentrations measured in muscle tissue of two species of tuna (Thunnus obesus and Thunnus albacares) and in muscle tissue of the flying fish (Hirundichthys affinis) range to 95,4 a 1.748,1 ng.g-1 ( average 545,2±338,2 ng.g-1 wet weight) in T. obesus and 48-500 ng.g-1 (average 159,2±79,4 ng.g-1 wet weight) in T. albacares and 49-83 ng.g-1 wet weight in H. affinis. Smaller individuals of both species of tuna showed the lowest concentrations, but a significant relationship between the size of fish and concentrations of Hg was found for T. obesus, but not for T. albacares. Some of the (> 30 kg) biggest individuals of T. obesus presented Hg concentrations > 1,000 ng.g-1, exceeding the legal limits for human consumption, although the average concentration for this species was much lower (545 ng.g-1). Concentrations in T. albacares captured Eastern Brazilian equatorial waters were lower than those found in the Eastern Atlantic Ocean and in the North Atlantic. No comparison can be made to T. Obesus in the Atlantic Ocean, because no studies were found with this species in the region. According to the Hg values observed in both species it was possible to calculate the recommended intake among adults with approximately 70kg body weight, both in the general population, as in risk groups (pregnant women, nursing mothers and children < 10 years). The intake was measured by meals of 250g muscle of the animals studied. / Os atuns são iguarias apreciadas no mundo todo e no Brasil não é diferente. São amplamente consumidos em diferentes formas e preparos. São espécies de notória importância ecossistêmica que usualmente estão no topo da cadeia trófica de um determinado ambiente, por este e outros motivos apresentam tendência a apresentar bioacumulação e biomagnificação de metais pesados ao longo de suas vidas, dos quais podemos destacar o mercúrio em vistas a elevada toxidez até em pequenas concentrações do mesmo. Considerando ainda, que a assimilação de mercúrio nos humanos se dá principalmente pela dieta, o presente trabalho avaliou os níveis de mercúrio no tecido muscular de duas espécies de atum capturadas no nordeste brasileiro, bem como a avaliação do risco do consumo destas espécies pela população em geral. As concentrações de Hg total aferidos em tecido muscular de duas espécies de atuns (Thunnus obesus e Thunnus albacares) e no tecido muscular de uma espécie de peixe voador (Hirundichthys affinis), capturados no Oceano Atlântico Equatorial variou de 95,4 a 1748,1 ng.g-1 (média 545,2±338,2 ng.g-1) de peso úmido em T. obesus e de 48 a 500 ng.g-1 (média 159,2±79,4 ng.g-1) peso úmido em T. albacares e de 49 a 83 ng.g-1 peso úmido em H. affinis. Indivíduos menores de ambas as espécies de atum apresentaram as menores concentrações, mas uma relação significativa entre o tamanho do peixe e as concentrações de Hg foi encontrado para T. obesus, mas não para T. albacares. Alguns dos (30 kg>) maiores indivíduos de T. obesus apresentou concentrações de Hg ≥ 1.000 ng.g-1, ultrapassando os limites legais para o consumo humano, embora a concentração média para esta espécie era muito inferior (545,2 ng.g-1). As concentrações em T. albacares capturados nas águas desta região do atlântico foram menores do que aqueles encontrados no Oceano Atlântico Africano e no Atlântico Norte. Nenhuma comparação pode ser feita para T. Obesus no mesmo Oceano, pois não foram encontrados estudos com esta espécie na região. De acordo com os valores de Hg observados nas duas especies foi possivel calcular a ingestao recomendada entre adultos com aproximadamente 70kg de peso corporeo, tanto na populacao de modo geral, quanto em grupos de risco (gravidas, lactantes e criancas < 10 anos). A ingestao foi aferida por meio de refeicoes de 250g de músculo dos animais estudados.
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Bioacumulação de mercúrio no gradiente estuarino do rio Jaguaribe, CE / Bioaccumulation of mercury along an estuarine gradient of the Jaguaribe river, Ceará, BrazilMoura, Victor Lacerda January 2017 (has links)
MOURA, Victor Lacerda. Bioacumulação de mercúrio no gradiente estuarino do rio Jaguaribe, CE. 2017. 70 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais)-Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. / Submitted by ELAINE PEREIRA (ellainec.pereira@gmail.com) on 2017-11-16T15:00:06Z
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Previous issue date: 2017 / Extensive changes in the natural landscape in the Lower Basin of the Jaguaribe River, as the construction of dams, together with scarcer annual rainfall due to Global Changes, contribute to a greater residence time of the water masse in the estuarine region, enabling greater mobility and reactivity of the mercury emitted by anthropic activities in the environment. However, despite the small mercury loads launched by these activities, natural estuarine characteristics, global climatic changes and regional anthropic modifications contribute to an increase in the production and bioavailability of mercury to the trophic web in this ecosystem. Therefore, aiming to understand the influence of biological and environmental factors in the variation of mercury concentrations in the aquatic faunal along the estuarine gradient of the Jaguaribe river, two campaigns were conducted in 2015 at five points distributed along the estuarine region. Two of these points were located in the area of dominant river influence and three in the area of dominant marine influence, where fish, crustaceans and mollusks species were collected for identification, biometric data record and analysis of the total mercury concentration present in the muscle tissue of these organisms. 830 organisms of 16 species were collected, nine species of vertebrates, consisting of finfish (Osteichthyes, Actinopterygii) and seven species of invertebrate, four of crustaceans (Decapoda) and three of mollusks (one Gastropoda and two Bivalves). The highest concentrations were observed, for invertebrates, the crabs Callinectes bocourti (Decapoda, Portunidae) (201 ng.g-1) and Callinectes larvatus (Decapoda, Portunidae) (104 ± 43 ng.g-1), and for fishes Elops saurus (Elopiformes, Elopideae) (109 ± 15 ng.g-1) and Menticirrhus americanus (Perciformes, Sciaenidae) (104 ± 30 ng.g-1), on species of carnivorous habit. The bioaccumulation curves for the carnivorous species presented positive values, although with a weak correlation, thereby proving a process of bioaccumulation of mercury with the increase of size. However, some species of different food habits showed decreasing curves in the morphometric ratio and concentration of total mercury. The intraspecific comparative analysis between zones under fluvial and marine influence showed that the species collected in the area of dominant marine influence had higher concentrations of mercury than the same species in the area of dominant river influence. It is soon possible to conclude that the biological factors such as food habit, trophic position and biometric data were determinant in the variations of concentration of total mercury between individuals of the same species and distinct species. However, in addition to the biological factors, the environmental aspects also presented important results, evidencing their relevance in determining the concentrations of total mercury along the estuarine gradient. / Amplas modificações na paisagem natural na Bacia Inferior do rio Jaguaribe, como a construção de barragens, juntamente da escassez anual de chuvas devido as Mudanças Climáticas Globais, contribuem para um maior tempo de residência das massas de água na região estuarina, possibilitando maior mobilidade e reatividade do mercúrio, proveniente de atividades antropogênicas desenvolvidas no entorno. Entretanto, apesar das pequenas cargas de mercúrio lançadas por essas atividades, as características estuarinas naturais, mudanças climáticas globais e modificações antropogênicas regionais contribuem para um aumento na produção e biodisponibilização de mercúrio para a teia trófica desse ecossistema. Logo, objetivando compreender a influência dos fatores biológicos e ambientais na variação das concentrações de mercúrio na composição faunística ao longo do gradiente estuarino do rio Jaguaribe, foram realizadas duas campanhas no ano de 2015 em cinco pontos distribuídos ao longo da região. Dois desses pontos estavam localizados na zona de influência fluvial e três na zona de influência marinha, onde foram coletadas espécies de peixes, crustáceos e moluscos para identificação, registro de dados biométricos e análise da concentração de mercúrio total presente na musculatura desses organismos. Foram coletados 830 organismos de 16 espécies, sendo nove espécies de vertebrados, composta somente de peixes ósseos (Osteichthyes, Actinopterygii) e sete espécies de invertebrados, sendo quatro de crustáceos (Decapoda) e três de moluscos (um Gastropoda e dois Bivalves). As maiores concentrações foram observadas, para os invertebrados, nos crustáceos Callinectes bocourti (Decapoda, Portunidae) (201 ng.g-1) e Callinectes larvatus (Decapoda, Portunidae) (104 ± 43 ng.g-1), e para os peixes Elops saurus (Elopiformes, Elopideae) (109 ± 15 ng.g-1) e Menticirrhus americanus (Perciformes, Sciaenidae) (104 ± 30 ng.g-1), em espécies de hábito carnívoro. As curvas de bioacumulação para as espécies carnívoras apresentaram valores positivos, apesar de apresentarem fraca correlação, demonstrando assim haver um processo de bioacumulação de mercúrio com o aumento de tamanho. Porém algumas espécies de hábitos alimentares distintos apresentaram curvas decrescentes na relação morfométrica e concentração de mercúrio total. A análise comparativa intraespecífica entre zonas de influência fluvial e marinha constatou que as espécies coletadas na zona de influência marinha apresentaram maiores concentrações de mercúrio do que as mesmas espécies na zona de influência fluvial. Logo é possível concluir que os fatores biológicos como hábito alimentar, posição trófica e dados biométricos foram determinantes nas variações de concentração de mercúrio total entre indivíduos de mesma espécie e entre espécies distintas. Entretanto, além dos fatores biológicos, os aspectos ambientais também apresentaram resultados importantes, evidenciando sua relevância na determinação das concentrações de mercúrio total ao longo do gradiente estuarino.
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