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Re-inventando o acolhimento em um serviço de saúde mentalLondero, Susane January 2010 (has links)
Este trabalho trata do acompanhamento dos processos de acolhimento em um CAPS II localizado na cidade de Porto Alegre ao longo de quatro meses. O objetivo não é propor um modelo de como acolher o usuário, mas ver como a política pública se desdobra em prática, como o acolhimento se atualiza nesse serviço, mapeando suas vicissitudes e potenciais. No intuito de adotar uma estratégia que fosse sensível aos processos de um coletivo em uma política do acolhimento, utilizamo-nos de ferramentas teórico-metodológicas da etnografia e da Biologia do Conhecer de Humberto Maturana. Vinculados a uma política inventiva da cognição, entendemos que o processo de produção de conhecimento não pode ser efetivado de modo separado dos processos de transformação de nós próprios e do mundo. Por isso, tomamos a própria imersão no campo como dispositivo de análise. Três focos principais guiam o olhar nessa pesquisa: a concepção de acolhimento que se atualiza nas ações empreendidas, a organização da própria equipe e a relação com a rede de saúde. Tendo como plano de análise a perspectiva da cognição enativa, constatamos que o acolhimento revela uma micropolítica que atualiza as relações entre os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica. Uma vez que entendemos que o coletivo é o que opera a micropolítica, o acolhimento é fundamentalmente uma ação do coletivo. Obtivemos pistas sobre como o acolhimento é feito no CAPS estudado, sobre como esse coletivo específico o exercita. Vimos que a conversa é um importante operador de produção do acolhimento, sendo sustentado coletivamente, o que implica na impossibilidade de haver um modelo único de como acolher. Além disso, observamos que os entraves no funcionamento do processo de acolhimento aparecem em momentos de ausência de operacionalidade coletiva. / This work deals with attendance on welcoming processes at a CAPS II located in Porto Alegre city for four months along. The objective is not to purpose a model how welcome users, but realize how the public policies are unfolded in practice, how the welcoming is upgraded on this service, mapping its vicissitudes and potentials. Aiming to adopt a sensitive strategy to collective processes on welcoming policies, we have used theoretical and methodological approaches from ethnography and Humberto Maturana’s Biology of Cognition. Entailed with an inventive cognition policy we understand knowledge production process cannot be realized apart from worldwide and ourselves changing processes. Therefore, we have taken our own field immersion as an analysis procedure. Three aims guide us on this research: the welcoming conception upgraded on the undertaken actions, team organization and the relationship with health network. Working with enactive cognition perspective as an analysis plan, we have found, welcoming shows up a micropolicy, upgrading the relations between SUS principles and Psychiatric Reform. Thus, we understand the collective accomplishes the micropolicy, so the welcoming is fundamentally an action from the collective. We have obtained indications about how welcoming is realized in studied CAPS, and how this specific collective exercise it. We have observed conversation is an important production operator of welcoming, being collectively maintained, what carries to the impossibility of existence of a single model on welcoming. Besides, we had observed the fetters on this process have appeared at moments of lack of collective operacionalization.
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Re-inventando o acolhimento em um serviço de saúde mentalLondero, Susane January 2010 (has links)
Este trabalho trata do acompanhamento dos processos de acolhimento em um CAPS II localizado na cidade de Porto Alegre ao longo de quatro meses. O objetivo não é propor um modelo de como acolher o usuário, mas ver como a política pública se desdobra em prática, como o acolhimento se atualiza nesse serviço, mapeando suas vicissitudes e potenciais. No intuito de adotar uma estratégia que fosse sensível aos processos de um coletivo em uma política do acolhimento, utilizamo-nos de ferramentas teórico-metodológicas da etnografia e da Biologia do Conhecer de Humberto Maturana. Vinculados a uma política inventiva da cognição, entendemos que o processo de produção de conhecimento não pode ser efetivado de modo separado dos processos de transformação de nós próprios e do mundo. Por isso, tomamos a própria imersão no campo como dispositivo de análise. Três focos principais guiam o olhar nessa pesquisa: a concepção de acolhimento que se atualiza nas ações empreendidas, a organização da própria equipe e a relação com a rede de saúde. Tendo como plano de análise a perspectiva da cognição enativa, constatamos que o acolhimento revela uma micropolítica que atualiza as relações entre os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica. Uma vez que entendemos que o coletivo é o que opera a micropolítica, o acolhimento é fundamentalmente uma ação do coletivo. Obtivemos pistas sobre como o acolhimento é feito no CAPS estudado, sobre como esse coletivo específico o exercita. Vimos que a conversa é um importante operador de produção do acolhimento, sendo sustentado coletivamente, o que implica na impossibilidade de haver um modelo único de como acolher. Além disso, observamos que os entraves no funcionamento do processo de acolhimento aparecem em momentos de ausência de operacionalidade coletiva. / This work deals with attendance on welcoming processes at a CAPS II located in Porto Alegre city for four months along. The objective is not to purpose a model how welcome users, but realize how the public policies are unfolded in practice, how the welcoming is upgraded on this service, mapping its vicissitudes and potentials. Aiming to adopt a sensitive strategy to collective processes on welcoming policies, we have used theoretical and methodological approaches from ethnography and Humberto Maturana’s Biology of Cognition. Entailed with an inventive cognition policy we understand knowledge production process cannot be realized apart from worldwide and ourselves changing processes. Therefore, we have taken our own field immersion as an analysis procedure. Three aims guide us on this research: the welcoming conception upgraded on the undertaken actions, team organization and the relationship with health network. Working with enactive cognition perspective as an analysis plan, we have found, welcoming shows up a micropolicy, upgrading the relations between SUS principles and Psychiatric Reform. Thus, we understand the collective accomplishes the micropolicy, so the welcoming is fundamentally an action from the collective. We have obtained indications about how welcoming is realized in studied CAPS, and how this specific collective exercise it. We have observed conversation is an important production operator of welcoming, being collectively maintained, what carries to the impossibility of existence of a single model on welcoming. Besides, we had observed the fetters on this process have appeared at moments of lack of collective operacionalization.
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Re-inventando o acolhimento em um serviço de saúde mentalLondero, Susane January 2010 (has links)
Este trabalho trata do acompanhamento dos processos de acolhimento em um CAPS II localizado na cidade de Porto Alegre ao longo de quatro meses. O objetivo não é propor um modelo de como acolher o usuário, mas ver como a política pública se desdobra em prática, como o acolhimento se atualiza nesse serviço, mapeando suas vicissitudes e potenciais. No intuito de adotar uma estratégia que fosse sensível aos processos de um coletivo em uma política do acolhimento, utilizamo-nos de ferramentas teórico-metodológicas da etnografia e da Biologia do Conhecer de Humberto Maturana. Vinculados a uma política inventiva da cognição, entendemos que o processo de produção de conhecimento não pode ser efetivado de modo separado dos processos de transformação de nós próprios e do mundo. Por isso, tomamos a própria imersão no campo como dispositivo de análise. Três focos principais guiam o olhar nessa pesquisa: a concepção de acolhimento que se atualiza nas ações empreendidas, a organização da própria equipe e a relação com a rede de saúde. Tendo como plano de análise a perspectiva da cognição enativa, constatamos que o acolhimento revela uma micropolítica que atualiza as relações entre os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica. Uma vez que entendemos que o coletivo é o que opera a micropolítica, o acolhimento é fundamentalmente uma ação do coletivo. Obtivemos pistas sobre como o acolhimento é feito no CAPS estudado, sobre como esse coletivo específico o exercita. Vimos que a conversa é um importante operador de produção do acolhimento, sendo sustentado coletivamente, o que implica na impossibilidade de haver um modelo único de como acolher. Além disso, observamos que os entraves no funcionamento do processo de acolhimento aparecem em momentos de ausência de operacionalidade coletiva. / This work deals with attendance on welcoming processes at a CAPS II located in Porto Alegre city for four months along. The objective is not to purpose a model how welcome users, but realize how the public policies are unfolded in practice, how the welcoming is upgraded on this service, mapping its vicissitudes and potentials. Aiming to adopt a sensitive strategy to collective processes on welcoming policies, we have used theoretical and methodological approaches from ethnography and Humberto Maturana’s Biology of Cognition. Entailed with an inventive cognition policy we understand knowledge production process cannot be realized apart from worldwide and ourselves changing processes. Therefore, we have taken our own field immersion as an analysis procedure. Three aims guide us on this research: the welcoming conception upgraded on the undertaken actions, team organization and the relationship with health network. Working with enactive cognition perspective as an analysis plan, we have found, welcoming shows up a micropolicy, upgrading the relations between SUS principles and Psychiatric Reform. Thus, we understand the collective accomplishes the micropolicy, so the welcoming is fundamentally an action from the collective. We have obtained indications about how welcoming is realized in studied CAPS, and how this specific collective exercise it. We have observed conversation is an important production operator of welcoming, being collectively maintained, what carries to the impossibility of existence of a single model on welcoming. Besides, we had observed the fetters on this process have appeared at moments of lack of collective operacionalization.
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