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Da autonomia à resistência democrática: movimento estudantil, ensino superior e a sociedade em Sergipe, 1950-1985 / Autonomy to democratic resistance: student movement, higher education and society in Sergipe, 1950-1985Cruz, José Vieira da 09 April 2012 (has links)
This thesis about the students’ movement, higher education and society in the State of Sergipe, Brazil, from 1950 to 1985, aims at understanding how part of the intellectuals, professionals, artists and politicians who have obtained their university degrees in the state of Sergipe began to renovate and/or reproduce the dispute for local political power. Discussions about those experiences, which were analysed through written and oral sources, led the approach of two different but interrelated historical periods. For this reason, the present thesis is divided into two parts. The first one, "Autonomy and participation in times of nationalism and reforms", which covers the period between 1950 and 1964, focuses on how students organized themselves to ensure their political autonomy, and also on their struggle, along with the Catholic Church and other segments of society to create a university in the state. The second part, "From the illusory transitional to the democratic resistance", focuses on the period between the civil-military coup, in 1964, and the period of re-democratization, in 1985. It emphasizes students’ experiences in the scenario of intervention, control and surveillance that was established by the Brazilian civil-military dictatorship, which imposed restrictions to the guarantee of the state of rights and to society’s exercise of democratic freedom, consequentely, to students and their representative entities (unions). Around those two axes, this thesis presents, initially, how historiography has been approaching the performance of those students inside and outside the major urban centers, based on discussions of notions of class, youth, intelligentsia, intellectuals, civil society and hegemony, among other categories. This analysis tends to reveal peculiarities and interrelations with studies already conducted, without getting limited to the classic first four years after the 1964 coup or to closed, uniform and invariable interpretations, even less to the view that is exclusively centered on the economic and political sense of social process, to which students are usually related. Instead, it seeks to understand the context and time frames in which this movement and its participants lived their social, cultural and political experiences. / Esta tese sobre o movimento estudantil, o ensino superior e a sociedade em Sergipe, no período de 1950 a 1985, busca compreender como parte da intelectualidade, dos profissionais, dos artistas e dos políticos, com formação superior obtida no estado, passou a renovar e/ou a reproduzir as disputas pelo poder político local. As discussões a respeito dessas experiências, analisadas a partir de fontes escritas e orais, permitem abordar dois períodos históricos distintos, mas que se inter-relacionam. Por esta razão, a presente tese encontra-se dividida em duas partes. Na primeira, “Autonomia e participação em tempos de nacionalismos e reformas”, abrangendo o período de 1950 a 1964, é focalizado como os estudantes organizaram-se para garantir sua autonomia política e, também, a luta que travaram, juntamente com a Igreja Católica e outros segmentos da sociedade, para criação de uma universidade no estado. Já na segunda parte, “Do ilusório transitório à resistência democrática”, iniciada com o golpe civil-militar de 1964 e estendida até o período da redemocratização em 1985, são enfatizados as experiências desses estudantes no cenário de intervenção, controle e vigilância por parte da ditadura civil-militar brasileira que passou a restringir as garantias do estado de direito e do exercício das liberdades democráticas da sociedade e, consequentemente, dos estudantes e de suas entidades representativas. Em torno desses dois eixos, a partir da discussão das noções de classe, juventude, intelligentsia, intelectuais, sociedade civil e hegemonia, entre outras, discutir-se-á, inicialmente, como a historiografia tem abordado o tema e a forma de atuação desses estudantes dentro e fora dos grandes centros urbanos do país. Essa análise tende a revelar singularidades e inter-relações com os estudos já produzidos, não se restringindo aos clássicos quatro primeiros anos posteriores ao golpe de 1964, nem a interpretações centralistas, uniformes e invariáveis, muito menos à noção exclusivamente econômica e política do processo social no qual os estudantes são, geralmente, relacionados. Em lugar disso, ela procura compreender o contexto e as temporalidades em que esse movimento e seus participantes vivenciaram suas diferentes experiências sociais, culturais e políticas.
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