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Lima Barreto: em diálogo com a modernidade / Lima Barreto, in dialogue with modernityCUNHA, André Mols Faria da 31 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-31 / Author of a huge written production, in spite of the short time he lived, Lima
Barreto presents himself as one of the great brazilian writers, living in a particularly
delicate moment in the country s history, more specifically during the transition between
Empire and the First Republic and the first years of the new regime. Brazil, in the times of
Lima Barreto, saw itself thrown in a turmoil of astounding power. The Republic s
proclamation was the beginning of a crisis continuity, that took place from 1889 and on.
Having as a goal, among other reasons, to have a higher level of similarity with
the appearance of an European metropolis from the end of the XIX century, the city of Rio
de Janeiro suffered, between this period and the beginning of the XX century a profound
reform. The modifications would increase, in theory, the possibilities of business and
exposition in relation to the rest of the civilized world of the time. Such innovations were
mirrored, in part, in the work developed by Hausmann in Paris. In Rio de Janeiro, such
adaptation process was named Regeneração, being commanded by the city s mayor at the
time, Pereira Passos.
One of the most important and complete registers of such period is the work of
Lima Barreto, author who lived in lived with in the then country s capital city. In this work
I deal specifically of the novel Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, of Lima Barreto,
having as focus the use the author makes of the socratic dialogue as discourse tool. In this
novel, the character Gonzaga de Sá sees with sadness his Rio de Janeiro, old friend,
gradually disappear while a stranger takes its place. The number of themes dealt with in
this novel is striking. I start with the hipotesys that such situation is possible due to the
text s form, which is predominantly the socratic dialogue. I believe that it is thanks to it
and its free creative character that the discussion of this miryad of themes dealt by
Gonzaga de Sá and his partner, Augusto Machado is made possible. / Autor de grande produção, apesar do pouco tempo que viveu, Lima Barreto se
apresenta como um dos grandes literatos brasileiros, vivendo em uma época
particularmente delicada do país, mais especificamente durante a transição entre Império e
Primeira República e os primeiros anos do novo regime. O Brasil à época de Lima Barreto
se viu lançado em um turbilhão de força impressionante. A proclamação da República foi o
início de uma continuidade de crises, que se sucederam a partir de 1889.
Objetivando, entre outros motivos, a obtenção de um maior grau de
semelhança com a aparência de uma metrópole européia do fim do séc. XIX, a cidade do
Rio de Janeiro sofreu, entre esse período e o início do séc. XX uma profunda reforma. As
modificações aumentariam, teoricamente, as possibilidades de negócios e exposição em
relação ao resto do mundo civilizado da época. Tais inovações se espelharam, em parte, no
trabalho desenvolvido por Hausmann em Paris. No Rio de Janeiro, tal processo de
adequação foi denominado de Regeneração, tendo sido comandado pelo prefeito da cidade
na época, Pereira Passos.
Um dos mais importantes e completos registros de tal época é a obra de Lima
Barreto, autor que viveu e conviveu na então capital do país. Neste trabalho trato
especificamente da obra Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto, tendo
como foco o uso que o autor faz do diálogo socrático enquanto ferramenta discursiva. No
romance, a personagem Gonzaga de Sá vê, amargurada, o seu Rio de Janeiro, antigo
conhecido, desaparecer paulatinamente enquanto um estranho toma o seu lugar. É
marcante a quantidade de temas abordados no romance em questão. Parto da hipótese de
que tal situação é possível devido à forma do texto, que é predominantemente o diálogo
socrático. Acredito que é graças a ele e a seu caráter criativo livre que é viabilizada a
discussão desta miríade de temas que são tratados por Gonzaga de Sá e seu interlocutor,
Augusto Machado.
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