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Silenced angels: an obscure Saint Theresa in George Eliots Middlemarch / Silenced angels: an obscure Saint Theresa in George Eliots Middlemarch

Débora Souza da Rosa 10 February 2012 (has links)
Universidade Castelo Branco / A presente dissertação objetiva a comparação proposta no Prelúdio do romance Middlemarch por sua autora George Eliot entre a protagonista da obra, Dorothea Brooke, e a figura histórica Teresa dÁvila. A partir de tal estudo, busca-se compreender de que modo a situação específica da mulher na Era Vitoriana é articulada no romance de modo a espelhar a crise ontológica e epistemológica do próprio ser humano diante das transformações consolidadas com o Iluminismo e as revoluções liberais do século XVIII que culminariam na morte de Deus. Dorothea mostra-se uma cristã tão fervorosa quanto a Teresa quinhentista, mas faltam-lhe certezas e a resolução para concretizar as reformas sociais que defende, pois ela encarna o mito de feminilidade oitocentista batizado de Anjo do Lar ideal de sujeição feminina à ordem falocêntrica cujas funções são a proteção e difusão da moralidade burguesa e a substituição de elementos cristãos no universo do sagrado a uma sociedade cada vez mais materialista e insegura de valores absolutos. As aflições de Dorothea representam as aflições da mulher vitoriana, mas o momento crítico desta mulher reflete, em Middlemarch, uma crise muito maior do Ocidente, que teve início com a Era da Razão / The present dissertations purpose is the comparison proposed by George Eliot in the Prelude of the novel Middlemarch between its protagonist, Dorothea Brooke, and the historical character Teresa of Avila. Such study endeavors to understand in which way the specific situation of the Victorian woman is articulated within the novel as to mirror the ontological and epistemological crisis of the human being itself during the transformations consolidated by the Enlightenment and the liberal revolutions of the eighteenth century which culminated in the death of God. Dorothea is as ardent a Christian as the fifteenth century Teresa, but she lacks the certainties and the resolution to concretize the social reforms she defends, because she incarnates the nineteenth century myth of womanhood known as the Angel in the House an ideal of feminine subjection to the phalocentric order whose functions are the protection and diffusion of the bourgeois morality and the replacement of Christian elements within the imaginary universe of the sacred to a society progressively more materialistic and insecure of absolute values. The afflictions of Dorothea represent the afflictions of the Victorian woman, but the critical moment of this woman reflects, in Middlemarch, a much greater crisis in the Western thought, which began with the Age of Reason
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Silenced angels: an obscure Saint Theresa in George Eliots Middlemarch / Silenced angels: an obscure Saint Theresa in George Eliots Middlemarch

Débora Souza da Rosa 10 February 2012 (has links)
Universidade Castelo Branco / A presente dissertação objetiva a comparação proposta no Prelúdio do romance Middlemarch por sua autora George Eliot entre a protagonista da obra, Dorothea Brooke, e a figura histórica Teresa dÁvila. A partir de tal estudo, busca-se compreender de que modo a situação específica da mulher na Era Vitoriana é articulada no romance de modo a espelhar a crise ontológica e epistemológica do próprio ser humano diante das transformações consolidadas com o Iluminismo e as revoluções liberais do século XVIII que culminariam na morte de Deus. Dorothea mostra-se uma cristã tão fervorosa quanto a Teresa quinhentista, mas faltam-lhe certezas e a resolução para concretizar as reformas sociais que defende, pois ela encarna o mito de feminilidade oitocentista batizado de Anjo do Lar ideal de sujeição feminina à ordem falocêntrica cujas funções são a proteção e difusão da moralidade burguesa e a substituição de elementos cristãos no universo do sagrado a uma sociedade cada vez mais materialista e insegura de valores absolutos. As aflições de Dorothea representam as aflições da mulher vitoriana, mas o momento crítico desta mulher reflete, em Middlemarch, uma crise muito maior do Ocidente, que teve início com a Era da Razão / The present dissertations purpose is the comparison proposed by George Eliot in the Prelude of the novel Middlemarch between its protagonist, Dorothea Brooke, and the historical character Teresa of Avila. Such study endeavors to understand in which way the specific situation of the Victorian woman is articulated within the novel as to mirror the ontological and epistemological crisis of the human being itself during the transformations consolidated by the Enlightenment and the liberal revolutions of the eighteenth century which culminated in the death of God. Dorothea is as ardent a Christian as the fifteenth century Teresa, but she lacks the certainties and the resolution to concretize the social reforms she defends, because she incarnates the nineteenth century myth of womanhood known as the Angel in the House an ideal of feminine subjection to the phalocentric order whose functions are the protection and diffusion of the bourgeois morality and the replacement of Christian elements within the imaginary universe of the sacred to a society progressively more materialistic and insecure of absolute values. The afflictions of Dorothea represent the afflictions of the Victorian woman, but the critical moment of this woman reflects, in Middlemarch, a much greater crisis in the Western thought, which began with the Age of Reason
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No tempo da pose: uma genealogia das figuras de aceleração do tempo em tecnologias fotossensíveis do século XIX

SOUZA, Camila Targino de 26 November 2012 (has links)
Submitted by Haroudo Xavier Filho (haroudo.xavierfo@ufpe.br) on 2016-04-05T15:14:16Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE PARA O DEPÓSITO PDF.pdf: 2900383 bytes, checksum: ce72e0d7b6e5c9b80143aacc757d6966 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-05T15:14:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE PARA O DEPÓSITO PDF.pdf: 2900383 bytes, checksum: ce72e0d7b6e5c9b80143aacc757d6966 (MD5) Previous issue date: 2012-11-26 / FACEPE / A passagem do século XVIII para o XIX é uma das mais importantes para a compreensão do que somos na contemporaneidade. Koselleck afirma que o intervalo de 1750 a 1850 diz respeito a um tempo cindido: não mais nos encontrávamos nos primeiros passos de uma modernidade incipiente, mas ainda não havíamos alcançado a plena racionalização anunciada pelas ‘Luzes’. Esse conflito reflete-se exemplarmente nas primeiras décadas de prática de impressões de imagem por luz solar, que vai de 1814 a 1850. A análise de manuais fotoquímicos oitocentista e das cartas trocadas por Niépce e Daguerre é uma prova disso. A heliografia e a daguerreotipia, entendidas como dispositivos so ciais, disputaram, a partir de suas substâncias fotossensíveis, um espaço de construção da verdade sobre um tempo-técnico de captação de imagem. Esta pesquisa partiu do princípio de que tal temporalidade ligada à estética fotográfica não é neutra à medida que se relaciona com modalizações histórico-temporais que emergem no campo do fotossensível. Pensamentos e práticas setecentistas, através de um tempo distenso, influenciaram as impressões das imagens de Niépce, cujas cópias solares advinham de uma intimidade com o mundo vital formado na interface de uma fisiologia da vida e uma química pré-moderna dos reinos naturais. Já as práticas de Daguerre se desenvolveram a partir de um tempo célere moderno. As impressões que resultam na imagem sobre a prata espelhada, banhada com iodo, bromo e cloro retomam fortemente os primeiros movimentos da química teórica cuja identidade encontrava-se atrelada ao inorgânico das sínteses laboratoriais. Essa disposição dicotômica dos saberes mostra que, na passagem do século XVIII para o XIX, uma série de conceitos que se davam a uma razão mais utilitarista não havia ainda atingido seu ideal de cientificidade, sendo perpassada por toda uma tradição de saberes de um mundo natural e espiritual. As experiências de Niépce emergem desse momento no qual a alquimia já não reinava e ainda se estava longe da figura do químico especializado. Neste contexto, Niépce ocupou um lugar de resistência aos saberes modernos. Tal fato implica uma revisão da afirmativa, tradicionalmente disposta nas histórias da fotografia, de que entre a duração da captação de imagem niépciana e o imperativo de uma aceleração temporal, representada pela captação de imagem daguerreana, havia um horizonte de expectativa que encaminharia ambas as experiências à premência temporal moderna. Esse dito não deve mais perdurar sob pena de se continuar mascarando, através de uma vontade de verdade desmedida, um espaço de resistência vicejante que fez surgir, a partir de uma lógica pré-moderna, um determinado sonho da imagem impressa por luz solar. / The passage from the 18th to 19th century is one of the most important to the understanding of what we are currently. Koselleck says that the period of time from 1750 to 1850 concerns an intermediate phase: we took no more the first steps towards an incipient modernity, and yet we did not reach the full rationalization announced by the „Lights‟. This conflict is reflected exemplary in the first decades of practice in printing images by sunlight, which goes from 1814 to 1850. The analysis of photochemical manuals of 18th century and the correspondence between Niépce and Daguerre prove this. Heliography and daguerreotype, considered social dispositive, disputed, through its photosensitive substances, a space on building the truth upon a technical time of image caption. This research assumed that such temporality, linked to photographic esthetic, isn‟t neutral, as it is related to historical and temporal modeling emerging in the photosensitive field. Thoughts and practices of 17th century, through a relaxed time, influenced the printing of Niépce images, whose sunlight copies derived from an intimacy with the vital world which is formed in the interface between a physiology of life and a pre-modern chemistry of natural realms. As to Daguerre practices, it were developed from a quick modern time. Printing resulting in the image on mirrored silver, iodine, bromine and chlorine plated, remake the first movements of theoretical chemistry, whose identity was tied to the inorganic of laboratory synthesis. This dichotomist disposition of knowledge shows that, in the passage from 18th to 19th century, a series of concepts which follows a more utilitarian reason, did not reached its ideal of science, being per passed by a whole tradition on knowledge of natural and spiritual realms. Niépce experiences come out of this moment where alchemy no more reign and we were far enough from the character of specialized chemist. In this context, Niépce occupied a place of resistance to modern knowledge. This fact implies a revision of the statement, traditionally disposed on photography history, which between the length of Niepce image caption and the imperative of a temporal acceleration, represented by Daguerre image caption, there was a horizon of expectations, which would lead both experiences to modern temporal urgency. This statement should no long last, or we will continue to hide, through a unmeasured truth wish, a luxuriant resistance space, that brought up, through a pre-modern logic, the dream of the image printed by sunlight.

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