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"Prevenção da transmissão vertical do HIV/aids: compreendendo as crenças e percepções das mães soropositivas" / "Prevention for mother-to-child transmission: understanding HIV positive mother’s beliefs and perceptions"

Neves, Lis Aparecida de Souza 12 July 2005 (has links)
As medidas preventivas da transmissão vertical do HIV podem efetivamente reduzir as taxas da infecção nas crianças. No entanto, são necessárias a participação e adesão das mães ao tratamento. Buscando compreender as crenças que influenciam o comportamento das mães portadoras do HIV em relação às medidas profiláticas da transmissão vertical, desenvolvemos este estudo qualitativo. Foram entrevistadas 14 mulheres portadoras do HIV cujos filhos nasceram no município de Ribeirão Preto e tinham no mínimo 6 meses de vida. Os dados foram tratados de acordo com o método da Análise de Conteúdo e interpretados utilizando-se como referencial teórico o Modelo de Crenças em Saúde (Rosenstock, 1974), composto pelas dimensões susceptibilidade percebida, severidade percebida, benefícios percebidos e barreiras percebidas. Na análise emanaram categorias que evidenciam as contradições da epidemia da aids: na susceptibilidade percebida emergiram “invulnerabilidade antes da gravidez", “o pré-natal" e “susceptibilidade da criança"; quanto à severidade da doença – “subestimação do HIV" e “medo da morte"; “crescer saudável" e “não ser como eu", foram os benefícios percebidos pelas mães; em relação às barreiras possíveis, encontramos a “descrença na existência do vírus", “dificuldades financeiras" e “omissão do diagnóstico". Alguns aspectos das crenças podem ser considerados tanto como facilitadores como dificultadores da adesão materna, dependendo do contexto sócio-econômico e cultural em que vive a mãe. Conhecer a percepção das mães acerca das crenças que motivam os seus comportamentos proporciona aos profissionais de saúde maior compreensão desses comportamentos, permitindo ainda a possibilidade de elaboração de um planejamento mais efetivo de cuidados dentro de um contexto culturalmente significativo, com maior probabilidade de promover a adesão da clientela. / Prevention measures for the mother-to-child transmission of the HIV virus may effectively reduce infection rates in children. However, for such effectiveness to come true, mothers have to comply with the treatment. This study was carried out aiming to understand the beliefs which influence the HIV positive mothers’ behaviors towards prevention methods against mother-to-child transmission. Fourteen HIV infected women whose children were at least 6 months old and all born in Ribeirão Preto county were interviewed. Data were studied according to the Content Analyses method and interpreted using as a theoretical reference the Health Belief Model (Rosenstock, 1974), formed by the following dimensions: perceived susceptibility, perceived severity, perceived benefits and perceived obstacles. As we analyzed those data we came up with some under categories showing the AIDS epidemic paradox: in the perceived susceptibility appeared: “invulnerability prior to pregnancy"; “pre delivery"; “a child’s susceptibility" as for the disease seriousness. “Underestimation of the HIV virus";" fear of death"; “healthy growing up"; and “not the same as me" were the benefits mentioned by the mothers. As for the possible barriers, we found things like: “disbelief in the virus existence"; “financial problems"; “diagnosis omission". Some aspects of the beliefs may be considered both helpers and trouble-makers for a mother’s adhesion, varying according to the social, economic and cultural environment the mother lives in. Getting to know a mother’s perception regarding the beliefs motivating their behaviors provides the health professionals a higher understanding of such behaviors, allowing the possibility of making up an effective care plan within the context culturally meaningful, with a higher probability of promoting patients’ adhesion.
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"Prevenção da transmissão vertical do HIV/aids: compreendendo as crenças e percepções das mães soropositivas" / "Prevention for mother-to-child transmission: understanding HIV positive mother’s beliefs and perceptions"

Lis Aparecida de Souza Neves 12 July 2005 (has links)
As medidas preventivas da transmissão vertical do HIV podem efetivamente reduzir as taxas da infecção nas crianças. No entanto, são necessárias a participação e adesão das mães ao tratamento. Buscando compreender as crenças que influenciam o comportamento das mães portadoras do HIV em relação às medidas profiláticas da transmissão vertical, desenvolvemos este estudo qualitativo. Foram entrevistadas 14 mulheres portadoras do HIV cujos filhos nasceram no município de Ribeirão Preto e tinham no mínimo 6 meses de vida. Os dados foram tratados de acordo com o método da Análise de Conteúdo e interpretados utilizando-se como referencial teórico o Modelo de Crenças em Saúde (Rosenstock, 1974), composto pelas dimensões susceptibilidade percebida, severidade percebida, benefícios percebidos e barreiras percebidas. Na análise emanaram categorias que evidenciam as contradições da epidemia da aids: na susceptibilidade percebida emergiram “invulnerabilidade antes da gravidez”, “o pré-natal” e “susceptibilidade da criança”; quanto à severidade da doença – “subestimação do HIV” e “medo da morte”; “crescer saudável” e “não ser como eu”, foram os benefícios percebidos pelas mães; em relação às barreiras possíveis, encontramos a “descrença na existência do vírus”, “dificuldades financeiras” e “omissão do diagnóstico”. Alguns aspectos das crenças podem ser considerados tanto como facilitadores como dificultadores da adesão materna, dependendo do contexto sócio-econômico e cultural em que vive a mãe. Conhecer a percepção das mães acerca das crenças que motivam os seus comportamentos proporciona aos profissionais de saúde maior compreensão desses comportamentos, permitindo ainda a possibilidade de elaboração de um planejamento mais efetivo de cuidados dentro de um contexto culturalmente significativo, com maior probabilidade de promover a adesão da clientela. / Prevention measures for the mother-to-child transmission of the HIV virus may effectively reduce infection rates in children. However, for such effectiveness to come true, mothers have to comply with the treatment. This study was carried out aiming to understand the beliefs which influence the HIV positive mothers’ behaviors towards prevention methods against mother-to-child transmission. Fourteen HIV infected women whose children were at least 6 months old and all born in Ribeirão Preto county were interviewed. Data were studied according to the Content Analyses method and interpreted using as a theoretical reference the Health Belief Model (Rosenstock, 1974), formed by the following dimensions: perceived susceptibility, perceived severity, perceived benefits and perceived obstacles. As we analyzed those data we came up with some under categories showing the AIDS epidemic paradox: in the perceived susceptibility appeared: “invulnerability prior to pregnancy”; “pre delivery”; “a child’s susceptibility” as for the disease seriousness. “Underestimation of the HIV virus”;” fear of death”; “healthy growing up”; and “not the same as me” were the benefits mentioned by the mothers. As for the possible barriers, we found things like: “disbelief in the virus existence”; “financial problems”; “diagnosis omission”. Some aspects of the beliefs may be considered both helpers and trouble-makers for a mother’s adhesion, varying according to the social, economic and cultural environment the mother lives in. Getting to know a mother’s perception regarding the beliefs motivating their behaviors provides the health professionals a higher understanding of such behaviors, allowing the possibility of making up an effective care plan within the context culturally meaningful, with a higher probability of promoting patients’ adhesion.

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