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Transitividade e construção de sentido no gênero editorial

Medianeira de Souza, Maria January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:33:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7805_1.pdf: 7504481 bytes, checksum: 63596f453841fa281fafff54ddb62779 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho tem como objetivo geral analisar a transitividade no gênero editorial por entender que essa categoria léxico-gramatical, da forma como é concebida pela Lingüística Sistêmico-Funcional, contribui para a construção da opinião na variação desse gênero. Mais especificamente, com o intento de traçar o perfil do editorial, este trabalho estabelece semelhanças e diferenças na variação desse gênero a partir da descrição e interpretação dos recursos multimodais utilizados e da investigação do papel do sistema de transitividade na construção de sentido do editorial. Respaldam esse empreendimento, os pressupostos básicos da Lingüística Sistêmico-Funcional, em especial aqueles relativos ao Sistema de Transitividade; os Estudos sobre Gêneros Textuais e sobre a Multimodalidade Discursiva, assentados na noção de língua como atividade social. O corpus desta pesquisa é formado por 72 editoriais extraídos dos jornais Folha de São Paulo, Jornal do Comércio e Folha de Pernambuco e das revistas Veja, Época, Uma e Todateen. Os 72 editoriais investigados contêm 31.444 palavras representadas nas 767 orações analisadas. A averiguação do sistema de transitividade, nesse conjunto de orações exemplificado ao longo do trabalho e em catorze editoriais em sua totalidade, nos proporcionou resultados, os quais nos permitem concluir que: (i) os tipos de processo constroem a opinião no editorial, principalmente, ao apresentar ações e eventos, (processos materiais), e ao classificar e definir, (processos relacionais). Mas também ao relatar discursos, (processos verbais), criar entidades, (processos existenciais) e externar experiências cognitivas ou afetivas, (processos mentais), de modo que o sistema de transitividade cumpre, de variadas formas, a função de representar as experiências do mundo, externas ou internas, e, dessa forma, contribui para a construção do sentido no gênero editorial. (ii) os participantes, por sua vez, representam as entidades da esfera publica e privada nos editoriais, conferindolhes dinamicidade, ressaltando traços, exortando virtudes, atribuindo atitudes e características. (iii) enfim, os diferentes modos de argumentar, realizados pelos tipos de processos, participantes e circunstâncias, na relação com outras escolhas, expressam a opinião nos editoriais, comprovando que o sistema de transitividade tem mesmo um papel a desempenhar na construção do gênero editorial
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Cartas marcadas: multimodalidade discursiva e transitividade em baralhos de tarô

Rosa Júnior, Carlos Alberto Ribeiro Santa 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:34:26Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo454_1.pdf: 6604631 bytes, checksum: 77b8a5e049ef916f3d3a8e8c7eef3028 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo central deste trabalho é analisar o modo como os sentidos dos arcanos são construídos a partir da investigação da multimodalidade discursiva e da transitividade nos textos verbais e visuais presentes nas cartas de tarô. Dessa forma, examinamos, em primeiro lugar, como a manipulação de recursos imagéticos permite salientar certos aspectos dos significados dos arcanos descritos nos manuais tarológicos. E, em segundo lugar, observamos de que maneira os produtores de tarôs didáticos materializam, nos textos verbais impressos nas próprias lâminas, os tipos de processo construídos pelo sistema de transitividade por meio do qual representamos nossas experiências internas e externas. Para alcançar os propósitos traçados, articulamos os princípios de dois aportes teórico-metodológicos que se complementam: a Gramática do Design Visual (Kress e van Leeuwen, 1996) e a Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday e Matthiessen, 2004). Da Gramática do Design Visual, lançamos mão das noções de função representacional, interativa e composicional tendo por fim avaliar como as diferentes representações pictóricas dos arcanos produzem sentido e chamam atenção para aspectos diversificados do seu significado oracular, verbalizados em três manuais de interpretação: Banzhaf (2001), Kaplan (1997) e Naiff (2001). No que diz respeito à análise do material verbal à luz dos preceitos teóricos da Linguística Sistêmico- Funcional (LSF), questionamos como a utilização dos diferentes tipos de processos possibilita a construção de significados e a fundamentação de uma ação social. Para tanto, concentramos nossos esforços na observação da transitividade categoria gramatical ligada à metafunção ideacional da LSF no que se refere às orações constantes no Tarô Rápido & Fácil (1999). Dentre os resultados da análise, é possível destacar que: a) os produtores dos baralhos operam com recursos imagéticos e verbais com o intuito de não só atualizar a iconografia clássica dos trunfos, mas também de tornar seus significados mais acessíveis e próximos dos leitores; b) os três tipos de processo observados nos tarôs evidenciam os sentidos mais frequentes associados a uma consulta tarológica: a indicação de que se deve fazer algo ou de que alguma coisa vai acontecer (processo material); a descrição de como o consulente se sente ou de como ele percebe determinada situação (processo mental); e a caracterização do consulente, especificando suas qualificações e atributos (processo relacional)
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A cartilha jurídica : aspectos sócio-históricos, discursivos e multimodais

Pinheiro Mozdzenski, Leonardo January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:36:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7800_1.pdf: 20449625 bytes, checksum: 7c77fd119d53d5000381f4e92231aee1 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Este trabalho tem como objetivo central realizar um estudo crítico do gênero discursivo cartilha jurídica (CJ), investigando a formação sócio-histórica desse gênero, bem como as estratégias textuais verbais e não-verbais usadas pelos produtores das cartilhas para a construção social da realidade a partir dos estereótipos normativos . Para tanto, foram adotados os pressupostos teórico-metodológicos e ideológicos da Análise do Discurso Crítica, associados à noção de gênero como ação social. De início, são analisados os principais momentos da trajetória sócio-histórica percorrida pelas CJs, desde o surgimento dos gêneros que contribuíram para o seu desenvolvimento até o aparecimento das cartilhas atuais. Em seguida, discute-se a argumentatividade visual nas CJs, avaliando-se como seus componentes imagéticos são orquestrados com o texto verbal para a produção de sentido. E por fim, são examinadas as estratégias discursivas usadas para a constituição de cenários estereotipados , invocados pelos grupos dominantes visando legitimar as relações hegemônicas, a ordem institucionalizada e a manutenção do poder em suas mãos. O corpus ampliado desta investigação é composto por 28 cartilhas jurídicas, dispostas em duas macrocategorias de análise: as CJs quadrinizadas e as CJs que trazem o resumo da lei, apresentado ao leitor de forma direta ou através de tópicos autorespondidos . Desse total, foram selecionadas seis cartilhas para compor o corpus restrito, realizando-se um estudo mais sistemático das categorias lingüístico-discursivas que se revelaram mais produtivas nas CJs para a fabricação da realidade . Dentre os resultados da análise, é possível destacar que: a) cartilhas jurídicas acompanham as tendências abrangentes de mudança discursiva da modernidade tardia, ao se constituírem por meio de uma tensão de discursos e de vozes, cujos sentidos são produzidos pela integração de palavras e imagens; e b) as estratégias discursivas de nominalização, apassivação, modalização e democratização discursiva, mais do que realizações lingüísticas, constituem mecanismos poderosos de ação discursiva e ideológica usados pelos produtores das cartilhas, tendo por fim a naturalização das estereotipias normativas e a adesão do leitor à realidade construída pelas elites

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