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Transitividade e construção de sentido no gênero editorialMedianeira de Souza, Maria January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho tem como objetivo geral analisar a transitividade no gênero editorial por
entender que essa categoria léxico-gramatical, da forma como é concebida pela
Lingüística Sistêmico-Funcional, contribui para a construção da opinião na variação
desse gênero. Mais especificamente, com o intento de traçar o perfil do editorial, este
trabalho estabelece semelhanças e diferenças na variação desse gênero a partir da
descrição e interpretação dos recursos multimodais utilizados e da investigação do
papel do sistema de transitividade na construção de sentido do editorial. Respaldam
esse empreendimento, os pressupostos básicos da Lingüística Sistêmico-Funcional, em
especial aqueles relativos ao Sistema de Transitividade; os Estudos sobre Gêneros
Textuais e sobre a Multimodalidade Discursiva, assentados na noção de língua como
atividade social. O corpus desta pesquisa é formado por 72 editoriais extraídos dos
jornais Folha de São Paulo, Jornal do Comércio e Folha de Pernambuco e das revistas
Veja, Época, Uma e Todateen. Os 72 editoriais investigados contêm 31.444 palavras
representadas nas 767 orações analisadas. A averiguação do sistema de transitividade,
nesse conjunto de orações exemplificado ao longo do trabalho e em catorze editoriais
em sua totalidade, nos proporcionou resultados, os quais nos permitem concluir que: (i)
os tipos de processo constroem a opinião no editorial, principalmente, ao apresentar
ações e eventos, (processos materiais), e ao classificar e definir, (processos
relacionais). Mas também ao relatar discursos, (processos verbais), criar entidades,
(processos existenciais) e externar experiências cognitivas ou afetivas, (processos
mentais), de modo que o sistema de transitividade cumpre, de variadas formas, a
função de representar as experiências do mundo, externas ou internas, e, dessa forma,
contribui para a construção do sentido no gênero editorial. (ii) os participantes, por sua
vez, representam as entidades da esfera publica e privada nos editoriais, conferindolhes
dinamicidade, ressaltando traços, exortando virtudes, atribuindo atitudes e
características. (iii) enfim, os diferentes modos de argumentar, realizados pelos tipos de
processos, participantes e circunstâncias, na relação com outras escolhas, expressam a
opinião nos editoriais, comprovando que o sistema de transitividade tem mesmo um
papel a desempenhar na construção do gênero editorial
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Cartas marcadas: multimodalidade discursiva e transitividade em baralhos de tarôRosa Júnior, Carlos Alberto Ribeiro Santa 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo central deste trabalho é analisar o modo como os sentidos dos arcanos são
construídos a partir da investigação da multimodalidade discursiva e da transitividade
nos textos verbais e visuais presentes nas cartas de tarô. Dessa forma, examinamos, em
primeiro lugar, como a manipulação de recursos imagéticos permite salientar certos
aspectos dos significados dos arcanos descritos nos manuais tarológicos. E, em segundo
lugar, observamos de que maneira os produtores de tarôs didáticos materializam, nos
textos verbais impressos nas próprias lâminas, os tipos de processo construídos pelo
sistema de transitividade por meio do qual representamos nossas experiências internas e
externas. Para alcançar os propósitos traçados, articulamos os princípios de dois aportes
teórico-metodológicos que se complementam: a Gramática do Design Visual (Kress e
van Leeuwen, 1996) e a Linguística Sistêmico-Funcional (Halliday e Matthiessen,
2004). Da Gramática do Design Visual, lançamos mão das noções de função
representacional, interativa e composicional tendo por fim avaliar como as diferentes
representações pictóricas dos arcanos produzem sentido e chamam atenção para
aspectos diversificados do seu significado oracular, verbalizados em três manuais de
interpretação: Banzhaf (2001), Kaplan (1997) e Naiff (2001). No que diz respeito à
análise do material verbal à luz dos preceitos teóricos da Linguística Sistêmico-
Funcional (LSF), questionamos como a utilização dos diferentes tipos de processos
possibilita a construção de significados e a fundamentação de uma ação social. Para
tanto, concentramos nossos esforços na observação da transitividade categoria
gramatical ligada à metafunção ideacional da LSF no que se refere às orações
constantes no Tarô Rápido & Fácil (1999). Dentre os resultados da análise, é possível
destacar que: a) os produtores dos baralhos operam com recursos imagéticos e verbais
com o intuito de não só atualizar a iconografia clássica dos trunfos, mas também de
tornar seus significados mais acessíveis e próximos dos leitores; b) os três tipos de
processo observados nos tarôs evidenciam os sentidos mais frequentes associados a uma
consulta tarológica: a indicação de que se deve fazer algo ou de que alguma coisa vai
acontecer (processo material); a descrição de como o consulente se sente ou de como
ele percebe determinada situação (processo mental); e a caracterização do consulente,
especificando suas qualificações e atributos (processo relacional)
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A cartilha jurídica : aspectos sócio-históricos, discursivos e multimodaisPinheiro Mozdzenski, Leonardo January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Este trabalho tem como objetivo central realizar um estudo crítico do gênero discursivo
cartilha jurídica (CJ), investigando a formação sócio-histórica desse gênero, bem como as
estratégias textuais verbais e não-verbais usadas pelos produtores das cartilhas para a construção
social da realidade a partir dos estereótipos normativos . Para tanto, foram adotados os
pressupostos teórico-metodológicos e ideológicos da Análise do Discurso Crítica, associados à
noção de gênero como ação social. De início, são analisados os principais momentos da trajetória
sócio-histórica percorrida pelas CJs, desde o surgimento dos gêneros que contribuíram para o seu
desenvolvimento até o aparecimento das cartilhas atuais. Em seguida, discute-se a
argumentatividade visual nas CJs, avaliando-se como seus componentes imagéticos são
orquestrados com o texto verbal para a produção de sentido. E por fim, são examinadas as
estratégias discursivas usadas para a constituição de cenários estereotipados , invocados pelos
grupos dominantes visando legitimar as relações hegemônicas, a ordem institucionalizada e a
manutenção do poder em suas mãos. O corpus ampliado desta investigação é composto por 28
cartilhas jurídicas, dispostas em duas macrocategorias de análise: as CJs quadrinizadas e as CJs
que trazem o resumo da lei, apresentado ao leitor de forma direta ou através de tópicos autorespondidos .
Desse total, foram selecionadas seis cartilhas para compor o corpus restrito,
realizando-se um estudo mais sistemático das categorias lingüístico-discursivas que se revelaram
mais produtivas nas CJs para a fabricação da realidade . Dentre os resultados da análise, é
possível destacar que: a) cartilhas jurídicas acompanham as tendências abrangentes de mudança
discursiva da modernidade tardia, ao se constituírem por meio de uma tensão de discursos e de
vozes, cujos sentidos são produzidos pela integração de palavras e imagens; e b) as estratégias
discursivas de nominalização, apassivação, modalização e democratização discursiva, mais do
que realizações lingüísticas, constituem mecanismos poderosos de ação discursiva e ideológica
usados pelos produtores das cartilhas, tendo por fim a naturalização das estereotipias normativas
e a adesão do leitor à realidade construída pelas elites
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