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Fatores associados ao nascimento pré-termo em Campina Grande/PB, Brasil: um estudo de caso-controle / Factors for preterm birth in newborn of hospital deliveries by mothers, residents in the city of Campina Grande/PB, Brazil: the study design was a case-controlAssunção, Paula Lisiane de 26 August 2010 (has links)
Introdução: A prevalência de nascimento pré-termo vem aumentando nos últimos anos e é atualmente um problema de saúde pública mundial, sendo responsável por significante mortalidade neonatal e morbidades infantil e na vida adulta. As causas são multifatoriais e estão relacionadas às dimensões socioeconômica, psicossocial e biológica que se interrelacionam e se sobrepõem. Os fatores de risco diferem entre as populações e grupos étnicos, no entanto, ainda não estão claros quais e como os determinantes etiológicos estão envolvidos. As estratégias de cuidado pré-natal desenvolvidas tem sido insuficientes para a prevenção. Objetivo: estudar os fatores de risco para o nascimento pré-termo em crianças nascidas de partos hospitalares de mães residentes no município de Campina Grande/PB, Brasil. Métodos: O desenho foi um caso-controle de base populacional, que foi realizado no período de junho de 2008 a maio de 2009. Os casos foram nascidos com menos de 37 semanas gestacionais e os controles os nascidos com 37 semanas ou mais. A idade gestacional foi definida em semanas utilizando-se critérios de seleção baseados na acurácia da estimativa. Foram realizadas entrevistas com as mães e coleta de registros hospitalares. Foram selecionados 341 casos e 424 controles. A análise foi baseada em modelo de regressão múltipla hierarquizada. Resultados: os fatores de risco para nascimento pré-termo foram: filho anterior pré-termo (OR=2,32; IC 95%: 1,25-4,29), assistência pré-natal inadequada (categoria II três ou mais prérequisitos negativos) (OR=2,15; IC 95%: 1,40-3,27), ganho ponderal materno insuficiente (OR=2,33; IC 95%: 1,45-3,75), dano físico materno durante a gestação (OR=2,10; IC 95%: 1,22-3,60), hipertensão arterial na gestação com eclâmpsia (OR=17,08; IC 95%: 3,67-79,43) e sem eclâmpsia (OR=6,42; IC 95%: 3,50-11,76), internação durante a gestação (OR=5,64; IC 95%: 3,47-9,15), alteração do volume amniótico (OR=2,28; IC 95%: 1,32-3,95); sangramento vaginal (OR=1,54; IC 95%: 1,01-2,34) e gestação múltipla (OR=22,65; IC 95%: 6,22-82,46). Segundo o mesmo modelo, a renda familiar per capita menor que um salário mínimo foi fator protetor (OR=0,63; IC 95%: 0,39-0,99). Conclusão: Os fatores de risco foram semelhantes ao observado em outros estudos nacionais e internacionais, a não ser para o resultado da variável do nível socioeconômico. A elevada prevalência da pobreza e baixa escolaridade, maior que em estudos realizados na Região Sul, tanto nos casos como nos controles, pode ter contribuído para esse resultado. Estudos adicionais são necessários para o aprofundamento do conhecimento sobre a complexidade das cadeias causais no parto pré-termo, em diferentes contextos e a diferenciação pelos subtipos, espontâneo e indicado / Introduction: The prevalence of preterm birth has increased in recent years and it is currently a worldwide public health problem, being responsible for significant neonatal mortality and morbidity in childhood and adulthood. The causes are multifactorial and related to socioeconomic, psychosocial and biological factors that interrelate and overlap. Risk factors differ between ethnic groups and populations, however, it is not yet clear which are and how the etiological determinants are involved. Strategies for prenatal care have been developed enough for prevention. Objective: To study the risk factors for preterm birth in newborn of hospital deliveries by mothers, residents in the city of Campina Grande/PB, Brazil. Methods: The study design was a case-control population-based, which was conducted from June 2008 to May 2009. Cases were born at less than 37 weeks of gestation and controls, at 37 weeks or more. Gestational age in weeks was defined using selection criteria based on the accuracy of the estimate. Interviews were conducted with mothers and collection of hospital records. It was selected 341 cases and 424 controls. The analysis was based a logistic multiple regression model, based on a hierarchized conceptual modelling approach. Results: The risk factors for preterm birth were: previous preterm birth (OR=2,32; 95%CI: 1,25-4,29), inadequate prenatal care (category II three or more negative prerequisites) (OR=2,15; 95%CI: 1,40- 3,27), inadequate maternal weight gain (OR=2,33; 95%CI: 1,45-3,75), physical damage to the mother during pregnancy (OR=2,10; 95%CI: 1,22-3,60), hypertension pressure (OR=17,08; 95%CI: 3,67-79,43), hospitalization during pregnancy (OR=5,64; 95%CI: 3,47-9,15), amniotic fluid volume changes (OR=2,28; 95%CI: 1,32-3,95), vaginal bleeding (OR=1,54; 95%CI: 1,01-2,34) and multiple gestation (OR=22,65; 95%CI: 6,22-82,46). According to the model, the per capita income less than the minimum wage was a protective factor (OR=0,63; 95%CI: 0,39-0,99). Conclusion: The risk factors were similar to those observed in other national and international studies, except for the result of varying socioeconomic level. The high prevalence of poverty and low educational level, higher than in studies in the South in both outcomes, may have contributed to this result. Further studies are needed on the complexity of causal chains in preterm delivery in different contexts and differentiation by subtypes, spontaneous and indicated
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Cognição, atenção, temperamento e comportamento em crianças nascidas pré-termo na fase pré-escolar / Cognition, attention, temperament, and behavior in preschool children born preterm.Fabíola Dantas Andrez Nobre Arantes de Carvalho 21 September 2015 (has links)
O nascimento pré-termo aumenta o risco para problemas no desenvolvimento. O estudo teve por objetivos: a) examinar as associações entre condições clínicas neonatais e indicadores de cognição, atenção, temperamento e comportamento de crianças nascidas pré-termo; b) comparar esses indicadores em grupos estratificados pelo nível de prematuridade. A amostra foi composta por 50 crianças nascidas pré-termo (idade gestacional média = 31 semanas [26-35] e com peso ao nascimento médio de 1.190g [650-1.500g], de seis anos de idade, participantes de um programa de follow-up em um hospital universitário de nível terciário. As crianças foram avaliadas pela Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III) e Teste de Atenção por Cancelamento. As mães responderam aos Child Behavior Questionnaire (CBQ), Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) e ficha de caracterização. A história clínica foi analisada com base nos prontuários médicos. Foram processadas as análises de regressão linear múltipla e comparação entre grupos (t-Student/Qui-Quadrado); p 0,05. Os resultados mostraram que, na avaliação cognitiva pelo WISC-III, a maior parte das crianças apresentou resultados na média ou acima média nos QIs Total (70%), Verbal (76%) e de Execução (76%) e no índice fatorial de Resistência à distração (78%). No escore total de atenção, 74% das crianças situaram-se na média ou acima desta. No temperamento, as crianças apresentaram escores moderados entre 4 a 5, nos três fatores do CBQ (afeto negativo, extroversão e controle com esforço). No comportamento, 56% das crianças obtiveram classificação normal no total, assim como 96% em comportamento pró-social e 76% em relacionamento com colegas. No entanto, houve altas porcentagens de classificações limítrofes/anormais nos sintomas emocionais (64%), problemas de conduta (56%) e hiperatividade (50%). Na comparação entre grupos, às crianças pré-termo extremo/muito pré-termo apresentaram pior desempenho apenas na atenção alternada do que as pré-termo moderado/tardio. Na análise de predição, foram encontrados os seguintes resultados nos desfechos cognitivos: menor QI-Total foi predito por menor QI-Verbal e escolaridade materna; menor QI Verbal foi predito por menos controle com esforço e atenção e menor escolaridade materna; menor QI-Execução foi predito por menos atenção, menor escolaridade materna e nível socioeconômico. Os problemas de comportamento global foram preditos por mais afeto negativo e extroversão e menor controle com esforço e atenção. A hiperatividade foi predita por mais afeto negativo e menor controle com esforço e atenção. Os problemas de conduta foram preditos por mais afeto negativo, sexo masculino e menor QI-Verbal. Os problemas de relacionamento com os colegas foi predito por mais extroversão, maior escolaridade paterna, menor escolaridade materna e menor QI-Execução. Os sintomas emocionais foram preditos por menor idade gestacional, controle com esforço e nível socioeconômico e mais afeto negativo e extroversão. Apesar da vulnerabilidade das crianças, foram verificados recursos cognitivos e de atenção. Os problemas concentraram-se mais no comportamento, que foi predito por fatores da criança (temperamento, sexo, idade gestacional) e socioeconômicos. / The preterm birth increases risk for developmental problems. The objectives of the present study were the following: a) to exam the associations between neonatal clinical conditions and cognition, attentional, temperament, and behavior indicators in preschool children born preterm; b) to compare these indicators in groups according to the prematurity level. The sample was composed of 50 children born preterm (mean gestational age = 31 weeks [26-35]), mean birth weight of 1,190g [650-1,500g]), with six years of age, who participated in a follow-up program in a tertiary teaching hospital. Preterm children were evaluated according to the Wechsler Intelligence Scale for Children (WISC-III) and the Test of Attention by Cancelling. Mothers answered to the Child Behavior Questionnaire (CBQ), Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), and the Questionnaire of characteristics. Clinical history was reviewed on the medical chart. The multiple linear regression and between group comparison (t-test/Chi-square) analyses were performed; p0,05. The results showed that, in the WISC-III cognition assessment, the majority of the children presented results on average on the following intelligence quotients (QIs) scores: Total (70%), Verbal (76%), and Executive (76%), and in the Resistance to distraction Index subscale (78%). On the total attentional score 74% of the children presented mean or above mean scores. Concerning the temperament indicator, children presented moderated scores between 4 and 5 on the three CBQ factors (Negative Affectivity, Surgency, and Effortful Control). On behavior indicators, 56% of the children obtained total normal classification, as well as 96% on prosocial behavior and 76% on peer relationship. However, there were high percentages of boarder/abnormal on emotional symptoms (64%), conduct problems (56%), and hyperactivity (50%). The between groups comparison showed that children born extremely/very preterm presented lower performance only on alternating attention than moderate/late preterm children. The multiple linear regression analysis showed the following cognition outcomes: lower Total-IQ was predicted by lower Verbal IQ and maternal schoolarship; lower Verbal-IQ was predicted by lower Effortful Control and attention, and maternal schoolarship; lower Executive-IQ was predicted by lower attention, maternal scholarship, and socioeconomic status. Global behavior problems were predicted by higher Negative Affectivity, and Surgency, and lower Effortful Control, and Attention. Hyperactivity was predicted by higher Negative Affectivity and lower Effortful Control, and Attention. Conduct problems were predicted by higher Negative Affectivity, male sex, and Verbal-IQ. Peer relationship problems were predicted by higher Surgency, higher parental education, lower maternal schoolarship, and lower Executive-IQ. Emotional symptoms were predicted by gestational age, Effortful Control and socioeconomic status, and higher Negative Affectivity, and Surgency. Despite vulnerability of children there were cognitive and attentional resources. The difficulties are related to behavior, which were predicted by children factors, such as temperament, sex and gestational age, and socioeconomic factors.
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Cognição, atenção, temperamento e comportamento em crianças nascidas pré-termo na fase pré-escolar / Cognition, attention, temperament, and behavior in preschool children born preterm.Carvalho, Fabíola Dantas Andrez Nobre Arantes de 21 September 2015 (has links)
O nascimento pré-termo aumenta o risco para problemas no desenvolvimento. O estudo teve por objetivos: a) examinar as associações entre condições clínicas neonatais e indicadores de cognição, atenção, temperamento e comportamento de crianças nascidas pré-termo; b) comparar esses indicadores em grupos estratificados pelo nível de prematuridade. A amostra foi composta por 50 crianças nascidas pré-termo (idade gestacional média = 31 semanas [26-35] e com peso ao nascimento médio de 1.190g [650-1.500g], de seis anos de idade, participantes de um programa de follow-up em um hospital universitário de nível terciário. As crianças foram avaliadas pela Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III) e Teste de Atenção por Cancelamento. As mães responderam aos Child Behavior Questionnaire (CBQ), Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) e ficha de caracterização. A história clínica foi analisada com base nos prontuários médicos. Foram processadas as análises de regressão linear múltipla e comparação entre grupos (t-Student/Qui-Quadrado); p 0,05. Os resultados mostraram que, na avaliação cognitiva pelo WISC-III, a maior parte das crianças apresentou resultados na média ou acima média nos QIs Total (70%), Verbal (76%) e de Execução (76%) e no índice fatorial de Resistência à distração (78%). No escore total de atenção, 74% das crianças situaram-se na média ou acima desta. No temperamento, as crianças apresentaram escores moderados entre 4 a 5, nos três fatores do CBQ (afeto negativo, extroversão e controle com esforço). No comportamento, 56% das crianças obtiveram classificação normal no total, assim como 96% em comportamento pró-social e 76% em relacionamento com colegas. No entanto, houve altas porcentagens de classificações limítrofes/anormais nos sintomas emocionais (64%), problemas de conduta (56%) e hiperatividade (50%). Na comparação entre grupos, às crianças pré-termo extremo/muito pré-termo apresentaram pior desempenho apenas na atenção alternada do que as pré-termo moderado/tardio. Na análise de predição, foram encontrados os seguintes resultados nos desfechos cognitivos: menor QI-Total foi predito por menor QI-Verbal e escolaridade materna; menor QI Verbal foi predito por menos controle com esforço e atenção e menor escolaridade materna; menor QI-Execução foi predito por menos atenção, menor escolaridade materna e nível socioeconômico. Os problemas de comportamento global foram preditos por mais afeto negativo e extroversão e menor controle com esforço e atenção. A hiperatividade foi predita por mais afeto negativo e menor controle com esforço e atenção. Os problemas de conduta foram preditos por mais afeto negativo, sexo masculino e menor QI-Verbal. Os problemas de relacionamento com os colegas foi predito por mais extroversão, maior escolaridade paterna, menor escolaridade materna e menor QI-Execução. Os sintomas emocionais foram preditos por menor idade gestacional, controle com esforço e nível socioeconômico e mais afeto negativo e extroversão. Apesar da vulnerabilidade das crianças, foram verificados recursos cognitivos e de atenção. Os problemas concentraram-se mais no comportamento, que foi predito por fatores da criança (temperamento, sexo, idade gestacional) e socioeconômicos. / The preterm birth increases risk for developmental problems. The objectives of the present study were the following: a) to exam the associations between neonatal clinical conditions and cognition, attentional, temperament, and behavior indicators in preschool children born preterm; b) to compare these indicators in groups according to the prematurity level. The sample was composed of 50 children born preterm (mean gestational age = 31 weeks [26-35]), mean birth weight of 1,190g [650-1,500g]), with six years of age, who participated in a follow-up program in a tertiary teaching hospital. Preterm children were evaluated according to the Wechsler Intelligence Scale for Children (WISC-III) and the Test of Attention by Cancelling. Mothers answered to the Child Behavior Questionnaire (CBQ), Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), and the Questionnaire of characteristics. Clinical history was reviewed on the medical chart. The multiple linear regression and between group comparison (t-test/Chi-square) analyses were performed; p0,05. The results showed that, in the WISC-III cognition assessment, the majority of the children presented results on average on the following intelligence quotients (QIs) scores: Total (70%), Verbal (76%), and Executive (76%), and in the Resistance to distraction Index subscale (78%). On the total attentional score 74% of the children presented mean or above mean scores. Concerning the temperament indicator, children presented moderated scores between 4 and 5 on the three CBQ factors (Negative Affectivity, Surgency, and Effortful Control). On behavior indicators, 56% of the children obtained total normal classification, as well as 96% on prosocial behavior and 76% on peer relationship. However, there were high percentages of boarder/abnormal on emotional symptoms (64%), conduct problems (56%), and hyperactivity (50%). The between groups comparison showed that children born extremely/very preterm presented lower performance only on alternating attention than moderate/late preterm children. The multiple linear regression analysis showed the following cognition outcomes: lower Total-IQ was predicted by lower Verbal IQ and maternal schoolarship; lower Verbal-IQ was predicted by lower Effortful Control and attention, and maternal schoolarship; lower Executive-IQ was predicted by lower attention, maternal scholarship, and socioeconomic status. Global behavior problems were predicted by higher Negative Affectivity, and Surgency, and lower Effortful Control, and Attention. Hyperactivity was predicted by higher Negative Affectivity and lower Effortful Control, and Attention. Conduct problems were predicted by higher Negative Affectivity, male sex, and Verbal-IQ. Peer relationship problems were predicted by higher Surgency, higher parental education, lower maternal schoolarship, and lower Executive-IQ. Emotional symptoms were predicted by gestational age, Effortful Control and socioeconomic status, and higher Negative Affectivity, and Surgency. Despite vulnerability of children there were cognitive and attentional resources. The difficulties are related to behavior, which were predicted by children factors, such as temperament, sex and gestational age, and socioeconomic factors.
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Fatores associados ao nascimento pré-termo em Campina Grande/PB, Brasil: um estudo de caso-controle / Factors for preterm birth in newborn of hospital deliveries by mothers, residents in the city of Campina Grande/PB, Brazil: the study design was a case-controlPaula Lisiane de Assunção 26 August 2010 (has links)
Introdução: A prevalência de nascimento pré-termo vem aumentando nos últimos anos e é atualmente um problema de saúde pública mundial, sendo responsável por significante mortalidade neonatal e morbidades infantil e na vida adulta. As causas são multifatoriais e estão relacionadas às dimensões socioeconômica, psicossocial e biológica que se interrelacionam e se sobrepõem. Os fatores de risco diferem entre as populações e grupos étnicos, no entanto, ainda não estão claros quais e como os determinantes etiológicos estão envolvidos. As estratégias de cuidado pré-natal desenvolvidas tem sido insuficientes para a prevenção. Objetivo: estudar os fatores de risco para o nascimento pré-termo em crianças nascidas de partos hospitalares de mães residentes no município de Campina Grande/PB, Brasil. Métodos: O desenho foi um caso-controle de base populacional, que foi realizado no período de junho de 2008 a maio de 2009. Os casos foram nascidos com menos de 37 semanas gestacionais e os controles os nascidos com 37 semanas ou mais. A idade gestacional foi definida em semanas utilizando-se critérios de seleção baseados na acurácia da estimativa. Foram realizadas entrevistas com as mães e coleta de registros hospitalares. Foram selecionados 341 casos e 424 controles. A análise foi baseada em modelo de regressão múltipla hierarquizada. Resultados: os fatores de risco para nascimento pré-termo foram: filho anterior pré-termo (OR=2,32; IC 95%: 1,25-4,29), assistência pré-natal inadequada (categoria II três ou mais prérequisitos negativos) (OR=2,15; IC 95%: 1,40-3,27), ganho ponderal materno insuficiente (OR=2,33; IC 95%: 1,45-3,75), dano físico materno durante a gestação (OR=2,10; IC 95%: 1,22-3,60), hipertensão arterial na gestação com eclâmpsia (OR=17,08; IC 95%: 3,67-79,43) e sem eclâmpsia (OR=6,42; IC 95%: 3,50-11,76), internação durante a gestação (OR=5,64; IC 95%: 3,47-9,15), alteração do volume amniótico (OR=2,28; IC 95%: 1,32-3,95); sangramento vaginal (OR=1,54; IC 95%: 1,01-2,34) e gestação múltipla (OR=22,65; IC 95%: 6,22-82,46). Segundo o mesmo modelo, a renda familiar per capita menor que um salário mínimo foi fator protetor (OR=0,63; IC 95%: 0,39-0,99). Conclusão: Os fatores de risco foram semelhantes ao observado em outros estudos nacionais e internacionais, a não ser para o resultado da variável do nível socioeconômico. A elevada prevalência da pobreza e baixa escolaridade, maior que em estudos realizados na Região Sul, tanto nos casos como nos controles, pode ter contribuído para esse resultado. Estudos adicionais são necessários para o aprofundamento do conhecimento sobre a complexidade das cadeias causais no parto pré-termo, em diferentes contextos e a diferenciação pelos subtipos, espontâneo e indicado / Introduction: The prevalence of preterm birth has increased in recent years and it is currently a worldwide public health problem, being responsible for significant neonatal mortality and morbidity in childhood and adulthood. The causes are multifactorial and related to socioeconomic, psychosocial and biological factors that interrelate and overlap. Risk factors differ between ethnic groups and populations, however, it is not yet clear which are and how the etiological determinants are involved. Strategies for prenatal care have been developed enough for prevention. Objective: To study the risk factors for preterm birth in newborn of hospital deliveries by mothers, residents in the city of Campina Grande/PB, Brazil. Methods: The study design was a case-control population-based, which was conducted from June 2008 to May 2009. Cases were born at less than 37 weeks of gestation and controls, at 37 weeks or more. Gestational age in weeks was defined using selection criteria based on the accuracy of the estimate. Interviews were conducted with mothers and collection of hospital records. It was selected 341 cases and 424 controls. The analysis was based a logistic multiple regression model, based on a hierarchized conceptual modelling approach. Results: The risk factors for preterm birth were: previous preterm birth (OR=2,32; 95%CI: 1,25-4,29), inadequate prenatal care (category II three or more negative prerequisites) (OR=2,15; 95%CI: 1,40- 3,27), inadequate maternal weight gain (OR=2,33; 95%CI: 1,45-3,75), physical damage to the mother during pregnancy (OR=2,10; 95%CI: 1,22-3,60), hypertension pressure (OR=17,08; 95%CI: 3,67-79,43), hospitalization during pregnancy (OR=5,64; 95%CI: 3,47-9,15), amniotic fluid volume changes (OR=2,28; 95%CI: 1,32-3,95), vaginal bleeding (OR=1,54; 95%CI: 1,01-2,34) and multiple gestation (OR=22,65; 95%CI: 6,22-82,46). According to the model, the per capita income less than the minimum wage was a protective factor (OR=0,63; 95%CI: 0,39-0,99). Conclusion: The risk factors were similar to those observed in other national and international studies, except for the result of varying socioeconomic level. The high prevalence of poverty and low educational level, higher than in studies in the South in both outcomes, may have contributed to this result. Further studies are needed on the complexity of causal chains in preterm delivery in different contexts and differentiation by subtypes, spontaneous and indicated
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Indicadores emocionais de ansiedade, disforia e depressão e verbalizações maternas acerca do bebê, da amamentação e da maternidade em mães de bebês nascidos pré-termo de muito baixo peso, durante a hospitalização do bebê e após a alta, compraradas a mães de bebês nascimentos a termo / Emotional indicators of anxiety, dysphoria and depression, and maternal verbalizations about the baby, the breastfeeding and the maternity in mothers of preterm and very low birthweight neonates, during the baby?s hospitalization and after discharge, compared to mothers of fullterm neonatesPadovani, Flavia Helena Pereira 14 October 2005 (has links)
O presente estudo teve por objetivo: a) avaliar os indicadores de ansiedade, disforia e depressão em um grupo de mães de bebês nascidos pré-termo de muito baixo peso (GPT) e comparar esses indicadores com os de um grupo de mães de bebês nascidos a termo (GAT); b) comparar indicadores de ansiedade, disforia e depressão de mães de bebês nascidos prétermo de muito baixo peso avaliados em dois momentos distintos, durante o período de hospitalização do bebê e após a sua alta hospitalar; c) comparar os conteúdos verbais acerca do bebê, da amamentação e da maternidade expressos pelo grupo de mães de bebês pré-termo de muito baixo peso e pelo grupo de mães de bebês a termo. O GPT foi formado por 50 mães de bebês nascidos pré-termo de muito baixo peso (?1.500 gramas), enquanto que o GAT foi composto por 25 mães de bebês nascidos a termo com peso de nascimento igual ou superior a 2.500g. Foram utilizados os seguintes instrumentos e materiais: Entrevista Clínica Estruturada para DSM III?R (SCID/NP), Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), Inventário de Depressão de Beck (BDI), Roteiro de Entrevista, Escala de Eventos Vitais e Prontuários médicos dos bebês. Primeiramente, aplicou-se a SCID/NP para a identificação das mães com antecedentes psiquiátricos, as quais foram excluídas da amostra final. Em seguida, para o GPT foram realizadas duas sessões, durante o período de hospitalização do bebê (1a avaliação): na primeira, aplicou-se o Roteiro de Entrevista e a Escala de Eventos Vitais e na segunda, foram aplicados os instrumentos IDATE e BDI. Após a alta hospitalar do bebê, foi realizada mais uma sessão com o GPT para reaplicação do IDATE e do BDI (2a avaliação). Para o GAT, os instrumentos de avaliação foram aplicados em uma única sessão, nos primeiros dias de vida do bebê. Em relação à análise de dados, os instrumentos de avaliação de ansiedade e disforia/depressão foram corrigidos de acordo com as normas dos testes e foram realizadas as análises comparativas entre os grupos (GPT X GAT) e intra-grupo (GPT ? 1a avaliação X GPT ? 2a avaliação). As respostas maternas ao Roteiro de Entrevista foram submetidas à análise de conteúdo temático e quantificadas em termos de freqüência e porcentagem. Os resultados mostraram uma incidência de 32% das mães do GPT e 4% das mães do GAT com escores indicativos de sintomas clínicos de ansiedade do tipo estado. A análise comparativa entre os grupos mostrou diferença estatisticamente significativa entre essas incidências; no GPT houve significativamente mais mães com sintomas clínicos de ansiedade-estado do que no GAT (p=0,006). Após a alta hospitalar dos bebês, houve uma redução estatisticamente significativa do número de mães do GPT com sintomas clínicos de ansiedade-estado (1a avaliação=35%; 2a avaliação=12%; p=0,006). Quanto aos conteúdos verbais maternos expressos pelos GPT e GAT, verificou-se que, no tópico sobre questões relacionadas ao bebê, 12% das mães do GPT verbalizaram sobre reações e sentimentos maternos, focalizadas predominantemente em emoções negativas, enquanto que apenas 1% do GAT apresentou esse tipo de verbalização. No tópico sobre amamentação, o GPT expressou mais preocupações e dúvidas em relação à amamentação (46%) do que as mães do GAT (4%), relativas principalmente ao leite materno secar, acabar ou ser insuficiente para satisfazer ao bebê. No tópico sobre maternidade, por sua vez, os dois grupos apresentaram conteúdos verbais semelhantes, predominando a identificação de diversos fatores que influenciam na maternidade (GPT=41%; GAT=47%). Os achados sugerem a necessidade de se avaliar indicadores de ansiedade e disforia/depressão em mães de bebês pré-termo de muito baixo peso, internados em UTIN, a fim de subsidiar decisões sobre o suporte psicológico oferecido às mães para regulação emocional, durante o período de internação hospitalar do bebê. / The aim of the present study was: a) to assess the indicators of anxiety, dysphoria and depression in a group of mothers of very low birthweight preterm neonates (GPT) and to compare these indicators with the ones of one group of mothers of fullterm neonates (GFT); b) to compare indicators of anxiety, dysphoria and depression of mothers of very low birthweight preterm neoantes that were assessed in two distinct moments, during the period of hospitalization and after their hospital discharge; c) to compare the verbal contents about the baby, the breastfeeding and the maternity that were expressed by the group of mothers of very low birthweight preterm neoantes and by the group of mothers of fullterm ones. The GPT was constituted by 50 mothers of neoantes that were born preterm and with very low birthweight (?1,500 grams), while the GFT was constituted by 25 mothers of neoantes that were born fullterm with birthweight equal or more than 2,500 grams. It was used the following instruments and materials: Structured Clinical Interview for DSM III-R Non-Patient (SCID/NP), State-Trait Anxiety Inventory (IDATE), Beck Depression Inventory (BDI), Interview Profile, Vital Events Scale and medical chart. First, it was administrated the SCID/NP to identify the mothers with psychiatric background, which were excluded from the final sample. After this, for the GPT, it was realized two sessions, during the hospitalization period of the baby (1st assessment): in the first one, it was administrated the Interview Profile and the Vital Events Scale, and in the second one, it was administrated the instruments IDATE and BDI. After the hospital discharge of the baby, it was realized one more session with the GPT for the re-administration of IDATE and of BDI (2nd assessment). For the GFT, the assessment instruments were administrated in only one session, in the first days of the baby?s life. In relation to the data analyses, the assessment instruments of anxiety, dysphoria/depression were corrected according to the tests? norms and it was realized the comparative analyses between groups (GFT X GPT) and within groups (GPT ? 1st assessment X GPT ? 2nd assessment). The maternal answers to the Profile Interview were submitted to the thematic content analyses and were quantified in terms of frequency and percentage. The results indicated incidence of 32% of the mothers of the GPT and 4% of the mothers of the GFT with scores that indicate clinical symptoms of anxiety-state type. The comparative analyses between groups showed statistically significant differences between these incidences; in the GPT there were significantly more mothers with clinical symptoms of anxiety-state than in the GFT (p=0,006). After the babies? hospital discharge, there was a statistically significant reduction in the number of mothers of the GPT with clinical symptoms of anxiety-state (1st assessment = 35%; 2nd assessment = 12%; p = 0,006). In relation to the maternal verbal contents that were expressed by GPT and GFT, it was verified that, in the topic about questions that are related to the baby, 12% of the mothers of the GPT verbalized about maternal feelings and reactions, focused, predominantly on negative emotions, while just 1% of the GFT presented this kind of verbalization. In the topic about breastfeeding, the GPT expressed more preoccupation and doubts related to breastfeeding (46%) than the mothers of the GFT (4%), these related principally to the fact of drying the maternal milk, finishing the milk or not being enough to satisfy the baby. In the topic about maternity, though, both groups presented similar verbal contents, predominating the identification of several factors that have influence in maternity (GPT = 41%; GFT = 47%). The findings suggest the necessity of assessing indicators of anxiety and dysphoria/depression in mothers of preterm and very low birthweight infants, that are admitted in the ICU, with the objective of subsiding decisions about the psychological support that is offered to the mothers to the emotional regulation, during the period of baby?s hospital admission.
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Influência da prematuridade e restrição do crescimento intrauterino na habilidade motora na infância / Influence of preterm birth and intrauterine growth restriction on motor skills in childhoodRocha, Paulo Ricardo Higassiaraguti 15 October 2018 (has links)
Introdução: O comportamento motor é primordial e se manifesta em todas as fases da vida. No entanto, algumas crianças apresentam atrasos marcantes na aquisição de habilidades motoras que podem acarretar em dificuldades futuras. Evidências da literatura têm sugerido que os fatores presentes no período pré-natal e de nascimento, tais como a restrição do crescimento intrauterino (RCIU) e o nascimento pré-termo (PT) podem atuar de maneira significativa no curso do desenvolvimento motor (DM) ao longo do tempo. Contudo, os resultados apresentados por estudos que investigaram o impacto do PT, RCIU e da associação PT e RCIU no DM ainda são contraditórios, merecendo mais investigações. Objetivo: Investigar o efeito das condições de nascimento PT e/ou RCIU no DM infantil. Método: Foram estudadas 1006 crianças pertencentes a uma coorte iniciada durante o pré-natal (22-25 semanas de gestação) em 2010, acompanhada no nascimento e reavaliada no segundo ano de vida em 2011/2013. As crianças foram classificadas em T-NRCIU (termo e não restrito); T-RCIU (termo + restrição do crescimento intrauterino); PT-NRCIU (pré-termo + não restrito) e PT-RCIU (pré-termo + restrição do crescimento intrauterino) para verificar o efeito do PT, RCIU e associações das condições (PT-RCIU) no desempenho motor. Por meio da bateria de testes \"Bayley Scales of Infant and Toddler Development Third Edition - screening\" foi avaliado o desempenho obtido na subescala motora fina (SMF) e motora grossa (SMG). Utilizou-se modelo de regressão linear múltipla para verificar associação entre PT e/ou RCIU com o escore de desempenho motor e calculou-se o risco relativo por meio de modelo de regressão de Poisson para verificar a associação entre as condições de nascimento e a classificação motora. Os modelos foram ajustados para as covariáveis maternas (hipertensão e/ou diabetes gestacional, utilização de álcool e/ou tabaco na gestação, nível de atividade física, escolaridade, idade e classe econômica) e da criança (crescimento fetal e sexo). Resultados: As crianças do grupo PT-RCIU apresentaram escores inferiores ao do grupo T-NRCIU nas SMF (coeficiente ? = -2,54, IC 95% -3,78; -1,30, p<0,001) e SMG (? = -1,62, IC95% -2,77; -0,47, p=0,006). Ainda, o grupo PT-RCIU esteve associado a maiores riscos de atrasos no desenvolvimento de habilidade motora fina (RR = 3,04, IC95% 1,36; 6,78, p=0,007) e grossa (RR = 2,97, IC95% 1,38; 6,40, p=0,005). Para os demais grupos, não foram observadas diferenças em relação ao grupo de referência. Conclusão: A RCIU e a prematuridade, desassociadas, não estiveram relacionadas ao baixo desempenho e aos atrasos motores. No entanto, a associação das duas condições, PT e RCIU, influenciou negativamente o desempenho motor e aumentou os riscos de atrasos motores no segundo ano de vida. / Introduction: The motor behavior is paramount and manifests itself in all phases of life. However, some children have marked delays in acquiring motor skills that may lead to future difficulties. Evidence from the literature has suggested that prenatal and birth factors such as intrauterine growth restriction (IUGR) and preterm birth (PT) may play a significant role in the course of motor development (MD). However, the results presented by studies investigating the impact of PT, IUGR and PT and IUGR association in MD are still contradictory, deserving further investigation. Objective: to investigate the effect of PT and / or IUGR on infant motor development (fine and gross motor skills) among 2 years old children. Method: We studied 1006 children belonging to a cohort started during the prenatal evaluation (22nd - 25th weeks gestational age), followed at birth in 2010 and reexamined in the second year of life in 2011/2013. The children were classified in T-NIUGR (term and not restricted); T-IUGR (term + intrauterine growth restriction); PT-NIUGR (preterm + not restricted) and PT-IUGR (preterm + intrauterine growth restriction) to verify the interaction between PT and IUGR in the infant motor performance. The performance of the fine motor (SMF) and gross motor subscale (SMG) was evaluated using the Bayley Scales of Infant and Toddler Development Third Edition screening. A multiple linear regression model was used to verify the association between PT and IUGR with the motor performance score and the relative risk was calculated using a Poisson regression model to verify the association between the birth conditions and the motor classification. The models were adjusted for maternal covariables (hypertension and / or gestational diabetes, alcohol and / or tobacco use during gestation, physical activity level, schooling, age and economic class) and the child (fetal growth and sex). Results: The children in the PT-IUGR group had lower motor performance than the T-NIUGR group in SMF (coefficient ? = -2.54, CI 95% -3.78, -1.30, p <0.001) and SMG ? = -1.62, 95% CI -2.77, -0.47, p = 0.006). Furthermore, the PT-IUGR group was associated with greater risks of delays in the development of fine motor skills (RR = 3.04, 95% CI 1.36; 6.78, p=0.007) and gross motor skills (RR = 2.97, 95% CI, 1.38; 6.40, p = 0.005). No difference could be observed between the other groups and T-NIUGR. Conclusion: The isolated effect of IUGR and prematurity, were not associated with poor performance and motor delays. However, the association of the two conditions, PT and IUGR, negatively influenced motor performance and increased the risk of motor delays in the second year of life.
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Influência da prematuridade e restrição do crescimento intrauterino na habilidade motora na infância / Influence of preterm birth and intrauterine growth restriction on motor skills in childhoodPaulo Ricardo Higassiaraguti Rocha 15 October 2018 (has links)
Introdução: O comportamento motor é primordial e se manifesta em todas as fases da vida. No entanto, algumas crianças apresentam atrasos marcantes na aquisição de habilidades motoras que podem acarretar em dificuldades futuras. Evidências da literatura têm sugerido que os fatores presentes no período pré-natal e de nascimento, tais como a restrição do crescimento intrauterino (RCIU) e o nascimento pré-termo (PT) podem atuar de maneira significativa no curso do desenvolvimento motor (DM) ao longo do tempo. Contudo, os resultados apresentados por estudos que investigaram o impacto do PT, RCIU e da associação PT e RCIU no DM ainda são contraditórios, merecendo mais investigações. Objetivo: Investigar o efeito das condições de nascimento PT e/ou RCIU no DM infantil. Método: Foram estudadas 1006 crianças pertencentes a uma coorte iniciada durante o pré-natal (22-25 semanas de gestação) em 2010, acompanhada no nascimento e reavaliada no segundo ano de vida em 2011/2013. As crianças foram classificadas em T-NRCIU (termo e não restrito); T-RCIU (termo + restrição do crescimento intrauterino); PT-NRCIU (pré-termo + não restrito) e PT-RCIU (pré-termo + restrição do crescimento intrauterino) para verificar o efeito do PT, RCIU e associações das condições (PT-RCIU) no desempenho motor. Por meio da bateria de testes \"Bayley Scales of Infant and Toddler Development Third Edition - screening\" foi avaliado o desempenho obtido na subescala motora fina (SMF) e motora grossa (SMG). Utilizou-se modelo de regressão linear múltipla para verificar associação entre PT e/ou RCIU com o escore de desempenho motor e calculou-se o risco relativo por meio de modelo de regressão de Poisson para verificar a associação entre as condições de nascimento e a classificação motora. Os modelos foram ajustados para as covariáveis maternas (hipertensão e/ou diabetes gestacional, utilização de álcool e/ou tabaco na gestação, nível de atividade física, escolaridade, idade e classe econômica) e da criança (crescimento fetal e sexo). Resultados: As crianças do grupo PT-RCIU apresentaram escores inferiores ao do grupo T-NRCIU nas SMF (coeficiente ? = -2,54, IC 95% -3,78; -1,30, p<0,001) e SMG (? = -1,62, IC95% -2,77; -0,47, p=0,006). Ainda, o grupo PT-RCIU esteve associado a maiores riscos de atrasos no desenvolvimento de habilidade motora fina (RR = 3,04, IC95% 1,36; 6,78, p=0,007) e grossa (RR = 2,97, IC95% 1,38; 6,40, p=0,005). Para os demais grupos, não foram observadas diferenças em relação ao grupo de referência. Conclusão: A RCIU e a prematuridade, desassociadas, não estiveram relacionadas ao baixo desempenho e aos atrasos motores. No entanto, a associação das duas condições, PT e RCIU, influenciou negativamente o desempenho motor e aumentou os riscos de atrasos motores no segundo ano de vida. / Introduction: The motor behavior is paramount and manifests itself in all phases of life. However, some children have marked delays in acquiring motor skills that may lead to future difficulties. Evidence from the literature has suggested that prenatal and birth factors such as intrauterine growth restriction (IUGR) and preterm birth (PT) may play a significant role in the course of motor development (MD). However, the results presented by studies investigating the impact of PT, IUGR and PT and IUGR association in MD are still contradictory, deserving further investigation. Objective: to investigate the effect of PT and / or IUGR on infant motor development (fine and gross motor skills) among 2 years old children. Method: We studied 1006 children belonging to a cohort started during the prenatal evaluation (22nd - 25th weeks gestational age), followed at birth in 2010 and reexamined in the second year of life in 2011/2013. The children were classified in T-NIUGR (term and not restricted); T-IUGR (term + intrauterine growth restriction); PT-NIUGR (preterm + not restricted) and PT-IUGR (preterm + intrauterine growth restriction) to verify the interaction between PT and IUGR in the infant motor performance. The performance of the fine motor (SMF) and gross motor subscale (SMG) was evaluated using the Bayley Scales of Infant and Toddler Development Third Edition screening. A multiple linear regression model was used to verify the association between PT and IUGR with the motor performance score and the relative risk was calculated using a Poisson regression model to verify the association between the birth conditions and the motor classification. The models were adjusted for maternal covariables (hypertension and / or gestational diabetes, alcohol and / or tobacco use during gestation, physical activity level, schooling, age and economic class) and the child (fetal growth and sex). Results: The children in the PT-IUGR group had lower motor performance than the T-NIUGR group in SMF (coefficient ? = -2.54, CI 95% -3.78, -1.30, p <0.001) and SMG ? = -1.62, 95% CI -2.77, -0.47, p = 0.006). Furthermore, the PT-IUGR group was associated with greater risks of delays in the development of fine motor skills (RR = 3.04, 95% CI 1.36; 6.78, p=0.007) and gross motor skills (RR = 2.97, 95% CI, 1.38; 6.40, p = 0.005). No difference could be observed between the other groups and T-NIUGR. Conclusion: The isolated effect of IUGR and prematurity, were not associated with poor performance and motor delays. However, the association of the two conditions, PT and IUGR, negatively influenced motor performance and increased the risk of motor delays in the second year of life.
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Indicadores emocionais de ansiedade, disforia e depressão e verbalizações maternas acerca do bebê, da amamentação e da maternidade em mães de bebês nascidos pré-termo de muito baixo peso, durante a hospitalização do bebê e após a alta, compraradas a mães de bebês nascimentos a termo / Emotional indicators of anxiety, dysphoria and depression, and maternal verbalizations about the baby, the breastfeeding and the maternity in mothers of preterm and very low birthweight neonates, during the baby?s hospitalization and after discharge, compared to mothers of fullterm neonatesFlavia Helena Pereira Padovani 14 October 2005 (has links)
O presente estudo teve por objetivo: a) avaliar os indicadores de ansiedade, disforia e depressão em um grupo de mães de bebês nascidos pré-termo de muito baixo peso (GPT) e comparar esses indicadores com os de um grupo de mães de bebês nascidos a termo (GAT); b) comparar indicadores de ansiedade, disforia e depressão de mães de bebês nascidos prétermo de muito baixo peso avaliados em dois momentos distintos, durante o período de hospitalização do bebê e após a sua alta hospitalar; c) comparar os conteúdos verbais acerca do bebê, da amamentação e da maternidade expressos pelo grupo de mães de bebês pré-termo de muito baixo peso e pelo grupo de mães de bebês a termo. O GPT foi formado por 50 mães de bebês nascidos pré-termo de muito baixo peso (?1.500 gramas), enquanto que o GAT foi composto por 25 mães de bebês nascidos a termo com peso de nascimento igual ou superior a 2.500g. Foram utilizados os seguintes instrumentos e materiais: Entrevista Clínica Estruturada para DSM III?R (SCID/NP), Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), Inventário de Depressão de Beck (BDI), Roteiro de Entrevista, Escala de Eventos Vitais e Prontuários médicos dos bebês. Primeiramente, aplicou-se a SCID/NP para a identificação das mães com antecedentes psiquiátricos, as quais foram excluídas da amostra final. Em seguida, para o GPT foram realizadas duas sessões, durante o período de hospitalização do bebê (1a avaliação): na primeira, aplicou-se o Roteiro de Entrevista e a Escala de Eventos Vitais e na segunda, foram aplicados os instrumentos IDATE e BDI. Após a alta hospitalar do bebê, foi realizada mais uma sessão com o GPT para reaplicação do IDATE e do BDI (2a avaliação). Para o GAT, os instrumentos de avaliação foram aplicados em uma única sessão, nos primeiros dias de vida do bebê. Em relação à análise de dados, os instrumentos de avaliação de ansiedade e disforia/depressão foram corrigidos de acordo com as normas dos testes e foram realizadas as análises comparativas entre os grupos (GPT X GAT) e intra-grupo (GPT ? 1a avaliação X GPT ? 2a avaliação). As respostas maternas ao Roteiro de Entrevista foram submetidas à análise de conteúdo temático e quantificadas em termos de freqüência e porcentagem. Os resultados mostraram uma incidência de 32% das mães do GPT e 4% das mães do GAT com escores indicativos de sintomas clínicos de ansiedade do tipo estado. A análise comparativa entre os grupos mostrou diferença estatisticamente significativa entre essas incidências; no GPT houve significativamente mais mães com sintomas clínicos de ansiedade-estado do que no GAT (p=0,006). Após a alta hospitalar dos bebês, houve uma redução estatisticamente significativa do número de mães do GPT com sintomas clínicos de ansiedade-estado (1a avaliação=35%; 2a avaliação=12%; p=0,006). Quanto aos conteúdos verbais maternos expressos pelos GPT e GAT, verificou-se que, no tópico sobre questões relacionadas ao bebê, 12% das mães do GPT verbalizaram sobre reações e sentimentos maternos, focalizadas predominantemente em emoções negativas, enquanto que apenas 1% do GAT apresentou esse tipo de verbalização. No tópico sobre amamentação, o GPT expressou mais preocupações e dúvidas em relação à amamentação (46%) do que as mães do GAT (4%), relativas principalmente ao leite materno secar, acabar ou ser insuficiente para satisfazer ao bebê. No tópico sobre maternidade, por sua vez, os dois grupos apresentaram conteúdos verbais semelhantes, predominando a identificação de diversos fatores que influenciam na maternidade (GPT=41%; GAT=47%). Os achados sugerem a necessidade de se avaliar indicadores de ansiedade e disforia/depressão em mães de bebês pré-termo de muito baixo peso, internados em UTIN, a fim de subsidiar decisões sobre o suporte psicológico oferecido às mães para regulação emocional, durante o período de internação hospitalar do bebê. / The aim of the present study was: a) to assess the indicators of anxiety, dysphoria and depression in a group of mothers of very low birthweight preterm neonates (GPT) and to compare these indicators with the ones of one group of mothers of fullterm neonates (GFT); b) to compare indicators of anxiety, dysphoria and depression of mothers of very low birthweight preterm neoantes that were assessed in two distinct moments, during the period of hospitalization and after their hospital discharge; c) to compare the verbal contents about the baby, the breastfeeding and the maternity that were expressed by the group of mothers of very low birthweight preterm neoantes and by the group of mothers of fullterm ones. The GPT was constituted by 50 mothers of neoantes that were born preterm and with very low birthweight (?1,500 grams), while the GFT was constituted by 25 mothers of neoantes that were born fullterm with birthweight equal or more than 2,500 grams. It was used the following instruments and materials: Structured Clinical Interview for DSM III-R Non-Patient (SCID/NP), State-Trait Anxiety Inventory (IDATE), Beck Depression Inventory (BDI), Interview Profile, Vital Events Scale and medical chart. First, it was administrated the SCID/NP to identify the mothers with psychiatric background, which were excluded from the final sample. After this, for the GPT, it was realized two sessions, during the hospitalization period of the baby (1st assessment): in the first one, it was administrated the Interview Profile and the Vital Events Scale, and in the second one, it was administrated the instruments IDATE and BDI. After the hospital discharge of the baby, it was realized one more session with the GPT for the re-administration of IDATE and of BDI (2nd assessment). For the GFT, the assessment instruments were administrated in only one session, in the first days of the baby?s life. In relation to the data analyses, the assessment instruments of anxiety, dysphoria/depression were corrected according to the tests? norms and it was realized the comparative analyses between groups (GFT X GPT) and within groups (GPT ? 1st assessment X GPT ? 2nd assessment). The maternal answers to the Profile Interview were submitted to the thematic content analyses and were quantified in terms of frequency and percentage. The results indicated incidence of 32% of the mothers of the GPT and 4% of the mothers of the GFT with scores that indicate clinical symptoms of anxiety-state type. The comparative analyses between groups showed statistically significant differences between these incidences; in the GPT there were significantly more mothers with clinical symptoms of anxiety-state than in the GFT (p=0,006). After the babies? hospital discharge, there was a statistically significant reduction in the number of mothers of the GPT with clinical symptoms of anxiety-state (1st assessment = 35%; 2nd assessment = 12%; p = 0,006). In relation to the maternal verbal contents that were expressed by GPT and GFT, it was verified that, in the topic about questions that are related to the baby, 12% of the mothers of the GPT verbalized about maternal feelings and reactions, focused, predominantly on negative emotions, while just 1% of the GFT presented this kind of verbalization. In the topic about breastfeeding, the GPT expressed more preoccupation and doubts related to breastfeeding (46%) than the mothers of the GFT (4%), these related principally to the fact of drying the maternal milk, finishing the milk or not being enough to satisfy the baby. In the topic about maternity, though, both groups presented similar verbal contents, predominating the identification of several factors that have influence in maternity (GPT = 41%; GFT = 47%). The findings suggest the necessity of assessing indicators of anxiety and dysphoria/depression in mothers of preterm and very low birthweight infants, that are admitted in the ICU, with the objective of subsiding decisions about the psychological support that is offered to the mothers to the emotional regulation, during the period of baby?s hospital admission.
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