coordenadoria de aperfeiÃoamento de pessoal de ensino superior / O presente estudo investigou as percepÃÃes cognitivas e simbÃlicas de indivÃduos que adotam prÃticas alimentares vegetarianas por motivaÃÃes religiosas, na cidade de Fortaleza, pertencentes a uma linha de yoga no Ãmbito dos novos movimentos religiosos. Este estudo teve como cenÃrio a Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris â BKWSU, na referida cidade, entre os anos de 2007 e 2011, e utilizou como recursos metodolÃgicos a observaÃÃo participante e entrevistas semiestruturadas com alunos e professores deste movimento espiritual de cariz neo-hindu. Inicialmente, interessava compreender as representaÃÃes e as prÃticas relacionadas com a alimentaÃÃo, mas ao longo da pesquisa ficou evidente a existÃncia de uma confluÃncia semÃntica entre o sentimento religioso e alimentaÃÃo, ambos concorrendo para a construÃÃo de um regime de vida brahmin. Assim, o alimento tem seu sentido alargado e à tomado aqui como signo/metÃfora para se pensar a relaÃÃo corpo e alma sugerida pelo cÃdigo de condutas â maryadas â deste movimento espiritual. As formas de pensar, sentir e ver o mundo dos participantes deste grupo sÃo expressÃo de uma pertenÃa coletiva que Ã, ao mesmo tempo, subjetivada e ressignificada em termos do processo de aperfeiÃoamento de si e de sacralizaÃÃo do mundo. / The present study inquires into cognitive and symbolic perceptions of individuals from the town of Fortaleza who adopt a vegetarian diet for religious motivations. They belong to a yoga line, in scope of the new religious movements. This study took place in the Brahma Kumaris World Spiritual University â BKWSU, in the aforementioned city, between the years 2007 and 2011, and used as methodological tools participant observation and semi-structured interviews with students and professors of this spiritual movement with a neo-hindu face. Initial interest was to understand foodrelated representations and practices, but as the research went on, the existence of a semantic confluence between religious sentiment and food became evident, both converging to the construction of a brahmin life regimen. So, food has its meaning widened and is considered here as a sign/metaphor to think the body and soul relationship, suggested by the behavior code â maryadas â of this spiritual movement. For the participants of this group, forms of thinking, feeling and seeing the world are the expression of a collective belonging, which is, at the same time, subjectified and resignified in terms of the self-improvement process and sacralisation of the world.