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Práticas, técnicas e geossímbolos da cultura da pesca vernacular na paisagem fluvial do Pitangui-Jotuva - Região dos Campos Gerais (PR)

Scheibel, Carlos Roberto 20 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-21T18:15:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carlos Roberto Scheibel.pdf: 6443043 bytes, checksum: 5ade4bc0396f2f91e1e2bbff5ee8efac (MD5) Previous issue date: 2013-03-20 / This study aims to understand the relationship between anglers and Pitangui River landscape, specifically on its upper part and its right bank tributary, i.e., Jotuva River. The study of vernacular fishing through geographic-ethnographic approach necessarily included the author’s participation as an observing-figure, which enabled him to establish bonds with the territory and go fishing along with the locals, being then able to understand the relationship between the anglers and the river landscape. The products of that relationship - synthesized vernacular fishing into geographical symbols - materialized in artifacts, technical itinerarie, architecture of ranches, camp sites and fishing', as well as the paths connecting fishing spots. Besides reporting the diversity of vernacular fishing practice, the study examines the knowledge body on generative fishing areas, as well as the classification system of local ichthyofauna. The study of geosymbol characterization and knowledge of vernacular fishing pointed to the peculiarity of this sociocultural practice which depends exclusively on rescuing the residents’ memory who have a close connection with the fishing territory, currently threatened by the National Park of Campos Gerais stablishment, as well as other socioeconomic processes that have striken those rural areas. / O presente trabalho visa entender a relação entre os pescadores de lazer e a paisagem fluvial do rio Pitangui, especificamente no curso superior do rio Pitangui e de seu primeiro afluente da margem direita, o rio Jotuva. O estudo da pesca vernacular, pelo viés da abordagem etnográfico-geográfica, incluiu necessariamente a participação do autor da pesquisa enquanto sujeito-observador, o que lhe possibilitou estabelecer vínculos com o território da pesca e com os moradores,permitindo decodificar a relação dos pescadores amadores com a paisagem fluvial.Os produtos da relação entre pescadores e seu território de pesca — sintetizados nos geossímbolos da pesca vernacular — materializados em artefatos, itinerários técnicos, arquitetura dos ‘ranchos’ e dos acampamentos, além dos carreiros que ligam os pontos de pesca entre si. Ademais do inventário da diversidade de práticas da pesca vernacular, o estudo visou compreender o corpo de conhecimentos sobre os locais propícios à pesca, bem como o sistema de classificação da ictiofauna local. O estudo da caracterização dos geossímbolos e dos saberes da pesca vernacular apontou para a particularidade dessa prática sociocultural, cuja reprodução depende, exclusivamente, do resgate da memória dos moradores que possuem um estreito vínculo de pertencimento com o território da pesca, sendo atualmente ameaçado com a implantação definitiva do Parque Nacional dos Campos Gerais, bem como outros processos de ordem socioeconômica que atingem o meio rural.
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Os habitantes do rio e as missões religiosas no sertão pernambucano: uma arqueologia da paisagem fluvial do Rio São Francisco – Orocó

Oliveira, Jessica Rafaella de 18 July 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE / At the beginning of the portuguese "colonization", the valley of São Francisco was inhabited by various indigenous peoples, and it is through the accounts of travelers and missionaries we can get the first informations about their settlements and way of life. The indigenous space in the Médio São Francisco, when the colonizers arrived, was composed of populations generally called by the chroniclers of Tapuias and Cariris. The indoctrination work in the region were initiated by the seventeenth century, the early missions dating back to 1671. Many documents and missionaries's passages records through the area, prove the existence of villages on the islands of São Francisco river, located in the area currently known as Submedio. The island of Santa Maria, for example, was the scene of a large village that thrived during the seventeenth and eighteenth centuries, and this insular unit still has part of the old architectural park in ruins, especially its main religious equipment. Within this context the present research, turns to studies of contact and religious missions, however distanced himself from the approaches of Archaeology missionary directed only to understand the missions as acculturation agents, but above all, enhancing the role of indigenous within a process of transculturation and active agents in the social constructions. Results from a thorough literature revision, specific interventions in the field and an approach to archeology of the landscape, as well as a missionary archeology and indigenous history. Sought in this sense, understand what were the religious missions that made the Submedio São Francisco, major routes of indigenous indoctrination, and how they contributed to the consolidation of the different landscape elements which are of fundamental importance not only to fill the gaps in particular history of the islands, but to understand the dynamics of occupation of the region as a whole. / No início da “colonização” portuguesa, o vale do São Francisco era habitado por diversos povos indígenas, e é por meio de relatos dos viajantes e missioneiros que podemos obter as primeiras informações sobre seus assentamentos e modo de vida. O espaço indígena no médio São Francisco, quando da chegada do colonizador, era constituído por populações genericamente denominadas pelos cronistas de Tapuias e Cariris. Os trabalhos de catequização na região foram iniciados por volta do século XVII, as primeiras Missões datam de 1671. Muitos documentos e registros de passagens dos missioneiros pela área comprovam a existência de aldeias nas Ilhas do rio São Francisco, localizadas na região atualmente denominada como Submedio. A Ilha de Santa Maria, por exemplo, foi palco de um grande aldeamento que prosperou durante os séculos XVII e XVIII, sendo que essa unidade insular ainda possui em ruinas parte de seu antigo parque arquitetônico, notadamente seu principal equipamento religioso. Dentro desse contexto, a presente pesquisa se volta aos estudos de contato e das Missões religiosas, entretanto se distancia das abordagens de uma Arqueologia missioneira voltada apenas a compreender as Missões como agentes de aculturação, mas, sobretudo, valorizando o papel do indígena, dentro de um processo de transculturação e de agentes ativos nas construções sociais. Resulta de um minucioso levantamento bibliográfico, de intervenções pontuais em campo e de uma abordagem da Arqueologia da paisagem, bem como de uma Arqueologia missioneira e da história indígena. Buscou-se nesse sentido, entender o que foram as Missões religiosas que fizeram do sertão do Submedio São Francisco grandes rotas de catequização indígena, e como estas contribuíram para a consolidação dos diferentes elementos paisagísticos que são de fundamental importância não apenas para preencher as lacunas na história particular das ilhas, mas também para compreender a dinâmica de ocupação da região como um todo.

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