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Florística, fitossociologia e estimativa de variáveis florestais em um fragmento de cerrado stricto sensu , Gurupi-TOMachado, Igor Eloi Silva 16 February 2018 (has links)
O bioma Cerrado possui uma rica flora e apresenta alto nível de endemismo. Em relação ao contexto estadual, o Tocantins está situado na zona de transição geográfica entre o Cerrado e Amazônia. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a florística, fitossociologia e aplicação de técnicas de amostragem para levantamentos florestais, tais como, tamanho e forma de parcelas, intensidade e processos amostral em uma área de Cerrado stricto senso. Por meio de um censo, em uma área de 6,7 hectares, foram identificados indivíduos arbóreos com limite de inclusão de circunferência a altura do peito (CAP) maior ou igual a 15 cm, assim também tiveram sua altura total medida. Foram amostrados 15.434 indivíduos, pertencentes a 78 espécies, 72 gêneros e 37 famílias das quais predominaram as famílias Myrtaceae e Fabaceae. A densidade total da área e área basal foram, respectivamente, de 2.303 ind.ha-1 e 14,07 m².ha-1. Na área de estudo as espécies que se destacaram em relação aos parâmetros fitossociológicos foram: Myrcia splendens, Astronium fraxinifolium, Magonia pubescens, Qualea parviflora, Protium heptaphyllum, Qualea multiflora, Vatairea macrocarpa, Tachigali aurea e Byrsonima stipulacea. Após essa etapa foram definidas variações das simulações de amostragem, considerando as combinações: dois processos de amostragem, aleatório e sistemático, diferentes tamanhos de parcelas (250, 500, 1000, 1500 m²) e formas (quadrada, retangular e circular) com as diferentes intensidades de amostragem (2,5, 5, 7,5 e 10%) avaliando três variáveis florestais: volume, área basal e número de árvores. De modo geral, o aumento da intensidade amostral apresentou estreita relação com a melhoria das estimativas das variáveis. No entanto, verificou-se que ao utilizar parcelas de 250 m², para as variáveis de interesse, apresentaram tendências de menores valores dos erros amostral e real, ao contrário do que ocorre em parcelas de tamanhos maiores. Portanto, parcelas de 250 m² tendem a captar de forma mais precisa a variação da distribuição espacial das variáveis de interesse, produzindo resultados mais confiáveis do que ao utilizar parcelas de 1.000 e 1.500 m², sob uma mesma intensidade de amostragem. De modo que, utilizando uma intensidade superior a 5%, com parcelas de 250 e 500 m², obteve erro amostral menor que 20%, resultado aceitável para área de matas nativas. Concluindo que, com base no exposto, é recomendável que, para a estimativa de variáveis florestais, sejam utilizadas parcelas pequenas, 250 ou 500 m² e intensidade amostral variável em função dos recursos de tempo e financeiros disponíveis. / The Cerrado biome has a rich flora and presents a high level of endemism. In relation to the state context, the Tocantins is situated in the geographical transition zone between the Cerrado and the Amazon. The objective of this research was to evaluate floristic, phytosociology and application of sampling techniques for forest surveys, such as size and shape of plots, intensity and sampling processes in an area of Cerrado stricto senso. Through a census, in an area of 6.7 hectares, arboreal individuals with a limit of inclusion of chest circumference (CAP) greater than or equal to 15 cm were identified, as well as their total height measured. We sampled 15,434 individuals belonging to 78 species, 72 genera and 37 families of which the families Myrtaceae and Fabaceae predominated. The total density of the area and basal area were, respectively, 2,303 ind.ha-1 and 14,07 m².ha-1. In the study area the species that stood out in relation to phytosociological parameters were: Myrcia splendens, Astronium fraxinifolium, Magonia pubescens, Qualea parviflora, Protium heptaphyllum, Qualea multiflora, Vatairea macrocarpa, Tachigali aurea and Byrsonima stipulacea. After this step, variations of the sampling simulations were defined, considering the combinations: two sampling processes, random and systematic, different sizes of plots (250, 500, 1.000, 1.500 m²) and shapes (square, rectangular and circular) with the different sampling intensities (2,5, 5, 7,5 and 10%) evaluating three forest variables: volume, basal area and number of trees. In general, the increase in sample intensity showed a close relationship with the improvement of the estimates of the variables. However, it was verified that when using plots of 250 m², for the variables of interest, they presented tendencies of smaller values of the sampling and real errors, unlike what occurs in plots of larger sizes. Therefore, plots of 250 m² tend to more accurately capture the variation of the spatial distribution of the variables of interest, producing more reliable results than using plots of 1,000 and 1,500 m², under the same sampling intensity. So, using an intensity of more than 5%, with plots of 250 and 500 m², obtained a sampling error of less than 20%, an acceptable result for native forest area. Based on the above, it is recommended that, for the estimation of forest variables, small plots, 250 or 500 m² are used, and the sampling intensity should be as great as the available time and money resources allow
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