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Quintais agroecológicos: sala de aula informal paracapacitação formal - as experiências do assentamento rural Araras 4

Mantovanelli, Diogo Fonseca 19 October 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T18:57:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4877.pdf: 11346375 bytes, checksum: 45ab95556ea7e7674de1fa3624b0bcd7 (MD5) Previous issue date: 2012-10-19 / Given that the extinction of biodiversity, and considerable environmental and social degradation, is intrinsically linked to the conventional mode of production and consumption patterns, it becomes possible to identify that the challenge we face is not simply a matter of achieving the global demand for food since, quantitatively, this objective has been reached. Science is then faced with a paradigm. It is crucial that scientists involved in the search for environmentally friendly and sustainable agricultural technologies worry about who actually will be benefited from them. It is also necessary to identify what is produced, how it is produced and for whom it is produced. Accordingly, agroecological production systems shows to be responsible for the recovery of soil fertility, promotion of food sovereignty and social inclusion of individuals affected by it. In the same way, permaculture design proposes the systemic thought and conception of ecological principles so the planning, the management and the improvement of the efforts made by individuals and communities may lead to a viable future. These two approaches provide technical and practical subsidies for sustainable use of natural resources and should be included in actions of technical assistance and rural extension (ATER acronym in portuguese). The purpose of this work was to systematize the experiences of an action research in critical ATER, which resulted in the training of agroecology and permaculture students from UFSCar and producers of the settlement Araras 4, located in the municipality of Araras, São Paulo, Brazil. Based on the results, we can conclude that the teaching of agroecology and permaculture, practical experience and educational spaces can assist in teaching and learning, and provides products and models to be followed by producers. / Tendo em vista que a extinção da biodiversidade, e parte considerável da degradação ambiental e social, está intrinsecamente ligada ao modo de produção convencional e aos padrões de consumo, torna possível a identificação que o desafio que enfrentamos não é uma simples questão de atender à demanda global por alimentos, visto que, quantitativamente, este objetivo já foi alcançado. A ciência então se encontra diante de um paradigma. É crucial que os cientistas envolvidos na busca por tecnologias agrícolas ecológicas e sustentáveis se preocupem com quem, de fato, se beneficiará com elas. É preciso também que se identifique o que é produzido, como é produzido e para quem é produzido. Nesse sentido, sistemas de produção agroecológicos demonstram ser responsáveis pela recuperação da fertilidade do solo, a promoção da soberania alimentar e da inclusão social dos indivíduos por ele atingidos. Dessa mesma forma, a permacultura propõe o pensamento sistêmico e a concepção de princípios ecológicos para que o planejamento, a gestão e a melhora dos esforços realizados pelos indivíduos e pelas comunidades possam guiar para um futuro viável. Estas duas abordagens fornecem subsídios técnicos e práticos para uso sustentáveis dos recursos naturais e devem ser incluídas em ações de assistência técnica e extensão rural (ATER). O objetivo do trabalho foi sistematizar as experiências de uma pesquisa-ação critica em ATER, que teve como resultado a capacitação agroecológica e permacultural de estudantes da UFSCar e produtores do assentamento Araras 4, localizado na cidade de Araras, São Paulo, Brasil. A partir dos resultados, pode-se concluir que no ensino da agroecologia e da permacultura, experiências práticas e espaços educativos podem auxiliar no ensino e na aprendizagem, além de fornecer produtos e modelos a serem seguidos pelos produtores.
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A voz dos ausentes na terra do nada : a ação cultural como estratégia de religação do homem à natureza

Dalla Zen, Ana Maria January 2002 (has links)
Este trabalho relata uma experiência de construção de um projeto de desenvolvimento sustentado proposto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul na cidade de São José dos Ausentes, RS. Examina a tese de que a ação cultural é uma estratégia privilegiada para incentivar um sentimento de religação do homem à natureza. Investiga o papel que a universidade desempenha no planejamento de um processo de inclusão social de uma comunidade com forte grau de exclusão social, econômica e cultural. Avalia a eficácia da abordagem interdisciplinar na construção de um projeto de desenvolvimento fundado nos dos conceitos de permacutura, complexidade, sustentabilidade e ecologia social. Analisa o que pensa, o que busca e no que acredita uma comunidade que, embora vivendo dentro de um santuário ecológico do planeta, sobrevive em condições precárias, sem alternativas de futuro e baixa auto-estima. Utiliza a abordagem de pesquisa-participante e se identifica com o modelo pós-estruturalista de ciência, em que a subjetividade dos sujeitos, suas emoções e histórias de vida pessoal têm espaço reservado numa investigação que não pretende ser mais do que ser um recorte da realidade na perspectiva de seus atores, dos meios de comunicação e da autora. Conclui que São José dos Ausentes já apresenta resultados de um processo de mudança para inclusão social, relacionados com a articulação entre seus atores sociais, através da democracia participativa no processo decisório e da parceria com a Universidade, numa experiência interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão. No entanto, a ausência de políticas públicas mais abrangentes, a carência de uma estrutura econômica mais sólida e a própria resistência à mudança entre alguns segmentos, limitam o processo do alcance dos objetivos dessa forma de ação cultural enquanto estratégia de religação do homem à natureza. / This research work reports an experience on the construction of a sustainable development project for the town of São José dos Ausentes proposed by the Federal University of Rio Grande do Sul. It examines the thesis that cultural action is an appropriate strategy to enhance the human attachment to nature. It also investigates the role university plays in the planning of a social inclusion project for a community that shows a strong degree of social, economic and cultural exclusion. The work assesses the efficacy of the interdisciplinary approach in the construction of a development project grounded in the concepts of permaculture , complexity, sustainability and social ecology. It analyzes thoughts, aspirations and beliefs of a community that, although living in an ecology sanctuary, survives under daunting conditions, which include no hopes for the future and low self-esteem. The research work makes use of a participative research approach and identifies itself with a post-structuralist model of science, in which the subjectivity of the individuals, their emotions and life stories have a privileged place in an investigation that does not aim to be more than one account of the reality as perceived by its actors, the media and the author. It concludes that São José dos Ausentes already shows the results of a change towards social inclusion, resulting from the connection amongst its social actors through participative democracy in the decision making process and the partnership with the university, in an interdisciplinary experience in learning, research and extension. However, the lack of encompassing public policies, the insufficiency of a solid economic structure and the reluctance to change from some sectors hinder the accomplishment of the objectives of a cultural action strategy to link man to nature.
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'Connecting people and the earth' : the occupational experience of people with different capabilities participating in an inclusive horticultural social enterprise

Coetzee, Simone January 2016 (has links)
Social enterprises have responded to personalisation of social care with enthusiasm as they aim to improve communities, investing profits into social or environmental aims (The Plunkett Foundation 2010). Personalisation has, likewise, heightened interest in services offered to people with disabilities, beyond those offered by local authorities and the NHS. The goals of the social enterprise in this study reflected the values of green care, which enables engagement with nature to produce health, social and education benefits (Fieldhouse & Sempik 2014). Green care and personalisation can both be understood from an occupational perspective, based on the idea that occupation sustains well-being in individuals. If social enterprises can create person-centred occupational experiences for people, they can play an important part in bridging the gap between traditional care settings and community participation. This research examined a social enterprise involved in food growing using a permaculture approach (Holmgren 2011); addressing the question: What is the occupational experience of people with and without disabilities participating in an inclusive horticultural social enterprise? This qualitative research used participatory action research (PAR) and critical ethnography as methodologies to build a case study of the social enterprise. Methods used were photography, mapping, and other accessible modes of data collection. Two PAR groups involving twenty-two people were convened, followed by six key-informant interviews. A reflexive log was maintained throughout project planning and PAR processes. Participants contributed to data analysis, identifying early themes, and interviews added context to the three final themes: Exclusion within inclusion; choice, transformation and ownership; and people, place and participation. As a result of the study the author considers that there are a number of governance and power challenges within green care social enterprises but these organisations have a role in addressing marginalisation through reducing bureaucratic barriers to social change and increasing skills for resilience and sustainability.
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The quest for sustainability – a critical reading of permaculture literature

Janzon, Tove January 2018 (has links)
The permaculture concept was coined by Australian scientists Bill Mollison and David Holmgren in 1978. In the beginning, permaculture was presented as a framework for designing self-sustaining cultivation systems which mimic natural ecosystems in as much as possible, in order to make the most use of existing natural resources and minimize the harm done to nature by the agricultural processes. Today, the scope of permaculture has widened to also entail the designing of sustainable social systems and permaculture claims to propose holistic and practical solutions to sustainability challenges of different varieties, not only food production but also financial investment and political organisation. This is reflected in the permaculture ethics which serve as important guidelines to permaculture proponents. The ethics are: 1) care for the earth, 2) care for people and 3) a fair share (of resources). The permaculture ethics resemble the three commonly cited sectors of sustainable development: society, environment and economy. The possible similarities between permaculture and sustainable development initiated this research, which examines whether permaculture could be helpful in promoting sustainable development. To assess this, a critical reading of key permaculture literature was conducted. John Dryzek’s interpretation of sustainable development was used as a lens in the reading. Findings from the research material were also subjected to a linguistic analysis built upon selected elements of the critical discourse analysis (CDA) model, to further support and guide the critical reading. Results show that while permaculture and sustainable development do agree on certain aspects, they carry profound differences in terms of worldviews and visions of what a future, sustainable world should ideally look like. It is therefore unlikely that permaculture could be used to promote sustainable development.
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Superando o estigma da seca a partir de estratÃgias de convivÃncia com o semiÃrido: o modelo da comunidade de SussuÃ, QuixadÃ, CearÃ. / Overcoming the stigma of drought from strategies The semiarid association with: the model of community sussuÃ, QuixadÃ, CearÃ.

Renata Ribeiro Torquato 19 August 2011 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Este trabalho tem como objetivo investigar as inÃmeras estratÃgias de convivÃncia com o semiÃrido, tendo como base a HistÃria Ambiental, a Permacultura, os princÃpios da Agroecologia e as prÃticas da EducaÃÃo Ambiental em um processo participativo de troca de saberes. O estudo de caso foi realizado na comunidade de SussuÃ, uma localidade do SertÃo Central do CearÃ, onde se desenvolve o Projeto de IntegraÃÃo ComunitÃria com o apoio do Instituto Nordeste Cidadania â INEC e parceria do NÃcleo de Estudos e PrÃticas Permaculturais do SemiÃrido - NEPPSA. A problemÃtica da seca à reavaliada neste estudo a partir de um novo olhar que busca conviver com as peculiaridades e potencialidades da regiÃo. O problema das secas nÃo comeÃa com a falta de Ãgua e nem termina com a chegada da estaÃÃo chuvosa. NÃo à oriundo simplesmente da perda da produÃÃo agrÃcola por escassez, ausÃncia ou irregularidade de chuvas. Fundamentalmente, a seca tem conotaÃÃo direta com crises periÃdicas que afetam a economia agropecuÃria por inadaptaÃÃo das lavouras produzidas com as condiÃÃes de potencialidades e de limitaÃÃes dos recursos naturais. AlÃm desses, outros fatores podem agravar como, as mudanÃas climÃticas e o manejo inadequado dos recursos naturais, contribuindo ao agravamento significativo das consequÃncias resultantes da seca. A permacultura, a agroecologia e a educaÃÃo ambiental trabalham dentro da perspectiva de convivÃncia com o semiÃrido, atravÃs de prÃticas e manejos alternativos que respeitam o meio ambiente e otimizam o uso dos recursos naturais alÃm de orientarem a populaÃÃo a desenvolver uma nova forma de lidar com as peculiaridades de uma regiÃo sujeita à irregularidade de chuvas. / This Work has as purpose investigate the numerous strategies known as practices of acquaintanceship with the semiarid, having has a base the environmental history, the permaculture, the principles of agroecology and practices of environmental education. The study was carried out in the community of SussuÃ, QuixadÃ, Cearà Central Hinterland, place where develops the Project of Community Integration with aid of Instituto Nordeste Cidadania â INEC. The dryâs problem is reassessed from a new perspective that seeks to live with the peculiarities and potentialities of the region. The droughtâs problem doesnât begin with lack of water and doesnât end with arrival of rain station. There simply comes from the loss of agricultural production shortage, absence or rainâs irregularities. Fundamentally, the drought has direct connotations with periodic crises that affect the agricultural economy by unsuitability of crops produced with the conditions of potential and limitations of natural resources. In addition, others factors can aggravate like this, weathers change and the inappropriate manipulation of the natural resources. The Permaculture, the agroecology and the education work within the perspective of acquaintanceship with the semiarid, through of practices and alternatives handles that respect the environment ant optimizes the use of nature resource as well as guiding people to develop a new way of dealing with the peculiarities of a region subject to irregular rainfall.
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Caminhos e perspectivas para a popularização da permacultura no Brasil / Paths and prospects for the popularization of permaculture in Brazil

Djalma Nery Ferreira Neto 26 May 2017 (has links)
A presente pesquisa teve por objetivo elaborar um mapeamento dos grupos de permacultura em atividade no Brasil construído a partir de um formulário online autodeclaratório, entrevistas e vivências de campo. Foram levantados dados quantitativos e qualitativos, e desenvolvida uma análise crítica do \"estado da arte\" da permacultura no Brasil a partir de seus grupos e promotores, bem como de suas práticas, que foram debatidas à luz de referenciais da teoria crítica, trazendo à tona este ainda pouco conhecido conceito e expondo alguns dos principais desafios para sua difusão. Concebida em meados dos anos 1970 pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren, a permacultura é um sistema de design conectado à criação de assentamentos humanos sustentáveis e à edificação de \'um outro mundo possível\', balizado por técnicas e preceitos éticos específicos, distintos dos hegemônicos. O agravamento da crise socioambiental contemporânea, somado à notória ascensão do discurso ecológico que ganha espaço na mídia e nos mercados, faz com que a permacultura - e todo um conjunto de novas práticas consideradas \'verdes\', \'alternativas\' e sustentáveis - ganhem centralidade e atenção, tornando-se palco de uma disputa que, por um lado, visa torná-las mais um item comercializável e, por outro, as enxerga como possibilidades concretas para edificação de uma outra sociedade, mais justa, harmônica e igualitária, entendendo-as como incompatíveis aos ditames e necessidades do mercado capitalista. Alguns grupos defendem que a cooptação das práticas da permacultura transformadas em mercadoria reduziria seu potencial transformador, além de criar barreiras para sua popularização. No entanto, a sustentabilidade financeira apresenta-se também como um desafio àqueles e àquelas que dedicam suas vidas à prática e a difusão da permacultura. Tomando por base a combinação citada entre pesquisa bibliográfica, documental, entrevistas e trabalho de campo, buscou-se aqui, avaliar e discutir os caminhos e perspectivas para a popularização da permacultura no Brasil. / The present research had the objective of elaborating a mapping of the groups of permaculture in activity in Brazil constructed from an online selfdeclaration form, interviews and field experiences. Quantitative and qualitative data were collected and a critical analysis of the \"state of the art\" of permaculture in Brazil was developed from its groups and promoters, as well as their practices, which were debated in the light of critical theory references, bringing to the surface this still little known concept and exposing some of the main challenges for its diffusion. Conceived in the mid-1970s by australians Bill Mollison and David Holmgren, permaculture is a design system connected to the creation of sustainable human settlements and the building of \'another possible world\', marked by specific ethical techniques and precepts, distinct from the hegemonic ones. The aggravation of the contemporary social and environmental crisis, together with the notorious rise of the ecological discourse that gains space, media and markets, makes permaculture - and a whole set of new practices considered \'green\', \'alternative\' and sustainable - gain centrality and attention, becoming the scene of a dispute that, on the one hand, aims to make them one more marketable item and, on the other hand, sees them as concrete possibilities for the construction of another society, more just, harmonius and egalitarian, understanding them as incompatible with the dictates and needs of the capitalist market. Some groups argue that the cooptation of permaculture practices transformed into commodities would reduce their transformative potential, as well as create barriers to their popularization, the focus of the present study. However, financial sustainability also presents itself as a challenge to those who dedicate their lives to the practice and diffusion of permaculture. Based on the cited combination between bibliographical research, documentary, interviews and field work, we sought to evaluate and discuss the paths and perspectives for the popularization of permaculture in Brazil.
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Proposta de diretrizes para o desenvolvimento da arquitetura em terra no Rio Grande do Sul, a partir da interpretação de estratégias uruguaias / Proposal of guidelines for the development of earth architecture in the state of Rio Grande do Sul, through the interpretation of Uruguayan strategies

Bayer, Ana Paula January 2010 (has links)
A construção civil é, atualmente, apontada como responsável pela extração de grande parte dos recursos naturais do planeta consumidos pela humanidade. Nesse sentido, a utilização de materiais construtivos nãoconvencionais, como a terra, surge como alternativa para construir edificações mais amigáveis com o meioambiente e, assim, também, modos de vida mais saudáveis, mais sustentáveis. Entretanto, a falta de informações, por parte de grande parte da população, inclusive de instituições de ensino e de profissionais atuantes no ramo da construção civil, em relação ao tema, faz com que o preconceito para com esse tipo de bioconstrução seja considerável. Surge, pois, a possibilidade de promoção da utilização da terra enquanto material construtivo, para que esse método de construção amigável com o meio-ambiente possa, aos poucos, recuperar o importante papel que desempenhava no passado, quando tais construções eram tidas como convencionais por nossos ancestrais. Através da investigação das técnicas de construção em terra e dos programas que favorecem esse tipo de iniciativa, o presente estudo tem como meta estabelecer um conjunto de diretrizes para orientar profissionais do ramo da construção civil e entidades interessadas em contribuir com a promoção da arquitetura em terra. Além disso, pretende prover de informação a sociedade em geral, para que haja o resgate da técnica e uma maior conscientização, no sentido de gerar edificações mais saudáveis e, portanto, menos prejudiciais ao meio-ambiente. Como no Uruguai, país que se limita com o Rio Grande do Sul e que tem clima semelhante a este, a utilização da terra enquanto componente construtivo ocupa papel de destaque, o presente estudo fundamenta-se nas edificações desta natureza, construídas no país vizinho. De tal modo, o objetivo principal deste trabalho é formular diretrizes para o desenvolvimento da arquitetura de terra no Rio Grande do Sul, a partir da interpretação de estratégias uruguaias, para bioconstrutores gaúchos e instituições financeiras / administrações municipais. Como objetivos secundários, têm-se: identificar programas de apoio do governo uruguaio e incentivos de instituições financeiras, além de outras iniciativas visando a promoção da arquitetura de terra naquele país; identificar bioconstrutores uruguaios, obras recentemente edificadas em terra naquele país e verificar quais são as técnicas construtivas utilizadas e como as mesmas são executadas; identificar bioconstrutores gaúchos que trabalhem com terra, bem como suas obras recentemente edificadas, além de verificar quais as técnicas utilizadas e como as mesmas são executadas; identificar possíveis programas de incentivo à utilização da terra enquanto material construtivo, bem como eventuais instituições financeiras que aprovem esse tipo de solução no Rio Grande do Sul. Como estratégia de pesquisa, utiliza-se o estudo de casos múltiplos, desenvolvido no Rio Grande do Sul e no Uruguai, sempre apoiado na bibliografia. Por final, as contribuições deste trabalho atingem os objetivos propostos, na medida em que se proporcionam ferramentas de informação à população em geral, auxílio a construtores interessados em desenvolver o tema e orientação a instituições financeiras e administrações municipais que permitam e apóiem esse tipo de solução inovadora e ambientalmente responsável, aplicada ao ramo da construção civil. / Civil construction is identified as the sector of human activities that more extracts natural resources from the Earth´s crust. On this way, the use of non conventional building materials, like earth, comes as an alternative towards the construction of more environmentally friendly buildings and, also, more sustainable and healthy ways of life. However, the lack of information by a large fraction of the population, including Educational Institutions and professionals working in the civil construction area, in relation to the subject, causes considerable prejudice to such type of bioconstruction . It’s therefore necessary to promote the use of earth as a building material. In this way, this building technique, friendly to the environment, can gradually recover the role it played in the past, when such type of construction was considered conventional by our ancestors. Through the investigation of earth building techniques and programs, which encourage this type of initiative, this study aims to establish a set of guidelines to guide professionals in the field of construction and the entities interested in support the promotion of earth architecture. Furthermore, it aims at providing information to society, so that the rescueying of this technology and the increase of the awareness on the subject, can contribute to a healthier environment in buildings. As in Uruguay, a country that borders the Rio Grande do Sul, with a similar climate, the use of earth as a building material, plays a leading role, this study is based on buildings built with such technology in the neighboring country. In this way, the main objective of this study is to formulate guidelines for increasing the use and the awareness on the benefits deriving from the use of earth buildings in the State Rio Grande do Sul, that may arise from the interpretation of Uruguayan strategies. This may be of interest both to builders interested in work with earth as a building material in the State of Rio Grande do Sul and to financial institutions or different levels of local government. The following secondary objectives were aimed at: to identify support programs, offered by the Uruguayan government as well as incentives by financial institutions, in addition to other initiatives aimed at promoting earth architecture in that country; to identify Uruguayan builders that work with earth architecture, their most recent works and also to check what techniques are being used in that country and how they are implemented; to identify builders in Rio Grande do Sul that work with earth architecture,their most recent works and to check what techniques are being used in that country and how they are implemented; to identify possible programs to encourage the use of earth as a building material, and any sort of financial institution that encourage this solution in the State Rio Grande do Sul. The research strategy used is the study of multiple cases and was developed in Rio Grande do Sul and Uruguay, always supported by the literature. Finally, the study intends to verify whether the resulting guidelines can achieve their objectives, to the extent that they may constitute tools of information to the general population, and to aid to builders interested in enrolling with the theme and to guide financial institutions and municipal governances to allow and support this type of innovative and environmentally responsible solution, in its application to the civil construction field.
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A voz dos ausentes na terra do nada : a ação cultural como estratégia de religação do homem à natureza

Dalla Zen, Ana Maria January 2002 (has links)
Este trabalho relata uma experiência de construção de um projeto de desenvolvimento sustentado proposto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul na cidade de São José dos Ausentes, RS. Examina a tese de que a ação cultural é uma estratégia privilegiada para incentivar um sentimento de religação do homem à natureza. Investiga o papel que a universidade desempenha no planejamento de um processo de inclusão social de uma comunidade com forte grau de exclusão social, econômica e cultural. Avalia a eficácia da abordagem interdisciplinar na construção de um projeto de desenvolvimento fundado nos dos conceitos de permacutura, complexidade, sustentabilidade e ecologia social. Analisa o que pensa, o que busca e no que acredita uma comunidade que, embora vivendo dentro de um santuário ecológico do planeta, sobrevive em condições precárias, sem alternativas de futuro e baixa auto-estima. Utiliza a abordagem de pesquisa-participante e se identifica com o modelo pós-estruturalista de ciência, em que a subjetividade dos sujeitos, suas emoções e histórias de vida pessoal têm espaço reservado numa investigação que não pretende ser mais do que ser um recorte da realidade na perspectiva de seus atores, dos meios de comunicação e da autora. Conclui que São José dos Ausentes já apresenta resultados de um processo de mudança para inclusão social, relacionados com a articulação entre seus atores sociais, através da democracia participativa no processo decisório e da parceria com a Universidade, numa experiência interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão. No entanto, a ausência de políticas públicas mais abrangentes, a carência de uma estrutura econômica mais sólida e a própria resistência à mudança entre alguns segmentos, limitam o processo do alcance dos objetivos dessa forma de ação cultural enquanto estratégia de religação do homem à natureza. / This research work reports an experience on the construction of a sustainable development project for the town of São José dos Ausentes proposed by the Federal University of Rio Grande do Sul. It examines the thesis that cultural action is an appropriate strategy to enhance the human attachment to nature. It also investigates the role university plays in the planning of a social inclusion project for a community that shows a strong degree of social, economic and cultural exclusion. The work assesses the efficacy of the interdisciplinary approach in the construction of a development project grounded in the concepts of permaculture , complexity, sustainability and social ecology. It analyzes thoughts, aspirations and beliefs of a community that, although living in an ecology sanctuary, survives under daunting conditions, which include no hopes for the future and low self-esteem. The research work makes use of a participative research approach and identifies itself with a post-structuralist model of science, in which the subjectivity of the individuals, their emotions and life stories have a privileged place in an investigation that does not aim to be more than one account of the reality as perceived by its actors, the media and the author. It concludes that São José dos Ausentes already shows the results of a change towards social inclusion, resulting from the connection amongst its social actors through participative democracy in the decision making process and the partnership with the university, in an interdisciplinary experience in learning, research and extension. However, the lack of encompassing public policies, the insufficiency of a solid economic structure and the reluctance to change from some sectors hinder the accomplishment of the objectives of a cultural action strategy to link man to nature.
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Ilusão concreta, utopia possível: contraculturas espaciais e permacultura (uma mirada desde o cone sul) / Concret illusion, possible utopia: spatial counterculture and permaculture (a glance from the Southern Cone)

Luis Fernando de Matheus e Silva 02 July 2013 (has links)
A presente pesquisa visa compreender e analisar criticamente o discurso de sustentabilidade e as práticas constitutivas da permacultura, debatendo tanto o potencial que elas podem oferecer à construção de um utopismo dialético norteado por uma nova práxis ambiental, como as contradições geradas a partir de sua inserção em uma sociedade capitalista, orientada pelo lucro e pela tendência geral em transformar todas as coisas em mercadorias. Pensada originalmente na década de 1970 pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren, a permacultura diz respeito à criação de assentamentos humanos sustentáveis e resilientes, feita com base em princípios e técnicas específicos. A partir da década de 1990 paralelamente à ascensão e à globalização do neoliberalismo tem sido verificado um novo boom na eclosão e disseminação de experiências comunitaristas alternativas e sustentáveis, muitas das quais baseadas na permacultura, o que é sintomático do atual estágio da geografia histórica do capitalismo, apontando de um lado para a crise estrutural e multifacetada experimentada nos dias de hoje, e, de outro, para a urgência em se buscar formas distintas de sociabilizar-se e de relacionar-se com a natureza. Sustenta-se que estas experiências configuram a etapa mais recente de um fenômeno cujas origens podem ser rastreadas na segunda metade do século XIX e que aqui se denomina contraculturas espaciais, ou seja, microexperimentos de organização e produção socioespacial, geralmente de caráter comunitarista, que nascem como tentativas de subversão à ordem dominante, onde o nível privado e a esfera do cotidiano ganham primazia e tornam-se o lócus privilegiado no qual são experimentadas e desenvolvidas técnicas, práticas e solidariedades distintas daquelas que conformam a lógica homogeneizante, individualista e alienante encabeçada pela produção capitalista do espaço. Essas espacializações alternativas são expressões essencialmente modernas e urbanas que costumam surgir com mais força e visibilidade em momentos de crise de reprodução do sistema. Tendo por base a combinação entre pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas com seus fomentadores, bem como a realização de trabalhos de campo junto a experiências de permacultura localizadas na Argentina, no Brasil e no Chile, buscar-se-á aqui, a partir do exame crítico do sistema produtivo permacultural, discutir as possibilidades e os limites apresentados pelas contemporâneas contraculturas espaciais à construção de uma sociedade mais igualitária e ecológica. / The present investigation aims to critically understand and analyze the speech of sustainability and the constitutive practices of the permaculture, debating the potential that they offer to the construction of a dialectical utopianism orientated by a new environmental praxis; as well as the contradictions produced from its insertion in a capitalist society geared to profit and to the general tendency in turning all the things into goods. Originally thought in the decade of 1970 by the Australians Bill Mollison and David Holmgren, the permaculture concerns the creation of sustainable and resilient human settlements, based on specific principles and techniques. From the decade of 1990 in parallel with the consolidation of neoliberalism a new boom in the outbreak and dissemination of alternative and sustainable communal experiences has been observed, many of them based on permaculture, which turns out to be symptomatic of the current state of the historical geography of the capitalism. This concept points, on the one hand, to the structural and multifaceted crisis experienced nowadays; and, on the other hand, to the urgency of searching for different forms of socialize and interact with nature. It has been argued that these experiences constitute the most recent stage of a phenomenon whose origins can be traced to the second half of the nineteenth century. Here they are referred to as spatial countercultures, or, in other words, micro-experiments of socio-spatial organization and production generally of communal character. Such micro-experiments are usually born as attempts to subvert the dominant order, where the private and everyday life spheres acquire primacy and become a privileged locus where they are experienced and developed techniques, practices and solidarities; different from those that conform the homogenizing, individualistic and alienating logic represented by the capitalism production of space. Notably, these alternatives are essentially modern and urban expressions that usually arise with more strength and visibility at moments where the system faces crisis in its reproduction. Based on a combination between literature and documentary research, interviews with their developers, and fieldworks to permaculture experiences located in Argentina, Brazil and Chile; this investigation aims to critically address the permaculture system of production, discussing the possibilities and limitations that this type of spatial contemporary countercultures offer for the construction of a more egalitarian and ecological society.
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Nature itself as our guide : A resilience perspective on permaculture and an empirical investigation of its use in three case studies in British Columbia, Canada

Noga, Audrey January 2012 (has links)
In general, small farms have significant social and ecological advantages over industrialized large farms. However, a combination of complex pressures is making it difficult for many small-scale farmers to stay in business – including in Canada, where this thesis is focused. The consequential loss of many small farms results in a general loss of diversity and a decreased flexibility for future options for food procurement for many communities. Creating more and increasingly sustainable options for food procurement is progressively more important in the face of rising food and fuel prices, degradation of ecosystem services, and the increase of extreme climate fluctuations. For these and other reasons, creating social-ecological resilience in small farming systems is key to ensuring more options for long-term food procurement.Permaculture – the design and maintenance of agriculturally productive ecosystems based on the patterns and relationships found in natural ecosystems – has been identified in the literature as a potential tool to build social-ecological resilience in small scale farming systems. This study evaluates permaculture from a resilience perspective, and compares the analysis to permaculture use on three farms in British Columbia (BC). This has been done in order to understand whether or not the practice contributes to the social-ecological resilience of the small farming systems in which it is used, and if so, how.Results imply that permaculture use does in fact increase social-ecological resilience of small farms by encouraging ecological, social and economical diversity – creating buffer zones that allow for flexibility and augmented future options for the farm and also potentially for the community in which the farm operates. It has been shown that the key actors in each case study fundamentally place a strong emphasis on the importance of human and environmental health – while recognizing the need to address the interrelated nature of social and ecological issues. A strong social connection in the local community and connections in the global community are of high importance because of the support provided to actors, and diverse sources of income that are related to the structure of the farm are also shown to be key elements in each case. It would be valuable for continuing study to aim to uncover how permaculture can be used on a larger scale without loosing its social and ecological benefits.

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