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RELAÇÕES DE DISTÂNCIA E DE COMPLEXIDADE ENTRE TRAÇOS DISTINTIVOS NA GENERALIZAÇÃO EM TERAPIA DE DESVIOS FONOLÓGICOS

Duarte, Sabrina Hohmann 29 August 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:27:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sabrina.pdf: 822862 bytes, checksum: d20df0a3fa2fe3dd3ba6c2f9dfa8aece (MD5) Previous issue date: 2006-08-29 / The general aim of this study was to verify the generalizations obtained by children with phonological deviations, submitted to the treatment proposed in the ABAB withdrawal and multiple probe (TYLER & FIGURSKI, 1994), which takes the relations of distance and markedness among the distinctive features that were identified considering the target segment(s) used in therapy, as well as the segments absent in the child s phonological system, as their parameters of analysis. These two types of relations between features have motivated the application, in this research, of two therapeutic models: (a) the MICT Modelo Implicacional de Complexidade de Traços , proposed by Mota (1996), and (b) the MOTIDT Modelo Terapêutico Implicacional de Distância entre Traços , which is being proposed in this study. Both therapeutic models assume that the treatment, starting with a target segment that presents an internal structure with a complex feature configuration, makes its acquisition possible, and conducts to generalization, making the segments with simpler internal structure and feature configuration emerge. What differs fundamentally in the two therapeutic proposals is the criterion for the choice of the target segment of the therapy and the expectation of generalization. In the subjects treated by MICT, the choice of the target segment(s) is derived from the relations of complexity established by the co-occurrence between the features and the ways the subjects increased complexity during the phonological acquisition with phonological deviations following the existing implicational laws between the marked features, as described in the model. In the MOTIDT, the choice of the target segments is determined based on the distances among the features that integrate their structure and the structure of the missing segment(s) in the child s phonological system. This distance was determined following the feature geometry proposed by Clements & Hume (1995). The sample of this work was composed of six subjects with phonological deviations, which were divided into pairs, following the criterion of the degree of equivalency, considering the severity of the deviation, constituting three pairs of subjects in the research. Initially, the data were collected according to the proposal of Tyler & Figurski (1994), in which two sessions are destined for the application of the Phonological Evaluation of the Child (YAVAS, MATZENAUER-HERNANDORENA & LAMPRECHT, 1991), and a session is reserved for collecting spontaneous speech. After this, the data were transcribed and submitted to a contrasting analysis, based on Autosegmental Phonology (CLEMENTS & HUME, 1995), and an analysis based on the two therapeutic models used in the study: the MICT and the MOTIDT. The analysis of the subjects in this study have shown that the MOTIDT can constitute an alternative therapeutic model for the clinical practice of treating phonological deviation. The generalizations occurred in the phonological systems of the subjects treated by this therapeutic model have reduced the treatment period once the subjects transferred knowledge of the target segments in a faster and more comprehensive form, when compared to the patients treated under the MICT model. It is believed, however, that there are still more points to be explored and proven, with a greater number of subjects. / Este estudo teve por objetivo geral verificar as generalizações obtidas por crianças com desvios fonológicos, submetidas a um tratamento delineado segundo o modelo ABAB Retirada e Provas Múltiplas , de Tyler & Figurski (1994), tomando-se, como parâmetro de análise, as relações de distância e de complexidade entre traços distintivos identificadas entre o(s) segmento(s)-alvo utilizado(s) na terapia e entre o(s) segmento(s) ausente(s) no sistema da criança. Esses dois tipos de relações entre traços levaram ao emprego, nesta pesquisa, de dois modelos terapêuticos: (a) o MICT Modelo Implicacional de Complexidade de Traços , proposto por (MOTA, 1996) e (b) o MOTIDT Modelo Terapêutico Implicacional de Distância entre Traços , que está sendo proposto no presente estudo. Ambos os modelos terapêuticos têm como pressuposto que o tratamento a partir de um segmento-alvo que apresente uma estrutura interna com configuração de traços complexa possibilita a sua aquisição e a generalização, fazendo emergirem segmentos com estrutura interna e configuração de traços considerada menos complexa. O que difere fundamentalmente as duas propostas terapêuticas é o critério para a escolha do segmentoalvo da terapia e a expectativa de generalização. No MICT, a escolha do(s) segmento(s)- alvo(s) deriva das relações de complexidade estabelecidas pelas coocorrências entre os traços. Os caminhos percorridos pelas crianças, para o incremento de complexidade durante a aquisição fonológica com desvio, seguem leis implicacionais existentes entre os traços marcados, como descrito no modelo. No MOTIDT, a escolha do(s) segmento(s)- alvo(s) é determinada com base nas distâncias entre os traços que integram a sua estrutura e a estrutura do(s) segmento(s) ausente(s) no sistema da criança. Essa distância foi determinada a partir da geometria de traços proposta por Clements & Hume (1995). A amostra deste trabalho foi composta por seis sujeitos com desvios fonológicos, os quais foram divididos em pares, seguindo-se o critério de grau de equivalência em se considerando a severidade do desvio, constituindo-se, assim, três pares de sujeitos na investigação. Inicialmente os dados foram coletados, segundo a proposta de Tyler & Figurski (1994), em que duas sessões são destinadas para a aplicação do Instrumento de Avaliação Fonológica da Criança (Yavas, Matzenauer-Hernandorena & Lamprecht, 1991) e uma sessão é reservada para a coleta de fala espontânea. Após, foram transcritos e submetidos a uma análise contrastiva, a uma análise através do modelo teórico da Fonologia Autossegmental (Clements & Hume, 1995) e a uma análise através dos dois modelos terapêuticos utilizados no estudo: o MICT e o MOTIDT. O MOTIDT, pelos dados dos sujeitos aqui estudados, mostrou que também pode ser mais uma opção de modelo terapêutico para a prática clínica dos desvios fonológicos. As generalizações ocorridas nos sistemas fonológicos dos sujeitos tratados por esse modelo terapêutico tornaram a duração do tratamento fonoaudiológico reduzida, uma vez que os sujeitos transferiram a aprendizagem dos segmentos-alvo de forma mais rápida e abrangente, quando comparados aos sujeitos tratados através do MICT. Acredita-se que haja ainda muitos pontos a serem explorados e comprovados ou não, com um número maior de sujeitos.

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