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Remoção de antinutrientes de fontes protéicas vegetais para alimentação do jundiá (Rhamdia quelen) / Removal of antinutrients in plant protein sources for jundiá (Rhamdia quelen) feeding

Bergamin, Giovani Taffarel 27 February 2013 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / With the expanding aquaculture activity, high quality ingredients for fish feeding are required. In order to prevent the risk of depending on fish meal, research institutions and the industry itself, have conducted studies to reduce the dependence of fish meal increasing the nutritional value of alternative feedstuffs. The objective of the study was to evaluate different methods of inactivation of antinutritional compounds on nutrient availability of plant protein sources for catfish. The work was divided into three parts: removal of antinutrients, growth trial, and digestibility experiment. In the first part, different chemical treatments for removal of phytic acid, total phenols and tannins in canola, soybean and sunflower meals were tested. The treatments were: acidified water (pH 1.0); ethanol PA + methanol PA; acidified ethanol PA (pH 1.0); ethanol + water PA 70:30 pH 1.0; acidified water + ethanol PA, used separatelly. Washing with pH 1,0 water, followed by washing in ethanol PA was the best alternative for removal of phytic acid, phenols and tannins of canola, sunflower and soybean meal. In the growth experiment were evaluated growth performance, body composition, biochemical parameters, enzymatic profile and intestinal morphometry of juvenile catfish fed with plant ingredients, treated or not treated for removal of antinutrients. Treatments were: control diet, with fish meal as only protein source (CON); replacement of 30% of fishmeal protein by untreated soybean meal (SNT), canola meal (CNT) and sunflower meal (GNT) or the same ingredients submitted to treatment: (ST), (CT) and (GT) (soybean, canola and sunflower, respectively). The treatment is effective, with the exception of phytic acid in soybean meal. ST and CT can replace 30% of fish meal protein, without affecting the growth of animals. There is no difference in the performance of fish fed CT compared to CNT, and GT compared to GNT. For soybean meal, there is improvement in the nutritional value after treatment. The biochemical changes do not appear to be linked to the antinutritional factors. There is no interference of the treatment on the enzymatic activity of silver catfish. Fish fed with untreated ingredients showed enlargement in the thickness of the muscle layer in the intestinal epithelium. The number of villi is higher in fish fed with treated ingredients. There is an increase in the thickness of the lamina propria of the villi in fish fed with the untreated ingredients. In the digestibility experiment, were evaluated the apparent digestibility coefficients (ADCs) of plant ingredients, submitted or not to chemical treatment to remove antinutritional factors in diets for jundiá. The ADC for crude protein was higher in ST, compared to CT and CNT, but did not differ from the others. GNT, GT and CNT showed the lowest ADC for organic matter. The removal of antinutrients do not affect the ADC of crude protein, dry matter and organic matter in soybean and sunflower meal. For canola meal, removing antinutritional factors improve dry matter digestibility. In addition, besides the antinutrients, special care must be taken to concentration or removal of other nutrients when using chemical treatments, otherwise the nutritional value of the ingredient can be affected. / Com a expansão da atividade de aquicultura, surgem também demandas por ingredientes de qualidade para uso em dietas para peixes. Nas últimas décadas, devido à probabilidade de escassez de farinha de peixe, diversas instituições de pesquisa, assim como a própria indústria, têm realizado estudos a fim de reduzir a dependência desta fonte de proteína, através de técnicas para o aumento da qualidade nutricional de ingredientes alternativos à farinha de peixe. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar diferentes métodos de inativação de compostos antinutricionais sobre a disponibilidade de nutrientes de fontes proteicas de origem vegetal para o jundiá. O trabalho foi dividido em três etapas: tratamento dos farelos, experimento de desempenho e experimento de digestibilidade. Na primeira etapa, foi feita a avaliação da eficiência de diferentes tratamentos químicos para remoção de ácido fítico, fenóis totais e taninos totais em farelos de canola, soja e girassol, visando a utilização em dietas para peixes. Os tratamentos foram: água acidificada (pH 1,0); etanol P.A. + metanol P.A. + água; etanol P.A. acidificado (pH 1,0); etanol P.A. + água 70:30 pH 1,0; água acidificada + etanol P.A. utilizados individualmente. O processamento dos farelos através de lavagem com água em pH 1,0, seguido por lavagem em etanol P.A, apresenta comportamento mais uniforme, sendo o mais indicado para a retirada de ácido fítico, fenóis totais e taninos totais dos farelos de canola, girassol e soja. No experimento de crescimento, foram avaliados desempenho zootécnico, composição corporal, parâmetros bioquímicos, perfil enzimático e morfometria intestinal de juvenis de jundiá alimentados com ingredientes vegetais, submetidos ou não a tratamento para remoção de antinutrientes. Os tratamentos foram: dieta controle, à base de farinha de peixe (CON); substituição de 30% da proteína da farinha de peixe por farelos de soja (SNT), canola (CNT) ou girassol (GNT) sem tratamento ou tratados: (ST), (CT) e (GT) (soja, canola e girassol, respectivamente). O tratamento é eficaz na remoção de antinutrientes, com exceção do ácido fítico do farelo de soja. Farelos de soja e canola tratados podem substituir 30% da proteína da farinha de peixe, sem prejudicar o crescimento dos animais. Não há diferença no desempenho de jundiás alimentados com farelo de canola tratado e nãotratado ou girassol tratado e não-tratado. Para farelo de soja, há melhora na qualidade nutricional após tratamento. As alterações bioquímicas não parecem estar ligadas aos fatores antinutricionais presentes. Não há interferência do tratamento sobre a atividade enzimática de jundiás. Peixes alimentados com os farelos não-tratados apresentam camada muscular do epitélio intestinal mais espessa. O número de vilosidades é maior nos peixes alimentados com os farelos tratados. Há aumento na espessura da lamina propria das vilosidades nos peixes alimentados com os farelos não-tratados. No experimento de digestibilidade, foram determinados os coeficientes de digestibilidade aparente dos farelos de canola, girassol e soja, submetidos ou não a tratamento químico para extração de antinutrientes, em dietas para o jundiá. O tratamento para remoção de antinutrientes não afeta os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta, matéria seca e matéria orgânica dos farelos de soja e girassol. Para o farelo de canola, a remoção de fatores antinutricionais melhora a digestibilidade da matéria seca. A avaliação de tratamentos para retirada de fatores antinutricionais deve levar em consideração, além da remoção de antinutrientes, a concentração e/ou remoção dos demais nutrientes durante o processo e sua relação com a qualidade nutricional do ingrediente.

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