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Distúrbios hidrodinâmicos em pacientes submetidos a craniectomia descompressiva

SILVA NETO, Ângelo Raimundo da 24 November 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-07-25T12:32:10Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Angelo-tese doutorado.pdf: 2038180 bytes, checksum: be401d99f221bbdf4a8d892feb579538 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-25T12:32:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Angelo-tese doutorado.pdf: 2038180 bytes, checksum: be401d99f221bbdf4a8d892feb579538 (MD5) Previous issue date: 2016-11-24 / Introdução: A incidência de hidrocefalia pós craniectomia descompressiva(CD) em pacientes com traumatismo cranioencefálico(TCE) é entre 0-45% segundo a literatura. A hidrocefalia traz prejuízos ao prognóstico neurológico e demanda reconhecimento clínico precoce. Existem diversas variáveis radiológicas e clínicas descritas com associação ao risco de hidrocefalia. Para estudar a influência desses fatores conduzimos um estudo retrospectivo, observacional em um centro terciário de atendimento a pacientes com TCE com foco principal na análise do volume de herniação transcraniana (VHTC) após CD. Métodos: selecionamos 50 pacientes que realizaram CD para TCE entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015. Hidrocefalia foi reconhecida e definida na presença de critérios radiológicos de Gudeman, indicação de derivação ventricular, e na mensuração do Índice de Evans modificado maior que 33%. Analisamos as seguintes variáveis: Idade, Sexo, Escala de Coma de Glasgow à admissão, reatividade pupilar, índice de Zunkeller, presença de higroma, VHCE, diâmetro da craniectomia e distância da craniectomia em relação à linha média. Regressão logística foi utilizada definindo o desfecho com ou sem hidrocefalia como medida de análise. Resultados: 17 pacientes desenvolveram hidrocefalia (34%). VHCE após CD (p<0.001), Higroma subdural (p<0.001) ), Escala de coma de Glasgow abaixo de 6( p=0.015), sinais de herniação uncal(p=0.042) e maior valor no índice de Zumkeller(p=0.04) foram associados com o desenvolvimento de hidrocefalia pós-CD. Regressão logística demonstrou que entre essas variáveis as que foram consideradas como fatores de risco independente são o VHTC (OR 11.08; 95%IC 2.10,58.4; p=0.004) e a presença de higroma (OR 49.59; 95%IC 4.1,459;p=0.002). Conclusões: Observamos uma forte associação entre a severidade do TCE, o volume de herniação cerebral transcraniana e presença de higroma subdural com o desenvolvimento de hidrocefalia. Pacientes com esses achados devem ser acompanhados rigorosamente visando evitar prejuízo clínico. / In patients undergoing decompressive craniectomy(DC) for traumatic brain injury(TBI) there has been reported an incidence of hydrocephalus between 0-45%. Hydrocephalus affects long term survival and needs a prompt and correct diagnosis. There are several radiological and clinical features described in association with development of hydrocephalus. For study the influence of these factors we conducted a retrospective observational single-center cohort study in a tertiary care center with special attention to the transcalvarial brain herniation volume(TCH) after DC. Methods: We selected 50 patients that underwent DC after closed head injury between january 2014 and January 2015. Hydrocephalus was defined as a modified frontal horn index greater than 33%, Gudeman CT scan criteria or insertion of ventriculoperitoneal Shunt. Variables we analyzed were: age, post-resuscitation Glasgow Coma Scale (GCS) score, pupil reactivity, Zunkeller index, presence of hygroma, TCH volume, craniectomy diameter and distance of craniectomy from midline. Logistic regression was used with hydrocephalus as the primary outcome measure. Results: 17 patients developed hydrocephalus(34%). TCH volume after decompression ( p<0.001), subdural hygroma ( p ), lower admission Glasgow Coma Scale score ( p=0.015), unilateral pupil reactivity(p=0.042) and higher Zumkeller index(p=0.044) were significant risk factors for hydrocephalus after decompressive craniectomy. Logistic regression analysis showed that factors independently associated with the development of hydrocephalus was the TCH volume (odds ratio 11.08; 95%CI 2.10, 58.4; p = 0.0046), and presence of hygroma (odds ratio 49.59; 95%IC 4.1, 459; p=0.002). Conclusions: There is a clear association between severity of TBI, TCH volume and subdural hygroma with the development of hydrocephalus. Clinicians should follow closely patients with those findings in order to avoid late deterioration.

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