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Participação da glia hipotalâmica na modulação das respostas neuroendócrinas, comportamentais e cardio-respiratórias induzidas pela angiotensina II no ventrículo lateral de ratos não anestesiados

Flôr, Atalia Ferreira de Lima 05 December 2016 (has links)
Submitted by Viviane Lima da Cunha (viviane@biblioteca.ufpb.br) on 2017-06-01T12:02:25Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2264156 bytes, checksum: 5b49c1e05e29597d5088269704f06468 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-01T12:02:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2264156 bytes, checksum: 5b49c1e05e29597d5088269704f06468 (MD5) Previous issue date: 2016-12-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The central Ang II (ANG II) induces neuroendocrine, behavioral and cardiovascular responses. Knowing that AT1 and AT2 receptors for ANG II are located in neurons and glial cells in the lamina terminalis (LT), our hypothesis is that neuroendocrine, behavioral and cardiorespiratory responses induced by central ANG II are mediated by glia of lamina terminalis. Our aim was to evaluate the participation of the glia of lamina terminalis in the release of plasma vasopressin (AVP) and oxytocin (OT), water and sodium (1.5%) intake and cardiorespiratory responses induced by ANG II into lateral ventricle (LV). We used Wistar rats [(260-280g) Ceua/Cbiotec 133/2015]. We perform microinjections of ANG II diluted in sterile saline solution (0.9% saline) with final concentration of 25 ou 50 ng/0.5 μl and of Fluorocitrate [(FCt) inhibitor of glial activity] with final concentration of 21 ou 41 μg/0.5 μl or sterile saline 0.9% (500nl) into VL of the unanesthetized rats. Plasma was collected for analysis of AVP and OT concentration by radioimmunoassay. The analysis of the water and sodium (1.5%) intake were done after adaptation of animals to the metabolic cage. In another group of animals, the femoral artery was catheterizedfor the records of baseline blood pressure (BP, mmHg) and heart rate (HR, bpm). For the record the respiratory rate (cpm) the animals were placed in a plethysmographic chamber. The results showed that ANG II into VL promoted an increase in the AVP [2.3 ± 0.4 vs. 1.3 ± 0.1 pg/ml, p=0.039 (n=6)] and OT [3.9 ± 0.8 vs. 1.4 ± 0.2 pg/ml, p=0.025 (n=6)] compared to the control saline (0.9%). FCt into VL increased plasma OT (2.6 ± 0.4 vs. 1.4 ± 0.2 pg/ml, p=0.024 (n=6)], but did not change the plasma AVP (0.99 ± 0.1 vs. 1.3 ± 0.1 pg/ml, p=0.78 (n=6)]. Prior microinjection of FCt attenuated ANG II-induced AVP (1.3 ± 0.2 vs 2.3 ± 0.4 pg/ml, p=0.05 (n=6)], but no OT (2.9 ± 0.4 vs. 3.9 ± 0.8 pg/ml, p=0.31 (n=5-6).] The plasma release ANG II increased the cumulative water (5.3 ± 1.6 vs. 1.2 ± 0,4 ml/4 h, p=0.02 (n=4-6)] and sodium (1.5 %) intake [16 ± 1.1 vs. 2.5 ± 0.7 ml/4 h, p=0.0001 (n=5-6)]. The FCt did not change the cumulative water [1.3 ± 0.3 vs. 1.2 ± 0.4 ml/4 h, p=0.79 (n=5-6)], but decreased sodium (1.5 %) intake [0.83 ± 0.3 vs. 2.5 ± 0.7 ml/4 h, p=0.04 (n=6)]. Prior microinjection of FCt decrease the sodium intake [2.7 ± 0.3 vs. 16 ± 1.1 ml/4 h, p=0.0001 (n=5-7)], but did not change the water intake induced by ANG II [8 ± 2.4 vs. 5.3 ± 1.6 ml/4 h, p=0.44 (n=4-7)]. ANG II into VL promoted increase in baseline MAP [137.8 ± 4.9 vs. 115.1 ± 3.5 mmHg, p=0.002 (n=7)]. The pressor response promoted by ANG II was significantly reduced after 5 minutes by prior microinjection of FCt [Δ12.6 ± 2.1 vs. Δ22.6 ± 1.9 mmHg, p=0.004 (n=7)]. Did not change by ANG II [311.7 ± 37.9 vs. 352.4 ± 15 bpm, p=0.10 (n=7)] or FCt [310.4 ± 16.7 vs. 341.3 ± 14 bpm, p=0.18 (n=7)] in HR (bpm) baseline. The ANG II did not changes in respiratory rate (FR) [109.6 ± 5.9 vs. 105.9 ± 4.6 cpm, p=0.63 (n=6)], tidal volume (VC) [8.6 ± 0.7 vs. 7.8 ± 0.7 mL.Kg-1, p=0.43 (n=6)] or expiratory volume in the first minute (VM) [950.7 ± 98.2 vs. 873.5 ± 86.7 mL.Kg-1.min-1, p=0.57 (n=6)]. The microinjection of FCt promoted significant decrease in basal FR [77.7 ± 3.8 vs. 105.9 ± 4.6 cpm, p=0.002 (n=6)], but did not change in VC [9.7 ± 0.6 vs. 7.8 ± 0.7 mL.Kg-1, p=0.66 (n=6)] and VC [827.2 ± 57.3 vs. 873.5 ± 86.7 mL.Kg- 1.min-1, p=0.66 (n=6)]. Our results suggest that the hypothalamic glial cells: 1) participate of plasma OT release and sodium intake; 2) modulate ANG II-induced AVP plasma release, sodium intake and pressor response; 3) furthermore, modulate the basal respiratory rate in unanesthetized rats. / A Angiotensina II (ANG II) intracerebroventricular (icv) induz respostas neuroendócrinas, comportamentais e cardiovasculares. Sabendo que receptores AT1 e AT2 para ANG II estão localizados em neurônios e células da glia da lâmina terminal (LT), nossa hipótese é que as respostas neuroendócrinas, comportamentais e cardiorespiratórias induzidas pela ANG II central são mediadas, em parte, pela glia da lâmina terminal. O objetivo do presente estudo foi avaliar a participação da glia da lâmina terminal na liberação de Vasopressina (AVP) e Ocitocina (OT) plasmáticas, ingestão de água e sódio (1,5 %) e nas respostas cardio-respiratórias induzidas pela microinjeção de ANG II no ventrículo lateral (VL) de ratos não anestesiados. Utilizamos ratos Wistar [(260-280g) Ceua/Cbiotec nº133/2015]. Realizamos microinjeções de ANG II diluída em solução fisiológica estéril (salina 0,9%) com concentração final de 25 e 50 ng/0.5 μl e Fluorocitrato [(FCt) um inibidor da atividade da glia] diluído com concentração final de 21 ou 41 μg/0.5 μl, ou de salina estéril 0,9% (500 nL) no VL de ratos não anestesiados. O plasma foi coletado para análise da concentração AVP e OT plasmáticas, pela técnica de radioimunoensaio. A análise da ingestão de água e sódio (1,5%) foi feita após a adaptação dos animais à gaiola metabólica. Em outro grupo de animais, a artéria femoral foi cateterizada para os registros da pressão arterial (PA, mmHg) e frequência cardíaca (FC, bpm) basais. Para o registro da frequência respiratória (cpm) os animais foram colocados em uma câmera pletismográfica. Os resultados mostraram que a ANG II no VL promoveu aumento na concentração de AVP [2,3 ± 0,4 vs. 1,3 ± 0,1 pg/ml, p=0,039 (n=6)] e OT plasmáticas [3,9 ± 0,8 vs. 1,4 ± 0,2 pg/ml, p=0,025 (n=6)] comparada ao controle salina 0,9%. O FCt microinjetado no VL promoveu aumento na liberação de OT plasmática (2,6 ± 0,4 vs. 1,4 ± 0,2 pg/ml, p=0,024 (n=6)], mas não alterou a concentração plasmática de AVP (0,99 ± 0,1 vs. 1,3 ± 0,1 pg/ml, p=0,78 (n=6)]. A prévia microinjeção de FCt atenuou a resposta à ANG II de aumento na concentração de AVP (1,3 ± 0,2 vs 2,3 ± 0,4 pg/ml, p=0,05 (n=6)], mas não de OT plasmática (2,9 ± 0,4 vs. 3,9 ± 0,8 pg/ml, p=0,31 (n=5-6)]. A ANG II no VL promoveu aumento na ingestão cumulativa de água (5,3 ± 1,6 vs. 1,2 ± 0,4 ml/4 h, p=0,02 (n=4-6)] e de sódio (1,5 %) [16 ± 1,1 vs. 2,5 ± 0,7 ml/4 h, p=0,0001 (n=5-6)]. O FCt não promoveu alterações na ingestão cumulativa de água [1,3 ± 0,3 vs. 1,2 ± 0,4 ml/4 h, p=0,79 (n=5-6)], mas reduziu a ingestão cumulativa de sódio (1,5%)[0,83 ± 0,3 vs. 2,5 ±0,7 ml/4 h, p=0,04 (n=6)]. A prévia microinjeção de FCt inibiu a resposta de ingestão de sódio (1,5%) [2,7 ± 0,3 vs. 16 ± 1,1 ml/4 h, p=0,0001 (n=5-7)], mas não alterou a ingestão de água induzida pela ANG II no VL [8 ± 2,4 vs. 5,3 ± 1,6 ml/4 h, p=0,44 (n=4- 7)]. A ANG II no VL promoveu aumento na PAM basal dos ratos [137,8 ± 4,9 vs. 115,1 ± 3,5 mmHg, p=0,002 (n=7)]. A resposta pressora promovida pela ANG II foi significativamente reduzida pela prévia microinjeção do FCt no VL após 5 minutos [Δ12,6 ± 2,1 vs. Δ22,6 ± 1,9 mmHg, p=0,004 (n=7)]. Não foram observadas alterações promovidas pela ANG II [311,7 ± 37,9 vs. 352,4 ± 15 bpm, p=0,10 (n=7)] ou FCt [310,4 ± 16,7 vs. 341,3 ± 14 bpm, p=0,18 (n=7)] na FC basal (bpm) dos animais. A microinjeção de ANG II não promoveu alterações significativas na frequência respiratória basal {FR [109,6 ± 5,9 vs. 105,9 ± 4,6 cpm, p=0,63 (n=6)]}, no volume corrente {VC [8,6 ± 0,7 vs. 7,8 ± 0,7 mL.Kg-1, p=0,43 (n=6)]} ou no volume/min. {VM [950,7 ± 98,2 vs. 873,5 ± 86,7 mL.Kg-1.min-1, p=0,57 (n=6)]}. A microinjeção de FCt promoveu diminuição significativa na frequência respiratória basal {FR [77,7 ± 3,8 vs. 105,9 ± 4,6 cpm, p=0,002 (n=6)]}, sem alterações significativas no VC [9,7 ± 0,6 vs. 7,8 ± 0,7 mL.Kg-1, p=0,66 (n=6)] e no VM basais [827,2 ± 57,3 vs. 873,5 ± 86,7 mL.Kg1.min1, p=0,66 (n=6)]. Nossos resultados sugerem que as células da glia hipotalâmicas: a) participam da modulação tônica da liberação de OT plasmática e da ingestão de sódio; b) modulam a resposta angiotensinérgica central para a liberação de vasopressina plasmática, indução da ingestão de sódio e de resposta pressora. c) além disso, participam da modulação da frequência respiratória basal em ratos não anestesiados.

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