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Efeitos da desconexão hipotalâmica aguda e crônica sobre as respostas pressoras induzidas pela injeção central de salina hipertônica, carbacol e angiotensina II em ratos.

Rodrigues, Lilia Simone Urzedo 24 September 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:23:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissLSUR.pdf: 918755 bytes, checksum: 43e9e8e3026110ff71be151d54ab2c8c (MD5) Previous issue date: 2005-09-24 / Universidade Federal de Minas Gerais / Several anatomical and functional studies have demonstrated that the paraventricular nucleus of the hypothalamus (PVN) constitutes a neuroendocrine center. The PVN is intimately related to the regulation of the sympathetic nerve activity and vasopressin secretion. Intracerebroventricular injections of angiotensin II (ANG II), carbachol and hypertonic saline induce an increase in arterial pressure by sympathetic activation and/or vasopressin secretion. Furthermore, it was demonstrated that hypothalamic disconnection (HD) caudal to PVN, performed by way of a knife-cut into the hypothalamus using a microknife of bayonet shape, produced a decrease in basal arterial pressure, suggesting that the fibers interrupted by this HD, probably from PVN, are part of a neural circuitry responsible for tonic maintenance of the arterial pressure. Therefore, the aims of this study were to determine, in conscious rats, the effects of HD caudal to PVN (HD-C) on: a) the pressor response induced by intracerebroventricular injection of ANG II, carbachol and hypertonic saline, b) on the baroreflex and chemoreflex, c) on urinary excretion after 24 h of water deprivation. Male Holtzman rats (280-320 g) were submitted to sham-HD or acute (1 day) or chronic (15 days) HD caudal to PVN (HD-C) performed with a microknife of bayonet shape (radius = 1 mm, height = 2 mm) stereotaxically placed, positioned 1.5 mm caudal to the bregma, lowered along the midline down to the inner surface of the sphenoid and the cut as achieved by rotating it 90° left e 90° right. In sham-HD no rotation was performed. After the HD, a cannula was implanted into the lateral ventricle. Femoral vein and arterial catheters were introduced after the surgery to implant the cannula into LV (acute group) or 14 days after HD (chronic group). Rats submitted to acute HD-C did not have changes in basal mean arterial pressure (MAP), but had an increase in basal heart rate (HR), (423 ± 17 bpm) compared to sham HD rats (346 ± 8 bpm). Chronic HD did not change basal levels of MAP or HR. Baroreflex was also not changed by acute or chronic HD-C. In regard to chemoreflex, although the peak of the pressor and the bradycardic response to chemoreflex activation were not changed by acute or chronic HD-C, the duration of the pressor response was reduced in rats submitted to chronic HD-C (18±2 s) compared to sham-HD (28±3 s). The pressor response induced by intracerebroventricular (icv) injection of hypertonic saline was reduced by acute or chronic HD-C (7±3 and 21±2 mmHg vs. sham-HD: 19±4 and 36±5 mmHg, respectively). The acute or chronic HD-C also reduced the pressor response induced by icv injection of carbachol (12±3 and 21±3 mmHg vs. sham-HD: 32±4 and 35±4 mmHg, respectively) and ANG II (12±3 and 12±2 mmHg vs. sham-HD: 23±2 and 22±2 mmHg, respectively). In the 24 h water deprivation experiments, we observed a higher potassium excretion in rats with acute HD-C (DH-C: 1278±248 µEq/24 h vs sham-HD: 682±87 µEq/24 h) or chronic (DH-C: 1480±281 µEq/24 h vs sham-HD: 787±75 µEq/24 h), respectively. In chronic HD-C rats the urine volume excreted in 24 h of water deprivation was greater than the one observed in sham-HD rats (DH-C: 19±2 ml vs sham-HD: 9±0,4 ml), while the urinary volume excreted in 24 h of water deprivation in rats submitted to acute HD-C were not different from sham-HD rats. HD-C animals had polidipsia from the 6th 8th day after the HD-C, which was maintained until the last day of the experiment (14 or 17th day). These results suggest that the pressor responses induced by central injections of ANG II, carbachol and hypertonic saline, but not the baro and chemoreflex, depend on the neural pathways injured by HD-C. It is possible that the lesser pressor responses induced by central injections of these substances in HD-C rats are due to a lesser activation of sympathetic activity and/or vasopressin secretion. It is also possible that the lesser vasopressin secretion in HD-C rats is responsible for the polidipsia observed in these animals. / Diversos estudos anatômicos e funcionais têm demonstrado que o núcleo paraventricular do hipotálamo (PVH) constitui um centro de integração neuroendócrina. O PVH está intimamente relacionado com a regulação da atividade simpática e com a secreção de vasopressina. A injeção intracerebroventricular de angiotensina II, carbacol e salina hipertônica promovem um aumento da pressão arterial devido a ativação do simpático e/ou secreção de vasopressina. Ademais, foi demonstrado que a desconexão hipotalâmica (DH) caudal ao PVH, realizada por meio de um corte no encéfalo na região do hipotálamo com uma microfaca em forma de baioneta, promoveu uma redução da pressão arterial basal sugerindo que as fibras interrompidas por esta DH, provavelmente oriundas do PVH, fariam parte da circuitaria neural responsável pela manutenção tônica da pressão arterial. Portanto, os objetivos do nosso trabalho foram determinar em ratos não anestesiados os efeitos da DH caudal ao PVH (DH-C) sobre: a) a resposta pressora induzida pela injeção intracerebroventricular de angiotensina II (ANG II), carbacol e salina hipertônica (NaCl 2 M), b) o barorreflexo e quimiorreflexo; c) a excreção urinária após 24 h de privação hídrica. Ratos Holtzman (280-320 g) foram submetidos à DH-fictícia ou a DH-C aguda (1 dia) ou crônica (15 dias) que foram realizadas utilizando uma microfaca em forma de baioneta. A microfaca (raio = 2mm, altura = 3mm), adaptada no estereotáxico, foi posicionada 1,5 mm caudal ao bregma que foi introduzida no cérebro até a superfície interna do esfenóide e submetida a movimentos giratórios de 90° à esquerda e 90° à direita. Para a DH-fictícia não se realizou a rotação da microfaca. Após a DH, foi implantada uma cânula no ventrículo lateral (VL). Após a cânula no VL (grupo agudo) ou 14 dias após a DH (grupo crônico) foram inseridos cateteres na veia e artéria femoral para o registro da pressão arterial e infusão de drogas, respectivamente. Animais submetidos à DH-C aguda não tiveram alteração na pressão arterial média (PAM) basal, mas tiveram aumentos na freqüência cardíaca (FC) basal (423 ± 17 bpm) comparada com a FC basal dos ratos com DH-Fictícia (346 ± 8 bpm). A DH-C crônica não alterou os valores basais de PAM e FC. O barorreflexo também não foi alterado pela DH-C aguda ou crônica. Com relação ao quimiorreflexo, embora o pico de resposta pressora e bradicardia induzidos pela ativação do quimiorreflexo não tenham sido alterados pela DH-C aguda ou crônica, a duração da resposta pressora foi reduzida nos ratos com DH-C crônica (18±2 s) comparada com a observada nos ratos com DH-fictícia (28±3 s). A resposta pressora induzida pela injeção intracerebroventricular (ICV) de salina hipertônica foi reduzida pela DH-C aguda ou crônica (7±3 e 21±2 mmHg vs. DH-Fictícia : 19±4 e 36±5 mmHg, respectivamente). A DH-C aguda e crônica também reduziu a resposta pressora induzida pela injeção icv de carbacol (12±3 e 21±3 mmHg vs. DH-Fictícia: 32±4 e 35±4 mmHg, respectivamente) e ANG II (12±3 e 12±2 mmHg vs. DH-Fictícia: 23±2 e 22±2 mmHg, respectivamente). Nos experimentos com privação hídrica, observamos uma maior excreção de potássio em ratos com DH-C aguda (DH-C: 1278±248 µEq/24h vs DH-Fictícia: 682±87 µEq/24h) ou crônica (DH-C: 1480±281 µEq/24h vs DH-Fictícia: 787±75 µEq/24h), respectivamente. Nos ratos com DH-C crônica o volume urinário excretado em 24 h de privação hídrica foi maior do que aquele observado nos ratos com DH-Fictícia (DH-C: 19±2 ml vs DH-Fictícia: 9±0,4 ml), enquanto que o volume urinário excretado em 24 h de privação hídrica nos ratos com DH-C aguda não foi diferente dos ratos com DH-Fictícia. A excreção de sódio observada após a privação hídrica não foi diferente entre os grupos experimentais aguda ou cronicamente. Os animais com DH-C tiveram polidipsia a partir do 6º - 8º dia da DH-C, a qual perdurou até o último dia analisado (14 ou 17º dia). Nossos resultados demonstram que as respostas pressoras induzidas pelas injeções centrais de ANG II, carbacol e salina hipertônica, mas não o baro e quimiorreflexo, dependem de vias neurais interrompidas pela DH-C. Possivelmente a menor resposta pressora às injeções centrais dessas substâncias em ratos DH-C seja decorrente de uma menor ativação do sistema nervoso simpático e/ou secreção de vasopressina. É possível também que a menor secreção de vasopressina nos ratos DH-C seja responsável pela polidipsia observada nestes animais.

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