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Movimento estudantil e produções de subjetividades contemporâneasCarla Silva Barbosa 04 July 2007 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar algumas produções de subjetividades que dão sentido ao mundo a partir de atuações do movimento estudantil, principalmente referido ao ensino superior, no Brasil. Para tanto foram escolhidas dois recortes temporais, não muito distantes no que tange a cronologia, as décadas referentes aos anos 1960-1970 e 1994-2004. Esses dois períodos foram escolhidos por serem entendidos como marcos na história desse movimento. No primeiro período citado, os apelos por mudança pululavam no Brasil, e também no movimento estudantil. As disputas de hegemonia entre as subjetividades que sustentavam os ideais capitalistas e comunistas abriram um campo onde outras subjetividades surgiram, tendo como um de seus efeitos a potencialização da diversidade nesse período. Já o segundo período, foi escolhido por ser referente ao ano em que as políticas neoliberais entraram mais sistematicamente no cotidiano universitário, produzindo efeitos desastrosos no que o movimento tinha de mais bonito: sua capacidade de aglutinação, sua capacidade catalisadora. Além das produções de subjetividades individualizantes, em âmbito mais geral, as amarras legalistas fragmentaram, ainda mais, a categoria estudantil, produzindo assim, uma hierarquização dos estudantes como, por exemplo, os Decretos, 2207 de 15/04/1997 e 2306 de 19/08/1997. Nesse contexto, podemos observar duas coisas: o movimento estudantil, nesse cenário franksteiniano, apresenta dificuldades de articulação com as bases, contudo ainda há movimentações estudantis potentes sem que, necessariamente estejam articulados a entidades estudantis. Mais um ponto importante para pensarmos nesse trabalho são os efeitos da partidarização das entidades representativas estudantis nesse cenário já extremamente fragmentado. A cisão tem se alargado, contudo, estudantes têm se mobilizado, independentemente das diretrizes e do pertencimento a essas entidades. As articulações estudantis têm conquistado mais resultados quando pontuais e relacionadas a um plano comum, que podemos chamar de micropolítico. Contudo, uma questão pulula nesse encerramento de prazo, apontando para caminhos ainda não explorados nesse trabalho: será que nos dias de hoje as vitórias no plano micropolítico, que são importantes, não estariam servindo como uma espécie de tamponamento para uma articulação mais coletiva. Enfim, encerro esse trabalho levantando essa questão premente, e com o direcionamento de uma rearticulação dos movimentos estudantis e sociais em geral no que tange a sua organização / The present work has objective to analyze some productions of subjectivity that constitute the direction of world from performances of the students movement, mainly related to superior education, in Brazil. For two secular clippings had been in such a way chosen, not very distant in what it refers to the referring chronology, decades to years 1960-1970 and 1994-2004. These two periods had been chosen by being understood as landmarks in the history of this movement.
In the first cited period, the asks for change shows up in Brazil, and also in the students movement. The disputes between the capitalist and communist subjectivities had opened spaces so that the delinquents gained body, having as the one of its effect potential of the diversity in this period.
Already as the period, was chosen by being referring to the year where the neoliberal politics had entered more systematically in the daily college student, producing disastrous effect in that the movement had of prettier: its capacity of get together, its catalyze capacity. Beyond the productions of individual makers subjectivity, in more general scope, the legalist mooring cables had broken up, still more, the student category, thus producing, a hierarchical of the students - as, for example, the Decrees, 2207 of 15/04/1997 and 2306 of 19/08/1997. In this context, we can observe two things: the students movement, in this scene franksteiniano, that presents bases articulations diffucults, whatever still happening powerful students movimantations not necessarily articulated with , necessarily the students entities are articulated. Plus a point important to think about this work are the effect of the political institutional space of the students representative entities in this scene already extremely broken up. The split has if widened, however, students if have mobilized, independently of the line of direction and the belonging in these entities. The students joints have conquered resulted more when prompt and related to a common plan, that we could call micropolitician. However, a question shows up in this closing of stated period, pointing with respect to explored ways not yet in this work: it will be that nowadays the victories in the plan micropolitician, which are important, are serving as a species of freezing for a collective joint, definitively. At last, I lock up this work raising this pressing question, and with the aiming of a rearticulation of the students and social movements in generality in what it refers to its organization
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Movimento estudantil e produções de subjetividades contemporâneasCarla Silva Barbosa 04 July 2007 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar algumas produções de subjetividades que dão sentido ao mundo a partir de atuações do movimento estudantil, principalmente referido ao ensino superior, no Brasil. Para tanto foram escolhidas dois recortes temporais, não muito distantes no que tange a cronologia, as décadas referentes aos anos 1960-1970 e 1994-2004. Esses dois períodos foram escolhidos por serem entendidos como marcos na história desse movimento. No primeiro período citado, os apelos por mudança pululavam no Brasil, e também no movimento estudantil. As disputas de hegemonia entre as subjetividades que sustentavam os ideais capitalistas e comunistas abriram um campo onde outras subjetividades surgiram, tendo como um de seus efeitos a potencialização da diversidade nesse período. Já o segundo período, foi escolhido por ser referente ao ano em que as políticas neoliberais entraram mais sistematicamente no cotidiano universitário, produzindo efeitos desastrosos no que o movimento tinha de mais bonito: sua capacidade de aglutinação, sua capacidade catalisadora. Além das produções de subjetividades individualizantes, em âmbito mais geral, as amarras legalistas fragmentaram, ainda mais, a categoria estudantil, produzindo assim, uma hierarquização dos estudantes como, por exemplo, os Decretos, 2207 de 15/04/1997 e 2306 de 19/08/1997. Nesse contexto, podemos observar duas coisas: o movimento estudantil, nesse cenário franksteiniano, apresenta dificuldades de articulação com as bases, contudo ainda há movimentações estudantis potentes sem que, necessariamente estejam articulados a entidades estudantis. Mais um ponto importante para pensarmos nesse trabalho são os efeitos da partidarização das entidades representativas estudantis nesse cenário já extremamente fragmentado. A cisão tem se alargado, contudo, estudantes têm se mobilizado, independentemente das diretrizes e do pertencimento a essas entidades. As articulações estudantis têm conquistado mais resultados quando pontuais e relacionadas a um plano comum, que podemos chamar de micropolítico. Contudo, uma questão pulula nesse encerramento de prazo, apontando para caminhos ainda não explorados nesse trabalho: será que nos dias de hoje as vitórias no plano micropolítico, que são importantes, não estariam servindo como uma espécie de tamponamento para uma articulação mais coletiva. Enfim, encerro esse trabalho levantando essa questão premente, e com o direcionamento de uma rearticulação dos movimentos estudantis e sociais em geral no que tange a sua organização / The present work has objective to analyze some productions of subjectivity that constitute the direction of world from performances of the students movement, mainly related to superior education, in Brazil. For two secular clippings had been in such a way chosen, not very distant in what it refers to the referring chronology, decades to years 1960-1970 and 1994-2004. These two periods had been chosen by being understood as landmarks in the history of this movement.
In the first cited period, the asks for change shows up in Brazil, and also in the students movement. The disputes between the capitalist and communist subjectivities had opened spaces so that the delinquents gained body, having as the one of its effect potential of the diversity in this period.
Already as the period, was chosen by being referring to the year where the neoliberal politics had entered more systematically in the daily college student, producing disastrous effect in that the movement had of prettier: its capacity of get together, its catalyze capacity. Beyond the productions of individual makers subjectivity, in more general scope, the legalist mooring cables had broken up, still more, the student category, thus producing, a hierarchical of the students - as, for example, the Decrees, 2207 of 15/04/1997 and 2306 of 19/08/1997. In this context, we can observe two things: the students movement, in this scene franksteiniano, that presents bases articulations diffucults, whatever still happening powerful students movimantations not necessarily articulated with , necessarily the students entities are articulated. Plus a point important to think about this work are the effect of the political institutional space of the students representative entities in this scene already extremely broken up. The split has if widened, however, students if have mobilized, independently of the line of direction and the belonging in these entities. The students joints have conquered resulted more when prompt and related to a common plan, that we could call micropolitician. However, a question shows up in this closing of stated period, pointing with respect to explored ways not yet in this work: it will be that nowadays the victories in the plan micropolitician, which are important, are serving as a species of freezing for a collective joint, definitively. At last, I lock up this work raising this pressing question, and with the aiming of a rearticulation of the students and social movements in generality in what it refers to its organization
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