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“Eu acho que a minha identidade de professora é homossexual”: narrativas e experiências de professor@s homossexuaisFrança, Filipe Gabriel Ribeiro 01 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-01 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Neste texto, trago o que foi produzido a partir do meu encontro com sete professor@s que se auto identificam como homossexuais. Constituo-me como apresentador de outras vidas, apresentador de sete diferentes vidas. Foram convidados para serem coautor@s desta pesquisa professor@s da educação básica, tendo em vista os poucos estudos existentes que relacionem a sexualidade dess@s professor@s com a profissão docente. A questão analisada nesta pesquisa parte da seguinte inquietação: “Quais as narrativas, experiências e de que modos se constituem @s professor@s homossexuais?”. Utilizo como referencial teórico-metodológico a perspectiva pós-estruturalista. A partir dessa perspectiva pude problematizar as formas pelas quais @s professor@s vão se constituindo enquanto docentes homossexuais e discutir como ess@s professor@s vão se produzindo nas relações de poder, nas relações com o outro e, sobretudo, como se relacionam com a instituição escolar. Na tentativa de imergir no campo e buscar informações para serem problematizadas, lancei mão de entrevistas narrativas, encarando esse instrumento de pesquisa não apenas como um conjunto de falas isoladas, mas como narrativas de si dess@s sujeitos, pois narrar um fato não é apenas relatar ou viver o que já passou, implica uma certa experiência. Assumir-se enquanto professor/a homossexual organiza a forma com que o sujeito se comporta dentro escola, vivenciando um contínuo processo de negociação com o outro e consigo mesmo. Ao mesmo tempo tal atitude é um ato político que expõe as múltiplas maneiras possíveis de vivência da sexualidade. @s professor@s homossexuais vão corajosamente criando suas próprias existências e se distanciando do padrão heteronormativo de ser, colocando em suspensão as crenças e as lógicas binárias (homem/mulher, normal/anormal, homossexual/heterossexual, etc.) que estão ao nosso redor nos cerceando da experienciação de diferentes modos de vida. Assim, @s professor@s homossexuais instigam e provocam os outros e a si mesm@s a repensarem as práticas sociais que dão sentido e regem a sociedade contemporânea. No decorrer desta travessia não pretendi e nem desejei produzir certezas e/ou verdades, pelo contrário, quis que elas fossem problematizadas, colocadas em questão, discutidas, abaladas e desmanchadas. / In this paper, I bring what was produced from my meeting with seven teachers who self identify as homosexual. Consisting me as host of other lives, presenter of seven different lives. Were invited to be co-authors of this research basic education teachers, given the few existing studies that relate sexuality of these teachers with the teaching profession. The research question examined in this part of the following concerns: "What are the narratives, experiences and modes that constitute homosexual teachers?". Use as a theoretical and methodological framework poststructuralist perspective. From this perspective could question the ways in which teachers constitute themselves as homosexual teachers and discuss how these teachers will be producing power relations, in relations with each other, and especially how they relate to the academic institution. In an attempt to immerse themselves in the field and look for information to be problematized, threw hand narrative interviews, facing this research tool not only as a set of isolated lines, but as narratives themselves these subjects because narrate a fact is not just reporting or live what has passed, implies a certain experience. Coming out as a teacher homosexual organizes the way the subject behaves in school, experiencing an ongoing process of negotiation with others and with yourself. While such an attitude is a political act that exposes the multiple possible ways of sexuality. Homosexual teachers will boldly creating their own stocks and away from the heteronormative pattern of being, by suspending beliefs and binary logic (man/woman, normal/abnormal, homosexual/ heterosexual, etc.) that are around us in abridging of experiencing different lifestyles. Thus, homosexual teachers pique others and themselves to rethink the social practices that give meaning and govern our contemporary society. During this crossing did not intend nor wished to produce certainties and/or truths, by contrast, had them problematized, called into question discussed, shaken and cut up.
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