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Interações linguísticas entre bebês irmãos de crianças com transtorno do espectro do autismo e suas mães / Linguistic interactions between babies brothers of children with autism spectrum disorders and their mothersBrito, Tayná Scandiuzzi de 28 March 2019 (has links)
Este estudo tem como objetivo verificar se a condição de um bebê possuir um irmão mais velho com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) associa-se a maior ausência de sinais enunciativos de aquisição de linguagem em comparação àqueles bebês que não possuem um irmão com este diagnóstico. O instrumento SEAL (Sinais enunciativos de aquisição de linguagem) foi aplicado em 80 duplas mãebebês, com bebês de até 12 meses e 29 dias, sendo 38 do grupo caso (bebês irmãos de crianças com TEA) e 42 do grupo controle (bebês irmãos de crianças sem TEA). A base de dados é secundária, sendo retirada da pesquisa Vulnerabilidade de pais e irmãos de crianças com transtorno do espectro autista, com coordenação do Prof. Dr. Rogério Lerner do Instituto de Psicologia da USP. Como objetivos secundários, a presente pesquisa pretendeu averiguar se crianças que foram sinalizadas com dificuldade de desenvolvimento pelo instrumento IRDI (Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil) e sinalizadas com retraimento pelo instrumento ADBB (AlarmDistress Baby Scale) também foram aquelas indicadas com dificuldade de linguagem pelo SEAL. Dada uma correlação baixa encontrada, discutiu-se qualitativamente uma vinheta do material filmado de uma dupla mãe-bebê indicada somente pelo SEAL. A discussão teórica se dá a partir de autores com fundamentação da perspectiva enunciativa, da qual o SEAL se baseia, além da teoria de desenvolvimento emocional do psicanalista Donald Winnicott. Encontrou-se nos resultados que bebês da primeira subfaixa de idade (2 meses a 6 meses e 29 dias) do grupo caso possuem mais dificuldades de linguagem do que os do grupo controle e que bebês da segunda subfaixa de idade (7 meses a 12 meses e 29 dias) do grupo caso possuem menos dificuldades de linguagem, se comparados ao grupo controle, contrariando as expectativas. Além disto, bebês da segunda subfaixa de idade tiveram mais dificuldades de linguagem do que os da primeira subfaixa de idade. Houve consonância entre o IRDI, ADBB e SEAL na primeira subfaixa de idade, indicando que bebês com não dificuldades de desenvolvimento e sem retraimento não possuem também dificuldades de linguagem. Com a vinheta clínica foi possível observar mais atentamente as nuances vocais maternas, competência do bebê e sintonia da dupla. A complexidade em se avaliar uma dupla mãe-bebê em um único momento de filmagem também foi evocada, afirmando a importância de acompanhamento longitudinal das díades. Apesar dos dados inconclusivos para a detecção de dificuldades de linguagem entre os grupos caso e controle na amostra, isto não elimina a necessidade de atenção e cuidados para mãe e bebês irmãos de crianças com TEA. Estudos precisam ser desenvolvidos a fim de fundamentarem melhor a discussão dos instrumentos de linguagem e bebês de irmãos de crianças com TEA / This study aims to verify if the condition of a baby with an older brother with Autism Spectrum Disorder (ASD) is associated with a greater absence of enunciative signs of language acquisition in comparison to those infants who do not have a sibling with this diagnosis. The SEAL instrument was applied in 80 double mother-babies, with infants up to 12 months and 29 days, 38 of the case group (infants of children with ASD) and 42 of the control group (infants siblings of children without ASD). The database is secondary, being taken from the research \"Vulnerability of parents and siblings of children with autism spectrum disorder\", with coordination of Prof. Dr. Rogério Lerner of the Institute of Psychology of USP. As secondary objectives, this study aimed to investigate whether children who were flagged with developmental difficulty by the IRDI instrument (Indicators of Risk for Child Development) and signaled with withdrawal by the ADBB (Alarm Distress Baby Scale) instrument were also those indicated with language difficulty by SEAL. Given a low correlation found, a vignette of the filmed material of a mother-infant indicated only by SEAL was discussed qualitatively. The theoretical discussion is based on authors based on the enunciative perspective, on which the SEAL is based, in addition to the theory of emotional development of the psychoanalyst Donald Winnicott. It was found in the results that infants of the first sub-age group (2 months to 6 months and 29 days) of the group had more language difficulties than those in the control group and that infants of the second sub-age group (7 months to 12 months and 29 days) of the group if they have less language difficulties, when compared to the control group, contrary to expectations. In addition, infants of the second sub-age group had more language difficulties than those of the first sub-age group. There was agreement between the IRDI, ADBB and SEAL in the first subage group, indicating that infants with no developmental difficulties and no withdrawal did not also have language difficulties. With the clinical vignette, it was possible to observe more carefully the maternal vocal nuances, the baby\'s competence and the tune of the pair. The complexity in evaluating a dual-motherbaby in a single moment of filming was also evoked, stating the importance of longitudinal accompaniment of the dyads. Despite the inconclusive data for the detection of language difficulties between the case and control groups in the sample, this does not eliminate the need for attention and care for sibling mothers and infants of children with ASD. Studies need to be developed in order to better inform the discussion of the language instruments and infants of siblings of children with ASD
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Retraimento social em bebês: um estudo exploratório sobre os irmãos mais novos de crianças com transtorno do espectro do autismo / Social withdrawal in babies/infants: an exploratory study of youngest siblings of children with autism spectrum disorderPaschoal, Ligia Perez 30 May 2016 (has links)
A presença de uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em uma família está associada à maior vulnerabilidade emocional dos pais assim como à maior suscetibilidade de seus irmãos bebês ao transtorno e a outros problemas do desenvolvimento. A detecção e a intervenção precoces têm sido apontadas como fundamentais para redução do sofrimento e melhoria do prognóstico de desenvolvimento de bebês. O retraimento social, fenômeno essencialmente diático e relacionado a perturbações duradouras da interação, constitui importante sinal de sofrimento psíquico nos primeiros meses de vida. Manifesta-se através da redução ou ausência de comportamentos positivos (como contato visual, sorrisos e balbucios) e/ou pelo aumento da frequência de comportamentos negativos (como choros, gritos e gestos de autoestimulação), e pode ter origem em uma combinação de fatores orgânicos e ambientais. Por estar associado a uma série de problemas de comportamento e relacionamento que se estendem da infância à idade adulta, sua identificação nos primeiros dois anos de vida constitui importante sinal de alerta para risco de desenvolvimento psíquico, podendo ser útil na avaliação deste grupo específico de bebês. O objetivo do presente estudo consiste em descrever e avaliar a ocorrência de retraimento de bebês, irmãos de crianças com diagnóstico de TEA, em comparação com outros bebês, irmãos de crianças sem diagnóstico de TEA, além de estimar a associação entre o retraimento do bebê e outras variáveis como: sexo do bebê; escolaridade materna; suporte social percebido pela mãe; grau de autismo do irmão; e presença de sinais de risco para autismo do bebê. A amostra do estudo foi composta por 133 famílias, sendo 68 pertencentes ao grupo caso (com um bebê e, ao menos, um(a) filho(a) mais velho com TEA) e 65 pertencentes ao grupo contraste (sem nenhum(a) filho(a) com TEA, a lém de um bebê). A avaliação do retraimento foi realizada através da codificação da Alarm Distress Baby Scale (ADBB) aplicada a filmagens da interação mãe-bebê. Embora a frequência de retraimento tenha sido duas vezes maior entre os bebês do grupo caso (19,11%, n=13) em relação aos bebês do grupo contraste (9,23%, n=6), a diferença encontrada não foi estatisticamente significativa (p=0,103). Dentre os itens avaliados pela escala, bebês, irmãos de crianças com TEA, apresentaram redução significativa da expressão facial em comparação aos irmãos de crianças sem TEA (p=0,012), independentemente do desfecho de retraimento. O grau de autismo do irmão e o suporte social percebido pela mãe não apresentaram associação com o retraimento (p=0,250 e p=0,554), assim como o sexo ou a idade do bebê. Em contrapartida, o retraimento parece estar associado ao risco para autismo do bebê (p=0,003) e ao grau de escolaridade materna (p=0,042). Ainda que não apresentem risco estatístico comprovado para o retraimento, o conjunto de resultados indica que bebês, irmãos de crianças com TEA, podem apresentar maior vulnerabilidade para tal. Os resultados demonstram, portanto, que irmãos de crianças com autismo têm chance aumentada de apresentarem problemas do desenvolvimento, o que aponta para a consequente necessidade de elaboração de estratégias de intervenção junto a essas famílias / The presence of a child with Autism Spectrum Disorder (ASD) in a family is associated with greater parental emotional vulnerability as well as with higher susceptibility of the infants siblings to this disorder and other developmental problems. Early detection and intervention have been identified as central on reducing suffering and improving the developmental prognosis of the infants. The social withdrawal, phenomenon essentially dyadic and related to lasting disturbance of interaction, is an important sign of psychological distress in early life. Expressed over reduction or absence of positive behaviors (such as eye contact, smiles and babbling) and/or by increasing frequency of negative behaviors (such as cries, screams and self-stimulation actions), can come from a combination of organic and environmental factors. Due to association with several behavioral and relationships problems extending from childhood to adulthood, identifying social withdrawal in the first two years is an important warning sign for risk of psychical development, also useful for assessing this specific group of infants. The aim of present study is to describe and assess the occurrence of social withdrawal in infant siblings of children diagnosed with ASD compared to infant sibling of children without a diagnosis of ASD, and estimate the association between infants withdrawal and other variables such as: sex of the infant; maternal education; social support perceived by the mother; degree of autism on the child diagnosed; and the presence of risk factors for infants autism. The study sample was composed by 133 families, 68 in the case group (with a infant and at least one older child with ASD) and 65 in the contrast group (without a child with ASD, besides the infant). Withdrawal assessment was coded by the Alarm Distress Baby Scale (ADBB) of mother-infant interaction video recordings. Although the frequency of withdrawal has been twice as high among the group of infant case (19.11%, n = 13) compared to the contrast group (9.23%, n = 6), the difference was not statistically significant (p = 0.103). Among the items of the scale, sibling infant of children with ASD showed significantly decrease on facial expression compared to siblings of children without ASD (p = 0.012), regardless the withdrawal outcome. Childs autism degree and social support perceived by the mother were not associated with withdrawal (p = 0.250; p = 0.554), as well as sex or infants age. In contrast, withdrawal appears to be associated with the risk for infants autism (p = 0.003) and with the degree of maternal education (p = 0.042). Although the results did not show statistical risk examined on withdrawal, it still indicates that infants siblings of children with ASD may be more vulnerable to such outcome. Therefore, the results demonstrate that infant siblings of children with ASD are more likely to have developmental problems, which points to the consequence need to develop of intervention strategies for these families
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Retraimento social em bebês: um estudo exploratório sobre os irmãos mais novos de crianças com transtorno do espectro do autismo / Social withdrawal in babies/infants: an exploratory study of youngest siblings of children with autism spectrum disorderLigia Perez Paschoal 30 May 2016 (has links)
A presença de uma criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em uma família está associada à maior vulnerabilidade emocional dos pais assim como à maior suscetibilidade de seus irmãos bebês ao transtorno e a outros problemas do desenvolvimento. A detecção e a intervenção precoces têm sido apontadas como fundamentais para redução do sofrimento e melhoria do prognóstico de desenvolvimento de bebês. O retraimento social, fenômeno essencialmente diático e relacionado a perturbações duradouras da interação, constitui importante sinal de sofrimento psíquico nos primeiros meses de vida. Manifesta-se através da redução ou ausência de comportamentos positivos (como contato visual, sorrisos e balbucios) e/ou pelo aumento da frequência de comportamentos negativos (como choros, gritos e gestos de autoestimulação), e pode ter origem em uma combinação de fatores orgânicos e ambientais. Por estar associado a uma série de problemas de comportamento e relacionamento que se estendem da infância à idade adulta, sua identificação nos primeiros dois anos de vida constitui importante sinal de alerta para risco de desenvolvimento psíquico, podendo ser útil na avaliação deste grupo específico de bebês. O objetivo do presente estudo consiste em descrever e avaliar a ocorrência de retraimento de bebês, irmãos de crianças com diagnóstico de TEA, em comparação com outros bebês, irmãos de crianças sem diagnóstico de TEA, além de estimar a associação entre o retraimento do bebê e outras variáveis como: sexo do bebê; escolaridade materna; suporte social percebido pela mãe; grau de autismo do irmão; e presença de sinais de risco para autismo do bebê. A amostra do estudo foi composta por 133 famílias, sendo 68 pertencentes ao grupo caso (com um bebê e, ao menos, um(a) filho(a) mais velho com TEA) e 65 pertencentes ao grupo contraste (sem nenhum(a) filho(a) com TEA, a lém de um bebê). A avaliação do retraimento foi realizada através da codificação da Alarm Distress Baby Scale (ADBB) aplicada a filmagens da interação mãe-bebê. Embora a frequência de retraimento tenha sido duas vezes maior entre os bebês do grupo caso (19,11%, n=13) em relação aos bebês do grupo contraste (9,23%, n=6), a diferença encontrada não foi estatisticamente significativa (p=0,103). Dentre os itens avaliados pela escala, bebês, irmãos de crianças com TEA, apresentaram redução significativa da expressão facial em comparação aos irmãos de crianças sem TEA (p=0,012), independentemente do desfecho de retraimento. O grau de autismo do irmão e o suporte social percebido pela mãe não apresentaram associação com o retraimento (p=0,250 e p=0,554), assim como o sexo ou a idade do bebê. Em contrapartida, o retraimento parece estar associado ao risco para autismo do bebê (p=0,003) e ao grau de escolaridade materna (p=0,042). Ainda que não apresentem risco estatístico comprovado para o retraimento, o conjunto de resultados indica que bebês, irmãos de crianças com TEA, podem apresentar maior vulnerabilidade para tal. Os resultados demonstram, portanto, que irmãos de crianças com autismo têm chance aumentada de apresentarem problemas do desenvolvimento, o que aponta para a consequente necessidade de elaboração de estratégias de intervenção junto a essas famílias / The presence of a child with Autism Spectrum Disorder (ASD) in a family is associated with greater parental emotional vulnerability as well as with higher susceptibility of the infants siblings to this disorder and other developmental problems. Early detection and intervention have been identified as central on reducing suffering and improving the developmental prognosis of the infants. The social withdrawal, phenomenon essentially dyadic and related to lasting disturbance of interaction, is an important sign of psychological distress in early life. Expressed over reduction or absence of positive behaviors (such as eye contact, smiles and babbling) and/or by increasing frequency of negative behaviors (such as cries, screams and self-stimulation actions), can come from a combination of organic and environmental factors. Due to association with several behavioral and relationships problems extending from childhood to adulthood, identifying social withdrawal in the first two years is an important warning sign for risk of psychical development, also useful for assessing this specific group of infants. The aim of present study is to describe and assess the occurrence of social withdrawal in infant siblings of children diagnosed with ASD compared to infant sibling of children without a diagnosis of ASD, and estimate the association between infants withdrawal and other variables such as: sex of the infant; maternal education; social support perceived by the mother; degree of autism on the child diagnosed; and the presence of risk factors for infants autism. The study sample was composed by 133 families, 68 in the case group (with a infant and at least one older child with ASD) and 65 in the contrast group (without a child with ASD, besides the infant). Withdrawal assessment was coded by the Alarm Distress Baby Scale (ADBB) of mother-infant interaction video recordings. Although the frequency of withdrawal has been twice as high among the group of infant case (19.11%, n = 13) compared to the contrast group (9.23%, n = 6), the difference was not statistically significant (p = 0.103). Among the items of the scale, sibling infant of children with ASD showed significantly decrease on facial expression compared to siblings of children without ASD (p = 0.012), regardless the withdrawal outcome. Childs autism degree and social support perceived by the mother were not associated with withdrawal (p = 0.250; p = 0.554), as well as sex or infants age. In contrast, withdrawal appears to be associated with the risk for infants autism (p = 0.003) and with the degree of maternal education (p = 0.042). Although the results did not show statistical risk examined on withdrawal, it still indicates that infants siblings of children with ASD may be more vulnerable to such outcome. Therefore, the results demonstrate that infant siblings of children with ASD are more likely to have developmental problems, which points to the consequence need to develop of intervention strategies for these families
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Ontogeneze výtvarného projevu dle Viktora Lowenfelda a tvorba současných pubescentů / Ontogenesis of Art Expression according to Viktor Lowenfeld and the Graphic Activities of Present-day AdolescentsTROJANOVÁ, Lucie January 2014 (has links)
This diploma thesis deals with art creation of adolescents and early adolescents. The thesis is divided into a theoretical part and a practical part. The theoretical part specifies a teen years period including biological and psychological changes and it also specifies the development of teen years. The attention is also focused on the ontogenesis of art demonstration according to C. Burnt´s, H. H. Luquert´s and particularly V Lowenfeld´s stages. The practical part deals with the analysis of collected research material of tenagers between the ages of 11-16 years. The goal of this thesis is to find out if the art demonstration of present-day teen-agers responses to the ontogenesis model which is described by V. Lovenfeld.
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