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Momento cirúrgico na insuficiência mitral reumática: peculiaridades clínicas, funcionais e contribuição do peptídeo natriurético

Cristina Ventura Ribeiro, Maria 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:50:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2028_1.pdf: 1719497 bytes, checksum: 153bae9bfd25ec5fc7dce7230110a298 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / A insuficiência mitral crônica que ocorre como seqüela da fase aguda da febre reumática acomete com freqüência crianças e adolescentes em todo o mundo, em especial nos países em desenvolvimento. Pela sobrecarga crônica de volume que provoca ao ventrículo esquerdo, a insuficiência mitral pode levar à disfunção miocárdica irreversível, e o momento ideal para a indicação da correção cirúrgica é uma definição necessária e almejada. Novos métodos diagnósticos têm sido estudados com esse objetivo. Destaca-se, entre eles, a dosagem plasmática do peptídeo natriurético, hormônio cardíaco que tem sido utilizado como um biomarcador da contratilidade miocárdica. Objetivos: Estudar o comportamento da insuficiência mitral reumática em crianças e adolescentes no que se refere às suas características clínicas, eletrocardiográficas, ecodopplercardiográficas e à dosagem plasmática da fração Nterminal do pró-peptídeo natriurético cerebral; e discutir as controvérsias em relação ao momento cirúrgico, salientando-se os novos métodos diagnósticos que têm surgido nesse sentido. Métodos: Para a realização da revisão do tema foram utilizados artigos publicados em periódicos científicos e livros técnicos coletados através do Pubmed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov), Google acadêmico (http://scholar.google.com.br) e SCIELO (http://www.scielo.br). Posteriormente, foram estudados 53 pacientes menores de 20 anos, com insuficiência mitral reumática de grau moderado ou grave, não operados, fora da fase aguda da doença, atendidos em um hospital de referência em cardiologia pediátrica no Nordeste do Brasil. Os dados clínicos e laboratoriais foram relacionados entre si e ao hormônio peptídeo natriurético dosado por imunoensaio de electroquimioluminescência. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 10,6 anos, como costuma ocorrer na apresentação da febre reumática em países em desenvolvimento. Os pacientes que faziam uso regular da penicilina benzatina apresentaram menor número de surtos agudos da febre reumática (p=0,021). A maioria dos pacientes apresentava insuficiência mitral grave (58,5%). As variáveis ecodopplercardiográficas (dimensão do átrio esquerdo, diâmetros sistólico e diastólico do ventrículo esquerdo e valor da pressão arterial pulmonar) apresentaram correlação significante com o fragmento N-terminal do pró-peptídeo natriurético cerebral, demonstrando que esse hormônio reflete as conseqüências hemodinâmicas indesejáveis da insuficiência mitral. Conclusão: A decisão de indicação de cirurgia na insuficiência mitral grave assintomática, principalmente no subgrupo de crianças e adolescentes com insuficiência mitral reumática, exige um acompanhamento de perto da contratilidade miocárdica, através de todos os meios diagnósticos disponíveis. A fração N-terminal do pró-peptídeo natriurético cerebral apresentou correlação significante com as medidas ecodopplercardiográficas do átrio esquerdo, ventrículo esquerdo e pressão arterial pulmonar. No subgrupo de crianças e adolescentes assintomáticos com insuficiência mitral de etiologia reumática, o uso da fração N-terminal do pró-peptídeo natriurético cerebral como meio diagnóstico complementar poderia ser útil no acompanhamento da função miocárdica e auxílio na indicação do momento cirúrgico

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