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Missionação e negócios jesuíticos: acumulação de bens na capitania do Grão-Pará. (1653-1759)RIBEIRO, Luana Melo 27 September 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-09-27 / PROPESP/UFPA - Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação / A atuação da Companhia de Jesus na catequese das populações nativas das áreas
coloniais sempre provocou polêmicas com as outras ordens religiosas, com as
autoridades coloniais e com os moradores, gerando conflitos que atingiram, em muitos
momentos, altos níveis de radicalização. Ciosos de sua missão evangelizadora, os
jesuítas logo perceberam que não podiam depender dos recursos do Padroado e nem das
esmolas de seus benfeitores para o êxito da sua política salvacionista. Nesse sentido,
envolveram-se nos negócios coloniais, desenvolvendo as mais diversas atividades
econômicas, como criação de gado, coleta e produção das drogas do sertão, agiotagem,
aluguel de terrenos e imóveis etc, constituindo, dessa maneira, um expressivo
patrimônio material. No Pará colonial não foi diferente. A Companhia de Jesus tornou-se
uma séria concorrente econômica dos moradores, sendo isto agravado pelo privilégio
por ela recebido da Coroa portuguesa de isenção do pagamento dos dízimos. Além
disso, a legislação indigenista portuguesa concedeu, em alguns momentos, à Companhia
de Jesus a exclusividade da distribuição da mão de obra indígena entre os moradores e
as autoridades coloniais, o que gerou uma acirrada disputa pelo controle da referida mão
de obra. Nesta dissertação se pretende analisar a prática da missionação desenvolvida
pela Ordem e a sua relação com os negócios jesuíticos, partindo do pressuposto de que
eles constituíam uma unidade contraditória, o que custou aos jesuítas inúmeros conflitos
com os outros segmentos da sociedade colonial paraense, alimentou e aguçou o
sentimento antijesuítico, culminando com a expulsão da Ordem, primeiro do Pará e
depois de Portugal e de todos os seus domínios. / The work of the Society of Jesus in the catechesis of native populations in colonial areas
has always provoked controversy with other religious orders, with colonial authorities
and with residents, generating conflicts that at times reached high levels of
radicalization. Aware of their evangelizing mission, the Jesuits soon realized that they
could not depend on the resources of the Padroado and on the alms of their benefactors
for the success of their salvationist policy. In this sense, they became involved in
colonial business, developing the most diverse economic activities, such as cattle
raising, collection and production of drugs from the sertão, mortgaging, renting of lands
and real estate, etc., constituting an expressive material patrimony. In colonial Pará it
was no different. The Society of Jesus became a serious economic competitor of the
residents, and this was aggravated by the privilege it received from the Portuguese
Crown for exemption from the payment of tithes. In addition, the Portuguese indigenist
legislation granted the Company of Jesus the exclusivity of the distribution of
indigenous labor among the residents and the colonial authorities, which generated a
fierce dispute over the control of the labor force. This dissertation intends to analyze the
practice of the mission developed by the Order and its relation with Jesuit business,
starting from the assumption that they constituted a contradictory unity, which cost the
Jesuits numerous conflicts with the other segments of the colonial society of Paraense,
fed and sharpened the anti-Jesuitical sentiment, culminating in the expulsion of the
Order, first of Pará and after Portugal and all its dominions. / Colégio Castanheira, Ananindeua/PA
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