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Educação do campo: demanda dos trabalhadores

Jesus, Vania Cristina Pauluk de 08 March 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-21T20:31:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Vania Pauluk de Jesus.pdf: 371209 bytes, checksum: b0b6e24ad53674a4c7da73d60cff9bca (MD5) Previous issue date: 2006-03-08 / In this text we intend to argue that especificidades necessary to possess the school of the field in this neoliberal world, to identify the educational demands of the citizens of the field and to analyze the proposals for education of the field of the social movements and State. This research is of qualitative boarding e, uses as main instruments of collection of data the documentary analysis and structuralized interviews opened. To reach our objectives we characterize and we argue the proposal educational of the MST (Movement of the Agricultural Workers Without Land); we analyze the Operational Lines of direction for School of the Field and, we carry through interviews with two agricultural communities to identify its educational demands; one in the agricultural zone of Thick Tip and another one a nesting of agrarian reform in Teixeira Soares. We all interview the twenty and nine people of the pertaining to school communities (parents, pupils, professors, director, maid). The proposal educational of the MST intends to awake the conscience of classroom and formation of militant. The MST adopts as theoreticians sustentation especially Freire, Makarenko, Piaget; however it does not choose a specific pedagogy, puts all in movement, so that if I will choose most adequate, as the necessities. The proposal of the State (the Operational Lines of direction for School of the Field), presents many advances to know: to give to all of the basic and professional education in the proper agricultural communities; pertaining to school adaptable of the calendar and spaces; initial and continued formation of professors; differentiation of the cost pupil, among others. With reference to the educational demands of the citizens of the field, seen for its eyes; three points are expressed expectations in relation to the school, enclosing central offices: 1) acquisition of abilities as reading, writing and calculation and, still, transmission of knowledge; 2) moral formation and 3) preparation for the work in the field. These expectations reflect of certain form the values and ideologies gifts in our society. The thought of the workers reflects its way of life and values. However, for the construction of a school of social quality for the field, that takes care of to its yearnings and necessities, it respects and it values its to know and values, become necessary financial and human investments in the situated schools in the field. The social movements can contribute for improvement of the school, in some ways, participating, suggesting modifications, oportunizando the use of its pedagogical materials, but over all; when together organizing itself with the community to demand that the State fulfills its paper flifting of the school, accomplishing what it is foreseen in the Lines of direction. We consider that the necessary field of a differentiated education, that if does not restrict to the agricultural necessities and of the market of work, but ample a cultural formation, that privileges the acquisition and reconstruct of the scientific knowledge. / Neste texto pretendemos discutir que especificidades precisa possuir a escola do campo neste mundo neoliberal, identificar as demandas educacionais dos sujeitos do campo e analisar as propostas para educação do campo dos movimentos sociais e Estado. Esta pesquisa é de abordagem qualitativa e, utilizamos como principais instrumentos de coleta de dados a análise documental e entrevistas estruturadas abertas. Para atingir nossos objetivos caracterizamos e discutimos a proposta educacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra); analisamos as Diretrizes Operacionais para Escola do Campo e, realizamos entrevistas com duas comunidades rurais para identificar suas demandas educacionais; uma na zona rural de Ponta Grossa e outra em um assentamento de reforma agrária de Teixeira Soares. Entrevistamos ao todo vinte e nove pessoas das comunidades escolares (pais, alunos, professores, diretora, servente). A proposta educacional do MST pretende despertar a consciência de classe e formação de militantes. O MST adota como referenciais teóricos especialmente Freire, Makarenko, Piaget; entretanto não escolhe uma pedagogia específica, põe todas em movimento, para que se escolha a mais adequada, conforme as necessidades. A proposta do Estado (As Diretrizes Operacionais para Escola do Campo), apresenta muitos avanços a saber: universalização da educação básica e profissional nas próprias comunidades rurais; flexibilização do calendário e espaços escolares; formação inicial e continuada de professores; diferenciação do custo aluno, entre outros. Com referência às demandas educacionais dos sujeitos do campo, vistas pelos seus olhos; traduzem-se em expectativas em relação à escola, abrangendo três pontos centrais: 1) aquisição de habilidades como leitura, escrita e cálculo e, ainda, transmissão de conhecimentos; 2) formação moral e 3) preparação para o trabalho no campo. Essas expectativas refletem de certa forma os valores e ideologias presentes em nossa sociedade. O pensamento dos trabalhadores reflete seu modo de vida e valores. Contudo, para a construção de uma escola de qualidade social para o campo, que atenda seus anseios e necessidades, respeite e valorize seus saberes e valores, fazem-se necessários investimentos financeiros e humanos nas escolas situadas no campo. Os movimentos sociais podem contribuir para melhoria da escola, de várias maneiras, participando, sugerindo modificações, oportunizando a utilização de seus materiais pedagógicos, mas sobretudo; ao organizarem-se junto com a comunidade para reivindicar que o Estado cumpra seu papel de mantenedor da escola, efetivando o que está previsto nas Diretrizes. Consideramos que o campo precisa de uma educação diferenciada, que não se restrinja às necessidades agrícolas e do mercado de trabalho, mas uma formação cultural ampla, que privilegie a aquisição e recriação dos conhecimentos científicos.

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