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O herói Sepé em duas versões : O Uraguai e Sepé - o morubixaba rebelde

Oliveira, Ellen dos Santos 25 January 2016 (has links)
This paper presents Sepé. Also famous hero, from the perspective of literary heritage left by Basilio da Gama, in the Uraguai (1769), but as points Bakhtin (1981), an emblematic figure of a historical universe, mythical and cultural beyond the scope of this heritage gaining independence such that allows you to cycle through historical events, artistic and diverse literary. One of these manifestations is Sepe, the rebel morubixaba (1964), Fernandes Barbosa, part of a group of literary productions whose base (re) of the Indian story-telling Sepé Tiaraju, since for 144 years the only literary version known was the range. These works are The lunar Sepe (1913), poem Simoes Lopes Neto, Tiaraju (1945), historical novel Manoellito of Ornella, the mainland (1949), a novel by Erico Verissimo, Sepe - the rebel morubixaba (1964), poem epic Fernandes Barbosa, and Sepé Tiaraju - Romance of the Seven Peoples Mission (1975), novel Alcy Cheuiche, whose version is adapted to comics. Note, with such productions, a landmark move that paves the way for a vast cultural artistic production recognition and reaffirmation of the Indian heroism. Conceiving Sepe, the rebel morubixaba as a hypertext The Uraguai, believing that the story of Sepé Tiaraju out distorted by Basilio da Gama, Fernandes Barbosa rewrites the history of the Indian hero, giving it a new meaning and new life. In his rewriting, it uses several tricks to give the work a garment and a feature that the poet believes, are worthy of the indigenous hero Sepé Tiaraju, the warrior Lunar. Therefore, this work is intended to make a comparative reading between two literary works, one of the eighteenth century, the Uraguai, and one twentieth, Sepe - the rebel morubixaba, and from that read, analyze and explore the profile of hero these two epic poems, watching as the modern epic dialogues with the neoclassical epic, is to rewrite it, is to overcome it. This highlights the mimetic character, in the sense of emulation, the literary text. This is when a writer is motivated to imitate another, either to match up or overcome it. In the case studied, Fernandes mimics Gama, when writing his epic poem based on the story of Sepé Tiaraju in order to overcome it. With his attempt he just entering his poem in the national epic tradition. This work addressed the contemporary theory of the epic developed by Anazildo Silva (1984), and treated by Ramalho and Silva (2007); Ramalho (2013); Silva (2012); and Neiva (2009; 2012). Were also worked the concepts of dialogism Bakhtin (1981; 1997; 2006), intertextuality Kristeva (1974), hypertextuality of Genette (2010), among others. On the historical, social and cultural context were useful studies developed by Candido (1984; 1999; 2006a; 2006b), Teixeira (1999), Verney (1952), Oliveira (2010), Nunes (2013), Rue (2009) Carvalho (1987), among others. / Este trabalho parte de Sepé. Também herói famoso, sob a ótica da herança literária deixada por Basílio da Gama, em O Uraguai (1769), mas, tal como aponta Bakhtin (1981), uma figura emblemática de um universo histórico, mítico e cultural que ultrapassa o âmbito dessa herança, ganhando independência tal que lhe permite circular por manifestações históricas, artísticas e literárias diversas. Uma dessas manifestações é Sepé, o morubixaba rebelde (1964), de Fernandes Barbosa, que integra um grupo de produções literárias que tem como base a (re) contação da história do índio Sepé Tiaraju, já que por 144 anos a única versão literária conhecida era a de Gama. Essas obras são O lunar de Sepé (1913), poema de Simões Lopes Neto, Tiaraju (1945), romance histórico de Manoellito de Ornella, O continente (1949), romance de Érico Veríssimo, Sepé – o morubixaba rebelde (1964), poema épico de Fernandes Barbosa, e Sepé Tiaraju – romance dos Sete Povos da Missão (1975), romance de Alcy Cheuiche, cuja versão é adaptada para histórias em quadrinhos. Nota-se, com tais produções, um movimento divisor de águas que abre caminhos para uma vasta produção artística cultural de reconhecimento e reafirmação do heroísmo do índio. Concebendo Sepé, o morubixaba rebelde, como um hipertexto de O Uraguai, acreditando que a história de Sepé Tiaraju fora falseada por Basílio da Gama, Fernandes Barbosa reescreve a história do herói indígena, dando a ela um novo sentido e um novo fôlego. Em sua reescrita, ele utiliza vários artifícios para dar à obra uma roupagem e uma feição que, o poeta acredita, sejam dignas do herói indígena Sepé Tiaraju, o guerreiro Lunar. Assim sendo, neste trabalho pretende-se fazer uma leitura comparativa entre duas obras literárias, uma do século XVIII, O Uraguai, e outra do XX, Sepé - o morubixaba rebelde, e, a partir dessa leitura, analisar e explorar o perfil do herói nesses dois poemas épicos, observando como o épico moderno dialoga com o épico neoclássico, seja para reescrevê-lo, seja para superá-lo. Isso evidencia o caráter mimético, no sentido de emulação, do texto literário. Isto é, quando um escritor é motivado a imitar outro, seja para igualar-se ou superá-lo. No caso estudado, Fernandes imita Gama, ao escrever seu poema épico baseado na história de Sepé Tiaraju, a fim de superá-lo. Com sua tentativa ele acaba inserindo seu poema na tradição épica nacional. Esse trabalho abordou a teoria contemporânea sobre o épico desenvolvida por Anazildo Silva (1984), e tratadas por Ramalho e Silva (2007); Ramalho (2013); Silva (2012); e Neiva (2009; 2012). Também foram trabalhados os conceitos de dialogismo de Bakhtin (1981; 1997; 2006), intertextualidade de Kristeva (1974), hipertextualidade de Genette (2010), entre outros. Sobre o contexto histórico, social e cultural foram úteis os estudos desenvolvidos por Candido (1984; 1999; 2006a; 2006b), Teixeira (1999), Verney (1952), Oliveira (2010), Nunes (2013), Arruda (2009) e Carvalho (1987), entre outros.

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