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As sereias com Kafka, Brennand e BlanchotBremer, Ligia Maria January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Literatura, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2016-01-15T14:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A imagem da sereia é uma imagem que sobrevive. Ela encontra-se em movimento oferecendo-nos uma multiplicidade de olhares dos diferentes tempos que a entrecruzam. Ao observar a imagem desse ser híbrido, metamorfoseado em metade mulher/ metade ave, ou metade mulher/ metade peixe, percebemos que não há um encerramento de tempo, trabalhamos com um tempo anacrônico, onde a imagem opera de forma em que pertence ao passado, mas por meio do movimento (da sobrevivência; do vestígio que deixou) passa a ser revestida pelo presente. Para tanto, este trabalho apreenderá a imagem das sereias correlacionando-a a três aspectos que são explicitados frente aos nomes que intitulam o trabalho: Kafka (o silêncio), Brennand (as artes) e Blanchot (a literatura). Quando tratamos do silêncio, o vemos como sendo uma quebra, um anúncio do devir de um mundo (o moderno) em que o mito não possui mais um lugar, ele silencia, e o que resta é o mundo da burocracia, do relógio, do autômato. Já quando pensamos a imagem da sereia correspondente às artes, observamos como Francisco Brennand, ao colocar suas sereias de fronte ao Marco Zero olhando a cidade de Recife, nos faz pensar em uma postura a contrapelo da história, uma vez que o artista desmonumentaliza a imagem, pois ela não mais glorifica o legado homérico, mas lamenta o que a cidade se tornou. O terceiro aspecto pensa a imagem da sereia e o seu encontro com a literatura. Para isso, nos valemos da metáfora proposta por Maurice Blanchot em seu texto O canto das sereias. No texto, o crítico partiu do encontro das Sereias com Ulisses para buscar narrar o encontro do escritor com a voz que o chama e o obriga a escrever. Assim, ao observar a imagem nesses três pontos visualizamos como a imagem da sereia se movimenta e sobrevive no tempo (do arcaico ao moderno/ contemporâneo) e que, analisada juntamente ao espaço ao qual está inserida, adquire novos sentidos e significado e pode ser de novo interpretada.<br> / Abstract : The figure of the siren is a figure that survives. She finds herself in movement offering us a variety of looks from different times that intersect. By noticing the figure of this hybrid being, metamorphosing into half woman / half bird, or half woman/ half fish, we realize that there is no closing time, we work with an anachronistic time, where the figure perform in a way that it belongs to the past, but by the movement (of surviving; the trace it left) that becomes covered by the present. Therefore, this work will seize the figure of the sirens correlating them to three aspects that are explicit in the names that entitle the work: Kafka (the silence), Brennand (the arts) and Blanchot (the literature). When we deal with silence, we see it as a breaking point, an announcement of the changing world (the modern one) in which the myth do not belong anymore. But when we think about the siren figure correspondent to the arts, we perceive how Francisco Brennand, in placing his two sirens in front of Marco Zero looking at the city of Recife, make us think in a posture against history, once that the artist desediments the figure, because it no longer glorifies the Homeric legacy, but regrets what the city has become. The third aspect considers the figure of the siren and its connection with literature. Therefore, we rely on the metaphor proposed by Maurice Blanchot in his text The Song of the Sirens. In the text, the critique initiated from the encounter of the Sirens with Ulysses to narrate the encounter of the writer with the voice that calls him and the figure of the moving siren that survives through time (from the archaic to the modern/ contemporary) and that, analyzed exactly in the context where she is inserted, acquires new senses and meanings and may be interpreted again.
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Performances neo-sirênicas: mitopoética, instinto caraíba e gaia ciência na canção popular / New-sirênicas performances: mythopoetic, caribbean instinct and gay science in popular songLeonardo Davino de Oliveira 27 March 2014 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A presente tese problematiza a ideia defendida por Walter Benjamin (1892-1940) da perda da aura dos objetos artísticos na modernidade técnica, em sua reprodutibilidade, e defende que os cancionistas são neo-sereias modernas que carregam na performance vocal a gaia ciência nutrida pelo instinto caraíba de nossa cultura brasileira. Para tanto, numa metodologia majoritariamente interpretativa de canções populares, aliada ao método comparatista confrontando W. Benjamin, T. Adorno e Oswald de Andrade, entre outros pensadores , investiga: (1) a aplicação prática do conceito de mitopoética na re-criação e permanência do mito sirênico do mito como fonte de saber, a partir do arquétipo da sereia-mãe Iemanjá e suas derivações; (2) o conceito de metacanção, da canção como produto da neo-sereia e como subjetivação da linguagem; e (3) a distinção entre sujeito cancional e sujeito da canção, como artifícios artísticos neo-sirênicos assentados no Brasil / This thesis discusses the idea defended by Walter Benjamin (1892-1940) about the loss of aura of art objects in technical modernity in its reproducibility, and argues that cancionistas are modern neo-sirens bearing in vocal performance at gay science nourished by the caraíba instinct of our Brazilian culture. To this end, a mostly interpretive methodology of popular songs, coupled with the comparative method confronting W. Benjamin, T. Adorno and Oswald de Andrade, among other thinkers investigates: ( 1 ) the practical application of the concept of mythopoetic on the re-creation and permanence of sirênico myth the myth as a source of knowledge, from the archetype of the siren-mother Iemanjá and its derivatives, ( 2 ) the concept of metacanção, the song as a product of neo-sirens and how subjectivity of language, and ( 3 ) the distinction between cancional subject and subject of the song as neo-sirênicos artistic artifices settlers in Brazil
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Performances neo-sirênicas: mitopoética, instinto caraíba e gaia ciência na canção popular / New-sirênicas performances: mythopoetic, caribbean instinct and gay science in popular songLeonardo Davino de Oliveira 27 March 2014 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A presente tese problematiza a ideia defendida por Walter Benjamin (1892-1940) da perda da aura dos objetos artísticos na modernidade técnica, em sua reprodutibilidade, e defende que os cancionistas são neo-sereias modernas que carregam na performance vocal a gaia ciência nutrida pelo instinto caraíba de nossa cultura brasileira. Para tanto, numa metodologia majoritariamente interpretativa de canções populares, aliada ao método comparatista confrontando W. Benjamin, T. Adorno e Oswald de Andrade, entre outros pensadores , investiga: (1) a aplicação prática do conceito de mitopoética na re-criação e permanência do mito sirênico do mito como fonte de saber, a partir do arquétipo da sereia-mãe Iemanjá e suas derivações; (2) o conceito de metacanção, da canção como produto da neo-sereia e como subjetivação da linguagem; e (3) a distinção entre sujeito cancional e sujeito da canção, como artifícios artísticos neo-sirênicos assentados no Brasil / This thesis discusses the idea defended by Walter Benjamin (1892-1940) about the loss of aura of art objects in technical modernity in its reproducibility, and argues that cancionistas are modern neo-sirens bearing in vocal performance at gay science nourished by the caraíba instinct of our Brazilian culture. To this end, a mostly interpretive methodology of popular songs, coupled with the comparative method confronting W. Benjamin, T. Adorno and Oswald de Andrade, among other thinkers investigates: ( 1 ) the practical application of the concept of mythopoetic on the re-creation and permanence of sirênico myth the myth as a source of knowledge, from the archetype of the siren-mother Iemanjá and its derivatives, ( 2 ) the concept of metacanção, the song as a product of neo-sirens and how subjectivity of language, and ( 3 ) the distinction between cancional subject and subject of the song as neo-sirênicos artistic artifices settlers in Brazil
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Das sereias ao canto do jaguar em “Meu tio o Iauaretê”, de Guimarães RosaAdriano, Geisy Nunes 20 October 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-12-04T11:55:18Z
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Previous issue date: 2017-10-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation investigates the presence of the song of the sirens by Homer in "Meu tio o Iauaretê ", by Guimarães Rosa, using as theoretical reference the studies of Blanchot (2005), Oliveira (2008),), Agamben (2014) and Nogueira (2014), among others. In the wake of the interpretation of Blanchot, which traces an analogy between the song of the sirens and the literature making, every writer repeats the deed of Homeric’s character, since the narrative is an unpredictable and infinite searching movement, which makes present the navigation from the actual song to the imaginary song. We question whether there is a resumption of the song of the sirens in the studied narrative, with the goal of specifying how it happens and what its significance is, assuming that the jaguanhenhém song erupts from the threshold experience of metamorphosis between human and inhuman voice/song; portuguese, tupi and animal noise; articulated and unarticulated language. After analysis, we have come to the conclusion that this narrative stages the act of narrating itself, using a language between human-inhuman, in the process of enchantment, seduction and perdition of the triad author-narrator-reader / Esta dissertação investiga a presença do canto das sereias homéricas em “Meu Tio o Iauaretê”, de Guimarães Rosa, tendo como referencial teórico os estudos de Blanchot (2005), Oliveira (2008),), Agamben (2014) e Nogueira (2014), dentre outros. Na esteira da interpretação blanchotiana, que traça uma analogia entre o canto das sereias e o fazer literário, todo escritor repetiria o feito da personagem homérica, uma vez que a narrativa é um movimento imprevisível e infinito de busca, que presentifica a navegação do canto real ao canto imaginário. Questionamos se há uma retomada do canto das sereias na narrativa estudada, com o objetivo de elencar como isto se dá e qual o seu significado, partindo da hipótese de que o canto jaguanhenhém irrompe da experiência liminar de metamorfose entre voz/canto humano e inumano; português, tupi e ruído animal; língua articulada e não articulada. A conclusão a que chegamos, após a análise, é a de que, nesta narrativa roseana, encena-se o gesto do próprio ato de narrar, em uma linguagem entre humano-inumano, no processo de encantamento, sedução e perdição da tríade autor-narrador-leitor
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