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Dmitri Shostakovich e a Sétima Sinfonia: “Leningrado”: micropolítica e máquina de guerra / Dmitry Shostakovich and his Seventh Symphony: “Leningrad”: micropolitics and war machine

Taam, Pedro Luiz Magalhães 29 June 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-08-15T12:20:19Z No. of bitstreams: 1 Pedro Luiz Magalhães Taam.pdf: 3859925 bytes, checksum: 4b41639ab4c48ab9be1f475a5687304b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-15T12:20:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pedro Luiz Magalhães Taam.pdf: 3859925 bytes, checksum: 4b41639ab4c48ab9be1f475a5687304b (MD5) Previous issue date: 2018-06-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In the preset work, we discuss Dmitry Shostakovich’s Seventh Symphony, henceforth called the Seventh. The Seventh is and was object of political interpretations throughout all of its existence, but our research question is that all of past interpretations fail to acknowledge politics as having both a micro and macropolitical dimensions, the later having to do with party, identity and representational politics and the former with subjectivity and becomings. Historically, all of the Seventh’s reception was marked by identity and representation (“invasion theme”, “proregime”, “anti-communist”, revisionism and anti-revisionism), but the present dissertation is the first work which raises the hypothesis of the Seventh having a revolutionary power (potentia) in the micropolitical field. Since we are dealing with a political question within a musical work, our corpus is a combination of the musical text, Shostakovich’s repercussion in musicology post-1979 (the so-called Shostakovich Wars) and a theoretical framework composed by Suely Rolnik’s micropolitical theory (which unfolds in psychoanalisys, philosophy and semiotics) and Deleuze and Guattari’s philosophy. In A Thousand Plateaus, Deleuze and Guattari deal with two aspects of the State-form: the war machine and the State apparatus. These two aspects work as two poles: in the State apparatus pole there are the identity politics, the representation systems (both political and semiotic), and the signifying semiotics or semiologies. In the war machine pole there are the a-signifying semiotics, the micropolitics, the non-hegemonic ways of life (genres de vie) or non-hegemonic modes of existence, the revolutionary-becomings and all there is that is fresh and has not yet been captured by the State apparatus. By going through this theoretical path, always in dialogue with Shostakovich’s life and work, we arrive at the conclusion that, both in the aesthetic and musical qualities of the Seventh and in its micropolitical dimension, as well as the composer’s mode of being, we find the behavior of a war machine / O objeto do presente trabalho é a Sinfonia em Dó Maior Nº7 Op.60 de Dmitri Shostakovich, chamada doravante de Sétima. Nossa questão de pesquisa é que a Sétima foi alvo de interpretações políticas por toda a sua vida, no entanto, uma falha nessas abordagens: nenhuma delas entende a política como tendo uma dimensão macro e uma micro, aquela se referindo a partidos, representações e identidades e esta a subjetividades e devires. Historicamente, toda a sua recepção foi marcada por representações e identidades (“tema da invasão”, “pró-regime”, “anticomunista”, revisionistas e antirrevisionistas), mas este é o primeiro trabalho que levanta a hipótese da existência de uma potência revolucionária da Sétima no campo micropolítico. Trata-se de uma questão política dentro de uma obra musical. Para desenvolvê-la, temos como corpus o texto musical e a sua repercussão musicológica de Shostakovich pós-1979 (as chamadas “Shostakovich Wars”) e, como referenciais teóricos, a teoria micropolítica de Suely Rolnik (que se desdobra em psicanálise, filosofia e semiótica) e a filosofia de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Em Mil Platôs, Deleuze e Guattari tratam de dois aspectos da forma-Estado: a máquina de guerra e o aparelho de estado. No pólo do aparelho de estado encontramos as políticas identitárias e os sistemas de representação, as semióticas significantes ou semiologias. No pólo da máquina de guerra encontram-se as semióticas assignificantes, as micropolíticas, os modos de existência ou de vida não-hegemônicos, os devires-revolucionários, aquilo que há de fresco e que ainda não foi capturado pelo aparelho do estado. Trilhando esse caminho teórico, sempre em diálogo com a obra e o autor, podemos arriscar nossas conclusões. A conclusão a que chegamos é que, tanto nas qualidades estéticas e musicais da Sétima quanto na dimensão micropolítica da obra e do modo de vida de Shostakovich, observa-se o comportamento de uma máquina de guerra

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