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Consumo de antidepressivos en tre idosos: Evidências do projeto BambuíVicente, Adriano Roberto Tarifa January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou / Objetivo: Investigar o uso de antidepressivos entre idosos residentes em comunidade, em termos da prevalência e dos fatores associados, além das classes farmacológicas e princípios ativos mais utilizados.
Metodologia: Participaram deste estudo seccional 1.606 idosos (60 ou mais anos de idade), integrantes da linha da linha-base da coorte do Projeto Bambuí, um estudo longitudinal sobre envelhecimento e saúde, desenvolvido na cidade de mesmo nome, em Minas Gerais. A variável-evento foi o uso referido de antidepressivos nos últimos 90 dias, com verificação de embalagem. A classi
ficação dos medicamentos foi baseada no
Anatomical Therapeutic Chemical Index
(ATC Code).
Usuários e não usuários de antidepressivos foram comparados quanto a características sociodemográficas, de condição de saúde e uso de serviços de saúde, além de suporte social e religiosidade, por meio do teste do qui-quadrado de Pearson. O modelo de regressão logística foi utilizado para testar hipóteses de associação, gerando estimativas brutas e ajustadas de odds ratios
e respectivos intervalos de confiança de
95%, considerando o nível de significância de 5%.
Resultados: A prevalência do uso de
antidepressivo foi de 8,4% (IC95%: 7,1%-9,8%). Os antidepressivos tricíclicos (ADT) foram aqueles mais utilizados (76,4%) e a amitriptilin a (34,7%) foi o princípio ativo predominante entre os antidepressivos referidos. Após o ajustamento múltiplo, associações positivas e independentes foram observadas para o sexo feminino (OR=3,74; IC95% 2,15-6,49), auto-avaliação da saúde como ruim (OR=2,05; IC 95% 1,15-3,65), número de consultas médicas (OR=1,06; IC95% 1,02-1,08) e cobertura por pl ano de saúde (OR=1,76; IC95% 1,11-2,80; associações negativas e independentes foram observadas para disfunção cognitiva (OR=0,43; IC95% 0,21-0,84) e frequência semanal ao culto religioso (OR=0,44; IC95% 0,28-0,71).
Conclusão: Nossos resultados mostraram o sexo feminino como a característica mais
fortemente associada ao uso de antidepre
ssivos, e que, nessa população, a religiosidade possivelmente ocupa um lugar de destaque no arsenal de estratégias
de enfrentamento de problemas de saúde, especialmente os mentais.
Em razão disso, os profissionais de saúde
devem considerar a religiosidade
e dos pacientes quando das orientações e tratamento propostos no enfrentamento do seu sofrimento mental. / Aim: The present study aimed to investigate the prevalence of antidepressant use and its
correlates in the elders living in the community. Additionally, it aimed to identify the most widely used antidepressants, in terms of their pharmacological class and active principle.
Methods: 1,606 elderly residents with 60 years or more on January 1st 1997 were identified and found eligible to constitute the baseline cohort of the Bambuí Project, a longitudinal study on aging and health, developed in the city of the same name, in Minas Gerais state. The dependent variable was the consumption of antidepressants, mentioned by participants and verified by inspection of the packaging. Drugs were coded using the Anatomical Therapeutic
Chemical Index (ATC Code). The Pearson's
chi-squared test was used to compare the
antidepressant users with non-users in terms of sociodemographic characteristics, health and use of health services provided, as well as social support and religiousness. Factors statistically associated with antid
epressant use were tested by logistic regr
ession model, which generated crude and adjusted estimates of odds ratios and 95% confidence intervals, considering the significance level of 5%.
Results: The prevalence of antidepressant use was 8.4% (95%CI:7.1%-9.8%). Tricyclic (pharmacological group) and amitriptyline (chemical substance) were the most frequently antidepressants used. After multiple adjustment, positive and independent associations were observ
ed for females (OR=3.74; 95%CI:2.15-6.49), poor self-rated health (OR=2.05;
IC95%:1.15-3.65), health insurance coverage (OR=1.76; 95%CI:1.11-2.80) and number
of medical consultations (OR=1.06; 95%CI:1.02-1.08).
Independent negative associations were
observed for cognitive impairment (OR=0.43;
95%CI:0.21-0.84) and weekly church
attendance (OR=0.44; 95% CI:0.28-0.71).
Conclusion; Our results showed female sex as the characteristic most strongly associated with the use of antidepressants, and that, in this population, religiousness occupies a prominent place in the arsenal of strategies for coping with health problems, especially mental health ones. As a result, healthcare professionals should consider the religiosity
of patients when the proposed guidelines and treatment in addressing their mental suffering.
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