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Verbalizações de mães referentes aos seus sentimentos empáticos

Assis, Natália Lins Pequeno de 30 June 2011 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-10-14T12:11:54Z No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 1580942 bytes, checksum: b4c6d6516d06b3e2310ad03aadd4a5e9 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-14T12:11:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 1580942 bytes, checksum: b4c6d6516d06b3e2310ad03aadd4a5e9 (MD5) Previous issue date: 2011-06-30 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Empathy, according to Martin Hoffman’s studies, is understood as an affective response in a situation oriented more to another person state than to its own state. It is considered that the procedures adopted by parents in education is crucial to strengthen or weaken feelings of empathy. When parents verbalize feelings and explain the situation of the victim calling attention to their suffering, they stimulate the child's empathic tendency and create conditions for carrying out pro-social behavior, help, generosity, etc.. Understanding the importance of empathic ability and the role of the parents for its strengthening, the general aim of this study is to verify mother’s empathic feelings of different socio-economic status, the situations that can cause these feelings, what they say to their children about these feelings and how they do it. To achieve this goal 100 literate women participated in the research, they are mothers of children and adolescents who attended public and private schools in the city of João Pessoa-PB. Participants were equally distributed in relation to gender, age and children´s school context. Mothers participants completed a semi-structured interview with questions pertaining to situations involving a victim and an abuser. The results found in the semantic content analysis indicated that : the feelings verbalized by mothers in situations were: Compassion, Anger, Guilt and Injustice; mothers, when talking to their children, gave more recommendations than explanations, the most frequent recommendations were: help another person, not hurt and be generous, the most frequent explanations were: explicit the reason of suffering, the situation of aggression and injustice as well as clarify the value of helping; situations that made mothers have more empathic feeling were: Tragedy / illness / death and poverty. The results of lexical analysis indicated the formation of four classes presented in two groups. The first group, Contexts related to empathy, joined Classes 1 (situations evocative of empathy) and 4 (family structure). The second group, empathic feelings, brought together the two classes (feeling of empathic injustice - role-taking) and 3 (empathic feelings - pro-social behavior). In classes 1 and 4 we have mothers explanations about how their family dynamics worked and their experiences with their empathetic feelings in everyday life. In classes 2 and 3, there was a separation of empathic feeling of injustice of others feelings. In general, it was found that: the empathic feelings verbalized by mothers were the same of what Hoffman worked on his theory, they talked with their children and worried about their social and moral development, however, they were more concerned to recommend and guide their children's behavior than to clarify the situation, explain the origin of certain feeling toward the other person or talk about the importance of trying to understand people around them. / A empatia, segundo Martin Hoffman, é compreendida como uma resposta afetiva voltada mais para a situação de outra pessoa do que para a própria. Considera-se que os procedimentos que os pais adotam na educação são cruciais para que os sentimentos empáticos dos filhos sejam fortalecidos ou enfraquecidos. No momento em que os pais verbalizam sentimentos e explicam a situação da vítima chamando a atenção para o seu sofrimento, eles estimulam a tendência empática da criança e criam condições para que realizem comportamentos pró-sociais, de ajuda, generosidade, etc. Diante da compreensão da importância da habilidade empática e do papel dos pais para o seu fortalecimento, o presente estudo teve como objetivo geral verificar os sentimentos empáticos que mães de diferentes contextos sócio-econômicos experimentam, as situações que podem provocar esses sentimentos, o que elas falam aos seus filhos sobre esses sentimentos e como falam. Participaram da pesquisa 100 mulheres alfabetizadas, mães de crianças e adolescentes que estudavam em escolas públicas e privadas, da cidade de João Pessoa - PB. As mães foram distribuídas igualmente em relação às variáveis: sexo, idade e contexto escolar dos filhos. As mães participantes responderam um roteiro de entrevista, com questões referentes a situações que envolviam uma vítima e um agressor. Os resultados encontrados, a partir da análise de conteúdo semântico, indicaram que: os sentimentos mais verbalizados pelas mães, nas situações estudadas foram Compaixão, Raiva, Culpa e Injustiça; as mães, ao conversarem com seus filhos, davam mais recomendações do que explicações; as recomendações mais frequentes foram: Ajudar o próximo, não maltratar e ser generoso; as explicações mais frequentes foram: explicita a razão do sofrimento, explicita a situação de agressão e a situação de injustiça como também esclarece sobre o valor da ajuda; as situações que mais faziam insurgir nas mães os mais variados sentimentos empáticos foram Tragédia/doença/morte e Pobreza. Os resultados da análise lexical indicaram a formação de quatro classes apresentadas em dois grupos. O primeiro grupo, Contextos relacionados a empatia, reuniu as Classes 1 (Situações evocativas de empatia) e 4 (Estrutura familiar). O segundo grupo, Sentimentos empáticos, reuniu as Classes 2 (Sentimento de injustiça empática – role-taking) e 3 (Sentimentos empáticos – Comportamento pró-social) Nas classes 1 e 4 emergiram explicações das mães de como funcionava a sua dinâmica familiar e suas experiências com seus sentimentos empáticos no dia a dia. Nas classes 2 e 3, foi verificada uma separação do sentimento empático de injustiça dos demais sentimentos. De um modo geral, verificou-se que: os sentimentos empáticos verbalizados pelas mães são os mesmos trabalhados por Hoffman em sua teoria; elas conversam com seus filhos e se preocupam com a formação sócio-moral deles, entretanto, estão mais preocupadas em recomendar e orientar os comportamentos dos filhos, do que em esclarecer a situação, explicar a origem de determinado sentimento voltado para o próximo ou discorrer acerca da importância de tentar compreender as pessoas que estão em volta.

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