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A noção de queda no tempo na filosofia de Cioran

Machado, Rodrigo Adriano 11 October 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-11-14T11:12:40Z No. of bitstreams: 1 Rodrigo Adriano Machado.pdf: 799679 bytes, checksum: 8cd73033349c183a961e32a33fed892e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-14T11:12:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigo Adriano Machado.pdf: 799679 bytes, checksum: 8cd73033349c183a961e32a33fed892e (MD5) Previous issue date: 2017-10-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / To work with the thought of who self-entitled as “a foreign to himself, to God and to the police”, the Romanian who was settled in France, Emil Cioran (1911 – 1995) is such as complex challenge – sometimes an exhausting, obscure one –, as dangerous. We have to remember that this writer confessed not to have ideas but obsessions, which give us the clue to a tension and hurt written by the despair. His dangerous thought is not dealing with ideas with a neutral sense in the abstraction, but with a livingness experience: Cioran’s written seems to us a burning confession, which falls apart. Those written on fire have the own darkness as a fuel. However, what darkness? Issues such as despair, loneliness, suicide, pain, failure, insomnia, exile, cause in us this kind of written of which we concern. Written that not only sew its form to its substance but also rub in the exercise of its practicing. It is by the writing that Cioran launch us to the heart of the darkness that he peered. Not asserting himself as philosopher – in the most convenient sense of the philosophy history – and, by the way, wanting a lonely walk in the margins, the risk of relating Cioran in a straight dialogue with the tradition would be the ‘ghost’ that walk around any serious approach. However, it would be exactly this tenuous line, namely, between the philosophy and the margin of the philosophy that matters in our work. We mistrust, here, that this problematic relationship the author presents with all the noise of a fracture and this would be one of his precious singularities in his intellectual production. Cioran, in the most part of his written, oblige us to an active-interpretative reading and this means not to proceed at any teaching which lead the reader gradually to his own thought, but advancing step by step from a conclusion to another one, letting us the hard task of creating, inventing, guessing the way of which his feather trailed. The notion of ‘a fall in the time’ as the centre of his thought allow us to get closer of his own philosophic intentions through a somatospychological written, where he shows his notion of history and a violent attack to the substitute of the fanaticism, the philosophic issue which is the urgent current confrontation / Trabalhar como pensamento daquele que se auto intitulou “um estrangeiro para si mesmo, para Deus e para a polícia”, o romeno radicado na França, Emil Cioran (1911 – 1995), é um desafio tão complexo, por vezes exaustivo, obscuro, quanto perigoso. Lembremos que este escritor confessou não possuir ideias e sim obsessões, o que nos coloca na pista de uma escrita tensionada e ferida pelo desespero. Pensamento perigoso porque não tratando de ideias no sentido de uma neutralidade na abstração, mas uma vivência, a escrita de Cioran nos parece uma confissão em chamas e aos pedaços; chamas estas cujo combustível é a própria escuridão. Mas que escuridão? Temas como desespero, solidão, suicídio, dor, fracasso, insônia, exílio; nos provocam a experiência desta escrita qual nos referimos, escrita que não apenas costura sua forma ao seu conteúdo, mas fricciona no exercício de sua feitura. É pela escrita que Cioran nos atira no centro desta escuridão que perscrutou. Não afirmando-se enquanto filósofo – no sentido mais conveniente da história da filosofia – e, aliás, preferindo um passeio solitário nas margens, o risco de relacionar Cioran em um diálogo direto com a tradição seria o “fantasma” que ronda qualquer abordagem que se queira séria. Todavia, seria justamente esta linha tênue, isto é, entre filosofia e margem da filosofia, o que importa em nosso trabalho. Desconfiamos aqui que esta problemática relação o autor nos apresenta com todos os ruídos de uma fratura e esta seria uma de suas preciosidades singulares em sua produção intelectual. Cioran, na maior parte de seus escritos, obriga-nos a uma leitura ativa-interpretativa-, isto quer dizer o seguinte: não procedendo em nenhuma didática do tipo que conduz o leitor paulatinamente até seu pensamento, mas, “avançando” aos saltos, de uma conclusão a outra conclusão, deixa-nos na árdua tarefa de criar, inventar, adivinhar, o caminho o qual sua pena trilhou. A noção de queda no tempo como núcleo de seu pensamento nos permite aproximação de seus intentos filosóficos através de uma escrita somatopsíquica onde se apresenta sua noção de história e um violento ataque aos sucedâneos do fanatismo, problemática filosófica que é urgente o enfrentamento atual

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