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Atividade física e doenças crônicas não transmissíveis: reflexões acerca do modelo teórico baseado em ambientes sustentáveisPolisseni, Maria Lúcia de Castro 18 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-18 / A atividade física (AF) tem sido considerada um fator de proteção para a saúde na redução de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A evolução das discussões teóricas sobre a epidemiologia da AF tem demonstrado a complexidade deste fenômeno que, além das explicações individuais como idade, sexo, escolaridade, passou a ser explicado também por aspectos ambientais que envolvem exposição e relação dos indivíduos com ambientes naturais ou construídos. Esta pesquisa teve por objetivo analisar a prevalência de AF em servidores públicos e sua associação com fatores sociodemográficos; frequência, modalidades e motivos para a prática de exercício físico; percepção de obstáculos e de oportunidades para a prática no uso do espaço urbano sustentável da UFJF; e associação de DCNT com níveis de AF e com outros comportamentos, verificando como a inclusão dos demais fatores afetou a associação dos níveis de AF com a presença de alguma DCNT. Trata-se de um estudo transversal, utilizando-se uma amostra aleatória simples, com índice de Confiança (IC) de 95% e erro amostral de 5%, (280, n=2375). Foram utilizados os instrumentos IPAQ (International physical activity questionnaire) versão curta, o questionário do VIGITEL (Sistema de Vigilância por Inquérito Telefônico), questionário sociodemográfico, na forma de entrevista face a face. Foi feita observação sistemática do espaço construído. Para análise dos dados utilizou-se o programa SPSS-14, sendo realizada análise descritiva dos dados para freqüências e, para testar possíveis associações, teste qui-quadrado. Foi utilizada regressão logística binomial para analisar como outros fatores poderiam potencializar os efeitos da AF em sua associação com alguma doença, sendo utilizada análise dos parâmetros dos modelos, considerando o critério de Hosmer e Lemshow. Os resultados mostraram, de forma geral, que níveis de AF e aspectos sociodemográficos são similares aos encontrados em outros estudos populacionais, não sendo, neste caso, mais favorecidos nem pela exposição constante ao espaço urbano sustentável, nem pelas atividades regulares oferecidas ou as condições individuais, igualmente favoráveis. Os obstáculos para a prática de AF foram significantemente associados aos níveis de AF, sendo a falta de tempo significantemente associada àqueles com maior nível de escolaridade (p=0,004) e aos docentes (p=0,010). 29% dos praticantes de exercícios físicos regulares não atingem os níveis recomendados. O
primeiro e maior motivo para a prática de exercício físico é a saúde (88,8% para os que praticam exercício físico regular). A AF, independentemente de outros fatores, diminuiu as chances dos indivíduos estarem no grupo de portadores de alguma DCNT em 62,5% para AF suficiente e 49,7% para AF insuficiente. A adoção de comportamentos alimentares e de cuidados com a saúde na realização de check up potencializou em 22,9% os efeitos da AF ao nível suficiente e 33,4% ao nível insuficiente em sua associação com DCNT. A proporção de indivíduos com alguma DCNT foi maior entre aqueles que
apresentaram hábitos considerados protetores, o que sugere estes são adotados pelos indivíduos como forma terapêutica. Ações integradas, sob acompanhamento e orientação, são de extrema relevância na prevenção, pois aumentam a chance de potencialização dos efeitos da AF em associação à
presença de alguma doença. / Physical activity (PA) has been associated as a protective factor for health in reducing chronic noncommunicable diseases (NCDs). The evolution of theory discussions on the epidemiology of PA has shown the complexity of this phenomenon that, beyond individual explanations as age, sex, education, it was also explained by environmental issues that involve exposure and the relationship of the individuals with natural or constructed environments. This research aimed to study the prevalence of PA in civil servants, that bring individual and environmental point of view, the most favorable conditions. It analyzed the prevalence of PA and its association with sociodemographic factors, frequency, modalities and reasons for physical exercise; perception of obstacles and opportunities to practice in the use of sustainable urban space UFJF; and association of NCDs with PA levels and others behaviors by
checking how the inclusion of other factors affected the association of PA levels with the presence of some NCDs. Cross-sectional study, a random sample, 95% CI and sample error of 5% (280, n = 2375). The instruments used were IPAQ (International physical activity questionnaire) short version, VIGITEL
(Surveillance System through telephone), sociodemographic questionnaire, all of them in face to face interview. Systematic observation of built space has been realized. Data analysis used the SPSS-14 program, with descriptive analysis of data for frequencies and chi-square test to test possible
associations. Binomial logistics regression was used to analyze how other factors could potentiate the effects of PA in the presence of some disease and it was used parameters analysis of the models, considering the Hosmer and Lemshow's criteria. The results showed, in general, what levels of PA and
sociodemographic characteristics are similar to those found in other population studies and also they weren't most favored neither by constant exposure to sustainable urban space, neither the regular activities offered or the individual conditions also favorable. Obstacles to the practice of PA were significantly associated with PA levels, and the lack of time was significantly associated for individuals with higher levels of education (p = 0.004) and professors (p = 0.010). 29% of regular exercise practitioners do not reach recommended levels. The first and greatest reason for pratice physical exercise is health (88.8% for those who practice regular physical exercise). The PA, regardless of other factors, decreases the chances of individuals are in the NCDs group by 62.5% to enough PA and 49.7% for insufficient AF. The adoption of eating behaviors and health care in conducting check up enhanced by 22.9% the effects of AF
the sufficient level and 33.4% at insufficient levels. The proportion of subjects with some NCDs was higher among those with habits considered protective, suggesting these are adopted by individuals as a therapeutic way. Integrated actions, under monitoring and guidance, are extremely important in prevention
and they enhance the chance of increase the effects of PA in combination with the presence of some disease.
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