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Estudo etnográfico sobre alcoolização entre os índios Kaingang da Terra Indígena XapecóGhiggi Junior, Ari 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:10:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
284578.pdf: 724620 bytes, checksum: 0909e6323ba6ae76c50352ef91600734 (MD5) / Este trabalho é uma tentativa em compreender a alcoolização entre os índios Kaingang da Terra Indígena Xapecó através de uma perspectiva antropológica. Através deste conceito chave, torna-se evidente o esforço em deslocar a abordagem acadêmica acerca da utilização das bebidas alcoólicas do paradigma epidemiológico, que entende o fenômeno como doença biomédica, para outro mais etnográfico que contemple a heterogeneidade de dimensões socioculturais envolvidas. A problematização do conceito alcoolismo é evidente a partir da pesquisa de campo, a qual sugeriu o desdobramento da discussão sob duas frentes interconectadas. Uma demonstrando que estas substâncias mediam a construção de redes de relações sociais que se estendem para além dos
limites da Terra Indígena na busca de acesso às bebidas, assim como a
demarcação de espaços e modos específicos e legitimados de utilização
destas substâncias. A outra apontando para os entendimentos elaborados
pela população local dos problemas relacionados à utilização das
bebidas alcoólicas, que dizem respeito fundamentalmente a formas
impróprias de utilização implicadas na visibilidade pública dos
alcoolizados e nas atitudes violentas dos mesmos. Neste sentido, formas
de controle social são ambiguamente empregadas na regulação deste
processo, ora incentivando a utilização das bebidas alcoólicas ora
impedindo-a. / This work is an attempt to understand alcoholization among the Kaingang communities of the Xapecó Indian Reserve in Southern Brazil from an anthropological perspective. Through this key concept, the ethnographic paradigm that considers the heterogeneity of the sociocultural dimensions in the use of alcoholic beverages substitutes that of epidemiology, which conceives of the phenomenon as primarily a biological disease. A critical perspective of the concept of alcoholism becomes evident through the field research, which develops the analysis along two interconnected directions. The first demonstrates that these substances mediate the construction of social networks. Guided by the search for alcoholic beverages, as well as by demarcation of specific and legitimated ways of utilizing these substances, these networks extend beyond Reserve boundaries. The second direction points to local population understandings of the problems related to the use of alcoholic beverages. These problems are concerned fundamentally with inappropriate ways of drinking related to the public visibility and violent behavior of inebriated Indians. As a consequence, forms of social control are used ambiguously in the regulation of this process,
sometimes encouraging the use of alcoholic beverages and at other times
repressing it.
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