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Abuso Sexual na Infância: uma Leitura Fenomenológica-Existencial através do Psicodiagnóstico RorschachJung, Flávia Hermann 16 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-16 / The present study has accomplished a qualitative phenomenological-existential
reading of the animal and human content responses given by 8 children who were
victims of sexual abuse, subject to the Rorschach Psychodiagnosis blots. We sought
to understand how these children percieve human element in themselves and in
interpersonal exchange; and detect whether there were psychic damage to their
capacity of relating interpersonally. Such reading has revealed the need to tune the
human and animal content codes to the experiences which were being told by the
children, which motivated us to propose of questioning the current codes. The results
showed that most of the group responses (46%) were regarding scary and aggressive
characters. Offended characters or characters in physically or psychically painful
situations accounted for 30% of the responses. Contents expressing positive and
constructive views of the character were the least frequent reaching only 24%.
Overall, 62% of the children reflected in the test the relation offender-victim. We
conclude that most of the times the human and the relationships are most times
embedded in negative connotations associated to violence and pain, confirming the
presence of psychic harm; and that the Rorschach diagnosis is able to stimulate a
projective speech in which the subject reveals symbolically real facts from his life
story. / Este estudo realizou uma leitura qualitativa, fenomenológica-existencial, das
respostas de conteúdo animal e humano fornecidas por 8 crianças vítimas de abuso
sexual, submetidas aos estímulos das manchas do Psicodiagnóstico Rorschach.
Buscou-se compreender como estas crianças percebem o humano em si e na
convivência interpessoal; e detectar se havia danos psíquicos associados à
capacidade de se relacionar interpessoalmente. Esta leitura revelou a necessidade de
sintonizar a codificação destes conteúdos às experiências que estavam sendo
comunicadas, o que nos motivou a propor um questionamento dos atuais códigos. Os
resultados revelaram que a maioria das respostas do grupo (46%) se referiu à
percepções de personagens agressivos e amedrontadores; personagens agredidos ou
em situações de sofrimento físico ou psíquico representaram 30% das respostas;
conteúdos que expressavam percepções positivas e construtivas dos personagens
foram os menos freqüentes (24%); e 62% das crianças projetaram no teste a relação
agressor-vítima. Concluiu-se que o humano e os relacionamentos são, em sua
maioria, imbuídos de conotações negativas, relacionadas à violência e dor,
confirmando a presença de dano psíquico; e que o Rorschach é capaz de estimular
um discurso projetivo no qual o sujeito revela, simbolicamente, fatos reais de uma
história de vida.
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