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Efeitos do γ-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenos / Efeitos do gama-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenosHirsch, Gabriela Elisa January 2015 (has links)
O câncer de próstata é a segunda causa de morte entre homens no Brasil. É tipo um câncer de crescimento lento, podendo levar anos para o tumor atingir 1 cm3, porém, em alguns casos ele pode se espalhar pelo corpo, sendo o osso o principal sítio de metástase. No estágio de desenvolvimento do câncer conhecido como metástase, o principal tratamento consiste em terapia de restrição andrógena, levando as células prostáticas a pararem de proliferar, uma vez que elas crescem em resposta a presença de hormônios andrógenos, como a diidrotestosterona e testosterona. Porém, em alguns casos, as células proliferam mesmo na ausência de andrógenos e isto se deve a diversos fatores que, em geral, estão associados a mutações no receptor andrógeno e/ou alterações no metabolismo andrógeno. Quando isto acontece, os tratamentos disponíveis são menos efetivos e costumam falhar. Porém, estudos sugerem que o γ-orizanol, um fitoesterol extraído do óleo do farelo do arroz; e extratos amplamente utilizados na medicina popular, como o extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis, poderiam atuar inibindo o desenvolvimento e progressão do câncer de próstata. Neste estudo, com o uso de abordagens bioquímicas e de biologia molecular, foi demonstrado que o tratamento com γ-orizanol diminui a viabilidade e biomassa celular em cultura, associado ao aumento da morte celular por apoptose e/ou necrose, em linhagens celulares responsivas (LNCaP) e não-responsivas a andrógenos (PC3 e DU145), além de aumentar a pERK1/2 em células LNCaP e DU145. O γ-orizanol também foi capaz de bloquear o ciclo celular em G2/M nas células PC3 e LNCaP e em G0/G1 nas células DU145. Estes efeitos foram ainda acompanhados por uma redução da expressão do gene e proteína caveolina-1- uma importante molécula envolvida no aumento da agressividade do câncer de próstata, e também, na progressão da doença para o fenótipo andrógeno resistente - nas células não-responsivas a andrógenos, e do gene PCGEM1 - gene específico da próstata regulado por andrógeno - nas células LNCaP e DU145. Ainda, γ-orizanol também mostrou capacidade de regular vários miRNAs - pequenas moléculas de RNA não codificantes de proteínas - envolvidos no controle de funções associadas ao desenvolvimento, progressão e invasão no câncer de próstata, como o miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 e miR222. O extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis reduziu a viabilidade e biomassa celular nas linhagens responsiva (LNCaP) e não-responsivas (DU145 e PC3) a andrógenos, além de induzir parada do ciclo celular na fase G0/G1 nas células DU145 e aumentar a morte celular por apoptose e/ou necrose em todas as linhagens. Da mesma forma que o γ-orizanol, este extrato reduziu a expressão da caveolina-1 nas linhagens não-responsivas a andrógenos. Trabalhos anteriores mostram que o monoterpeno α-tujona é o principal composto ativo do extrato de Thuya occidentalis. Por cromatografia gasosa acoplada a detector de massas foi mostrada a existência de 0,0016 μg de α-tujona na dose de extrato usada neste estudo. No entanto, o tratamento com 0,0016μg de α-tujona foi efetivo somente sobre linhagem LNCaP, não tendo efeito sobre as outras linhagens estudadas, reforçando a hipótese da diferença de sensibilidade entre as linhagens responsivas e não responsivas a andrógeno e mostrando a contribuição de outros componentes do extrato nos efeitos observados neste estudo. Concluindo, estes resultados demonstram que tanto γ-orizanol como o extrato de Thuya occidentalis podem vir a ser agentes terapêuticos promissores no tratamento de câncer de próstata, não só por inibirem o crescimento celular, mas também e principalmente pela possibilidade de induzirem a recuperação da sensibilidade a andrógenos, aumentando as possibilidades de tratamento da doença. / Prostate cancer is the second cause of death among men in Brazil. It is a slowgrowing cancer and it may take years for tumor to reach 1 cm3, but in some cases it can spread throughout the body and the bone is the main site of metastasis. At this cancer stage known as metastasis, the principal treatment involves antiandrogen therapy, leading to prostate cells stop proliferating, because they grow in response to presence of androgens such as testosterone and dihydrotestosterone. However, in some cases, the cells can proliferate even in the absence of androgens and this fact occurs due to many factors and they are generally associated with mutations in the androgen receptor and/or alterations in androgen metabolism. In this stage, the treatments available are less effective and usually fail. However, studies suggest that γ-oryzanol, a phytosterol extracted of rice bran oil; and extracts widely used in folk medicine, as Thuya occidentalis hidroalcolic extract, could act inhibiting the development and progression of prostate cancer. In this study, using molecular biology and biochemical approaches we showed that γ- oryzanol treatment was able to decrease cell viability and biomass in culture, and this fact was linked to increased cell death by apoptosis and/or necrosis in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) prostate cancer cell lines, besides increasing pERK1/2 in LNCaP and DU145 cells. γ- oryzanol was also able to cause cell cycle arrest at G2/M phase in LNCaP and PC3 cells and at G0/G1 phase in DU145 cells. These effects were also accompanied by a reduction in caveolin-1 gene and protein expression - an important molecule related to high aggressiveness in prostate cancer and also in the progression of the disease to androgen resistant phenotype - in androgen unresponsive cells, and also PCGEM1 gene - a prostate specific gene regulated by androgens - in LNCaP and DU145 cells. γ-oryzanol also showed ability to regulate several miRNAs - small non-coding RNA molecules - involved in the control of many functions associated with the development, progression and invasion of prostate cancer, such as miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 and miR222. Thuya occidentalis hidroalcolic extract also reduce cell viability and biomass in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) cells, in addition to inducing cell cycle arrest at G0/G1 phase in DU145 cells and to increase apoptosis and/or necrosis cell death in all cell lines. The same way that γ-oryzanol, this extract reduced the caveolin-1 expression in androgen unresponsive prostate cancer cells. Prior studies showed that the monoterpene α-thujone is the main active compound in the T. occidentalis extract. By gas chromatography coupled to mass detector it was showed the existence of 0.0016 μg of α-thujone in extract dose used in this study. However, the treatment with 0.0016 μg of α-thujone was effective only on LNCaP cell line, having no effect on the other studied lines, supporting the hypothesis of difference in sensitivity between responsive and unresponsive cell lines and showing the contribution of other components in the effects caused by the extract, observed it this study. In conclusion, these results demonstrate that both γ-oryzanol as T. occidentalis extract may become promising therapeutic agents in treatment of prostate cancer, not only inhibit cell growth but also and manly by the possibility of inducing the recovery of androgen sensitivity, increasing the treatment chances of treatment this disease.
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Efeitos do γ-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenos / Efeitos do gama-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenosHirsch, Gabriela Elisa January 2015 (has links)
O câncer de próstata é a segunda causa de morte entre homens no Brasil. É tipo um câncer de crescimento lento, podendo levar anos para o tumor atingir 1 cm3, porém, em alguns casos ele pode se espalhar pelo corpo, sendo o osso o principal sítio de metástase. No estágio de desenvolvimento do câncer conhecido como metástase, o principal tratamento consiste em terapia de restrição andrógena, levando as células prostáticas a pararem de proliferar, uma vez que elas crescem em resposta a presença de hormônios andrógenos, como a diidrotestosterona e testosterona. Porém, em alguns casos, as células proliferam mesmo na ausência de andrógenos e isto se deve a diversos fatores que, em geral, estão associados a mutações no receptor andrógeno e/ou alterações no metabolismo andrógeno. Quando isto acontece, os tratamentos disponíveis são menos efetivos e costumam falhar. Porém, estudos sugerem que o γ-orizanol, um fitoesterol extraído do óleo do farelo do arroz; e extratos amplamente utilizados na medicina popular, como o extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis, poderiam atuar inibindo o desenvolvimento e progressão do câncer de próstata. Neste estudo, com o uso de abordagens bioquímicas e de biologia molecular, foi demonstrado que o tratamento com γ-orizanol diminui a viabilidade e biomassa celular em cultura, associado ao aumento da morte celular por apoptose e/ou necrose, em linhagens celulares responsivas (LNCaP) e não-responsivas a andrógenos (PC3 e DU145), além de aumentar a pERK1/2 em células LNCaP e DU145. O γ-orizanol também foi capaz de bloquear o ciclo celular em G2/M nas células PC3 e LNCaP e em G0/G1 nas células DU145. Estes efeitos foram ainda acompanhados por uma redução da expressão do gene e proteína caveolina-1- uma importante molécula envolvida no aumento da agressividade do câncer de próstata, e também, na progressão da doença para o fenótipo andrógeno resistente - nas células não-responsivas a andrógenos, e do gene PCGEM1 - gene específico da próstata regulado por andrógeno - nas células LNCaP e DU145. Ainda, γ-orizanol também mostrou capacidade de regular vários miRNAs - pequenas moléculas de RNA não codificantes de proteínas - envolvidos no controle de funções associadas ao desenvolvimento, progressão e invasão no câncer de próstata, como o miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 e miR222. O extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis reduziu a viabilidade e biomassa celular nas linhagens responsiva (LNCaP) e não-responsivas (DU145 e PC3) a andrógenos, além de induzir parada do ciclo celular na fase G0/G1 nas células DU145 e aumentar a morte celular por apoptose e/ou necrose em todas as linhagens. Da mesma forma que o γ-orizanol, este extrato reduziu a expressão da caveolina-1 nas linhagens não-responsivas a andrógenos. Trabalhos anteriores mostram que o monoterpeno α-tujona é o principal composto ativo do extrato de Thuya occidentalis. Por cromatografia gasosa acoplada a detector de massas foi mostrada a existência de 0,0016 μg de α-tujona na dose de extrato usada neste estudo. No entanto, o tratamento com 0,0016μg de α-tujona foi efetivo somente sobre linhagem LNCaP, não tendo efeito sobre as outras linhagens estudadas, reforçando a hipótese da diferença de sensibilidade entre as linhagens responsivas e não responsivas a andrógeno e mostrando a contribuição de outros componentes do extrato nos efeitos observados neste estudo. Concluindo, estes resultados demonstram que tanto γ-orizanol como o extrato de Thuya occidentalis podem vir a ser agentes terapêuticos promissores no tratamento de câncer de próstata, não só por inibirem o crescimento celular, mas também e principalmente pela possibilidade de induzirem a recuperação da sensibilidade a andrógenos, aumentando as possibilidades de tratamento da doença. / Prostate cancer is the second cause of death among men in Brazil. It is a slowgrowing cancer and it may take years for tumor to reach 1 cm3, but in some cases it can spread throughout the body and the bone is the main site of metastasis. At this cancer stage known as metastasis, the principal treatment involves antiandrogen therapy, leading to prostate cells stop proliferating, because they grow in response to presence of androgens such as testosterone and dihydrotestosterone. However, in some cases, the cells can proliferate even in the absence of androgens and this fact occurs due to many factors and they are generally associated with mutations in the androgen receptor and/or alterations in androgen metabolism. In this stage, the treatments available are less effective and usually fail. However, studies suggest that γ-oryzanol, a phytosterol extracted of rice bran oil; and extracts widely used in folk medicine, as Thuya occidentalis hidroalcolic extract, could act inhibiting the development and progression of prostate cancer. In this study, using molecular biology and biochemical approaches we showed that γ- oryzanol treatment was able to decrease cell viability and biomass in culture, and this fact was linked to increased cell death by apoptosis and/or necrosis in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) prostate cancer cell lines, besides increasing pERK1/2 in LNCaP and DU145 cells. γ- oryzanol was also able to cause cell cycle arrest at G2/M phase in LNCaP and PC3 cells and at G0/G1 phase in DU145 cells. These effects were also accompanied by a reduction in caveolin-1 gene and protein expression - an important molecule related to high aggressiveness in prostate cancer and also in the progression of the disease to androgen resistant phenotype - in androgen unresponsive cells, and also PCGEM1 gene - a prostate specific gene regulated by androgens - in LNCaP and DU145 cells. γ-oryzanol also showed ability to regulate several miRNAs - small non-coding RNA molecules - involved in the control of many functions associated with the development, progression and invasion of prostate cancer, such as miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 and miR222. Thuya occidentalis hidroalcolic extract also reduce cell viability and biomass in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) cells, in addition to inducing cell cycle arrest at G0/G1 phase in DU145 cells and to increase apoptosis and/or necrosis cell death in all cell lines. The same way that γ-oryzanol, this extract reduced the caveolin-1 expression in androgen unresponsive prostate cancer cells. Prior studies showed that the monoterpene α-thujone is the main active compound in the T. occidentalis extract. By gas chromatography coupled to mass detector it was showed the existence of 0.0016 μg of α-thujone in extract dose used in this study. However, the treatment with 0.0016 μg of α-thujone was effective only on LNCaP cell line, having no effect on the other studied lines, supporting the hypothesis of difference in sensitivity between responsive and unresponsive cell lines and showing the contribution of other components in the effects caused by the extract, observed it this study. In conclusion, these results demonstrate that both γ-oryzanol as T. occidentalis extract may become promising therapeutic agents in treatment of prostate cancer, not only inhibit cell growth but also and manly by the possibility of inducing the recovery of androgen sensitivity, increasing the treatment chances of treatment this disease.
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Efeitos do γ-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenos / Efeitos do gama-orizanol e extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis sobre linhagens de câncer de próstata responsivas e não-responsivas a andrógenosHirsch, Gabriela Elisa January 2015 (has links)
O câncer de próstata é a segunda causa de morte entre homens no Brasil. É tipo um câncer de crescimento lento, podendo levar anos para o tumor atingir 1 cm3, porém, em alguns casos ele pode se espalhar pelo corpo, sendo o osso o principal sítio de metástase. No estágio de desenvolvimento do câncer conhecido como metástase, o principal tratamento consiste em terapia de restrição andrógena, levando as células prostáticas a pararem de proliferar, uma vez que elas crescem em resposta a presença de hormônios andrógenos, como a diidrotestosterona e testosterona. Porém, em alguns casos, as células proliferam mesmo na ausência de andrógenos e isto se deve a diversos fatores que, em geral, estão associados a mutações no receptor andrógeno e/ou alterações no metabolismo andrógeno. Quando isto acontece, os tratamentos disponíveis são menos efetivos e costumam falhar. Porém, estudos sugerem que o γ-orizanol, um fitoesterol extraído do óleo do farelo do arroz; e extratos amplamente utilizados na medicina popular, como o extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis, poderiam atuar inibindo o desenvolvimento e progressão do câncer de próstata. Neste estudo, com o uso de abordagens bioquímicas e de biologia molecular, foi demonstrado que o tratamento com γ-orizanol diminui a viabilidade e biomassa celular em cultura, associado ao aumento da morte celular por apoptose e/ou necrose, em linhagens celulares responsivas (LNCaP) e não-responsivas a andrógenos (PC3 e DU145), além de aumentar a pERK1/2 em células LNCaP e DU145. O γ-orizanol também foi capaz de bloquear o ciclo celular em G2/M nas células PC3 e LNCaP e em G0/G1 nas células DU145. Estes efeitos foram ainda acompanhados por uma redução da expressão do gene e proteína caveolina-1- uma importante molécula envolvida no aumento da agressividade do câncer de próstata, e também, na progressão da doença para o fenótipo andrógeno resistente - nas células não-responsivas a andrógenos, e do gene PCGEM1 - gene específico da próstata regulado por andrógeno - nas células LNCaP e DU145. Ainda, γ-orizanol também mostrou capacidade de regular vários miRNAs - pequenas moléculas de RNA não codificantes de proteínas - envolvidos no controle de funções associadas ao desenvolvimento, progressão e invasão no câncer de próstata, como o miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 e miR222. O extrato hidroalcólico de Thuya occidentalis reduziu a viabilidade e biomassa celular nas linhagens responsiva (LNCaP) e não-responsivas (DU145 e PC3) a andrógenos, além de induzir parada do ciclo celular na fase G0/G1 nas células DU145 e aumentar a morte celular por apoptose e/ou necrose em todas as linhagens. Da mesma forma que o γ-orizanol, este extrato reduziu a expressão da caveolina-1 nas linhagens não-responsivas a andrógenos. Trabalhos anteriores mostram que o monoterpeno α-tujona é o principal composto ativo do extrato de Thuya occidentalis. Por cromatografia gasosa acoplada a detector de massas foi mostrada a existência de 0,0016 μg de α-tujona na dose de extrato usada neste estudo. No entanto, o tratamento com 0,0016μg de α-tujona foi efetivo somente sobre linhagem LNCaP, não tendo efeito sobre as outras linhagens estudadas, reforçando a hipótese da diferença de sensibilidade entre as linhagens responsivas e não responsivas a andrógeno e mostrando a contribuição de outros componentes do extrato nos efeitos observados neste estudo. Concluindo, estes resultados demonstram que tanto γ-orizanol como o extrato de Thuya occidentalis podem vir a ser agentes terapêuticos promissores no tratamento de câncer de próstata, não só por inibirem o crescimento celular, mas também e principalmente pela possibilidade de induzirem a recuperação da sensibilidade a andrógenos, aumentando as possibilidades de tratamento da doença. / Prostate cancer is the second cause of death among men in Brazil. It is a slowgrowing cancer and it may take years for tumor to reach 1 cm3, but in some cases it can spread throughout the body and the bone is the main site of metastasis. At this cancer stage known as metastasis, the principal treatment involves antiandrogen therapy, leading to prostate cells stop proliferating, because they grow in response to presence of androgens such as testosterone and dihydrotestosterone. However, in some cases, the cells can proliferate even in the absence of androgens and this fact occurs due to many factors and they are generally associated with mutations in the androgen receptor and/or alterations in androgen metabolism. In this stage, the treatments available are less effective and usually fail. However, studies suggest that γ-oryzanol, a phytosterol extracted of rice bran oil; and extracts widely used in folk medicine, as Thuya occidentalis hidroalcolic extract, could act inhibiting the development and progression of prostate cancer. In this study, using molecular biology and biochemical approaches we showed that γ- oryzanol treatment was able to decrease cell viability and biomass in culture, and this fact was linked to increased cell death by apoptosis and/or necrosis in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) prostate cancer cell lines, besides increasing pERK1/2 in LNCaP and DU145 cells. γ- oryzanol was also able to cause cell cycle arrest at G2/M phase in LNCaP and PC3 cells and at G0/G1 phase in DU145 cells. These effects were also accompanied by a reduction in caveolin-1 gene and protein expression - an important molecule related to high aggressiveness in prostate cancer and also in the progression of the disease to androgen resistant phenotype - in androgen unresponsive cells, and also PCGEM1 gene - a prostate specific gene regulated by androgens - in LNCaP and DU145 cells. γ-oryzanol also showed ability to regulate several miRNAs - small non-coding RNA molecules - involved in the control of many functions associated with the development, progression and invasion of prostate cancer, such as miR16-1, miR19b-2, miR24b-1, miR24b-2, miR99a, miR133a-5p, miR182-5p, miR198 and miR222. Thuya occidentalis hidroalcolic extract also reduce cell viability and biomass in androgen responsive (LNCaP) and unresponsive (DU145 and PC3) cells, in addition to inducing cell cycle arrest at G0/G1 phase in DU145 cells and to increase apoptosis and/or necrosis cell death in all cell lines. The same way that γ-oryzanol, this extract reduced the caveolin-1 expression in androgen unresponsive prostate cancer cells. Prior studies showed that the monoterpene α-thujone is the main active compound in the T. occidentalis extract. By gas chromatography coupled to mass detector it was showed the existence of 0.0016 μg of α-thujone in extract dose used in this study. However, the treatment with 0.0016 μg of α-thujone was effective only on LNCaP cell line, having no effect on the other studied lines, supporting the hypothesis of difference in sensitivity between responsive and unresponsive cell lines and showing the contribution of other components in the effects caused by the extract, observed it this study. In conclusion, these results demonstrate that both γ-oryzanol as T. occidentalis extract may become promising therapeutic agents in treatment of prostate cancer, not only inhibit cell growth but also and manly by the possibility of inducing the recovery of androgen sensitivity, increasing the treatment chances of treatment this disease.
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Uso da Thuya occidentalis no tratamento da papilomatose bovina: aspectos clínicos, histopatológicos e molecularesMONTEIRO, Vanda Lucia da Cunha 08 February 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-02-08 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The bovine viral papillomatosis is an infect-contagious disease with high prevalence in dairy bovines, causing considerable economical losses in this sector. Aiming to contribute with therapeutic research for this pathology, this work had as objective evaluating the efficacy of Thuya occidentalis in the treatment of cutaneous papillomatosis in dairy bovines by the clinical, histopathological and molecular aspects. This research was divided in 4 experiments. Were used in the experiments females of Holstein Friesian crossbred, nuliparous, primiparous and multiparous, exhibiting different types of cutaneous papilloma (typical, atypical, engastated atypical, filamentous and mixing) and of degrees defined for this study: light (25% of the body affected), moderate (with 50% of the body affected) and intensive (with more than 50% of affected body). The animals were kept in a semi intensive system of raising and were randomly distributed in groups with tem animals each. In the experiments I and II the animals were divided into 4 groups, were the groups 1 and 2 received solution of sodium chloride at 0.9% and cereal alcohol, respectively, being these considered controls, and the groups 3 and 4 received the phytotherapic medicines Thuya occidentalis (Simões®) mothre tincture (T.M.) at 30% and Thuya occidentalis mother tincture at 30% with propolis, respectively. The animals received, daily by oral via, 10mL of the products during 63 days. For histopathological evaluation, 50% of the animals were submitted to cutaneous biopsy of the lesions on the zero moment (M0) and the final moment (FM). In the present experiments, the partial and total regression were not observed in any group, once during the clinical and histopathological evaluations, in all moments and groups, the papillomas did not presented macroscopic alterations of remission, color and consistence. In the histopathological analysis it was observed epithelial and conjunctive hyperplasic alterations, with extensive vegetative growth of the epithelium with wide and deep epidermal crest, results that characterize development phase with viral replication and synthesis, being a characteristic finding of papillomatosis. It may be concluded that cutaneous papillomatosis in dairy bovines shows predilection for specific areas. The papillomas were most present on lateral abdomen, dewlap and snout, showing mixing lesions followed by basal and that the use of tinctures at 30% of Thuya occidentalis (Simões®) and Thuya occidentalis with propolis, on the experimental conditions used in this studies, do not cause remission of papillomas in dairy bovines. In experiment III there was used the homeopathic medicine Thuya occidentallis CH6. The animals were distributed at random in 3 groups. The groups 1 and 2 received NaCl 0.9% solution and alcohol cereal, respectively, being these considered controls, and the 3rd group received Thuya occidentalis CH6 in the treatment formula. For the three groups the administration was daily, being 10mL by oral via during 63 days. For histopathologycal evaluation, the animals were submitted to cutaneous biopsy of the papilloma lesions in the zero moment (0M) and final moment (FM). According to the achieved data, the partial or total remission occurred only in group 3 (Thuya occidentalis CH6), where were observed warts fall in 20% of the animals of this group, besides partial regression of the remaining animals, with macroscopic alterations of color and size, findings confirmed by the histopathological exam. In the histopathological analysis there was observed reduction of the thorny layer in all animals of the treated group (G3), showing reduction of epithelial layers with conjunctive tissue of dermal papilla showing active fibroblast and capillaries and rare lymphocytic inflammatory cells. Concluding that Thuya occidentallis CH6 contributes to the treatment of pedunculated papiloma in bovine, being indicated in the presence of this infection. Studies with Thuya occidentalis CH6 must have continuity with bovine carrying basal papillomas in a period of treatment superior to 63 days. The experiment IV had as objective to identify the Bthe Polimerase Chain Reaction (PCR). Using the general (FAP59/64 e MY 11/09) and the specific primers for BPV-2 there was obtained an assertiveness of 33 (82.5%) of the 40 analyzed samples. According to the obtained results it is concluded that the presence of BPV in Pernambuco State-Brazil is in agreement with the world findings, enhancing the importance of the diagnose and control of the infection and, consequently, adoption of an specific therapy. These results emphasize the therapeutic properties of the homeopathic medicine Thuya occidentallis CH6, concluding that its use contributes to the treatment of cutaneous papillomatosis in bovine, emphasizing the necessity of studies for period superior to 63 days with the phytotherapic Thuya occidentalis in bovine carrying cutaneous papilllomatosis, and the serum dosage of AST, GGT, urea and creatinine showed that the plant used in this study, during 63 days, was not able to cause hepatic and renal alterations in bovine with cutaneous papillomatosis. / A papilomatose viral bovina é uma enfermidade infecto-contagiosa que apresenta alta prevalência em bovinos leiteiros, causando consideráveis perdas econômicas para este setor. Com o objetivo de contribuir com a pesquisa terapêutica para esta virose, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia de Thuya occidentalis, no tratamento da papilomatose cutânea em bovinos leiteiros, por meio dos aspectos clínicos, histopatológicos e moleculares. Esta pesquisa foi dividida em 4 experimentos. Foram incluídas nos experimentos fêmeas mestiças de holandês nulíparas, primíparas e multíparas, apresentando diferentes tipos de papilomas cutâneos (típicos, atípicos, atípicos engastados, filamentosos e mistos) e de graus assim definidos para este estudo: leve (25% do corpo acometido), moderado (50% do corpo acometido) e intenso (mais de 50% do corpo acometido). Os animais mantiveram-se em sistema semi-intensivo de criação e foram distribuídos aleatoriamente em grupos, com dez animais cada. Nos experimentos I e II, os animais foram divididos em 4 grupos, onde os grupos 1 e 2 receberam solução de cloreto de sódio a 0.9% e álcool de cereal, respectivamente, sendo estes considerados controles, e os grupos 3 e 4 receberam os medicamentos fitoterápicos Thuya occidentalis (Simões®) tintura mãe (T.M.) a 30% e Thuya occidentalis tintura mãe a 30% com própolis, respectivamente. Os animais receberam, diariamente por via oral, 10mL dos produtos durante 63 dias. Para avaliação histopatológica, 50% dos animais foram submetidos à biópsia cutânea das lesões no momento zero (M0) e no momento final (MF). Nos presentes experimentos, as regressões parcial e total não foram observadas em nenhum grupo, uma vez que durante as avaliações clínicas e histopatológicas, em todos os momentos e grupos, os papilomas não apresentaram alterações macroscópicas de remissão, coloração e consistência. Nas análises histopatológicas verificaram-se alterações hiperplásicas epiteliais e conjuntivas, com extenso crescimento vegetativo do epitélio com cristas epidérmicas extensas e profundas, estes resultados caracterizam fase de desenvolvimento com replicação e síntese viral, sendo um achado característico de papilomatose. Pode-se concluir que a papilomatose cutânea em bovinos leiteiros apresenta predileção por áreas específicas. Os papilomas estavam mais presentes no abdômen lateral, barbela e focinho,apresentando lesões mistas seguidas de basais e que o uso das tinturas a 30% de Thuya occidentalis (Simões®) e Thuya occidentalis com própolis, nas condições experimentais utilizadas nestes estudos, não provocam remissão de papilomas em bovinos leiteiros. No experimento III utilizou-se o medicamento homeopático Thuya occidentallis CH6. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos. Os grupos 1 e 2 receberam solução de NaCl 0.9% e álcool de cereal, respectivamente, sendo estes considerados controles, e o grupo 3 recebeu a Thuya occidentalis CH6 na forma de tratamento. Para os três grupos a administração foi diária, sendo 10 mL por via oral, durante 63 dias. Para avaliação histopatológica, os animais foram submetidos à biópsia cutânea dos papilomas, no momento zero (M0) e no momento final (MF). De acordo com os dados obtidos, as regressões parcial e total ocorreram apenas no grupo 3 (Thuya occidentalis CH6), observando-se queda das verrugas em 20% dos animais deste grupo, além de regressão parcial em 80% nos animais restantes, com alterações macroscópicas de coloração e tamanho, achado este confirmado pelo exame histopatológico. Na análise histológica observou-se redução da camada espinhosa em todos os animais do grupo tratado (G3), evidenciando-se redução nas camadas epiteliais, com tecido conjuntivo da papila dérmica apresentado fibroblastos ativos e capilares e raras células inflamatórias linfocitárias. Concluindo-se que a Thuya occidentalis CH6 contribuiu no tratamento de papilomas pedunculados em bovinos, podendo ser indicada na presença desta infecção. Estudos com a Thuya occidentalis CH6 devem ter continuidade com bovinos portadores de papilomas basais, com período de tratamento superior a 63 dias. O experimento IV teve como objetivo identificar o BPV-2 em amostras de verrugas cutâneas de bovinos, utilizando a Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). Utilizando-se os primers gerais (FAP59/64 e MY 11/09) e específico para BPV-2 obteve-se uma positividade de 33 (82,5%) das 40 amostras analisadas. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que a presença da BPV no Estado de Pernambuco está em concordância com os achados mundiais, destacando-se a importância do diagnóstico no controle da infecção e, conseqüentemente, adoção de uma terapia específica. Estes resultados enfatizam as propriedades terapêuticas do medicamento homeopático Thuya occidentallis CH6, concluindo-se que o seu uso contribuiu no tratamento da papilomatose cutânea em bovinos, ressaltando a necessidade de estudos por períodos superiores a 63 dias com a Thuya occidentalis fitoterápica em bovinos portadores de papilomatose cutânea, e as dosagens séricas de AST, GGT, uréia e creatinina revelaram que a planta utilizada neste estudo, durante 63 dias, não foi capaz de causar alterações hepáticas e renais em bovinos com papilomatose cutânea.
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