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O papel de macrófitas submersas na estrutura e interações entre fitoplâncton e zooplâncton em reservatóriosROCHA, Cacilda Michele Cardoso 29 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-29 / CAPES / Macrófitas submersas promovem atributos das comunidades zooplanctônicas
mediante estrutura física, transparência da água, habitat, e abrigo de predadores. Enquanto
competem por luz e nutrientes, afetando negativamente o crescimento do fitoplâncton
atuando nas interações de controle base-topo e promovendo efeito de controle topo-base do
zooplâncton. Pouco foi investigado sobre o papel da vegetação submersa nas interações do
zooplâncton e fitoplâncton em áreas sobre influência de reservatório no semiárido brasileiro.
Nesse sentido, de maneira a identificar principais lacunas e perspectivas para estudos futuros
sobre as macrófitas e interações tróficas enfatizando buscas por estudos realizados na
América do Sul, realizamos uma análise cienciométrica, e acreditamos que o número de
artigos na área exibirá uma tendência crescente ao longo dos anos, onde a América do Sul
apresentará participação significativa tanto no número de publicações quanto na cooperação
internacional. Além disso, com a finalidade de investigar se nas áreas com pressões pelos
usos em reservatório e solo, plantas submersas são afetadas positivamente, e estruturam
riqueza e abundância para o zooplâncton, e suas interações afetam negativamente o
fitoplâncton durante quatro períodos, coletamos evidências de efeitos de controle base-topo
e topo-base de macrófitas sobre o plâncton. Para tanto, comparamos atributos de
comunidades e nutrientes dissolvidos em bancos de plantas na zona litorânea e centros
correspondendo à pelágica. Para análise Cienciométrica, acessamos publicações usando
base de dados internacional entre 1980 a 2015. A coleta do material no campo mediante
navegação pelas áreas em distâncias superiores de 3.5km, com coletas simultâneas da
cobertura vegetal, comunidades planctônicas e nutrientes nitrogenados e fósforo total
dissolvido. Áreas de cobertura das plantas submersas foram estimadas por medição da
proporção de presença e ausência de espécies em 24 pontos em transectos paralelos às
margens em área superior a 3.5 km. Coletamos 24 amostras do fitoplâncton e de nutrientes.
Para o zooplâncton, realizamos amostragem composta da coluna d’água na vertical e
horizontal através de arrastos totalizando 48 amostras. A Cienciometria mostrou que o
número de pesquisas sobre essas interações tróficas cresceram nos últimos anos na América
do Sul, com contribuições do Brasil, Argentina e Uruguai. O conhecimento sobre as
interações tróficas em tem norteado abordagens técnicas e pesquisas científicas em países
temperados para melhorar a qualidade da água e restaurar lagos e reservatórios eutrofizados,
mas a América do Sul avançou pouco. Constamos que o maior volume de artigos indexados
tratou sobre a dinâmica e estrutura das assembléias aquáticas, teias e interações tróficas, para
as quaias reservatórios e áreas alagadas receberam pouca atenção. Grande número de estudoscontemplam toda comunidade aquática e interações entre macrófitas, fitoplâncton
zooplâncton e peixes. Com relação à pesquisa de campo, a macrófitas ocorreram em alta
densidade e cobertura vegetal em 12 pontos por baía (60%; 70%) a diferentes profundidades
(2m a 6m). Nas baías, fósforo (médias= 0.03 e 0.05 mg/L) e nitrogênio (0.4 e 0.9 mg/L)
apresentaram baixas concentrações. A transparência de Secchi foi alta nas duas baías (>3.8).
O fitoplâncton teve riqueza de 17 táxons, dos quais Cyanophyta e Bacillariophyta foram
mais representativos. Baixas densidades registradas refletiram nos baixos valores clorofilaa
(médias= 9 e 12 µg/l). O zooplâncton apresentou alta dissimilaridade na riqueza (97 spp.)
dos Rotifera, Cladocera e Copepoda e abundância relativa, com densidades variando
significativamente na zona pelágica (24 a 2013 ind./m³) e litorânea (28 a 1260 ind./m³) de
ambas as baías. Nesse contexto, confrontando esses resultados com os dados encontrados da
vegetação, juntamente com as baixas concentrações de nutrientes dissolvidos, clorofila-a e
alta transparência da água (Secchi), há forte indício da ocorrência de interações com
controles base-topo e topo-base sobre o fitoplâncton. Nossos dados suportam a hipótese de
prováveis efeitos dessas interações estejam contribuindo para a manutenção das condições
de transparência da água nas baías, favorecendo baixa riqueza e biomassa algal. Uma vez
que o conhecimento sobre as interações tróficas, particularmente as que ocorrem em cascata
tem sido desenvolvido com sucesso em na reestruturação e restauração da qualidade da água
em diversos países. Esta pesquisa contribui para o conhecimento das interações mediadas
pelas macrófitas, sobre o zooplâncton e fitoplâncton em áreas de influência de reservatórios.
Contudo, estudos na área das interações tróficas mediadas pelas macrófitas poderão ser
direcionados de maneira a atenuar assimetrias internacionais, encorajando o aumento da
produtividade científica na América do Sul. Esforços para restaurar as baías no entorno do
reservatório no Brasil poderão ser despendidos usando técnicas combinadas para aumentar
a qualidade da água e incrementar atributos das comunidades aquáticas. / Submerged macrophytes promote attributes of planktonic communities by physical
structure, water transparency, habitat, and shelter from predators. As they compete for light
and nutrients, affecting negatively the phytoplankton growing, mediated bottom-up and topdown
control interactions of zooplankton. Little has been investigated on the role of
submerged vegetation in the interactions of zooplankton and phytoplankton in areas of
reservoir influence in the Brazilian semiarid region. In order to identify major gaps and
perspectives for future studies of macrophytes and trophic interactions, emphasizing
searches for studies in South America, we conducted a scientometric analysis. We believe
that the number of articles in the area show an increasing tendency to over the years, where
South America will present significant participation in both the number of publications and
in international cooperation. In order to investigate the impact of land use areas surrounding
reservoir in submerged plants on planktonic communities, during four periods, we collect
evidence of bottom-up and top-down controls of macrophyte on plankton. Our hypothesis is
that the macrophytes are affected positively in that areas, and at the same time, can provide
structure for richness and abundance to zooplankton and their interactions affect
phytoplankton negatively. In the field we compare attributes of communities and dissolved
nutrients in plant beds in the littoral and pelagic zones. For scientometrical analysis, we
access publications using international database from 1980 to 2015. In the field, the samples
were collected by boat, where greater distances with simultaneous sampling of vegetation,
plankton communities and nitrogenous nutrients and total phosphorus dissolved. The
submerged plant coverage areas were estimated by reducing the proportion of presence and
absence of species in 24 points in parallel transects an area greater than 3.5 km. We collected
24 samples of phytoplankton and nutrients. For zooplankton, carry out sample composed of
the water column vertically and horizontally, through hauls totaling 48 samples. The
scientometrical analysis results showed that the number of trophic interactions researches
grown in recent years in South America, with contributions from Brazil, Argentina and
Uruguay. We found that the highest volume of indexed articles deals with the dynamics and
structure of aquatic assemblages, webs and trophic interactions. Reservoirs and wetlands
have received little attention. The large number of studies includes all aquatic community
and interactions between macrophytes, phytoplankton, zooplankton and fish. Macrophytes
occurred in high density and vegetation cover at 12 points per bay (60%; 70%) at different
depths (2m to 6m). In the bays, phosphorus (mean = 0.03 and 0.05 mg / L) and nitrogen (0.4
and 0.9 mg / L) had lower concentrations. We found high Secchi transparency (>3.8) for
both bays. The phytoplankton richness was 17 taxa, of which Cyanophyta Bacillariophyta were most representative. Low densities recorded reflected in lower values
Chlorophyll-a (mean = 9.12 µg/l). Zooplankton showed high dissimilarity in the richness
(97 spp.) of rotifers, Cladocera and Copepoda, with relative abundance. Densities varying
significantly in the pelagic (24-2013 ind./m³) and littoral zones (28-1260 ind./m³) of both the
bays. In this context, comparing these results with data from the vegetation, along with low
concentrations of dissolved nutrients, chlorophyll-a and high water transparency, there is
strong evidence of the occurrence of macrophytes and zooplankton interactions with bottomup
and top-down controls on phytoplankton. Our data support the hypothesis that probably,
effects of these interactions are contributing to the maintenance of conditions of water
transparency, favoring low richness and algal biomass. The knowledge of trophic
interactions, particularly which occur in cascades, has been successfully developed in the
restructuring and restoration of water quality in several countries. This research brings to
contributes to the knowledge of macrophytes, zooplankton and phytoplankton interactions
in areas influenced by reservoirs. However, studies in the area of trophic interactions
mediated by macrophytes may be directed in order to mitigate international asymmetries by
encouraging increased scientific productivity in South America. Efforts to restore the bays
around the reservoir in Brazil may be spent using combined techniques to increase the quality
water and increase attributes of aquatic communities.
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