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Influência da eutrofização do ambiente na transferência trófica de ácidos graxos ao longo do ciclo reprodutivo de peixes com diferentes hábitos alimentares / Influence of environment eutrophication in the trophic transfer of fatty acids throughout the reproductive cycle of fish with different feeding habits

Gomes, Aline Dal\' Olio 31 July 2014 (has links)
O objetivo do presente estudo foi investigar como o grau de trofia dos reservatórios interfere na transferência trófica de ácidos graxos (FA) aos peixes teleósteos de hábitos alimentares distintos, relacionando os principais FAs considerados biomarcadores à sua importância em processos bioquímicos. Para isso, fêmeas adultas de Astyanax fasciatus, uma espécie onívora, e Hoplias malabaricus, uma espécie carnívora, foram amostradas durante um ano em dois reservatórios com diferentes graus de trofia na região metropolitana de São Paulo: Ponte Nova, considerado o reservatório referência, e o braço Taquacetuba no reservatório Billings, local hipereutrófico. O perfil de FAs do séston, conteúdo estomacal e dos triacilgliceróis (Tg) e fosfolipídios (Fl) teciduais foram analisados por cromatografia gasosa. Como um reflexo do perfil de FAs do séston, juntamente com o conteúdo estomacal, foi possível observar um predomínio de ácidos graxos polinsaturados (PUFAs) n6, como C18:2n6 e ARA (ácido araquidônico), e do FA C18:1n9 na maioria dos tecidos analisados das fêmeas de A. fasciatus no reservatório referência, enquanto houve maior porcentagem de HUFAs (ácidos graxos altamente insaturados) n3, principalmente EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico) nos tecidos das fêmeas coletadas no reservatório hipereutrófico, resultando em alterações nas razões n3/n6 e EPA/ARA nesses animais. O mesmo padrão de deposição dos FAs foi observado nos tecidos das fêmeas de H. malabaricus, como resultado do perfil de FAs da sua presa potencial. Contudo, o desbalanço entre as diferentes classes de PUFAs observado entre os reservatórios parece ser menor para essa espécie, não refletindo em alterações na razão EPA/ARA. Deste modo, as alterações ambientais interferiram no perfil de FAs do séston das áreas em questão e, consequentemente, na composição de FAs do alimento disponível para os níveis tróficos superiores. Este fato refletiu em modificações no perfil de FAs teciduais dos peixes dos diferentes ambientes, podendo interferir em uma gama de processos bioquímicos envolvidos com essas moléculas. Contudo, essas alterações parecem ter um efeito menor em espécies carnívoras do que onívoras / The aim of this study was to investigate how the reservoirs eutrophication degree interferes with the trophic transfer of fatty acids (FA) to teleost fish with different feeding habits, relating the major FAs considered biomarkers to their importance in biochemical processes. For this purpose, adult females of Astyanax fasciatus, an omnivorous species, and Hoplias malabaricus, a carnivorous species, were sampled for one year in two reservoirs with different eutrophication degree in the metropolitan region of São Paulo: Ponte Nova, considered a reference reservoir, and the arm Taquacetuba from Billings reservoir, an hypereutrophic site. The FA profile of seston, stomach content and tissue triglycerides (TG) and phospholipids (PL) were analyzed by gas chromatography. As a result of the sestonic FAs profile and of stomach contents, was possible to observe a predominance of n6 polyunsaturated fatty acids (PUFA), such as C18:2n6 and ARA (arachidonic acid), and FA C18:1n9 in most analyzed tissues of A. fasciatus females from reference reservoir, while there was a higher percentage of n3 HUFAs (highly unsaturated fatty acids), especially EPA (eicosapentaenoic acid) and DHA (docosahexaenoic acid) in tissues of females from hypereutrophic reservoir, resulting in changes in the n3/n6 and EPA/ARA ratios in these animals. The same pattern of FAs deposition can be observed in the tissues of H. malabaricus females, as a result of the FAs profile of its potential prey, A. fasciatus. However, the imbalance of different classes of PUFAs observed between reservoirs appears to be lower, not resulting in changes in the EPA/ARA ratio in these carnivorous animals. Thus, environmental changes interfered with the FAs profile of seston in the fields, and then in the composition of FAs food available to higher trophic levels. This fact reflected in changes in the FAs profile of tissue Tgs and Fls of fish from different environments, and it can interfere in a range of biochemical processes involved with these molecules. On the other hand, these changes seem to have a lower effect in carnivorous species than omnivorous
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Influência da eutrofização do ambiente na transferência trófica de ácidos graxos ao longo do ciclo reprodutivo de peixes com diferentes hábitos alimentares / Influence of environment eutrophication in the trophic transfer of fatty acids throughout the reproductive cycle of fish with different feeding habits

Aline Dal\' Olio Gomes 31 July 2014 (has links)
O objetivo do presente estudo foi investigar como o grau de trofia dos reservatórios interfere na transferência trófica de ácidos graxos (FA) aos peixes teleósteos de hábitos alimentares distintos, relacionando os principais FAs considerados biomarcadores à sua importância em processos bioquímicos. Para isso, fêmeas adultas de Astyanax fasciatus, uma espécie onívora, e Hoplias malabaricus, uma espécie carnívora, foram amostradas durante um ano em dois reservatórios com diferentes graus de trofia na região metropolitana de São Paulo: Ponte Nova, considerado o reservatório referência, e o braço Taquacetuba no reservatório Billings, local hipereutrófico. O perfil de FAs do séston, conteúdo estomacal e dos triacilgliceróis (Tg) e fosfolipídios (Fl) teciduais foram analisados por cromatografia gasosa. Como um reflexo do perfil de FAs do séston, juntamente com o conteúdo estomacal, foi possível observar um predomínio de ácidos graxos polinsaturados (PUFAs) n6, como C18:2n6 e ARA (ácido araquidônico), e do FA C18:1n9 na maioria dos tecidos analisados das fêmeas de A. fasciatus no reservatório referência, enquanto houve maior porcentagem de HUFAs (ácidos graxos altamente insaturados) n3, principalmente EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico) nos tecidos das fêmeas coletadas no reservatório hipereutrófico, resultando em alterações nas razões n3/n6 e EPA/ARA nesses animais. O mesmo padrão de deposição dos FAs foi observado nos tecidos das fêmeas de H. malabaricus, como resultado do perfil de FAs da sua presa potencial. Contudo, o desbalanço entre as diferentes classes de PUFAs observado entre os reservatórios parece ser menor para essa espécie, não refletindo em alterações na razão EPA/ARA. Deste modo, as alterações ambientais interferiram no perfil de FAs do séston das áreas em questão e, consequentemente, na composição de FAs do alimento disponível para os níveis tróficos superiores. Este fato refletiu em modificações no perfil de FAs teciduais dos peixes dos diferentes ambientes, podendo interferir em uma gama de processos bioquímicos envolvidos com essas moléculas. Contudo, essas alterações parecem ter um efeito menor em espécies carnívoras do que onívoras / The aim of this study was to investigate how the reservoirs eutrophication degree interferes with the trophic transfer of fatty acids (FA) to teleost fish with different feeding habits, relating the major FAs considered biomarkers to their importance in biochemical processes. For this purpose, adult females of Astyanax fasciatus, an omnivorous species, and Hoplias malabaricus, a carnivorous species, were sampled for one year in two reservoirs with different eutrophication degree in the metropolitan region of São Paulo: Ponte Nova, considered a reference reservoir, and the arm Taquacetuba from Billings reservoir, an hypereutrophic site. The FA profile of seston, stomach content and tissue triglycerides (TG) and phospholipids (PL) were analyzed by gas chromatography. As a result of the sestonic FAs profile and of stomach contents, was possible to observe a predominance of n6 polyunsaturated fatty acids (PUFA), such as C18:2n6 and ARA (arachidonic acid), and FA C18:1n9 in most analyzed tissues of A. fasciatus females from reference reservoir, while there was a higher percentage of n3 HUFAs (highly unsaturated fatty acids), especially EPA (eicosapentaenoic acid) and DHA (docosahexaenoic acid) in tissues of females from hypereutrophic reservoir, resulting in changes in the n3/n6 and EPA/ARA ratios in these animals. The same pattern of FAs deposition can be observed in the tissues of H. malabaricus females, as a result of the FAs profile of its potential prey, A. fasciatus. However, the imbalance of different classes of PUFAs observed between reservoirs appears to be lower, not resulting in changes in the EPA/ARA ratio in these carnivorous animals. Thus, environmental changes interfered with the FAs profile of seston in the fields, and then in the composition of FAs food available to higher trophic levels. This fact reflected in changes in the FAs profile of tissue Tgs and Fls of fish from different environments, and it can interfere in a range of biochemical processes involved with these molecules. On the other hand, these changes seem to have a lower effect in carnivorous species than omnivorous

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