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O uso do Minnesota Multiphasic Personality Inventory na avaliação de pacientes bipolaresPrieb, Rita Gigliola Gomes January 2007 (has links)
O presente estudo foi desenhado para avaliar as dimensões do Minnesota Multiphasic Personality (MMPI) em pacientes bipolares clinicamente eutímicos e controles pareados. O delineamento do estudo é caso-contole, e evidenciou que: 1. Todas as dimensões do MMPI se apresentaram alteradas com relação aos controles, exceto a escala de masculinidade-feminilidade (MF); 2. Entre os pacientes, a escala que demonstrou maior alteração foi a da dimensão paranóia (Pa). Estes achados confirmam a idéia que dimensões da personalidade, avaliada pelo MMPI, estão alteradas em pacientes bipolares. Devido a este estudo ter um desenho transversal, não é possível inferir se as alterações da personalidade foram prévias ao desenvolvimento do transtorno ou são sintomas integrais do mesmo. / The aim of this study is to assess, through the Multiphasic Minnesota Personality Inventory (MMPI), the prevalence of a specific pattern of personality disorder in bipolar patients. Patients were diagnosed with type I bipolar disorder (BD) and were treated at the Bipolar Disorders´ Program at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), fulfilling inclusion and exclusion criteria for this study. It is an case-control study and the results showed that Paranoia (Pa) scores were increased among bipolar patients. Besides, all clinical scales in the MMPI test were increased in bipolar subjects in comparison with controls, except for the masculinity-femininity (MF) scale. Our findings do not show a specific personality pattern among patients; however, the increase in the paranoia scale is related to several difficulties observed in bipolar patients, such as compliance to treatment, establishment of trust in interpersonal relationships, etc.
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O uso do Minnesota Multiphasic Personality Inventory na avaliação de pacientes bipolaresPrieb, Rita Gigliola Gomes January 2007 (has links)
O presente estudo foi desenhado para avaliar as dimensões do Minnesota Multiphasic Personality (MMPI) em pacientes bipolares clinicamente eutímicos e controles pareados. O delineamento do estudo é caso-contole, e evidenciou que: 1. Todas as dimensões do MMPI se apresentaram alteradas com relação aos controles, exceto a escala de masculinidade-feminilidade (MF); 2. Entre os pacientes, a escala que demonstrou maior alteração foi a da dimensão paranóia (Pa). Estes achados confirmam a idéia que dimensões da personalidade, avaliada pelo MMPI, estão alteradas em pacientes bipolares. Devido a este estudo ter um desenho transversal, não é possível inferir se as alterações da personalidade foram prévias ao desenvolvimento do transtorno ou são sintomas integrais do mesmo. / The aim of this study is to assess, through the Multiphasic Minnesota Personality Inventory (MMPI), the prevalence of a specific pattern of personality disorder in bipolar patients. Patients were diagnosed with type I bipolar disorder (BD) and were treated at the Bipolar Disorders´ Program at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), fulfilling inclusion and exclusion criteria for this study. It is an case-control study and the results showed that Paranoia (Pa) scores were increased among bipolar patients. Besides, all clinical scales in the MMPI test were increased in bipolar subjects in comparison with controls, except for the masculinity-femininity (MF) scale. Our findings do not show a specific personality pattern among patients; however, the increase in the paranoia scale is related to several difficulties observed in bipolar patients, such as compliance to treatment, establishment of trust in interpersonal relationships, etc.
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O uso do Minnesota Multiphasic Personality Inventory na avaliação de pacientes bipolaresPrieb, Rita Gigliola Gomes January 2007 (has links)
O presente estudo foi desenhado para avaliar as dimensões do Minnesota Multiphasic Personality (MMPI) em pacientes bipolares clinicamente eutímicos e controles pareados. O delineamento do estudo é caso-contole, e evidenciou que: 1. Todas as dimensões do MMPI se apresentaram alteradas com relação aos controles, exceto a escala de masculinidade-feminilidade (MF); 2. Entre os pacientes, a escala que demonstrou maior alteração foi a da dimensão paranóia (Pa). Estes achados confirmam a idéia que dimensões da personalidade, avaliada pelo MMPI, estão alteradas em pacientes bipolares. Devido a este estudo ter um desenho transversal, não é possível inferir se as alterações da personalidade foram prévias ao desenvolvimento do transtorno ou são sintomas integrais do mesmo. / The aim of this study is to assess, through the Multiphasic Minnesota Personality Inventory (MMPI), the prevalence of a specific pattern of personality disorder in bipolar patients. Patients were diagnosed with type I bipolar disorder (BD) and were treated at the Bipolar Disorders´ Program at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), fulfilling inclusion and exclusion criteria for this study. It is an case-control study and the results showed that Paranoia (Pa) scores were increased among bipolar patients. Besides, all clinical scales in the MMPI test were increased in bipolar subjects in comparison with controls, except for the masculinity-femininity (MF) scale. Our findings do not show a specific personality pattern among patients; however, the increase in the paranoia scale is related to several difficulties observed in bipolar patients, such as compliance to treatment, establishment of trust in interpersonal relationships, etc.
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Estabelecimento de modelo animal de autismo por exposição pré-natal ao ácido valpróico : parâmetros comportamentais e bioquímicosBambini Júnior, Victorio January 2010 (has links)
Autismo é um distúrbio complexo caracterizado por alterações em três principais domínios comportamentais: 1) Interação social; 2) linguagem e comunicação; e 3) limitado número de interesses e atividade. Essa síndrome tem atraído atenção social por sua alta prevalência. Estudos com gêmeos demonstram um forte componente genético, porém fatores ambientais podem ser desencadeadores deste distúrbio. Como resultado destas observações, se estabeleceram modelos animais derivados de exposição pré-natal a xenobióticos. Um dos modelos propostos nos últimos anos para o estudo do autismo utiliza exposição pré-natal em roedores ao Acido Valpróico (VPA). Diversas características comportamentais encontradas no autismo são evidenciadas nesse modelo, tais como atividade repetitiva ou estereotípica, déficit em interação social e ciclo circadiano aberrante. Entretanto, características como rigidez comportamental, memória social e o estado metabólico, ainda não haviam sido estudadas nesses animais. Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi estabelecer um modelo animal de autismo com ratos Wistar e especificamente, elucidar novos parâmetros comportamentais que se assemelham ao espectro autista, bem como analisar possíveis danos ou alterações hepáticas que pudessem evidenciar um efeito secundário desse conhecido teratogênico. Com este trabalho evidenciou-se rigidez comportamental nos ratos VPA durante a adolescência. O comportamento social demonstrou-se aberrante tanto na adolescência, quanto na idade adulta, sendo que nesta também se observa uma memória social íntegra e uma busca reduzida por aproximação social por parte dos ratos VPA. Além disso, constatou-se manutenção da integridade hepática. Conclui-se com este trabalho que o modelo estabelecido apresenta as características adequadas para o estudo do autismo, destacando-se rigidez comportamental ou dificuldades de adaptação a uma nova rotina, semelhantes aos portadores de autismo. / Autism is a complex disorder charactierized by behavioral impairments in three main domains: 1) social interaction; 2) language, communication and imaginative play; and 3) range of interests and activities. This syndrome has attracted social attention by its high prevalence. Studies with twins show a strong genetic component on autism; however environmental factors can lead the development of this condition. In addition, an animal model to study the autism, induced by prenatal exposure to valproic acid (VPA) has been proposed. Several characteristics of behavioral abnormalities found in the VPA rats, like repetitive/stereotypic-like activity, deficit in social interaction and aberrant circadian rhythm, have parallel in autism. Although, features like behavioral rigidity, social memory and metabolic status of the induced rats still were not observed. Therefore, the focus of this work was contribute to elucidate the behavioral changes occurred by the prenatal exposion to VPA, besides, an liver damage analysis, which could indicate a secondary effect of VPA or even a cause of those aberrant behaviors. The present data indicate that when the VPA rats are young, they show aberrant approach to a stranger rat, decreased conditioned place preference to conspecifics, normal spatial learning and a lack of flexibility on their strategy. When adults, they have shown inappropriate social approach to a stranger rat, decreased preference for social novelty, apparently normal social recognition and no spatial learning deficits. Moreover, those aberrant behavior are not related to hepatic alteration, once the liver have not shown any oxidative damage and the activity of cytoplasmatic hepatic enzymes, found on serum, did not differ between the groups. In conclusion, this established model of study presented characteristics suitable for the study of autism, especially behavioral rigidity or difficulty in adapting to a new routine, similar to individuals with autism.
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Estudo das características de personalidade e fatores de vulnerabilidade em pacientes adultos com transtorno do pânico e de suas relações com a resposta ao tratamento e com o curso da doençaKipper, Leticia da Cunha January 2007 (has links)
Introdução O Transtorno do Pânico (TP) é uma doença crônica e recorrente. A presença de Transtornos de Personalidade associada tem sido considerada um fator que pode contribuir na cronicidade e dificuldade em tratar alguns pacientes com TP. No entanto, a influência dos aspectos de personalidade no TP ainda não é clara, com estudos mostrando resultados controversos. Objetivos Avaliar os traços de personalidade de pacientes com TP, antes e depois de tratamento medicamentoso, comparados a um grupo controle, determinando suas implicações no tratamento agudo e em um seguimento naturalístico de 2 anos, bem como as de outros possíveis preditores de resposta (como estilo defensivo e história de trauma). Métodos Foi realizado um estudo longitudinal que consistiu de 2 fases, com uma amostra de pacientes com diagnóstico de TP, segundo o DSM-IV, provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade (PROTAN), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ou selecionados diretamente para a pesquisa. Na primeira fase, 47 XIII pacientes foram incluídos em um ensaio aberto com sertralina por um período de 16 semanas. Os pacientes foram avaliados por meio do MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview – DSM IV), do CGI (Clinical Global Impression), do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. O critério de remissão foi: CGI≤2 e ausência de ataques de pânico. O MMPI (Inventário Multifásico Minnesota de Personalidade) e o PDQ - IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) foram utilizados para avaliação da personalidade. Nesta primeira fase, também foram incluídos 40 controles, que não preenchiam critérios diagnósticos para transtornos psiquiátricos de Eixo I. Na segunda fase, em um seguimento naturalístico, os pacientes foram reavaliados 2 anos após terem participado do período de intervenção, por meio do CGI, do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. Nesta fase, também foi aplicado o TCI (Inventário de Temperamento e Caráter). Resultados Após o período de intervenção de 4 meses, 26 pacientes (65%) alcançaram remissão. Na linha de base, os escores de personalidade do MMPI foram significativamente mais altos nos pacientes comparados aos controles (p<0,001). Comparando os 26 pacientes em remissão aos controles, as escalas hipocondria, depressão, histeria e psicastenia permaneceram com escores significativamente mais altos nos pacientes (p<0,05), sugerindo que mesmo em sua fase assintomática, um padrão de personalidade da linha neurótica e ansiosa se mantém. As escalas do MMPI apresentaram mudança significativa, mas de pequena magnitude, ao final do tratamento, enquanto nenhuma escala do PDQ –mudou significativamente.Foram preditores de pior resposta ao tratamento farmacológico agudo: idade de início do TP; gravidade; defesas imaturas; as escalas de personalidade paranóia, psicastenia e esquizofrenia do MMPI; e as escalas paranóide e obsessivo-compulsiva do PDQ. Após uma análise controlada, idade de início, CGI e defesas imaturas mantiveram-se preditoras no tratamento agudo. Na avaliação de 2 anos, verificou-se que todas as escalas sintomáticas indicaram uma manutenção dos escores alcançados após o tratamento de 4 meses. No entanto, 37% dos pacientes não mostravam remissão e 74% permaneciam em tratamento. O uso de defesas neuróticas e as escalas de temperamento de busca de novidades e evitação ao dano associaram-se com pior resultado aos 2 anos, enquanto a escala de caráter autodirecionamento foi mais alta nos pacientes que estavam em remissão. Conclusões Os padrões mais característicos da personalidade no TP (ansioso e neurótico), mesmo que influenciados (exacerbados) por sintomas, são mantidos quando o paciente está assintomático e podem ser pesquisados. O TP apresentou uma boa resposta ao tratamento agudo. No entanto, mesmo com os ganhos mantidos, mostrou uma alta taxa de cronicidade no seguimento de 2 anos. Os fatores associados à remissão dos sintomas parecem ser diferentes em curto e longo prazos. No tratamento agudo, os preditores principais são os mais relacionados com o estado de ansiedade e o funcionamento imaturo. Por outro lado, no seguimento de longo prazo existe influência das características mais persistentes dos pacientes, como os aspectos de personalidade, medidos através do temperamento e caráter, e o funcionamento neurótico. A pesquisa aponta para a importância dos estudos de personalidade, temperamento e caráter, e do funcionamento defensivo no TP para que estratégias mais efetivas de tratamento sejam testadas, visando a trabalhar também com esses fatores. / Introduction Panic Disorder (PD) is a recurrent and chronic disorder. The co-morbidity of personality disorders with PD has been considered a factor that might contribute to chronicity and the difficulty to treat some patients. However, the influence of the personality aspects in PD is still not clear and studies show controversial results. Objetive To evaluate personality traits in patients with PD, before and after pharmacological treatment, as compared to a control group, determining their influence in acute treatment outcomes and in a 2 year naturalistic follow-up, as well as to verify other predictors of response (as the defense style and the history of trauma). Methods A longitudinal study that consisted of 2 phases was performed with a sample of patients that fulfilled diagnostic criteria for PD according to DSM-IV from the Anxiety Disorders Program (PROTAN) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, or selected directly to the research. In the first phase, 47 patients were included in an open trial with sertraline for 16 weeks. Patients were evaluated through MINI (MiniInternational Neuropsychiatric Interview – DSM-IV), CGI (Clinical Global Impression), Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale. CGI ≤ 2 and no panic attacks were considered remission. The MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory) and the PDQ-IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) were used to evaluate personality. In this first phase, 40 controls without axis I disorders were also included. In the second phase, a naturalistic follow-up study, patients were reevaluated through CGI, Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale, 2 years after have participated in the intervention period. In this phase temperament and character were assessed through the TCI (Temperament and Character Inventory). Results After the 4 months intervention period, 26 (65%) patients achieved remission. In the baseline, the MMPI personality scores were significantly higher in patients as compared to controls (p<0.001). Comparing the 26 remitted patients to controls, the scales hypochondriasis, depression, hysteria and psychasthenia remain with scores significantly higher in patients (p<0.05), suggesting that a neurotic and anxious personality pattern remains in the asymptomatic phase. The MMPI scales changed significantly, but with a small magnitude at the end of the treatment, while none of the PDQ-IV scale changed significantly. The predictors of acute worse response were: age of onset, severity, immature defenses, the personality scales paranoia, psychasthenia and schizophrenia in MMPI, and scales paranoid and obsessive-compulsive in PDQ. After a controlled analysis age of onset, severity and immature defenses remain as predictors of acute treatment.In the 2-year evaluation, all symptomatic scales keep the scores achieved after the 4-month treatment. However, 37% of patients didn’t show remission and 74% remain in treatment. The use of neurotic defenses and the temperament novelty seeking and harm avoidance were associated with worse outcome in the 2- year follow-up, while the character trait of self-directedness was higher in patients who remitted. Conclusions The more characteristics personality patterns in PD (anxious and neurotic) even though influenced (exacerbated) by symptoms, remain when patient is asymptomatic and might be investigated. PD presented a good response to acute treatment. However, even with the maintenance of gains, PD patients showed a high chronicity rate in the 2-year follow-up. The factors associated with outcome might be different in short-term and long-term follow-ups. In acute treatment, the main predictors were more related to the anxiety state and the immature functioning. On the other hand, there is an influence of more persistent patients’ characteristics, as personality aspects measured by temperament and character, and the neurotic functioning in the longer follow-up. This study suggest the importance of studying personality, temperament and character, and defensive functioning in PD patients, so that more effective treatment strategies might be tested in order to work also with these factors that might contribute to PD chronicity.
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Estudo das características de personalidade e fatores de vulnerabilidade em pacientes adultos com transtorno do pânico e de suas relações com a resposta ao tratamento e com o curso da doençaKipper, Leticia da Cunha January 2007 (has links)
Introdução O Transtorno do Pânico (TP) é uma doença crônica e recorrente. A presença de Transtornos de Personalidade associada tem sido considerada um fator que pode contribuir na cronicidade e dificuldade em tratar alguns pacientes com TP. No entanto, a influência dos aspectos de personalidade no TP ainda não é clara, com estudos mostrando resultados controversos. Objetivos Avaliar os traços de personalidade de pacientes com TP, antes e depois de tratamento medicamentoso, comparados a um grupo controle, determinando suas implicações no tratamento agudo e em um seguimento naturalístico de 2 anos, bem como as de outros possíveis preditores de resposta (como estilo defensivo e história de trauma). Métodos Foi realizado um estudo longitudinal que consistiu de 2 fases, com uma amostra de pacientes com diagnóstico de TP, segundo o DSM-IV, provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade (PROTAN), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ou selecionados diretamente para a pesquisa. Na primeira fase, 47 XIII pacientes foram incluídos em um ensaio aberto com sertralina por um período de 16 semanas. Os pacientes foram avaliados por meio do MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview – DSM IV), do CGI (Clinical Global Impression), do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. O critério de remissão foi: CGI≤2 e ausência de ataques de pânico. O MMPI (Inventário Multifásico Minnesota de Personalidade) e o PDQ - IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) foram utilizados para avaliação da personalidade. Nesta primeira fase, também foram incluídos 40 controles, que não preenchiam critérios diagnósticos para transtornos psiquiátricos de Eixo I. Na segunda fase, em um seguimento naturalístico, os pacientes foram reavaliados 2 anos após terem participado do período de intervenção, por meio do CGI, do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. Nesta fase, também foi aplicado o TCI (Inventário de Temperamento e Caráter). Resultados Após o período de intervenção de 4 meses, 26 pacientes (65%) alcançaram remissão. Na linha de base, os escores de personalidade do MMPI foram significativamente mais altos nos pacientes comparados aos controles (p<0,001). Comparando os 26 pacientes em remissão aos controles, as escalas hipocondria, depressão, histeria e psicastenia permaneceram com escores significativamente mais altos nos pacientes (p<0,05), sugerindo que mesmo em sua fase assintomática, um padrão de personalidade da linha neurótica e ansiosa se mantém. As escalas do MMPI apresentaram mudança significativa, mas de pequena magnitude, ao final do tratamento, enquanto nenhuma escala do PDQ –mudou significativamente.Foram preditores de pior resposta ao tratamento farmacológico agudo: idade de início do TP; gravidade; defesas imaturas; as escalas de personalidade paranóia, psicastenia e esquizofrenia do MMPI; e as escalas paranóide e obsessivo-compulsiva do PDQ. Após uma análise controlada, idade de início, CGI e defesas imaturas mantiveram-se preditoras no tratamento agudo. Na avaliação de 2 anos, verificou-se que todas as escalas sintomáticas indicaram uma manutenção dos escores alcançados após o tratamento de 4 meses. No entanto, 37% dos pacientes não mostravam remissão e 74% permaneciam em tratamento. O uso de defesas neuróticas e as escalas de temperamento de busca de novidades e evitação ao dano associaram-se com pior resultado aos 2 anos, enquanto a escala de caráter autodirecionamento foi mais alta nos pacientes que estavam em remissão. Conclusões Os padrões mais característicos da personalidade no TP (ansioso e neurótico), mesmo que influenciados (exacerbados) por sintomas, são mantidos quando o paciente está assintomático e podem ser pesquisados. O TP apresentou uma boa resposta ao tratamento agudo. No entanto, mesmo com os ganhos mantidos, mostrou uma alta taxa de cronicidade no seguimento de 2 anos. Os fatores associados à remissão dos sintomas parecem ser diferentes em curto e longo prazos. No tratamento agudo, os preditores principais são os mais relacionados com o estado de ansiedade e o funcionamento imaturo. Por outro lado, no seguimento de longo prazo existe influência das características mais persistentes dos pacientes, como os aspectos de personalidade, medidos através do temperamento e caráter, e o funcionamento neurótico. A pesquisa aponta para a importância dos estudos de personalidade, temperamento e caráter, e do funcionamento defensivo no TP para que estratégias mais efetivas de tratamento sejam testadas, visando a trabalhar também com esses fatores. / Introduction Panic Disorder (PD) is a recurrent and chronic disorder. The co-morbidity of personality disorders with PD has been considered a factor that might contribute to chronicity and the difficulty to treat some patients. However, the influence of the personality aspects in PD is still not clear and studies show controversial results. Objetive To evaluate personality traits in patients with PD, before and after pharmacological treatment, as compared to a control group, determining their influence in acute treatment outcomes and in a 2 year naturalistic follow-up, as well as to verify other predictors of response (as the defense style and the history of trauma). Methods A longitudinal study that consisted of 2 phases was performed with a sample of patients that fulfilled diagnostic criteria for PD according to DSM-IV from the Anxiety Disorders Program (PROTAN) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, or selected directly to the research. In the first phase, 47 patients were included in an open trial with sertraline for 16 weeks. Patients were evaluated through MINI (MiniInternational Neuropsychiatric Interview – DSM-IV), CGI (Clinical Global Impression), Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale. CGI ≤ 2 and no panic attacks were considered remission. The MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory) and the PDQ-IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) were used to evaluate personality. In this first phase, 40 controls without axis I disorders were also included. In the second phase, a naturalistic follow-up study, patients were reevaluated through CGI, Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale, 2 years after have participated in the intervention period. In this phase temperament and character were assessed through the TCI (Temperament and Character Inventory). Results After the 4 months intervention period, 26 (65%) patients achieved remission. In the baseline, the MMPI personality scores were significantly higher in patients as compared to controls (p<0.001). Comparing the 26 remitted patients to controls, the scales hypochondriasis, depression, hysteria and psychasthenia remain with scores significantly higher in patients (p<0.05), suggesting that a neurotic and anxious personality pattern remains in the asymptomatic phase. The MMPI scales changed significantly, but with a small magnitude at the end of the treatment, while none of the PDQ-IV scale changed significantly. The predictors of acute worse response were: age of onset, severity, immature defenses, the personality scales paranoia, psychasthenia and schizophrenia in MMPI, and scales paranoid and obsessive-compulsive in PDQ. After a controlled analysis age of onset, severity and immature defenses remain as predictors of acute treatment.In the 2-year evaluation, all symptomatic scales keep the scores achieved after the 4-month treatment. However, 37% of patients didn’t show remission and 74% remain in treatment. The use of neurotic defenses and the temperament novelty seeking and harm avoidance were associated with worse outcome in the 2- year follow-up, while the character trait of self-directedness was higher in patients who remitted. Conclusions The more characteristics personality patterns in PD (anxious and neurotic) even though influenced (exacerbated) by symptoms, remain when patient is asymptomatic and might be investigated. PD presented a good response to acute treatment. However, even with the maintenance of gains, PD patients showed a high chronicity rate in the 2-year follow-up. The factors associated with outcome might be different in short-term and long-term follow-ups. In acute treatment, the main predictors were more related to the anxiety state and the immature functioning. On the other hand, there is an influence of more persistent patients’ characteristics, as personality aspects measured by temperament and character, and the neurotic functioning in the longer follow-up. This study suggest the importance of studying personality, temperament and character, and defensive functioning in PD patients, so that more effective treatment strategies might be tested in order to work also with these factors that might contribute to PD chronicity.
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Estabelecimento de modelo animal de autismo por exposição pré-natal ao ácido valpróico : parâmetros comportamentais e bioquímicosBambini Júnior, Victorio January 2010 (has links)
Autismo é um distúrbio complexo caracterizado por alterações em três principais domínios comportamentais: 1) Interação social; 2) linguagem e comunicação; e 3) limitado número de interesses e atividade. Essa síndrome tem atraído atenção social por sua alta prevalência. Estudos com gêmeos demonstram um forte componente genético, porém fatores ambientais podem ser desencadeadores deste distúrbio. Como resultado destas observações, se estabeleceram modelos animais derivados de exposição pré-natal a xenobióticos. Um dos modelos propostos nos últimos anos para o estudo do autismo utiliza exposição pré-natal em roedores ao Acido Valpróico (VPA). Diversas características comportamentais encontradas no autismo são evidenciadas nesse modelo, tais como atividade repetitiva ou estereotípica, déficit em interação social e ciclo circadiano aberrante. Entretanto, características como rigidez comportamental, memória social e o estado metabólico, ainda não haviam sido estudadas nesses animais. Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi estabelecer um modelo animal de autismo com ratos Wistar e especificamente, elucidar novos parâmetros comportamentais que se assemelham ao espectro autista, bem como analisar possíveis danos ou alterações hepáticas que pudessem evidenciar um efeito secundário desse conhecido teratogênico. Com este trabalho evidenciou-se rigidez comportamental nos ratos VPA durante a adolescência. O comportamento social demonstrou-se aberrante tanto na adolescência, quanto na idade adulta, sendo que nesta também se observa uma memória social íntegra e uma busca reduzida por aproximação social por parte dos ratos VPA. Além disso, constatou-se manutenção da integridade hepática. Conclui-se com este trabalho que o modelo estabelecido apresenta as características adequadas para o estudo do autismo, destacando-se rigidez comportamental ou dificuldades de adaptação a uma nova rotina, semelhantes aos portadores de autismo. / Autism is a complex disorder charactierized by behavioral impairments in three main domains: 1) social interaction; 2) language, communication and imaginative play; and 3) range of interests and activities. This syndrome has attracted social attention by its high prevalence. Studies with twins show a strong genetic component on autism; however environmental factors can lead the development of this condition. In addition, an animal model to study the autism, induced by prenatal exposure to valproic acid (VPA) has been proposed. Several characteristics of behavioral abnormalities found in the VPA rats, like repetitive/stereotypic-like activity, deficit in social interaction and aberrant circadian rhythm, have parallel in autism. Although, features like behavioral rigidity, social memory and metabolic status of the induced rats still were not observed. Therefore, the focus of this work was contribute to elucidate the behavioral changes occurred by the prenatal exposion to VPA, besides, an liver damage analysis, which could indicate a secondary effect of VPA or even a cause of those aberrant behaviors. The present data indicate that when the VPA rats are young, they show aberrant approach to a stranger rat, decreased conditioned place preference to conspecifics, normal spatial learning and a lack of flexibility on their strategy. When adults, they have shown inappropriate social approach to a stranger rat, decreased preference for social novelty, apparently normal social recognition and no spatial learning deficits. Moreover, those aberrant behavior are not related to hepatic alteration, once the liver have not shown any oxidative damage and the activity of cytoplasmatic hepatic enzymes, found on serum, did not differ between the groups. In conclusion, this established model of study presented characteristics suitable for the study of autism, especially behavioral rigidity or difficulty in adapting to a new routine, similar to individuals with autism.
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Estabelecimento de modelo animal de autismo por exposição pré-natal ao ácido valpróico : parâmetros comportamentais e bioquímicosBambini Júnior, Victorio January 2010 (has links)
Autismo é um distúrbio complexo caracterizado por alterações em três principais domínios comportamentais: 1) Interação social; 2) linguagem e comunicação; e 3) limitado número de interesses e atividade. Essa síndrome tem atraído atenção social por sua alta prevalência. Estudos com gêmeos demonstram um forte componente genético, porém fatores ambientais podem ser desencadeadores deste distúrbio. Como resultado destas observações, se estabeleceram modelos animais derivados de exposição pré-natal a xenobióticos. Um dos modelos propostos nos últimos anos para o estudo do autismo utiliza exposição pré-natal em roedores ao Acido Valpróico (VPA). Diversas características comportamentais encontradas no autismo são evidenciadas nesse modelo, tais como atividade repetitiva ou estereotípica, déficit em interação social e ciclo circadiano aberrante. Entretanto, características como rigidez comportamental, memória social e o estado metabólico, ainda não haviam sido estudadas nesses animais. Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi estabelecer um modelo animal de autismo com ratos Wistar e especificamente, elucidar novos parâmetros comportamentais que se assemelham ao espectro autista, bem como analisar possíveis danos ou alterações hepáticas que pudessem evidenciar um efeito secundário desse conhecido teratogênico. Com este trabalho evidenciou-se rigidez comportamental nos ratos VPA durante a adolescência. O comportamento social demonstrou-se aberrante tanto na adolescência, quanto na idade adulta, sendo que nesta também se observa uma memória social íntegra e uma busca reduzida por aproximação social por parte dos ratos VPA. Além disso, constatou-se manutenção da integridade hepática. Conclui-se com este trabalho que o modelo estabelecido apresenta as características adequadas para o estudo do autismo, destacando-se rigidez comportamental ou dificuldades de adaptação a uma nova rotina, semelhantes aos portadores de autismo. / Autism is a complex disorder charactierized by behavioral impairments in three main domains: 1) social interaction; 2) language, communication and imaginative play; and 3) range of interests and activities. This syndrome has attracted social attention by its high prevalence. Studies with twins show a strong genetic component on autism; however environmental factors can lead the development of this condition. In addition, an animal model to study the autism, induced by prenatal exposure to valproic acid (VPA) has been proposed. Several characteristics of behavioral abnormalities found in the VPA rats, like repetitive/stereotypic-like activity, deficit in social interaction and aberrant circadian rhythm, have parallel in autism. Although, features like behavioral rigidity, social memory and metabolic status of the induced rats still were not observed. Therefore, the focus of this work was contribute to elucidate the behavioral changes occurred by the prenatal exposion to VPA, besides, an liver damage analysis, which could indicate a secondary effect of VPA or even a cause of those aberrant behaviors. The present data indicate that when the VPA rats are young, they show aberrant approach to a stranger rat, decreased conditioned place preference to conspecifics, normal spatial learning and a lack of flexibility on their strategy. When adults, they have shown inappropriate social approach to a stranger rat, decreased preference for social novelty, apparently normal social recognition and no spatial learning deficits. Moreover, those aberrant behavior are not related to hepatic alteration, once the liver have not shown any oxidative damage and the activity of cytoplasmatic hepatic enzymes, found on serum, did not differ between the groups. In conclusion, this established model of study presented characteristics suitable for the study of autism, especially behavioral rigidity or difficulty in adapting to a new routine, similar to individuals with autism.
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Estudo das características de personalidade e fatores de vulnerabilidade em pacientes adultos com transtorno do pânico e de suas relações com a resposta ao tratamento e com o curso da doençaKipper, Leticia da Cunha January 2007 (has links)
Introdução O Transtorno do Pânico (TP) é uma doença crônica e recorrente. A presença de Transtornos de Personalidade associada tem sido considerada um fator que pode contribuir na cronicidade e dificuldade em tratar alguns pacientes com TP. No entanto, a influência dos aspectos de personalidade no TP ainda não é clara, com estudos mostrando resultados controversos. Objetivos Avaliar os traços de personalidade de pacientes com TP, antes e depois de tratamento medicamentoso, comparados a um grupo controle, determinando suas implicações no tratamento agudo e em um seguimento naturalístico de 2 anos, bem como as de outros possíveis preditores de resposta (como estilo defensivo e história de trauma). Métodos Foi realizado um estudo longitudinal que consistiu de 2 fases, com uma amostra de pacientes com diagnóstico de TP, segundo o DSM-IV, provenientes do Programa de Transtornos de Ansiedade (PROTAN), do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ou selecionados diretamente para a pesquisa. Na primeira fase, 47 XIII pacientes foram incluídos em um ensaio aberto com sertralina por um período de 16 semanas. Os pacientes foram avaliados por meio do MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview – DSM IV), do CGI (Clinical Global Impression), do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. O critério de remissão foi: CGI≤2 e ausência de ataques de pânico. O MMPI (Inventário Multifásico Minnesota de Personalidade) e o PDQ - IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) foram utilizados para avaliação da personalidade. Nesta primeira fase, também foram incluídos 40 controles, que não preenchiam critérios diagnósticos para transtornos psiquiátricos de Eixo I. Na segunda fase, em um seguimento naturalístico, os pacientes foram reavaliados 2 anos após terem participado do período de intervenção, por meio do CGI, do Inventário do Pânico e da Escala Hamilton-Ansiedade. Nesta fase, também foi aplicado o TCI (Inventário de Temperamento e Caráter). Resultados Após o período de intervenção de 4 meses, 26 pacientes (65%) alcançaram remissão. Na linha de base, os escores de personalidade do MMPI foram significativamente mais altos nos pacientes comparados aos controles (p<0,001). Comparando os 26 pacientes em remissão aos controles, as escalas hipocondria, depressão, histeria e psicastenia permaneceram com escores significativamente mais altos nos pacientes (p<0,05), sugerindo que mesmo em sua fase assintomática, um padrão de personalidade da linha neurótica e ansiosa se mantém. As escalas do MMPI apresentaram mudança significativa, mas de pequena magnitude, ao final do tratamento, enquanto nenhuma escala do PDQ –mudou significativamente.Foram preditores de pior resposta ao tratamento farmacológico agudo: idade de início do TP; gravidade; defesas imaturas; as escalas de personalidade paranóia, psicastenia e esquizofrenia do MMPI; e as escalas paranóide e obsessivo-compulsiva do PDQ. Após uma análise controlada, idade de início, CGI e defesas imaturas mantiveram-se preditoras no tratamento agudo. Na avaliação de 2 anos, verificou-se que todas as escalas sintomáticas indicaram uma manutenção dos escores alcançados após o tratamento de 4 meses. No entanto, 37% dos pacientes não mostravam remissão e 74% permaneciam em tratamento. O uso de defesas neuróticas e as escalas de temperamento de busca de novidades e evitação ao dano associaram-se com pior resultado aos 2 anos, enquanto a escala de caráter autodirecionamento foi mais alta nos pacientes que estavam em remissão. Conclusões Os padrões mais característicos da personalidade no TP (ansioso e neurótico), mesmo que influenciados (exacerbados) por sintomas, são mantidos quando o paciente está assintomático e podem ser pesquisados. O TP apresentou uma boa resposta ao tratamento agudo. No entanto, mesmo com os ganhos mantidos, mostrou uma alta taxa de cronicidade no seguimento de 2 anos. Os fatores associados à remissão dos sintomas parecem ser diferentes em curto e longo prazos. No tratamento agudo, os preditores principais são os mais relacionados com o estado de ansiedade e o funcionamento imaturo. Por outro lado, no seguimento de longo prazo existe influência das características mais persistentes dos pacientes, como os aspectos de personalidade, medidos através do temperamento e caráter, e o funcionamento neurótico. A pesquisa aponta para a importância dos estudos de personalidade, temperamento e caráter, e do funcionamento defensivo no TP para que estratégias mais efetivas de tratamento sejam testadas, visando a trabalhar também com esses fatores. / Introduction Panic Disorder (PD) is a recurrent and chronic disorder. The co-morbidity of personality disorders with PD has been considered a factor that might contribute to chronicity and the difficulty to treat some patients. However, the influence of the personality aspects in PD is still not clear and studies show controversial results. Objetive To evaluate personality traits in patients with PD, before and after pharmacological treatment, as compared to a control group, determining their influence in acute treatment outcomes and in a 2 year naturalistic follow-up, as well as to verify other predictors of response (as the defense style and the history of trauma). Methods A longitudinal study that consisted of 2 phases was performed with a sample of patients that fulfilled diagnostic criteria for PD according to DSM-IV from the Anxiety Disorders Program (PROTAN) of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, or selected directly to the research. In the first phase, 47 patients were included in an open trial with sertraline for 16 weeks. Patients were evaluated through MINI (MiniInternational Neuropsychiatric Interview – DSM-IV), CGI (Clinical Global Impression), Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale. CGI ≤ 2 and no panic attacks were considered remission. The MMPI (Minnesota Multiphasic Personality Inventory) and the PDQ-IV (Personality Diagnostic Questionnaire – IV) were used to evaluate personality. In this first phase, 40 controls without axis I disorders were also included. In the second phase, a naturalistic follow-up study, patients were reevaluated through CGI, Panic Inventory and Hamilton-Anxiety Scale, 2 years after have participated in the intervention period. In this phase temperament and character were assessed through the TCI (Temperament and Character Inventory). Results After the 4 months intervention period, 26 (65%) patients achieved remission. In the baseline, the MMPI personality scores were significantly higher in patients as compared to controls (p<0.001). Comparing the 26 remitted patients to controls, the scales hypochondriasis, depression, hysteria and psychasthenia remain with scores significantly higher in patients (p<0.05), suggesting that a neurotic and anxious personality pattern remains in the asymptomatic phase. The MMPI scales changed significantly, but with a small magnitude at the end of the treatment, while none of the PDQ-IV scale changed significantly. The predictors of acute worse response were: age of onset, severity, immature defenses, the personality scales paranoia, psychasthenia and schizophrenia in MMPI, and scales paranoid and obsessive-compulsive in PDQ. After a controlled analysis age of onset, severity and immature defenses remain as predictors of acute treatment.In the 2-year evaluation, all symptomatic scales keep the scores achieved after the 4-month treatment. However, 37% of patients didn’t show remission and 74% remain in treatment. The use of neurotic defenses and the temperament novelty seeking and harm avoidance were associated with worse outcome in the 2- year follow-up, while the character trait of self-directedness was higher in patients who remitted. Conclusions The more characteristics personality patterns in PD (anxious and neurotic) even though influenced (exacerbated) by symptoms, remain when patient is asymptomatic and might be investigated. PD presented a good response to acute treatment. However, even with the maintenance of gains, PD patients showed a high chronicity rate in the 2-year follow-up. The factors associated with outcome might be different in short-term and long-term follow-ups. In acute treatment, the main predictors were more related to the anxiety state and the immature functioning. On the other hand, there is an influence of more persistent patients’ characteristics, as personality aspects measured by temperament and character, and the neurotic functioning in the longer follow-up. This study suggest the importance of studying personality, temperament and character, and defensive functioning in PD patients, so that more effective treatment strategies might be tested in order to work also with these factors that might contribute to PD chronicity.
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Barreiras e facilitadores percebidos por pessoas com transtorno bipolar para a prática de exercício físicoPereira, Caroline Silveira January 2016 (has links)
O transtorno bipolar é um transtorno grave, geralmente associado a elevadas taxas de inatividade física e comorbidades clínicas relacionadas a essa condição. Os benefícios da prática regular de exercício físico para pessoas com transtorno bipolar são bem documentados. Tal prática é capaz de prevenir e auxiliar no tratamento dessas comorbidades, além afetar desfechos críticos para tais pacientes, como a adesão ao tratamento, funcionamento e qualidade de vida. Contudo, apesar dessas evidências, pessoas com transtorno bipolar tendem a ser mais sedentárias que a população em geral e pouco tem se investigado, do ponto de vista do paciente, sobretudo na população brasileira, quais são as barreiras e os facilitadores percebidos para tal prática. O objetivo deste estudo foi conhecer quais são as barreiras e os facilitadores percebidos por pessoas com transtorno bipolar para praticar exercício físico, a partir de uma abordagem qualitativa. Foram selecionados para este estudo, de forma intencional, indivíduos com diagnóstico de transtorno bipolar em atendimento no Programa de Transtorno Bipolar (PROTAHBI) e na unidade de internação psiquiátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que estivessem em condições de consentir com a pesquisa. Esses indivíduos participaram de uma entrevista em profundidade com questões abertas relacionadas à prática de exercício físico e os cuidados com saúde. A análise dos conteúdos emergidos nas entrevistas foi realizada a partir da Grounded Theory de Corbin e Strauss, e gerou quatro principais áreas de interesse: prática e trajetória de exercício, cuidados com a saúde, barreiras e facilitadores para a prática. Apesar dos potenciais benefícios da prática regular de exercício físico, constatamos que a maioria da nossa amostra não pratica regularmente. Isso indica que devemos conhecer as barreiras bem como os facilitadores percebidos por estas pessoas para praticar exercício físico a fim de viabilizar ofertas de atividades onde estes sujeitos possam participar e se beneficiar de maneira eficaz. / Bipolar disorder is a serious disorder, generally associated with levels of physical inactivity and rates of clinical comorbidities. The benefits of regular exercise practice for people with bipolar disorder are well documented. This practice is potentially capable of preventing and helping in the treatment of these comorbidities. Besides to affect relevant outcomes for patients, such as adherence to treatment, functioning and quality of life. However, in spite of this evidence, people with bipolar disorder tend to be more sedentary than the general population and little has been investigated from the viewpoint of the patients, especially in the Brazilian population, about the barriers and facilitators to such a practice. The aim of this study was to know what are the barriers and facilitators perceived for people with bipolar disorder to practice exercise, employing a qualitative approach. Individuals with diagnosis of bipolar disorder currently treated at the Bipolar Disorders Program (PROTAHBI) and at the psychiatric hospitalization unit of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, with conditions to provide consent for the study were purposefully selected. These individuals participated in an in-depth interview with open questions related to physical activity and health care. The interviews were recorded and transcribed. The analysis of the contents that emerged in interviews was analyzed using Corbin Strauss and Strauss’s Grounded Theory. The analysis pointed to 4 main areas of interest: practice and trajectory of exercise, health care, barriers and facilitators to practice. Despite the benefits of regular physical exercise, we noticed that most of our sample does not practice it regularly. This indicates the benefits of knowing the barriers and facilitators perceived by these people to practice exercise in order to facilitate the provision of activities where they can participate and benefit effectively.
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