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RESILIÊNCIA EM JOVENS ABRIGADOS.

Alves, Juliana Burgo Godoi 07 April 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:54:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JULIANA BURGO GODOI ALVES.pdf: 1597816 bytes, checksum: 7f1036ba03256b326d5472277da7165e (MD5) Previous issue date: 2014-04-07 / Shelters offer protection for children and adolescents that are relived from family care. These institutions are legally authorized to foster the children and adolescents that have been placed in their care. Typically, adolescents experienced traumatic experiences, be it through the separation from their family, the loss of their parents, having suffered abuse and the resulting lack of affective support. Receptive attitudes and affective support can help overcome the psychological and physical sequels of the traumatic experiences. The shelter must be able to work with the losses due to abandon, ruptures, violence and with the perspective that the stay in the safe environment is only temporary. This study focuses the ways the adolescent develops to overcome trauma. A Grounded Theory analysis was chosen to examine lived experience from the point of view of the youths. The data were gathered in two institutions in the state of Goiás. During the analysis it became clear that the reported experiences reflected a pathway, constructed by each participant that could be described through five categories, starting with his or removal from his or her environment, his or her arrival at the shelter and his or her perspective to leave. The pathway includes: removal from an intolerable environment (with the subcategories Family and Youth); Protection and Resources (with the subcategories Protection against aggression, drugs and games; Material resources; Reception, welcoming and entertainment; Mobilization of religious sentiment; Sampling better life); Opportunities for development (with the subcategories, The value of studying; Involvement in sports, culture and arts); Affective bonds (with as subcategories, Influence from the foster family; Construction of a bond with the school or the employees; Construction of affective ties; Maintaining the ties with the family of origin) and Possibilities to surmount (with the subcategories, Daily activities promote maturity; Affective context promotes reevaluation of family ties; Shelter provides a new perspective). These categories are superposed and interlinked at various moments. The analysis of the data shows that the adolescents value the shelter and consider it a welcoming environment, that can provide new possibilities and that the institutions provide ways to catch up with their families. The protection and resources offered, the opportunities for development and the affective bonds that are offered to the adolescent in the institutional contexts where this study was done, can be seen as many protective factors for the development of placed adolescents. / O abrigo, lar provisório, garante proteção às crianças e aos adolescentes impedidos de conviver com seus familiares. A função de acolher crianças e adolescentes tem sido transferida a estas instituições. O adolescente acolhido vivenciou situações traumáticas, seja por separação de sua família, perda de pai ou mãe, por espancamentos e abusos, que resultaram em momentos sem sustentação afetiva. Atitudes acolhedoras podem auxiliá-los, sendo essencial que as pessoas próximas possam dar sustentação afetiva, pois as vivencias traumáticas podem deixar sequelas psicológicas e, mesmo físico-biológicas. O abrigo deve ser capaz de trabalhar as perdas, abandono, rupturas, violência e com o fato de que poderá ficar apenas por um tempo na casa de acolhimento. Este estudo buscou identificar e analisar recursos de superação desenvolvidos pelo jovem diante da vivencia de momentos traumáticos. A Teoria Fundamentada nos Dados foi escolhida por permitir a extração de informações da realidade vivida do ponto de vista do participante, buscando descobrir o que ocorre nos ambientes de pesquisa e como é a vida dos participantes. Os dados foram coletados em duas instituições no estado de Goiás, durante a análise, percebeu-se que as vivências relatadas refletiam um percurso percorrido por cada jovem, descrito em cinco categorias, desde a retirada do seu ambiente de origem, sua chegada ao abrigo, até as possibilidades após sua saída, sendo, Retirada de ambiente intolerável (com as subcategorias, A Família e O Jovem); Proteção e Recursos (com as subcategorias, Proteção contra agressões, drogas e jogos em rede; Recursos materiais; Acolhimento convívio e diversão; Mobilização de sentimento religioso; Propicia vida melhor); Oportunidade de Desenvolvimento (com as subcategorias, O valor do estudo; Envolvimento esportivo, cultural e artístico); Vínculos afetivos (com as subcategorias, Influência da família de passagem/provisória; Construção de vínculo com a escola e funcionários; Construção de laços afetivos; Manutenção de laços com a família de origem) e Possibilidade de Superação (com as subcategorias, Atividades cotidianas promovem amadurecimento; Contexto afetivo promove revisão dos vínculos com a família; Abrigo gera uma nova perspectiva de superação). Estas categorias estão sobrepostas e interligadas em vários momentos. A perspectiva que se impôs na análise dos dados mostra que os jovens valorizam e consideram que o abrigo é um ambiente acolhedor, capaz de proporcionar novas possibilidades e que as instituições proporcionam o contato com a família. Evidenciou-se que a proteção e os recursos, a oportunidade de desenvolvimento e os vínculos afetivos oferecidos ao jovem presente no contexto institucional estudado podem se configurar como tantos fatores de proteção para o desenvolvimento de adolescentes institucionalizados.

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