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RESILIÊNCIA EM JOVENS ABRIGADOS.Alves, Juliana Burgo Godoi 07 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-07 / Shelters offer protection for children and adolescents that are relived from family
care. These institutions are legally authorized to foster the children and adolescents
that have been placed in their care. Typically, adolescents experienced traumatic
experiences, be it through the separation from their family, the loss of their parents,
having suffered abuse and the resulting lack of affective support. Receptive attitudes
and affective support can help overcome the psychological and physical sequels of
the traumatic experiences. The shelter must be able to work with the losses due to
abandon, ruptures, violence and with the perspective that the stay in the safe
environment is only temporary. This study focuses the ways the adolescent develops
to overcome trauma. A Grounded Theory analysis was chosen to examine lived
experience from the point of view of the youths. The data were gathered in two
institutions in the state of Goiás. During the analysis it became clear that the reported
experiences reflected a pathway, constructed by each participant that could be
described through five categories, starting with his or removal from his or her
environment, his or her arrival at the shelter and his or her perspective to leave. The
pathway includes: removal from an intolerable environment (with the subcategories
Family and Youth); Protection and Resources (with the subcategories Protection
against aggression, drugs and games; Material resources; Reception, welcoming and
entertainment; Mobilization of religious sentiment; Sampling better life); Opportunities
for development (with the subcategories, The value of studying; Involvement in
sports, culture and arts); Affective bonds (with as subcategories, Influence from the
foster family; Construction of a bond with the school or the employees; Construction
of affective ties; Maintaining the ties with the family of origin) and Possibilities to
surmount (with the subcategories, Daily activities promote maturity; Affective context
promotes reevaluation of family ties; Shelter provides a new perspective). These
categories are superposed and interlinked at various moments. The analysis of the
data shows that the adolescents value the shelter and consider it a welcoming
environment, that can provide new possibilities and that the institutions provide ways
to catch up with their families. The protection and resources offered, the opportunities
for development and the affective bonds that are offered to the adolescent in the
institutional contexts where this study was done, can be seen as many protective
factors for the development of placed adolescents. / O abrigo, lar provisório, garante proteção às crianças e aos adolescentes impedidos
de conviver com seus familiares. A função de acolher crianças e adolescentes tem
sido transferida a estas instituições. O adolescente acolhido vivenciou situações
traumáticas, seja por separação de sua família, perda de pai ou mãe, por
espancamentos e abusos, que resultaram em momentos sem sustentação afetiva.
Atitudes acolhedoras podem auxiliá-los, sendo essencial que as pessoas próximas
possam dar sustentação afetiva, pois as vivencias traumáticas podem deixar
sequelas psicológicas e, mesmo físico-biológicas. O abrigo deve ser capaz de
trabalhar as perdas, abandono, rupturas, violência e com o fato de que poderá ficar
apenas por um tempo na casa de acolhimento. Este estudo buscou identificar e
analisar recursos de superação desenvolvidos pelo jovem diante da vivencia de
momentos traumáticos. A Teoria Fundamentada nos Dados foi escolhida por permitir
a extração de informações da realidade vivida do ponto de vista do participante,
buscando descobrir o que ocorre nos ambientes de pesquisa e como é a vida dos
participantes. Os dados foram coletados em duas instituições no estado de Goiás,
durante a análise, percebeu-se que as vivências relatadas refletiam um percurso
percorrido por cada jovem, descrito em cinco categorias, desde a retirada do seu
ambiente de origem, sua chegada ao abrigo, até as possibilidades após sua saída,
sendo, Retirada de ambiente intolerável (com as subcategorias, A Família e O
Jovem); Proteção e Recursos (com as subcategorias, Proteção contra agressões,
drogas e jogos em rede; Recursos materiais; Acolhimento convívio e diversão;
Mobilização de sentimento religioso; Propicia vida melhor); Oportunidade de
Desenvolvimento (com as subcategorias, O valor do estudo; Envolvimento esportivo,
cultural e artístico); Vínculos afetivos (com as subcategorias, Influência da família de
passagem/provisória; Construção de vínculo com a escola e funcionários;
Construção de laços afetivos; Manutenção de laços com a família de origem) e
Possibilidade de Superação (com as subcategorias, Atividades cotidianas promovem
amadurecimento; Contexto afetivo promove revisão dos vínculos com a família;
Abrigo gera uma nova perspectiva de superação). Estas categorias estão
sobrepostas e interligadas em vários momentos. A perspectiva que se impôs na
análise dos dados mostra que os jovens valorizam e consideram que o abrigo é um
ambiente acolhedor, capaz de proporcionar novas possibilidades e que as
instituições proporcionam o contato com a família. Evidenciou-se que a proteção e
os recursos, a oportunidade de desenvolvimento e os vínculos afetivos oferecidos ao
jovem presente no contexto institucional estudado podem se configurar como tantos
fatores de proteção para o desenvolvimento de adolescentes institucionalizados.
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