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London calling: o papel da cultura e da criatividade na gestão de uma cidade-marca / London calling: the role of culture and creativity in the management of a city brand

Fragalle, Natália Pauletto 22 March 2019 (has links)
O presente trabalho teve como objetivo compreender os processos de construção e gestão de uma cidade-marca e seus vínculos com o conceito de cidade criativa, bem como seus consequentes impactos nas políticas urbanas. Para tanto, tomou-se como estudo de caso a cidade de Londres, capital do país pioneiro na adoção do discurso da criatividade em suas políticas públicas e tida, na década de 90, como um dos principais centros de poder e controle global no capitalismo contemporâneo. Buscou-se construir um panorama histórico que mostra como Londres veio a ser promovida como uma cidade criativa, tendo a cultura no cerne das políticas de desenvolvimento econômico e urbano. Neste sentido, o trabalho procurou analisar o processo de construção, gestão e exportação da marca Londres, desenvolvida na virada do século XXI, evidenciando as tensões e aproximações entre as diferentes gestões do governo central britânico e as administrações municipais de Londres. Procurou-se explicitar o quanto tal processo culminou na realização dos Jogos Olímpicos de 2012, utilizados como ferramenta para direcionar recursos e a atenção midiática para o megaprojeto de regeneração do East End da cidade. A partir da análise dos novos arranjos institucionais e das estratégias discursivas adotadas para legitimar a realização de tal projeto, buscou-se, então, compreender qual o rebatimento urbano do processo de branding da cidade, tendo como foco os impactos no East End e mais especificamente na região de Hackney Wick promovida como o mais novo hub criativo de Londres - exemplificando as tensões entre a \"marca Londres\" e a \"Londres realmente existente\". / This work aimed to understand the processes of building and managing a city brand and its links to the creative city concept, as well as its consequent impact in the urban policies. Here London was taken as a case study, as the capital of the country that first adopted the discourse of creativity in its public policies in the 1990s and as one of the main concentrations of global economic power in contemporary capitalism. It sought to explore how London came to be promoted as a creative city, with culture at the heart of economic and urban development policies. In this sense, this work analysed the process of creation, management and export of the London brand, developed at the turn of the 21st century, showing the tensions and approximations between the different administrations of the British central government and the municipal administrations of London. It also sought to explain how this process culminated in the hosting of the 2012 Olympic Games, used as a tool to direct resources and the media attention towards the mega regeneration project of Londons East End. From the analysis of the new institutional arrangements and the discursive strategies adopted to legitimize the realisation of such a project, this work finally sought to understand the urban implications of the branding process, focusing on the impacts in the East End and more specifically in Hackney Wick promoted as the newest creative hub in London - exploring the tensions between the \'London brand\' and the \'really existing London\'.
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Taxonomia do urbanismo tático: uma proposta para leitura, compreensão e articulação das táticas urbanas emergentes / Taxonomy of tactical urbanism: a proposal for reading, understanding and articulation of emerging urban tactics

Farias, Ana Carolina Carvalho 11 April 2018 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2018-05-22T18:27:39Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Ana Carolina Carvalho Farias - 2018.pdf: 29542893 bytes, checksum: 53b0284234a19e601a1df1bf59490dc0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-05-23T11:46:51Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Ana Carolina Carvalho Farias - 2018.pdf: 29542893 bytes, checksum: 53b0284234a19e601a1df1bf59490dc0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-23T11:46:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Ana Carolina Carvalho Farias - 2018.pdf: 29542893 bytes, checksum: 53b0284234a19e601a1df1bf59490dc0 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-04-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Cities are formed by a set of official practices supported by their normative institutions, and also by unofficial practices, that escape the norms and that bring other possibilities, other urgencies. The term tactical urbanism began to be used in the first decade of the 21st century to designate such practices in urbanism, referring generally to temporary, informal and somewhat contentious urban interventions in official practices and contemporary cities. However, the theoretical, artistic and political references of the practitioners of Tactical Urbanism refer to a much broader and complex role of practices that are often presented as an alternative to the Neoliberal Urbanism, currently hegemonic in the production of cities. However, there is still a certain theoretical and methodological gap regarding the tactical movements of urban production, which make it difficult to understand their capabilities and analyze their effects. In this sense, this research tried to construct a conceptual panorama on the Tactical Urbanism, exemplified with several practitioners and practices, sometimes called as such, sometimes indifferent to the term but within it. For this, a Taxonomy of Tactical Urbanism was elaborated, which brings eleven categories of analysis, elaborated in eighty-four subcategories, with the purpose of providing a reading for such practices and facilitating the articulation between their ideas, agents and objectives. For the elaboration of the Taxonomy, forty practices were charted and cataloged, exemplifying the various narratives that compose the discourse of urban tactics, representative of the work of great exponents of this discourse and also of the urban realities of the five continents. The Taxonomy is available on online platform, which allows the processing of complex data and collaborative data feeding. In this study, we demonstrate several ways of using the Taxonomy of Tactical Urbanism, among them, the triangulation between specific categories with the objective of verifying how Tactical Urbanism contributes in the fight for the right to the city, in the constitution of urban commons and in the confrontation with Neoliberal Urbanism. This articulation allowed us to conclude that the tactical self-denominated practices, closer to what was popularized with the label of Tactical Urbanism, present generally fragile arrangements as alternative possibilities to the neoliberal city, while the practices that are better able to promote the right to the city and to experience the constitution of commons, are those that take the tactic beyond the tactic, combining it in strategic movements, more aligned with the traditional struggles for urban justice. Such a conclusion reveals the need for critical thinking to better subsidize such actions, helping to circumvent the pitfalls and enhance the capacities of collaboration, participation and empowerment of multitude, which Tactical Urbanism can bring as contributions to the construction of more just cities. / As cidades são formadas por um conjunto de práticas oficiais sustentadas por suas instituições normativas e, também, por práticas não oficiais, que escapam às normas e que trazem outras possibilidades, outras urgências. O termo Urbanismo Tático passou a ser utilizado na primeira década do Século XXI para designar tais práticas em urbanismo, referindo-se, geralmente, a intervenções urbanas temporárias, informais e de certa forma contestadoras às práticas oficiais e às cidades contemporâneas. Porém, as referências teóricas, artísticas e políticas dos praticantes do Urbanismo Tático remetem a um rol muito mais amplo e complexo de práticas que se colocam, frequentemente, como alternativa ao Urbanismo Neoliberal, atualmente hegemônico na produção das cidades. No entanto, há ainda um certo vazio teórico e metodológico no que diz respeito aos movimentos táticos da produção urbana, que dificultam compreender suas capacidades e analisar seus efeitos. Nesse sentido, esta pesquisa buscou construir um panorama conceitual sobre o Urbanismo Tático, exemplificado com diversos praticantes e práticas, ora autodenominadas como tal, ora indiferentes ao termo mas enquadráveis a ele. Para tanto, foi elaborada uma Taxonomia do Urbanismo Tático, que traz onze categorias de análise, esmiuçadas em oitenta e quatro subcategorias, com o objetivo de fornecer uma leitura para tais práticas e facilitar a articulação entre suas ideias, seus agentes e objetivos. Para a elaboração da Taxonomia foram cartografadas e catalogadas quarenta práticas, exemplificativas das várias narrativas que compõem o discurso das táticas urbanas, representativas do trabalho de grandes expoentes desse discurso e, também, das realidades urbanas dos cinco continentes. A Taxonomia encontra-se disponível em plataforma on line, que permite o tratamento de dados complexos e a alimentação colaborativa de dados. Neste estudo, são demonstradas várias formas de utilização da Taxonomia do Urbanismo Tático, dentre elas, a triangulação entre categorias específicas com o objetivo de verificar como o Urbanismo Tático contribui na luta pelo direito à cidade, na constituição de comuns urbanos e no enfrentamento ao Urbanismo Neoliberal. Tal articulação permitiu concluir que as práticas autodenominadas táticas, mais próximas daquilo que se popularizou com a etiqueta do Urbanismo Tático, apresentam arranjos geralmente frágeis como possibilidades alternativas à cidade neoliberal, enquanto as práticas que reúnem maiores condições de promoverem o direito à cidade e de experimentarem a constituição de comuns, são aquelas que levam a tática para além da tática, combinando-a em movimentos estratégicos, mais alinhados com as tradicionais lutas por justiça urbana. Tal conclusão revela a necessidade de o pensamento crítico melhor subsidiar tais ações, ajudando a contornar as ciladas e a potencializar as capacidades de colaboração, participação e empoderamento da multidão, que o Urbanismo Tático pode trazer como contribuições para a construção de cidades mais justas.

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