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Distocia: fatores de risco e impacto na saúde e produção de vacas leiteiras / Dystocia: risk factors and health impact and dairy cow production

Villela, Janice Machado de Machado January 2018 (has links)
Submitted by Marcos Anselmo (marcos.anselmo@unipampa.edu.br) on 2018-09-28T18:53:23Z No. of bitstreams: 1 JANICE MACHADO DE MACHADO VILLELA.pdf: 769666 bytes, checksum: 37e9705b299aec59293356729fda9547 (MD5) / Approved for entry into archive by Marcos Anselmo (marcos.anselmo@unipampa.edu.br) on 2018-09-28T18:53:35Z (GMT) No. of bitstreams: 1 JANICE MACHADO DE MACHADO VILLELA.pdf: 769666 bytes, checksum: 37e9705b299aec59293356729fda9547 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-28T18:53:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JANICE MACHADO DE MACHADO VILLELA.pdf: 769666 bytes, checksum: 37e9705b299aec59293356729fda9547 (MD5) Previous issue date: 2018 / O parto é uma importante fase do sistema produtivo leiteiro, e impõe grande desafio para a vaca. Além do risco de doenças clínicas e subclínicas, favorecidas pela imunossupressão e alterações hormonais, as vacas podem sofrer distocias, que são partos marcados por dificuldade, tempo prolongado e necessidade de assistência para remoção do feto. Por ser multifatorial, além das causas maternas e fetais relacionadas à distocia, pode haver interação com variáveis comportamentais, ambientais e de manejo. O impacto da distocia no sistema produtivo está relacionado à ocorrência de doenças, o que aumenta o risco de descarte e morte, tanto para as vacas quanto para suas crias, impactando nos custos de produção e afetando a composição e longevidade do rebanho. Portanto, a presente dissertação teve como objetivos: identificar os fatores de risco associados à distocia e seu impacto sobre as doenças do período de transição pós-parto e sobre a produção de leite em vacas leiteiras; e avaliar se bezerras leiteiras nascidas de partos distócicos tiveram seu desenvolvimento, saúde, reprodução e produção de leite prejudicados. Para responder aos objetivos, realizou-se um estudo observacional retrospectivo utilizando registros de uma propriedade leiteira no Rio Grande do Sul, obtidos do software de gerenciamento leiteiro Dairy Plan C-21(GEA). O estudo foi dividido em dois experimentos, cujos resultados estão em um artigo científico. Para responder a um dos objetivos do primeiro experimento, foram analisados dados de 1.001 partos de vacas Holandesas, primíparas e multíparas, ocorridos entre 2013 e 2017, agrupadas em partos eutócicos e distócicos. As variáveis incluídas como preditoras de risco de distocia foram idade da vaca, categoria da vaca (primípara vs multípara), distocia ao nascimento, sexo do bezerro, tipo de parto, viabilidade do bezerro, estação climática no parto e ano. Para determinar o impacto da distocia sobre as doenças do pós-parto e produção de leite, foram analisados separadamente os dados das vacas primíparas (n= 540) e multíparas (n=461). Foram avaliadas as taxas de doenças clínicas como mastite, metrite, retenção de placenta e outras, bem como o número de episódios ocorridos, além das taxas de descarte e morte. A incidência de partos distócicos foi de 10,4% e os fatores de risco significativos para ocorrência de distocias foi o nascimento de bezerros machos, gêmeos, natimortos e partos ocorridos no inverno. Observou-se uma alta taxa de doenças clínicas no pós-parto e um risco aumentado para desenvolvimento de metrite em vacas multíparas distócicas. Para responder ao objetivo do segundo experimento, foram analisados registros de 447 bezerras nascidas na propriedade entre 2012 e 2015 agrupadas como nascidas de partos eutócicos ou distócicos. O impacto da distocia sobre a saúde, desenvolvimento e produção das bezerras foi analisado mediante avaliação dos dados de peso ao nascimento, 30 e 60 dias de idade, ocorrência de doenças até os 60 dias e até os 365 dias de idade, bem como o número de eventos ocorridos nestes períodos e as taxas de mortalidade e descarte. Também se avaliou o número de inseminações por concepção, a idade ao primeiro parto, taxas de distocia e natimortos, as doenças clínicas mastite, metrite, retenção de placenta e outras ocorridas após o primeiro parto e a produção de leite na primeira lactação. Observou-se que bezerras crias de partos distócicos apresentaram maiores taxas de metrite após o primeiro parto. Outros parâmetros não foram afetados pela distocia. / Parturition is an important process of the dairy production system and imposes a great challenge to the cow. In addition to the risk of clinical and subclinical diseases favored by immunosuppression and hormonal changes, cows may suffer from dystocia, which are difficulty deliveries with prolonged time and sometimes the need for assist in fetal removal. Since it is multifactorial, in addition to the maternal and fetal causes related to dystocia, it could have interaction with behavioral, environmental and management variables. The impact of dystocia on the productive system is related to the occurrence of diseases, which increases the risk of discarding the cows from the dairy and even death of the cows and their offspring, impacting production costs and affecting the composition and longevity of the herd. Therefore, the present dissertation had as objectives: identify the risk factors associated with dystocia and its impact on the diseases of the postpartum transition period and on milk production in dairy cows; and evaluate if dairy heifers born from a dystocic birth had their development, health, reproduction or milk production impaired. In order to respond to the objectives, a retrospective observational study was carried out using records from a dairy farm in Rio Grande do Sul, using Dairy Plan C-21 dairy management software (GEA). The study was divided into two experiments, which the results were published in a scientific paper. In order to achieve one of the objectives of the first experiment, data collected between 2013 and 2017, from 1,001 primiparous Holstein’s heifers and multiparous Holstein’s cows, grouped into normal or difficult birth was analyzed. The variables included as predictors of risk of dystocia were age, category (primiparous vs. multiparous), dystocic birth, calf sex, type of delivery, calf viability, climatic season at calving and year. To determine the impact of dystocia on postpartum diseases and milk production, data from primiparous cows (n = 540) and multiparous cows (n = 461) were analyzed separately. Rates of clinical diseases such as mastitis, metritis, retained placenta and others, as well as the number of episodes occurred and rates of discard or death were evaluated. The incidence of dystocia was 10.4% and the significant risk factors to the occurrence of dystocia were the birth of male calves, twins, stillbirths and births during winter time. There was a high rate of postpartum clinical disease and an increased risk of developing metritis in distocic multiparous cows. In order to achieve the second experiment, we analyzed the records from 447 calves born at the farm between 2012 and 2015 and grouped as born from normal or difficult births. The impact of dystocia on the health, development and production of heifers was analyzed by weight at birth, 30 and 60 days of age, occurrence of diseases up to 60 days and up to 365 days of age, as well as the number of events occurred in these periods and mortality and discharge rates. The number of inseminations per conception, age at first calving, dystocia and stillbirth rates, clinical mastitis, metritis, retained placenta and others after first calving and milk production at the first lactation were also evaluated. It was observed that heifers born from a dystocic parturition had higher rates of metritis on their first calving. Other parameters were not affected by dystocia.

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