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A luta de classes como "horror e escândalo" da materialidade capitalista em MarxSilva, Maria Aparecida Gomes da 02 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-02 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / The present research deepens the current dilemma on the class conflict as elaborated in Marx:
have the changes originated from the new technical-scientific phase of capitalism promoted
the disappearing of class conflict in the current social organizations? At first, this dilemma is
exposed in Kurz, Negri and Hardt, which despite being involved in the Marxist tradition, and
willing to understand the transformations of modernity, do not consider the class conflict
issue in the social relations of globalized capitalism. Therefore, the purpose of this
demonstration was to analyze the class conflict in Das Kapital, and to reveal the fundamental
bases of its logical-historic dimension as mentioned by Marx. For this analysis we took into
account the ideas of Fausto and Benoit, who studied the work thoroughfully and highlighted
the peculiar to the capital-work contradiction in the social configurations of capitalism. The
violence of the uneven contract: third-party work appropriacy, without exchange, according to
Marx s researchers, leaves classes in opposition. Thus, the experience of spoliation lived by
the worker allows the existence of class conflicts. Marx exposes the secret of the value-form:
the riches of capital lie in the extraction of more work. Class conflicts are recomposed as
Marxist drafts as a real possibility of the end of capital, and the beginning of a new social
order the denial of denial. The agitation of work of goods takes Marx to confide the transit
of the system. From a human perspective, work is, to Marx, a requirement of active men, and
the investigation also deals with the ontology of work from his viewpoint. Based on those
reflections, this research establishes the debate with Kurz about the loss of centrality of work
and the class conflict in the capitalist modernization. To fulfill the objectives of the research it
was crucial to highlighten some aspects in the development of new textile technologies and
the productive reorganization to compose a temporary chart of the social form of capital
nowadays. The impact of the transformations in its productive molding indicates a
repositioning of the ways of work exploration to the endless value change. Based on Marx,
the text reassures that the capital does not exist without work, even in the reorganized
productive forms in which there was the advance of technology and science. Capitalism is a
contradiction in progress: on one side it puts in motion all the forces of nature to diminish
work; and on the other side it keeps measuring wealth through work. In the end of the text, the
debates with Negri, and Hardt are restarted, to whom the class conflicts was replaced in postmodern
times by multitude. Finally, one of the accomplishments of Marx highlightens the
remaining of a vital capitalism push the extraction of more work and the class conflict as
an alternative to compose the horror and the scandal of the current frame in which capital is
inserted / O presente manuscrito aprofunda o dilema atual sobre a categoria luta de classes, em Marx: as
alterações oriundas da nova fase técnico-científica do capitalismo promoveram a desaparição
da luta de classes nas formações sociais contemporâneas? Em princípio, esse dilema é exposto
a partir dos teóricos Kurz, Negri e Hardt que, embora envoltos na tradição marxista e
dispostos a compreender as transformações da modernidade, não consideram mais a
relevância da luta de classes nas relações sociais do capital globalizado. A intenção desta
exposição foi, portanto, fazer um exame da categoria luta de classes em O Capital e revelar as
linhas fundamentais de sua dimensão lógico-histórica, então proferidas por Marx. Neste
exame recorreu-se aos pensadores Fausto e Benoit, os quais debruçam-se sobre a obra e
acentuam a inerência da contradição capital-trabalho nas configurações sociais do
capitalismo. A violência do contrato desigual apropriação de trabalho alheio, sem troca
segundo os intérpretes de Marx, coloca as classes em oposição. Assim, a experiência de
espoliação vivida pelo trabalhador possibilita a existência da luta de classes. Marx expõe o
segredo da forma-valor: a riqueza do capital é a extração de mais-trabalho. A luta de classes é
recomposta nos esboços marxistas como possibilidade real de fim do capital e princípio de
uma nova ordem social a negação da negação. A inquietude do trabalho contida nas
mercadorias leva Marx a confidenciar a transitoriedade do sistema. Como em face do humano
o trabalho é, para Marx, um pressuposto inalienável dos homens ativos, a investigação
também resgata a ontologia do trabalho no seu pensamento. De posse dessas reflexões, este
manuscrito estabelece o debate com Kurz sobre a perda de centralidade do trabalho e da luta
de classes na modernização capitalista. Para os objetivos da pesquisa, foi importante delinear
alguns aspectos do desenvolvimento das novas tecnologias na esfera fabril e da reestruturação
produtiva a fim de compor um painel provisório da forma social do capital na atualidade. O
impacto das transformações na sua moldura produtiva indica um redirecionamento das formas
de exploração do trabalho para a incessante revalorização do valor. Com base na herança de
Marx, o texto reitera que o capital não sobrevive sem o trabalho, mesmo nas formas
produtivas reorganizadas em que houve o avanço da técnica e da ciência. O capitalismo é a
contradição em processo: de um lado, põe em movimento todas as forças da natureza para
diminuir trabalho; de outro, continua medindo a riqueza pelo trabalho. No término do texto, o
debate reinstala-se com os autores Negri e Hardt, para os quais a luta de classes foi
substituída, na era pós-moderna, pela multidão. Por fim, das aquisições de Marx, ressalta-se a
permanência da pulsão vital do capitalismo extração de mais-trabalho e a luta de classes
como possibilidade real de compor o horror e o escândalo da moldura atual do capital
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