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Tu não te moves de ti? sobre o bruto encontro com o envelhecimento / Do you not move away from yourself? on the brutal encounter with aging

Vidal, Thales Miguel Gaspar 21 March 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-03-29T12:26:05Z No. of bitstreams: 1 Thales Miguel Gaspar Vidal.pdf: 1397048 bytes, checksum: e30288163806c7a8e6d83cb0c80477ce (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-29T12:26:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Thales Miguel Gaspar Vidal.pdf: 1397048 bytes, checksum: e30288163806c7a8e6d83cb0c80477ce (MD5) Previous issue date: 2017-03-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The general purpose of this study is to carry out an interpretation of the film narrative of Olivier Assayas’s Clouds of Sils Maria, 2014, to discuss the potentiality of a conceptual articulation between the fields of Psychoanalysis, Gerontology and Arts in order to address the aging process from both subjective and social points of view. The specific objectives outlined are: 1) to reflect upon “the contribution of cinema to dealing with existential, social and political themes” (ROSA apud DUNKER & RODRIGUES, 2015, p. 12), and thereby highlight the function of fiction in the difficult and daily task of reinventing oneself; 2) to identify, in the analysis of the film, how it translates an enquiry and an answer about what aging is. From this perspective, to determine the elements of confrontation and defenses brought into play to question the spectator about this process and its double translation: subjective and social; 3) to problematize the alienating face implied in the adoption of the chronological criterion as a marker of entry into old age; 4) to contribute to the strengthening of an interdisciplinary perspective on the studies about the human aging. This work is justified as it seeks to address the issue posed by Messy (1999, p.14): "when does one get old outside of the social repertoire?". He does so by referring the focus of the reflection to the film protagonist’s drama, a 40-year-old woman who suddenly sees herself as old because someone else has offered her that image. In this drama, her defenses against the identification with the stigmatizing social images associated with old age are heavily featured. The methodology used was the interpretation of the film narrative taking concepts deployed in a bibliographic review that articulated the aforementioned fields as reading operators. As a result, the subjective effect produced by the brutal (MESSY, 1999) encounter with aging itself was identified and discussed, a position avoided by the protagonist of the film in question, who has always attributed a range of negative characteristics to old age, as if these were strange to her. From such reflection, I could conclude that there is a remarkable complexity in the subjective process of aging which is substantially increased in the excessively narcissistic contemporary societies / O objetivo geral deste estudo é empreender uma interpretação da narrativa fílmica de Clouds of Sils Maria (Acima das Nuvens), de Olivier Assayas, 2014, com o intuito de colocar em discussão a potência de uma articulação conceitual entre os campos Psicanálise, Gerontologia e Artes, para abordar o processo de envelhecimento do ponto de vista subjetivo e também social. Os objetivos específicos delineados são: 1) refletir sobre “a contribuição do cinema no trato de temas existenciais, sociais e políticos” (ROSA apud DUNKER & RODRIGUES, 2015, p. 12) e, desse modo, lançar luz à função da ficção na difícil e cotidiana tarefa de reinvenção de si mesmo; 2) identificar, na análise do filme, de que modo ele traduz uma indagação e uma resposta sobre o que é envelhecer. Nessa perspectiva, identificar os elementos de enfrentamento e defesas colocados em jogo para inquirir o expectador sobre esse processo e sua dupla tradução: subjetiva e social; 3) problematizar a face alienante implicada na adoção do critério cronológico como marcador da entrada na velhice; 4) contribuir para o fortalecimento de uma perspectiva interdisciplinar nos estudos sobre o envelhecimento humano. Este trabalho se justifica na medida em que procura enfrentar a questão lançada por Messy (1999, p. 14): “quando é que se fica velho fora do repertório social?”. Ele o faz remetendo o foco da reflexão para o drama da protagonista do filme, uma mulher de 40 anos que, de repente, se vê como velha porque outro alguém lhe ofereceu essa imagem. Nesse drama, aparece com força suas defesas contra a identificação com as estigmatizantes imagens sociais investidas na velhice. A metodologia utilizada foi a da interpretação da narrativa fílmica tomando como operadores de leitura conceitos mobilizados numa revisão bibliográfica que articulou os campos antes referidos. Como resultado, identificou-se e discutiu-se o efeito subjetivo produzido pelo brutal (MESSY, 1999) encontro com o próprio envelhecimento, posição evitada pela protagonista da película em questão, que sempre atribuiu à velhice uma gama de características negativas, como se essas lhe fossem estranhas. De tal reflexão, pude chegar à conclusão de que há uma complexidade marcante no processo subjetivo do envelhecimento que se recrudesce substancialmente nas sociedades contemporâneas, excessivamente narcísicas

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