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Análise da tendência temporal da razão de sexos ao nascimento no Brasil / Analysis of time trend of sex ratio at birth in BrazilSantos, Gerusa Belo Gibson dos January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / A razão de sexos ao nascimento, referida no presente trabalho pela proporção de nascidos vivos do sexo masculino em relação ao total de nascidos vivos em uma determinada população, é normalmente determinada por fatores de diferentes naturezas, a exemplo de fatores demográficos e genéticos. No entanto, dados da literatura mostram que alguns poluentes químicos ambientais, a exemplo de resíduos industriais e alguns agrotóxicos oriundos da atividade agrícola, são capazes de provocar alterações no sistema endócrino, resultando em distúrbios na saúde reprodutiva e,consequentemente, alterando a esilidade da razão de sexos ao nascimento. Com isso, a razão de sexos ao nascimento vem sendo apontada por muitos autores como indicador sentinela da exposição ambiental a esses poluentes, apresentando tendência de declínio frente à exposição a tais substâncias. Objetivo: Caracterizar e analisar a tendência temporal da proporção de nascimentos masculinos no Brasil, segundo grandes regiões, estados e capitais assim como,verificar a natureza da correlação existente entre a tendência observada em municípios paranaenses e o alto consumo de agrotóxicos pelos mesmos. (...) Resultados: Foram observadas tendências crescentes significativas na proporção de nascidos vivos do sexo masculino para alguns estados e capitais brasileiros, além de um único caso detendência decrescente com significância estatística. Em relação ao Brasil, foi observada tendência de declínio no período entre 1979 e 1994, padrão este semelhante ao que foi relatado em outros países do mundo neste mesmo período. Foi observado ainda um acentuado declínio para algunsmunicípios paranaenses (não significativo) com intensa atividade agrícola, sugerindo a interferência de uma possível exposição a desreguladores endócrinos oriundos da contaminação ambiental por agrotóxicos nestas localidades.
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A escolaridade materna e a desigualdade do peso ao nascer no Brasil : análise de uma série temporal de 1996 a 2013Silvestrin, Sonia January 2017 (has links)
A escolaridade materna tem sido amplamente reconhecida como um indicador das condições ambientais e sociais que afetam o peso ao nascer. No entanto, embora o assunto seja considerado relevante, não foram realizados estudos no Brasil que investigaram a relação da escolaridade materna sobre o peso de nascimento numa perspectiva temporal. O presente estudo avaliou as médias de peso ao nascer conforme os diferentes níveis de escolaridade materna. Trata-se de um estudo de série temporal que incluiu os nascidos vivos das 27 capitais estaduais brasileiras no período de 1996 a 2013. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) donde foram incluídos os recém-nascidos vivos únicos, com peso entre 500 e 8.000 gramas, de mães que residiam e tiveram seus partos nas capitais. As médias de peso ao nascer foram calculadas ano a ano nos três níveis de escolaridade materna – alto (≥ 12 anos), médio (8 a 11 anos) e baixo (< 8 anos). A estimativa da diferença anual de peso entre os níveis de escolaridade foi desenvolvida utilizando-se a técnica de Modelos Lineares Mistos, na qual também foram inseridas as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos anteriores, número de consultas de pré-natal, duração da gestação e tipo de parto, de modo a avaliar seu impacto nas diferenças de peso ao nascer. O processamento e análise dos dados foram realizados pelo Programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS) – versão 18.0. Foram analisados 12.546.282 de nascidos vivos que representaram 23,2% do total de nascimentos do país. As maiores médias anuais de peso ao nascer em relação à região geográfica foram observadas na região Norte e as menores, na região Sudeste, sendo que este padrão foi mantido durante todo o período avaliado. Em relação às médias de peso, segundo o nível de escolaridade materna, verificou-se que, no início da série, a média entre os filhos das mulheres com alta escolaridade era superior à dos filhos de mães de média e baixa, com 35 gramas e 91 gramas de diferença respectivamente. Essa diferença foi sendo reduzida e, a partir do ano de 2007, a média dos filhos das mulheres com escolaridade média foi maior do que a dos filhos das mulheres com alta escolaridade, com manutenção deste padrão até o final do período analisado, quando foi 17 gramas superior. A diferença de peso entre a alta e a baixa escolaridade também foi sendo reduzida e, em 2013, foi de 13 gramas. As análises ajustadas para o ano e região de nascimento mostraram que, no período de 1996 a 2003, as diferenças do peso ao nascer entre a média e a baixa escolaridade em relação à alta eram 7,21 gramas/ano e 11,42 gramas/ano, respectivamente; no segundo período, de 2004 a 2013, essas diferenças foram reduzidas para 1,76 gramas/ano e 1,47 gramas/ano. Quando inseridas as demais covariáveis, se evidenciou que o número de consultas de pré-natal exibiu relação positiva em reduzir a diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, nos dois períodos analisados. Os ajustes efetuados para as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos, duração da gestação e tipo de parto, mostraram diferente desempenho nas estimativas da diferença de peso ao nascer entre os níveis de escolaridade materna e o período avaliado, apontando as mudanças demográficas, sociais e assistencias do país, que evidenciaram aumento da faixa etária materna e da primiparidade, assim como uma elevação da prematuridade e de partos cesarianos. Os resultados revelaram as transformações observadas no país nas duas últimas décadas nos diferentes estratos sociais, fazendo diminuir as diferenças de peso ao nascimento e marcando uma transição demográfica, epidemiológica e perinatal em todas as regiões, mesmo que, em diferentes estágios. A redução na diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, ocorreu principalmente devido à diminuição nos estratos mais favorecidos, pois a elevação observada nas médias de peso dos filhos das mulheres com baixa escolaridade foi pequena, mesmo com a ampliação das políticas sociais neste estrato. Devido à relação multifatorial do peso ao nascer é possível que o aumento da idade materna e a existência de comorbidades prévias ou desenvolvidas durante a gestação, a maior utilização de intervenções médicas, uso de substâncias como álcool e tabaco, a presença de sobrepeso e obesidade, assim como deficiências nutricionais, possam ter relação com as médias de peso observadas. Destacou-se a relevância na utilização do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos permitindo conhecer e analisar as caraterísticas dos nascimentos no Brasil, como também o desafio de aprimorar a assistência materno-infantil com vistas à obtenção de melhores resultados em todos os estratos sociais. / Maternal schooling has been widely recognized as an indicator of environmental and social conditions that affect birth weight. Although the subject is considered of significant relevance, studies that investigated the influence of maternal schooling on birth weight in a temporal perspective have not yet been conducted in Brazil. The present research evaluated the means of birth weight according to the different levels of maternal schooling. It is a time-series study that included live births throughout the 27 state capitals of Brazil in the period from 1996 to 2013. Data were obtained from the National Information System of Live Birth (SINASC), which recorded single newborns weighing between 500 and 8,000 grams of mothers who had their children in the capitals. The mean birth weight was calculated year by year against three levels of maternal education - high (≥ 12 years), medium (8-11 years) and low (< 8 years). Estimated annual weight difference between the levels of education was developed using the Linear Mixed Models technique, in which covariate maternal age, number of previous live births, number of prenatal visits, duration of gestation and type of delivery evaluate their impact on differences in birth weight. The processing and analysis of data were performed by the program "Statistical Package for Social Sciences" (SPSS) - version 18.0. A total of 12,546,282 live births were analyzed during the 18-year period, representing 23.2% of the country's total births. The highest annual average birth weight in relation to the geographical region was observed in the Northern region and the lowest in the Southeastern region, and this pattern was maintained throughout the studied period. Regarding weight averages, considered against the level of maternal schooling, results show that the average among the children of women with high schooling was higher than that of the children of mothers of medium and low, with 35 grams and 91 grams of difference, respectively. This difference was later reduced and, from the year 2007, the average of the children of women with medium education was higher than that of children of women with high education, maintaining this standard by the end of the period analyzed, when the birth weight difference was 17 grams higher. The difference in weight between high and low schooling was also reduced, and in 2013, it was 13 grams. The analyzes adjusted for year and region of birth showed that, in the period from 1996 to 2003, the differences in birth weight between the medium and the low education in relation to high were 7.21 grams/year and 11.42 grams/year, respectively. In the period from 2004 to 2013, these differences were reduced to 1.76 grams/year and 1.47 grams/year. When the other covariates were considered, it was evident that the number of prenatal visits has a positive relation in the reduction of the weight difference between the three levels of maternal education, in the two periods analyzed. However, the adjustments for covariates, mother's age, number of previous live births, duration of pregnancy and mode of delivery, showed dissimilar effects on annual differences in weight between the different levels of maternal education, in both periods evaluated. These results are related to the demographic, social and assistance changes of the country, which evidenced an increase in maternal age and primiparity, as well as prematurity increase and cesarean deliveries. The findings revealed the changes observed in the country in the last two decades in the various social strata, reducing weight differences at birth and marking a demographic, epidemiological and pe This was probably because the observed increase in the average weight of children of women with low education was modest, even with the expansion of maternal schooling and the prenatal follow-up verified in this social stratum. Thus, the changes in maternal age and parity, together with the increase in medical interventions, as demonstrated by the percentage of cesarean delivery, negatively impacted the birth weight of the three levels of education. It is possible that other factors not investigated in this study also play a role in the reduction of weight differences between the different levels of mother's education. Among these factors can be mentioned the existence of previous or developed maternal diseases during pregnancy, hypertension and diabetes, malnutrition or maternal obesity, use of licit and illicit drugs during pregnancy, as well as the quality of prenatal care received. Results also indicate the relevance of using the Information System on Live Births to know and analyze the characteristics of births in Brazil, as well as the challenge of improving maternal and childcare across in all social strata.
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Métodos para implementação da dosimetria in vivo (dose de entrada) com dosímetros termoluminescentes na radioterapia externa com feixe de fótonsBARSANELLI, CRISTIANE 09 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-10-09T12:52:25Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Made available in DSpace on 2014-10-09T14:01:43Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Dissertação (Mestrado) / IPEN/D / Instituto de Pesquisas Energeticas e Nucleares - IPEN/CNEN-SP
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Implementacao da irradiacao de corpo inteiro em radioterapia / Implementation of total body irradiation in radiotherapyHABITZREUTER, ANGELA B. 09 October 2014 (has links)
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Estudo dos efeitos endócrinos e parácrinos do hormônio de crescimento após administração de DNA plasmidial em modelos animais de terapia gênica / Study of endocrine and paracrine effects of growth hormone after adminstration of plasmid DNA in animal models of gene therapyHIGUTI, ELIZA 09 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-10-09T12:33:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Made available in DSpace on 2014-10-09T14:04:36Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Dissertação (Mestrado) / IPEN/D / Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP
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Estudo comparativo da cor dental, in vivo, em pacientes submetidos a diferentes técnicas de clareamentoBARCESSAT, ANA R.P. 09 October 2014 (has links)
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Estudo clínico da ação antimicrobiana intracanal do laser em baixa intensidade associado a um fotossensibilizadorROCHA, PATRÍCIA R.P. 09 October 2014 (has links)
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12709.pdf: 3501983 bytes, checksum: d0d74c465390f06fe4437cbb8a2991a5 (MD5) / Dissertacao (Mestrado Profissionalizante em Lasers em Odontologia) / IPEN/D-MPLO / Instituto de Pesquisas Energeticas e Nucleares - IPEN/CNEN-SP; Faculdade de Odontologia, Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo
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Analise 'in vivo' do emprego laser de Er:YAG e do metodo convencional para a remocao do tecido cariadoRIBEIRO, RAFAEL C. 09 October 2014 (has links)
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08341.pdf: 2872842 bytes, checksum: f20063d416599129e1e3c28c68b2304c (MD5) / Dissertacao (Mestrado Profissionalizante em Lasers em Odontologia) / IPEN/D-MPLO / Instituto de Pesquisas Energeticas e Nucleares, IPEN/CNEN-SP; Faculdade de Odontologia, Universidade de Sao Paulo
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Vitrificação e congelamento de mórulas e blastocistos produzidos in vitro em Bos taurus e Bos indicusMattos, Maria Clara Costa [UNESP] 28 May 2010 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2010-05-28Bitstream added on 2014-06-13T20:59:30Z : No. of bitstreams: 1
mattos_mcc_me_botfmvz.pdf: 2029467 bytes, checksum: 940e4724967df5043139371eecb13c64 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivou-se com o presente estudo avaliar a criotorerância de mórulas e blastocistos produzidos in vivo de doadoras da raça Sindi e Nelore (Bos indicus) e Holandês Preto e Branco (HPB - Bos taurus). No Experimento 1, 24 fêmeas lactantes e não lactantes da raça Sindi foram superovuladas com 100 mg de FSH suíno com protocolos em que as duas últimas aplicações de FSH foram substituídas ou não por 300 UI de eCG. Sete dias após a indução da ovulação, os embriões foram colhidos e avaliados quanto ao estágio de desenvolvimento embrionário e grau de qualidade. Dois terços dos embriões foram destinados à criopreservação, dos quais metade foi congelada pelo método convencional, com curva de resfriamento de –0,5ºC/min e a outra metade foi vitrificada pela técnica de Cryotop. Em seguida, foram descongelados e transferidos para receptoras sincronizadas, de maneira contemporânea aos embriões frescos. No Experimento 2, 31 fêmeas da raça Nelore foram superovuladas com 133 mg de FSH suíno e os dois terços dos embriões colhidos foram criopreservados e transferidos semelhantemente ao Experimento 1. No Experimento 3, 67 vacas lactantes e novilhas da raça HPB foram superovuladas com 500 e 300 UI de FSH suíno, respectivamente, e após a colheita dos embriões foram adotados os mesmos procedimentos realizados nos Experimentos 1 e 2. Os resultados foram analisados por modelos lineares generalizados e estão apresentados na forma de média dos quadrados mínimos ± erro padrão. Nos Experimentos 1 e 2, os embriões transferidos a fresco apresentaram maior taxa de concepção aos 30 dias do que os vitrificados e congelados (54,8±7,4a, 17,7±7,3b e 19,5±6,6%b; respectivamente; P 0,0013) na raça Sindi (n=231 embriões) e (46,0±6,1a; 31,2±5,4b e 28,1±5,3%b; respectivamente, P 0,04) na raça Nelore (n=297 embriões). O estágio de desenvolvimento embrionário parece não... / The aim of this study was to evaluate the cryotolerance of morulae and blastocysts produced in vivo in Sindhi and Nelore (Bos indicus) and Holstein (Bos taurus) donnors. In Experiment 1, 24 lactating and non-lactating Sindhi donnors were superovulated with 100 mg porcine FSH with protocols in which the last two FSH treatments were replaced or not by 300 IU eCG. Embryos were collected 7 days after ovulation induction and embryo development and quality degree were accessed. Two thirds of the embryos were cryopreserved, by the conventional freezing or Cryotop method. After that, embryos were thawed and transferred to synchronized recipients, simultaneously to fresh embryos. In Experiment 2, 31 Nelore cows were superovulated with 133 mg porcine FSH and two thirds of the embryos were cryopreserved and transferred similarly to Experiment 1. In Experiment 3, 67 Holstein lactating dairy cows and heifers were superovulated with 500 and 300 IU pFSH, respectively, and the same procedures were performed as in Experiments 1 and 2. Results were analyzed using generalized linear models and are presented as least squares means ± standard error. In Experiments 1 and 2, fresh embryos had a higher conception rate at Day 30 than those vitrified and frozen (54.8±7.4a, 17.7±7.3b and 19.5±6.6%b; respectively; P 0.0013) in Sindhi donnors (n=231 embryos) and (46.0±6.1a; 31.2±5.4b and 28.1±5.3%b; respectively; P 0.04) in Nelore donors (n = 297 embryos). Embryo developmental stage seems to have not influenced conception rates of Zebu embryos, especially cryopreserved ones. Finnaly, in Experiment 3, conception rates of fresh and cryopreserved embryos were similar (37.4±12.3, 24.5±11.3 and 21.0±9.5%; respectively, P>0.15) and also no difference was detected for the cryotolerance of morulae versus blastocysts (P>0.10)
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A escolaridade materna e a desigualdade do peso ao nascer no Brasil : análise de uma série temporal de 1996 a 2013Silvestrin, Sonia January 2017 (has links)
A escolaridade materna tem sido amplamente reconhecida como um indicador das condições ambientais e sociais que afetam o peso ao nascer. No entanto, embora o assunto seja considerado relevante, não foram realizados estudos no Brasil que investigaram a relação da escolaridade materna sobre o peso de nascimento numa perspectiva temporal. O presente estudo avaliou as médias de peso ao nascer conforme os diferentes níveis de escolaridade materna. Trata-se de um estudo de série temporal que incluiu os nascidos vivos das 27 capitais estaduais brasileiras no período de 1996 a 2013. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) donde foram incluídos os recém-nascidos vivos únicos, com peso entre 500 e 8.000 gramas, de mães que residiam e tiveram seus partos nas capitais. As médias de peso ao nascer foram calculadas ano a ano nos três níveis de escolaridade materna – alto (≥ 12 anos), médio (8 a 11 anos) e baixo (< 8 anos). A estimativa da diferença anual de peso entre os níveis de escolaridade foi desenvolvida utilizando-se a técnica de Modelos Lineares Mistos, na qual também foram inseridas as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos anteriores, número de consultas de pré-natal, duração da gestação e tipo de parto, de modo a avaliar seu impacto nas diferenças de peso ao nascer. O processamento e análise dos dados foram realizados pelo Programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS) – versão 18.0. Foram analisados 12.546.282 de nascidos vivos que representaram 23,2% do total de nascimentos do país. As maiores médias anuais de peso ao nascer em relação à região geográfica foram observadas na região Norte e as menores, na região Sudeste, sendo que este padrão foi mantido durante todo o período avaliado. Em relação às médias de peso, segundo o nível de escolaridade materna, verificou-se que, no início da série, a média entre os filhos das mulheres com alta escolaridade era superior à dos filhos de mães de média e baixa, com 35 gramas e 91 gramas de diferença respectivamente. Essa diferença foi sendo reduzida e, a partir do ano de 2007, a média dos filhos das mulheres com escolaridade média foi maior do que a dos filhos das mulheres com alta escolaridade, com manutenção deste padrão até o final do período analisado, quando foi 17 gramas superior. A diferença de peso entre a alta e a baixa escolaridade também foi sendo reduzida e, em 2013, foi de 13 gramas. As análises ajustadas para o ano e região de nascimento mostraram que, no período de 1996 a 2003, as diferenças do peso ao nascer entre a média e a baixa escolaridade em relação à alta eram 7,21 gramas/ano e 11,42 gramas/ano, respectivamente; no segundo período, de 2004 a 2013, essas diferenças foram reduzidas para 1,76 gramas/ano e 1,47 gramas/ano. Quando inseridas as demais covariáveis, se evidenciou que o número de consultas de pré-natal exibiu relação positiva em reduzir a diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, nos dois períodos analisados. Os ajustes efetuados para as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos, duração da gestação e tipo de parto, mostraram diferente desempenho nas estimativas da diferença de peso ao nascer entre os níveis de escolaridade materna e o período avaliado, apontando as mudanças demográficas, sociais e assistencias do país, que evidenciaram aumento da faixa etária materna e da primiparidade, assim como uma elevação da prematuridade e de partos cesarianos. Os resultados revelaram as transformações observadas no país nas duas últimas décadas nos diferentes estratos sociais, fazendo diminuir as diferenças de peso ao nascimento e marcando uma transição demográfica, epidemiológica e perinatal em todas as regiões, mesmo que, em diferentes estágios. A redução na diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, ocorreu principalmente devido à diminuição nos estratos mais favorecidos, pois a elevação observada nas médias de peso dos filhos das mulheres com baixa escolaridade foi pequena, mesmo com a ampliação das políticas sociais neste estrato. Devido à relação multifatorial do peso ao nascer é possível que o aumento da idade materna e a existência de comorbidades prévias ou desenvolvidas durante a gestação, a maior utilização de intervenções médicas, uso de substâncias como álcool e tabaco, a presença de sobrepeso e obesidade, assim como deficiências nutricionais, possam ter relação com as médias de peso observadas. Destacou-se a relevância na utilização do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos permitindo conhecer e analisar as caraterísticas dos nascimentos no Brasil, como também o desafio de aprimorar a assistência materno-infantil com vistas à obtenção de melhores resultados em todos os estratos sociais. / Maternal schooling has been widely recognized as an indicator of environmental and social conditions that affect birth weight. Although the subject is considered of significant relevance, studies that investigated the influence of maternal schooling on birth weight in a temporal perspective have not yet been conducted in Brazil. The present research evaluated the means of birth weight according to the different levels of maternal schooling. It is a time-series study that included live births throughout the 27 state capitals of Brazil in the period from 1996 to 2013. Data were obtained from the National Information System of Live Birth (SINASC), which recorded single newborns weighing between 500 and 8,000 grams of mothers who had their children in the capitals. The mean birth weight was calculated year by year against three levels of maternal education - high (≥ 12 years), medium (8-11 years) and low (< 8 years). Estimated annual weight difference between the levels of education was developed using the Linear Mixed Models technique, in which covariate maternal age, number of previous live births, number of prenatal visits, duration of gestation and type of delivery evaluate their impact on differences in birth weight. The processing and analysis of data were performed by the program "Statistical Package for Social Sciences" (SPSS) - version 18.0. A total of 12,546,282 live births were analyzed during the 18-year period, representing 23.2% of the country's total births. The highest annual average birth weight in relation to the geographical region was observed in the Northern region and the lowest in the Southeastern region, and this pattern was maintained throughout the studied period. Regarding weight averages, considered against the level of maternal schooling, results show that the average among the children of women with high schooling was higher than that of the children of mothers of medium and low, with 35 grams and 91 grams of difference, respectively. This difference was later reduced and, from the year 2007, the average of the children of women with medium education was higher than that of children of women with high education, maintaining this standard by the end of the period analyzed, when the birth weight difference was 17 grams higher. The difference in weight between high and low schooling was also reduced, and in 2013, it was 13 grams. The analyzes adjusted for year and region of birth showed that, in the period from 1996 to 2003, the differences in birth weight between the medium and the low education in relation to high were 7.21 grams/year and 11.42 grams/year, respectively. In the period from 2004 to 2013, these differences were reduced to 1.76 grams/year and 1.47 grams/year. When the other covariates were considered, it was evident that the number of prenatal visits has a positive relation in the reduction of the weight difference between the three levels of maternal education, in the two periods analyzed. However, the adjustments for covariates, mother's age, number of previous live births, duration of pregnancy and mode of delivery, showed dissimilar effects on annual differences in weight between the different levels of maternal education, in both periods evaluated. These results are related to the demographic, social and assistance changes of the country, which evidenced an increase in maternal age and primiparity, as well as prematurity increase and cesarean deliveries. The findings revealed the changes observed in the country in the last two decades in the various social strata, reducing weight differences at birth and marking a demographic, epidemiological and pe This was probably because the observed increase in the average weight of children of women with low education was modest, even with the expansion of maternal schooling and the prenatal follow-up verified in this social stratum. Thus, the changes in maternal age and parity, together with the increase in medical interventions, as demonstrated by the percentage of cesarean delivery, negatively impacted the birth weight of the three levels of education. It is possible that other factors not investigated in this study also play a role in the reduction of weight differences between the different levels of mother's education. Among these factors can be mentioned the existence of previous or developed maternal diseases during pregnancy, hypertension and diabetes, malnutrition or maternal obesity, use of licit and illicit drugs during pregnancy, as well as the quality of prenatal care received. Results also indicate the relevance of using the Information System on Live Births to know and analyze the characteristics of births in Brazil, as well as the challenge of improving maternal and childcare across in all social strata.
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