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A nasalidade no dialeto quilombola do Norte de Minas: uma análise contrastiva baseada em corpusSilva, Wagner Cassiano da 27 June 2016 (has links)
Esta pesquisa investigou a nasalidade de vogais na fala espontânea de moradores das comunidades quilombolas de Brejo dos Crioulos e Poções (MG). Como aporte teórico, baseou-se nos pressupostos da Fonética e Fonologia, em estudiosos renomados na investigação da nasalidade (CAGLIARI, 1977; CÂMARA JR., 1984, 2013; BISOL, 2013; ABAURRE; PAGOTTO, 1996; SILVA, 2015), com subsídios da Linguística de Corpus. Seu objetivo geral foi investigar a ocorrência da nasalidade, no dialeto dessas comunidades quilombolas, e seu comportamento linguístico, considerando os fatores linguísticos que podem no fenômeno interferir. Especificamente, objetivou-se a) detectar a ocorrência de vogais nasalizadas com auxílio dos recursos que provê a Linguística de Corpus (Praat e WorldSmith Tolls); b) discriminar os diferentes tipos de contextos de ocorrência das vogais nasalizadas; c) fazer análises quantitativa e qualitativa das vogais nasalizadas no corpus de estudo; d) descrever e analisar o comportamento das vogais nasalizadas e; e) contrastar os valores de F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas. Hipotetizou-se que a nasalidade acontece por ser condicionada pelo segmento nasal seguinte à vogal nasalizada – processo fonológico de “assimilação” –, sua posição quanto ao acento primário e categoria gramatical. Acreditou-se que as comunidades quilombolas de Brejo dos Crioulos e Poções produzem em suas falas vogais nasalizadas e que esse fenômeno linguístico é favorecido pela presença adjacente de consoantes ou vogais nasais. Além disso, foi hipotetizado que os valores dos F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas nessas comunidades são distintos. Elaboraram-se as seguintes perguntas de pesquisa: (i) a presença de vogais nasalizadas na fala nessas comunidades quilombolas está condicionada à presença de um segmento sonoro nasal? (ii) o segmento sonoro nasal seguinte à vogal nasalizada favorece a ocorrência do fenômeno da nasalidade? há diferença entre os valores de F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas nas duas comunidades quilombolas consideradas? Para compor o nosso corpus, utilizaram-se gravações de 24 entrevistas (12 locutores femininos e 12 locutores masculinos), num total de 24 participantes. Verificou-se que o segmento sonoro nasal seguinte tende a condicionar a vogal nasalizada. Geralmente, assimila-se o abaixamento do véu palatino de segmento consonantal nasal imediatamente seguinte, mas há casos de segmento vocálico nasal – assimilação regressiva; a sílaba tônica tende a favorecer a nasalidade, mas ela ocorre em posição pretônica e postônica também; os valores de F1 e F2 das vogais orais e nasalizadas nas comunidades quilombolas de Poções e Brejo dos Crioulos são distintos: o Grupo de Brejo dos Crioulos tende a produzir o F1 das vogais orais e nasalizadas mais abaixado do que o Grupo de Poções e o F2, mais anteriorizado. A nasalidade tende a ocorrer em verbos e substantivos, apesar de não ser específica a uma categoria gramatical. Esta pesquisa apontou casos de nasalização espúria, confirmando pesquisas já realizadas. Por sua vez, revelou casos de itens lexicais com contexto favorável à nasalização, mas com sua não ocorrência. Este último caso, tido como de abaixamento do véu palatino uniforme no Português Brasileiro, apresentou vogais pronunciadas sem o abaixamento do véu palatino. Ou seja, detectou-se variação no fenômeno de nasalização no Português Brasileiro. Com este trabalho, promoveu-se a discussão sobre a nasalidade, com o intuito de contribuir com os estudos linguísticos sobre o funcionamento do Português Brasileiro neste contexto geográfico. / This research investigated the nasality of vowels in the spontaneous speech of inhabitants of the quilombola communities of Brejo dos Crioulos and Poções (MG). As a theoretical framework, we based on the assumptions of Phonetics and Phonology, in renowned scholars on the investigation of nasality (CAGLIARI, 1977; CÂMARA JR., 1984, 2013; BISOL, 2013; ABAURRE; PAGOTTO, 1996; SILVA, 2015), with subsidies of the Corpus Linguistics. Its general goal was to investigate the occurrence of nasality, in the dialect of these quilombola communities, and their linguistic behavior, considering the linguistic factors that can interfere in the phenomenon. Specifically it was aimed to a) detect the occurrence of nasalized vowels with the help of the resources that the Corpus Linguistics provides (Praat and WorldSmith Tolls); b) discriminate the different types of occurring contexts of nasalized vowels; c) make quantitative and qualitative analyzes of the nasalized vowels in the study corpus; d) describe and analyze the behavior of nasalized vowels and; e) contrast the values of F1 and F2 of the oral and nasalized vowels. It was hypothesized that the nasality happens because it is conditioned by the nasal segment following the nasalized vowel - phonological process of “assimilation” - its position as the primary stress and grammatical category. It was believed that the quilombolas communities of Brejo dos Crioulos and Poções produce nasalized vowels in their speech and this linguistic phenomenon is favored by the adjacent presence of consonants or nasal vowels. Furthermore, it was hypothesized that the values of F1 and F2 of oral and nasalized vowels in these communities are distinct. The following research questions were elaborated: (i) is the presence of nasalized vowels in the speech of these quilombola communities conditioned to the presence of a nasal sound segment? (ii) does the nasal sound segment following the nasalized vowel favor the occurrence of the nasality phenomenon? is there a difference between the values of F1 and F2 of the oral and nasalized vowels in both quilombola communities considered? To compose our corpus, 24 interviews recordings were used (12 female speakers and 12 male speakers), a total of 24 participants. It was found that the following nasal sound segment tends to condition the nasalized vowel. In general, it assimilates the lowering of the soft palate of nasal consonant segment immediately following, but there are cases of nasal vowel segment - regressive assimilation; the stressed syllable tends to favor the nasality, but it occurs in pretonic and postonic position as well; F1 and F2 values of oral and nasalized vowels in the quilombola communities of Poções and Brejo dos Crioulos are distinct: the group of Brejo dos Crioulos tends to produce the F1 of oral and nasalized vowels more lowered than the group of Poções and the F2, in a more anterior position. The nasality tends to occur in verbs and nouns, although it is not specific to a grammatical category. This research found cases of spurious nasalization, confirming previous studies. In turn, it revealed cases of lexical items with favorable context for nasalization, but with its non-occurrence. This last case, considered as the lowering of the uniform soft palate in PB, presented pronounced vowels without the soft palate lowering. That is, it was detected variation in the phenomenon of nasalization in PB. With this work, it was promoted the discussion about nasality, in order to contribute to the linguistic studies about the functioning of Brazilian Portuguese in this geographical context. / Dissertação (Mestrado)
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Análise fonético-acústica das vogais orais e nasais do português: Brasil e Portugal / Oral and vowels according to the acoustic phonetics perpective: Brazil and PortugalSantos, Gisélia Brito dos 05 November 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-11-05 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This Thesis presents an acoustic-phonetic analysis of the oral and nasal vowels of Brazilian
Portuguese, specifically those of the speech community of Fortaleza dos Nogueiras,
Maranhão and European Portuguese, in some speech data from the region of Lisbon, Portugal.
The theoretical foundation is sustained on the postulates of Camara Jr. (1970 ), Mateus
(1982), de Morais Barbosa (1994) and Moraes and Wetzels (1992), concerning nasality in
Portuguese, especially in Brazilian Portuguese. The theoretical framework of Acoustic
Phonetics is composed mainly by the work of Ladefoged (2003, 2006 and 2007), Ladefoged,
Johnson (2008), Mateus et al. (2005), Delgado-Martins (1988), Morais Barbosa (1994),
Malmberg (1998), Medeiros (2007), Medeiros et al. (2008) and Sousa, E. (1994). The
informants used as subjects in this research, both Brazilian and Portuguese, are people with
low education, low turnover, 50 years of age or older. The Brazilian informants were born and
lived most of their lives in rural Fortaleza dos Nogueiras; the Portuguese live in the outskirts
of Lisbon. The speech data in Brazil are a result of our field research conducted in 2011. The
data from Portugal were provided by the Instituto de Linguística da Universidade de Lisboa
and form part of the speech collection of ALEPG (Linguistic and Ethnographic Atlas of
Portugal and Galicia). The acoustic-phonetic analysis of the data is made through the program
of Speech Station by Sensimetrics for visualization of expectograms and to extract
measurements of F1 and F2. We present the values of formants 1 and 2 of the oral and nasal
vowels and these are compared in order to show what happens with the nasal vowel in
relation to the corresponding oral; we highlight the acoustical characteristics of oral and nasal
vowels; we show the articulatory triangle of vowels of the informants of the research
highlighting the contours the vowels assume in articulation and the frequency bands in which
each vowel stands. Finally, we carry out a comparative investigation of oral and nasal vowels
in these two varieties of Portuguese. / Este trabalho apresenta uma análise fonético-acústica das vogais orais e nasais do português
brasileiro, mais especificamente da comunidade de fala de Fortaleza dos Nogueiras,
Maranhão e do português europeu, em alguns dados de fala da região de Lisboa, Portugal. O
embasamento teórico pauta-se nos postulados de Camara Jr. (1970), de Mateus (1982), de
Morais Barbosa (1994) e de Moraes e Wetzels (1992), acerca da nasalidade na língua
portuguesa, especialmente, no português brasileiro. O referencial teórico de Fonética Acústica
compõe-se, principalmente, pelos trabalhos de Ladefoged (2003, 2006 e 2007), Ladefoged;
Jonhson (2008), Mateus et al. (2005), Delgado-Martins (1988), Morais Barbosa (1994),
Malmberg (1998), Medeiros (2007), Medeiros et al. (2008) e Sousa, E. (1994). Os
informantes sujeitos desta pesquisa, tanto brasileiros como portugueses, são pessoas com
baixa escolaridade, baixa rotatividade, que têm a partir de 50 anos de idade. Os brasileiros
nasceram e viveram a maior parte de suas vidas na zona rural de Fortaleza dos Nogueiras; os
portugueses são moradores do entorno de Lisboa. Os dados de fala do Brasil são resultado de
nossa pesquisa de campo realizada em 2011. Os de Portugal foram-nos cedidos pelo Instituto
de Linguística da Universidade de Lisboa e fazem parte do acervo de fala do ALEPG (Atlas
Linguístico e Etnográfico de Portugal e da Galiza). A análise fonético-acústica dos dados é
feita por meio do programa Speech Station da Sensimetrics, para a visualização dos
expectogramas e para a extração das medidas de F1 e de F2. Apresentam-se os valores dos
formantes 1 e 2 das vogais orais e nasais e estes são comparados com o intuito de mostrar o
que acontece com a vogal nasal em relação à correspondente oral; evidenciam-se quais as
características acústicas das vogais orais e nasais; apresenta-se o triângulo articulatório das
vogais desses informantes da pesquisa com evidência para os contornos que elas assumem na
articulação e para as faixas de frequência em que cada vogal se posiciona. Por fim, realiza-se
uma investigação comparativa das vogais orais e nasais nessas duas variedades da língua
portuguesa.
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Percepção e produção das vogais anteriores arredondadas [y], [ë] e [ê] do francês por locutoras nativas do português brasileiro (L1), proficientes em francês (L2) / Perception and production of front rounded vowels [y], [q], and [E] of French by native speakers of Brazilian Portuguese (L1), proficient in French (L2)Silva-Pinto, Giulian da 16 September 2016 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2017-05-05T23:23:43Z
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Previous issue date: 2016-09-16 / Sem bolsa / Este estudo investiga a aquisição das vogais anteriores arredondadas [y], [q] e [E] do francês por locutoras brasileiras adultas, proficientes em francês (L2). De acordo com a literatura (ALCÂNTARA, 1998; RESTREPO, 2011), a aquisição das vogais anteriores arredondadas do francês por aprendizes adultos brasileiros mostra-se uma tarefa complexa, tanto em termos de percepção quanto de produção. Diante disso, neste trabalho, procuramos contribuir ao entendimento dessa complexidade e fomentar os poucos estudos brasileiros envolvendo sujeitos proficientes em francês (L2) e a aquisição dos referidos sons. Desse modo, buscamos responder de que maneira os locutores brasileiros adultos, proficientes em francês (L2), lidam com sons alheios à fonologia da sua LM, no que concerne à sua percepção e produção. Para tanto, objetivamos, especificamente, detectar o grau de acuidade com o qual as vogais-alvo são identificadas e discriminadas pelas participantes avaliadas, bem como definir o comportamento acústico desses sons em sua fala, de modo que seja possível explicar uma provável produção autêntica dos segmentos franceses investigados em função de as informantes os identificarem, discriminarem e articularem. Diante disso, dois grupos de informantes participam desta pesquisa: o composto pelas brasileiras, três professoras-pesquisadoras de FLE no ensino superior público brasileiro, residentes em Pelotas/RS, e o formado por uma locutora francesa nativa, da região parisiense, a qual constitui o grupo controle e cujos dados se somam aos disponíveis na literatura. Para a coleta dos dados de produção em ambos os grupos, foram elaborados quatro experimentos, três envolvendo vogais orais francesas e o outro vogais orais do PB, as quais se encontravam em palavras e logatomas do francês e do PB, produzidos dentro de frases-veículo. Para a coleta dos dados de percepção relativos às vogais do francês, foram construídos quatro experimentos, dois testes de identificação e dois testes de discriminação. A metodologia utilizada na construção desses experimentos foi baseada, em parte, naquela elaborada por Restrepo (2011), com adaptações para atender aos objetivos específicos deste trabalho. As coletas ocorreram em ambiente acústico controlado (cabine acústica), com a utilização de um gravador digital Zoom H4N e de um par de fones de ouvido modelo AKG K 44. Os dados coletados foram analisados acústica e estatisticamente, por meio dos softwares Praat (versões 6.0.08 e 6.0.19) e SPSS Statistics (versão 17.0), respectivamente. Os resultados obtidos, interpretados à luz do modelo HipCort (MCCLELLAND et al.,1995), um modelo dinâmico de formação da memória e do aprendizado, confirmam nossa tese do potencial êxito de nossas informantes na aquisição dos sons investigados, pois identificam, discriminam e produzem acuradamente as vogais anteriores arredondadas do francês, demonstrando terem se distanciado de uma possível influência de sua LM. Os resultados alcançados contribuem, portanto, para se refutar a existência da atuação de restrições biológicas ligadas a uma concepção de aquisição da linguagem calcada nos pressupostos do paradigma simbólico, indo ao encontro de estudos que evidenciam a possibilidade de aprendizes tardios apresentarem um nível de competência fonético-fonológica em L2 comparável àquele do falante nativo. / This study investigates the acquisition of front rounded vowels [y], [q], and [E] of French by adult female speakers who are proficient in French (L2). According to the literature (ALCÂNTARA, 1998; RESTREPO, 2011), the acquisition of front rounded
vowels of French by Brazilian adult learners is a complex challenge, either in terms of perception or in terms of production. From this point, in this study we sought to contribute to the understanding of this complexity and develop the not many Brazilian studies involving individuals with proficiency in French language (L2) and the acquisition of its sounds. Thus, our challenge was to answer in what way adult Brazilian speakers, with proficiency in French (L2), deal with foreign sounds, different from the ones of their ML phonology, when it comes to their perception and production. Therefore, we aimed to detect, specifically, the level of perceptiveness with which the target vowels are identified and distinguished by the considered participants, as well as defining the acoustic behaviour of these sounds in their speaking, in a possible way to explain a probable authentic production of the investigated French segments according to the identification, distinction, and articulation of the participants. Then, two groups of volunteers participated in this research: one counts with the presence of three Brazilian women, professors and researchers of FFL in superior public education, residents in Pelotas/RS; the second group is formed by a native French speaker from Parisian region, who participates of the control group, which data is added to the one available in literature. For the collecting of data of production in both groups, four experiments were elaborated, three involving French oral vowels, and the last one involving oral vowels of BP, which were found in words and non-words from French and BP, produced inside of carrier sentences. For the collecting of information of perception related to the French vowels, four experiments were formed, two tests of identification, and two tests of distinction. The methodology used in the construction of
these experiments was based on the one elaborated by Restrepo (2011), with adaptions to attend to the specific objectives of this study. The collection of the material occurred in a controlled acoustic environment (acoustic compartment), with the use of
a digital recorder Zoom H4N and a pair of earphones model AKG K 44. The collected data was analysed acoustically and statistically with the softwares Praat (6.0.08 and 6.0.10 versions) and SPSS Statistics (17.0 version), respectively. The results achieved were interpreted with the HipCort model (MCCLELLAND et al, 1995), a dynamic model of formation of memory and learning. They confirmed our thesis of the potential outcome of our participants in the acquisition of the investigated sounds, because they could identify, distinguish, and produce accurately the front rounded vowels of French, demonstrating the distance of a possible influence from their ML. The results contribute, so, to refute the existence of an operation of biological restrictions connected to a conception of acquisition of language based on the presupposition of the symbolic paradigm, which meets the studies that evince the possibility of late learners to present a level of phonetic and phonologic competences in L2 comparable to the native speaker.
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