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Práticas contraceptivas de adolescentes brasileiras: análise da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde-2006Rozenberg, Riva January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / Este estudo analisou as práticas contraceptivas de adolescentes brasileiras e
discutiu situações de vulnerabilidade associadas a essas práticas.
Métodos: Estudo com delineamento do tipo transversal, com informações obtidas
no banco de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da
Mulher (PNDS-2006). Foram selecionadas 986 adolescentes, entre 15 e 19 anos,
sexualmente ativas e que poderiam ter necessidade em contracepção. O desfecho
do estudo foi o uso atual de métodos anticoncepcionais e foram analisadas
variáveis relacionadas às características sócio-demográficas, da vida sexual e
reprodutiva e do acesso e utilização dos serviços de saúde. Foi realizada análise
bivariada entre o desfecho e cada variável independente, utilizando, como medida
de efeito, as razões de prevalência, com intervalos de confiança de 95%. As
associações entre as variáveis e o desfecho tiveram sua significância estatística
avaliadas através de teste qui-quadrado de Pearson. Em seguida, foi feita
regressão logística multivariada não condicional. O nível de significância para o
modelo multivariado foi de 0,05. Os dados foram analisados através do programa
SPSS-15. Resultados: A prevalência de uso de métodos anticoncepcionais foi de
78,8%. O método mais utilizado foi a camisinha masculina (51,6%), seguida pelo
uso da pílula (49,2%). Na análise multivariada foram identificados quatro fatores
associados ao uso atual de métodos anticoncepcionais: ter no mínimo o ensino
fundamental completo (p = 0,03; ORajustado = 2,17; IC 95% 1,03 – 4,55); encontrarse
em união estável (p < 0,01; ORajustado = 2,84; IC 95% 1,45 – 5,54); ter utilizado
algum método anticoncepcional na primeira relação sexual (p < 0,01; ORajustado =
2,72; IC 95% 1,37 – 5,42); e ter acesso a meio de transporte para chegar ao
serviço de saúde (p < 0,01; ORajustado = 2,90; IC 95% 1,32 – 6,36). Conclusão: Ao
analisar os resultados desta pesquisa concluímos que, no Brasil, fatores que se
associaram ao uso de métodos anticoncepcionais, como escolaridade, uso de
método na 1ª relação sexual e facilidade de transporte ao serviço de saúde
indicam a presença de situações de vulnerabilidade associadas às práticas
contraceptivas. Tais achados alertam para a necessidade de reduzir as
desigualdades sociais persistentes em nossa sociedade, bem como investir nas
escolas e nos serviços de saúde, como locais privilegiados para fornecer
informações e propiciar a reflexão e a tomada de decisões relacionadas à
sexualidade e às práticas contraceptivas. Apontam, sobretudo,para a necessidade
de sensibilização de profissionais da educação e da saúde quanto às
especificidades das demandas de adolescentes, para que o acesso e a utilização
dos serviços de saúde, articulados às demais políticas intersetoriais, propiciem a
garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, desta população. / This study examined the contraceptive practices of Brazilian adolescents and
discussed situations of vulnerability associated with these practices.
Methods: The study included a cross-sectional design, with information obtained
from the National Demographic and Health of Children and Women Research
(PNDS-2006) database. We selected 986 adolescents between 15 and 19 years,
sexually active and that might have need for contraception. The study outcome
was the current use of contraceptive methods and were examined variables related
to socio-demographic characteristics, sexual and reproductive life and access and
use of health services. Bivariate analysis was performed between the outcome and
each independent variable, using, as measure of effect, the prevalence ratios, with
confidence interval of 95%. The associations between variables and outcome had
its statistical significance assessed using Pearson chi-square. Then, was
performed non conditional multivariate logistic regression. The level of significance
for the multivariate model was 0.05. Data were analyzed using SPSS-15. Results -
The prevalence of contraceptive use was 78,8%. The most used method was the
male condoms (51,6%), followed by the use of pill (49,2%). Multivariate analysis
identified four factors associated with current use of contraceptive methods: to
have, at least, completed basic education (p = 0.03, aOR = 2.17, 95% CI 1.03 to
4.55); to be in stable union (p < 0.01, aOR = 2.84, 95% CI 1.45 to 5.54); to have
used a contraceptive method at first intercourse (p < 0.01, aOR = 2.72; 95% CI
1.37 to 5.42); and to have access to means of transportation to get to the health
service (p < 0.01, aOR = 2.90, 95% CI 1.32 to 6.36). Conclusion: When analyzing
the results of this study, we concluded that, in Brazil, factors associated with the
use of contraceptive methods, such as education, use of method in the first
intercourse and ease transportation to the health services indicate the presence of
vulnerability associated contraceptive practices. These findings highlight the need
to reduce persistent inequalities in our society and invest in schools and health
services, as prime locations to provide information and promote reflection and
decision making related to sexuality and contraceptive practices. They point,
especially, to the need for awareness of professionals in education and health
services to the specific demands of adolescents, so that access to and use of
health services, articulated to other intersectoral policies, enable the guarantee of
sexual and reproductive rights of this population.
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